Os dias passavam, mas a tensão só aumentava. Eu observava cada gesto da Clara. Cada curtida no Instagram, cada risadinha que ela dava pro celular enquanto respondia mensagens, cada olhar que evitava quando eu perguntava quem era. E mesmo sem dizer uma palavra sobre o Gordo, eu sabia.
Sabia que ele continuava em cima.
E pior: ele tava mais esperto. Tinha aprendido a ser paciente. Ao invés de mensagens diretas, agora mandava figurinhas engraçadas, memes bobos, frases sutis. Sempre com aquela pontinha de veneno disfarçado de piada.
E ela… ria.
Ria como se não tivesse nada demais.
Mas eu conhecia aquele sorriso. Aquele que ela dava quando se sentia desejada, provocada, viva.
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Naquela terça, Clara decidiu ir trabalhar num café no centro. Me avisou de manhã, com naturalidade.
— Hoje vou sair um pouco. Preciso mudar de ares.
— Vai sozinha?
— Claro, amor. Só vou com o notebook. Preciso focar.
Fiz que sim com a cabeça, mas fiquei com aquilo na mente. No meio da tarde, recebi uma notificação no celular: o Gordo tinha postado um story. Na poltrona de um café. O mesmo que ela tinha marcado com localização poucas horas antes.
Coincidência? Nada.
Ele tava lá. De novo.
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À noite, quando ela chegou, tava tranquila. Deixou a bolsa no sofá, tirou a sandália, me deu um beijo no rosto e foi direto pro quarto. Eu fiquei observando.
Ela tava mais… solta.
Tomou banho e saiu enrolada na toalha. O cabelo molhado, a pele cheirosa. Passou pela sala, pegou um vinho, sentou no meu colo do nada.
— Tava com saudade de você hoje — ela disse, encostando o rosto no meu pescoço.
— É mesmo?
— Uhum…
Eu coloquei a mão por baixo da toalha, senti a bunda quente, macia, nua. Passei os dedos entre as pernas dela. Já tava molhada.
— Sentiu falta do meu toque, ou da atenção dos outros?
Ela riu, mordendo meu pescoço.
— Que bobo… — murmurou, sem responder.
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Eu levei ela pro quarto. Deitei ela de bruços, abri a toalha com calma. A bunda grande, perfeita, redonda, iluminada pela luz baixa do abajur. Passei a língua devagar, de cima a baixo, saboreando. Ela gemeu de leve, rebolando.
— Você é minha… — sussurrei.
— Sou tua — ela respondeu, mas com a voz rouca, diferente.
Chupei com mais vontade. Depois subi por cima, encaixando devagar, sentindo a boceta quente me engolir por inteiro.
Ela rebolava mais do que o normal.
Com mais fome.
Com mais desejo.
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Na manhã seguinte, saí pra trabalhar e o Gordo já me mandou mensagem.
“Foi um bom café ontem. Ela tá diferente. Riu de tudo. Quase tocou minha mão quando fui pegar a xícara. Irmão, tô cada vez mais perto.”
Eu não respondi.
Mas algo dentro de mim queimava.
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Naquela semana, Clara começou a se arrumar mais pra sair. Passava perfume pra ir na padaria, usava legging e top até pra descer o lixo.
E quando eu chegava em casa, a encontrava sempre com o celular por perto. Com a tela virada pra baixo.
Um dia, sem querer, vi uma notificação surgir. Era dele.
Gordo: “Se eu te convidasse pra um jantar, só nós dois, sem segundas intenções… você iria?”
Ela não tinha aberto a mensagem ainda.
Mas só de ler aquilo, meu pau ficou duro.
E meu coração, apertado.
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À noite, ela se jogou no sofá de novo. Com uma taça de vinho. De shortinho e top.
— Que foi? — perguntou, me vendo quieto.
— Nada… só pensando.
— Em quê?
— Em como você anda mais… vaidosa. Tem saído mais. Tá mais animada.
Ela deu de ombros.
— Tô tentando me sentir melhor comigo mesma. Só isso.
— E tá conseguindo?
Ela me olhou. Por um segundo, hesitou. Depois sorriu.
— Às vezes… sim.
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Eu fui até ela. Puxei devagar o top. Os peitos pularam pra fora. Lindos. Firmes. Mamilos duros.
— Cê tá gostosa pra caralho, sabia?
— Ah é?
— E tá se aproveitando disso.
Ela riu, mas mordeu o lábio.
Beijei os seios dela, chupei com vontade, enquanto a mão descia entre as pernas, por baixo do short. A buceta já tava quente, escorregando. Ela tava pronta.
Levei ela pro chão da sala mesmo.
Tirei tudo, deixei ela nua, aberta, exposta.
— Quero te ver gozar olhando pra mim — falei, enfiando devagar.
Ela gemeu.
— Só olha pra mim.
E ela olhou. Mas o olhar… era de quem guardava um segredo.
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Depois que ela dormiu, peguei o celular dela no banheiro. Não abri nada. Só olhei.
E a mensagem do Gordo, ainda não respondida, estava ali.
Esperando.
Clara passou o sábado todo meio estranha. Andava pela casa com passos lentos, olhava o celular o tempo inteiro, largava e pegava de novo. Vez ou outra, cruzava o olhar comigo e fingia que tava tudo normal, mas eu já conhecia aquele tipo de silêncio: o de quem tá com a cabeça em outro lugar.
Depois do almoço, ela foi até o quarto, escolheu uma roupa diferente. Jeans colado, blusinha justa, salto. Nada exagerado… mas pra quem disse que “ia só tomar um café”, tava bem produzida.
— Vai sair? — perguntei, me esforçando pra manter o tom leve.
— Vou sim. Aquele cafézinho do centro. Só pra espairecer.
— Sozinha?
Ela hesitou por meio segundo, depois assentiu com um sorriso curto.
— Sozinha.
Mas eu já sabia. E ela também sabia que eu sabia.
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Meia hora depois que ela saiu, o Gordo me mandou mensagem:
“Ela aceitou. Disse que quer ‘conversar comigo pra esclarecer umas coisas’. Hahaha. Mano… ela veio. Tá aqui. E tá LINDA.”
Aquilo bateu fundo. Eu podia ter ido atrás. Podia ter ligado. Podia ter parado tudo.
Mas não parei.
Sentei no sofá, botei a TV no mudo, deixei o celular na mão e fiquei ali. Esperando.
Esperando pra saber até onde ela ia.
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Depois ele mandou outro:
“A gente sentou numa mesa afastada. Pedi vinho. Ela hesitou, mas aceitou. Tá mais quieta, mas quando olha nos meus olhos… irmão… eu sei que tá pensando.”
Outro:
“Ela acabou de dizer que não entende por que aceitou. Que só veio porque precisava entender se esse papo era real.”
“Eu disse que não era só papo. Que era desejo. Que eu não tô aqui pra brincar.”
E aí… silêncio.
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Demorou uns quarenta minutos até vir mais uma mensagem dele.
“Coloquei a mão sobre a dela. Ela não tirou.”
“Disse que era errado. Mas que tava se sentindo… confusa.”
“E quando eu fui tirar a mão, ela segurou meu dedo com o polegar. Por instinto.”
Meu pau ficou duro na hora.
Era sutil. Pequeno. Mas era uma abertura.
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Fiquei imaginando a cena.
Ela sentada de frente pra ele, cruzando e descruzando as pernas, tentando manter o controle, mas se arrepiando cada vez que ele falava baixo, com aquele tom seguro, nojento e envolvente. O Gordo sabia o que fazia. Não era bonito, mas era safado. Sabia cutucar. Sabia pressionar. Sabia medir até onde podia ir.
E a minha loirinha… fiel ao extremo… estava ali. No meio da tentação. Na beira do precipício.
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Quando ela voltou pra casa, já era fim de tarde.
Veio mais calada ainda.
Deixou a bolsa em cima da cadeira, foi direto pro quarto. Tirou a blusa, ficou de sutiã, e sentou na beirada da cama. Eu entrei e fiquei na porta, só observando.
Ela sabia que eu tava ali, mas fingia que não.
— E aí? Foi bom o café?
— Foi.
— Sozinha?
Ela hesitou.
Depois riu de leve, sem humor.
— Não. O Renato tava lá também. A gente conversou.
Olhei pra ela. Aquilo, por si só, já era grande demais.
Ela tava me contando. Não precisava. Mas contou.
— E?
— E… nada. Conversa. Ele é escroto, mas… sabe falar. Sabe usar as palavras.
— Você gostou?
Ela me olhou. Direto. E isso me pegou.
— Não sei.
Ela se levantou, foi até o banheiro e trancou a porta.
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Enquanto ela se banhava, meu celular vibrou. Era o Gordo.
“Fui ousado. Encostei nela. De leve. Na cintura. No quadril. Quando ela levantou da cadeira, meu dedo roçou na bunda. Ela me olhou de um jeito…”
“E eu falei: ‘Desculpa. Não resisti’. Ela não brigou. Só disse: ‘não faz isso de novo’. Mas com a voz fraca.”
“Eu vou comer essa mulher, Lucas. Ela só precisa de mais um empurrão. Me dá tempo.”
Eu desliguei o celular.
E fui até o quarto.
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Quando ela saiu do banheiro, estava enrolada na toalha. O cabelo molhado, o corpo cheirando sabonete. Os seios marcando por baixo, a bunda empinada, fresca, ainda úmida.
— Vem cá — falei, baixo.
Ela hesitou por meio segundo.
Mas veio.
Encostou no meu peito, e eu puxei a toalha sem cerimônia.
— Quero você agora.
Ela mordeu o lábio, deixou.
Joguei ela na cama de bruços. A bunda redonda, perfeita, exposta. Passei a mão com força, sem delicadeza. Ela gemeu.
— Tá sentindo falta, né?
— Do quê?
— De alguém que te trate como mulher de verdade.
Ela virou o rosto, respirando fundo.
Lambi devagar de baixo pra cima, separando as nádegas com as mãos, a ponta da língua explorando tudo. O clitóris dela tava duro, pulsando. A boceta quente, molhada, escorrendo.
— Tá mais molhada que o normal, Clara…
Ela não respondeu.
Chupei com mais vontade, até ela perder o ar. Gozou na minha boca, tremendo inteira.
Subi por cima, com o pau latejando. Entrei com força.
Ela gritou.
E a cada estocada, eu falava:
— Imaginou ele hoje?
Ela apertava os lençóis.
— Só você… só você…
Mas o corpo dela… pedia mais.
O quadril dela rebolava, se encaixava no meu. Como se quisesse esquecer que desejou outro.
E eu meti até gozar.
Forte.
Dentro.
**
Deitamos ofegantes, os corpos grudados, o cheiro de sexo dominando o quarto.