O vizinho safado

Um conto erótico de Putinha
Categoria: Homossexual
Contém 897 palavras
Data: 06/04/2025 07:47:10

A noite estava quente, pesada de desejos não ditos. No ar, um silêncio denso pairava, como se tudo estivesse à espera de um gesto, de um encontro inevitável. Ele estava ali — parado na varanda do apartamento em frente, camisa aberta, corpo à meia-luz. A tensão entre os dois já se arrastava por semanas: olhares prolongados, sorrisos sutis, uma energia que queimava sob a superfície.

Hoje, finalmente, o convite veio. Um simples aceno de mão e um olhar firme que dizia tudo: "Venha."

O coração acelerou. Você atravessou a rua como se flutuasse, cada passo carregado de uma expectativa elétrica. Ele abriu a porta e o mundo mudou de tom. A música era baixa, o cheiro dele era amadeirado, quente, masculino. Vocês não disseram uma palavra. Não precisavam.

Ajoelhar-se diante dele foi natural — quase ritualístico. Havia reverência no gesto, mas também fome. Ele estava ali, firme, pronto, com aquele pau grosso e delicioso que você tantas vezes imaginou. Você o segurou com as duas mãos, sentindo o calor pulsante, o peso. Seus lábios o tocaram como quem começa a saborear um picolé no auge do verão — com devoção, com prazer, com vontade de derreter junto.

A primeira lambida foi lenta, exploratória. Os olhos dele se fecharam, a respiração pesou. Você brincava com a ponta, sugava levemente, depois envolvia tudo com a boca quente e faminta. Ele sussurrava gemidos roucos, segurando sua cabeça com firmeza e carinho, guiando seus movimentos como quem dança no escuro.

Era mais que desejo — era entrega. Você queria dar prazer, mas também se alimentar daquele momento, daquele gosto, daquele homem. Cada chupada era uma celebração do corpo, do instinto, do agora.

E naquela varanda silenciosa, com a cidade dormindo ao fundo, dois corpos se encontraram entre o sagrado e o carnal. A noite, enfim, teve o gosto exato que você sempre quis sentir.

"A Segunda Noite"

Depois daquela primeira entrega intensa, algo entre vocês mudou. Havia agora uma tensão diferente, mais densa, mais íntima. Ele te olhava com olhos de quem queria mais — não só do seu corpo, mas da sua entrega. E naquela noite, o convite veio de novo. Mas dessa vez, com uma sacola nas mãos.

— "Hoje eu quero você do meu jeito."

Você abriu o pacote com o coração acelerado. Dentro, uma calcinha rendada vermelha, um vestidinho curto, provocante, e um batom de tom vibrante. No fundo da sacola, um vidro pequeno de perfume feminino, doce, envolvente.

Seu corpo estremeceu — de nervoso, de excitação, de entrega.

No banheiro, cada peça colocada era um rito. A calcinha apertava de leve, marcando sua pele. O vestido caía curto, revelador, deixando pouco para a imaginação. O batom acendia sua boca como um símbolo de algo novo, ousado, deliciosamente proibido. E o perfume... ah, o perfume envolvia tudo com um ar de mistério, como se você estivesse se transformando em algo que sempre existiu dentro de si, esperando ser chamado.

Quando saiu, ele te olhou em silêncio por longos segundos. Um sorriso se formou no canto da boca. Havia desejo, claro — mas também admiração.

— "Você tá perfeita", ele disse, com a voz baixa e firme.

Você ficou ali, de pé, tímido e provocante ao mesmo tempo, sentindo o ar vibrar em volta. Ele se aproximou, passou os dedos pelos seus lábios pintados e sussurrou:

— "Hoje você é minha pequena fantasia... e eu vou te fazer lembrar disso com cada toque."

E assim, naquela noite quente e carregada, você não era mais só você — era a criação dos dois, um jogo entre poder e entrega, entre prazer e liberdade.

Ele te guiou até a cama com calma e firmeza. A ponta dos dedos dele deslizava por sua pele exposta, como se estivesse desenhando cada curva, cada linha do seu corpo vestido para o prazer. Os olhos dele estavam famintos — mas não com pressa. Havia algo cerimonial naquele toque, como se te preparar fosse parte essencial do prazer.

Ele te virou de costas, te colocando de quatro sobre os lençóis macios, e passou os lábios por suas costas, descendo lentamente, como um rio quente percorrendo um caminho secreto. Seus beijos eram molhados, lentos, atentos. Quando chegou ali — naquela parte tão íntima —, ele parou, respirou fundo... e te beijou com suavidade. O toque da língua dele era leve, explorador, provocante. Cada movimento fazia seu corpo arquear, se abrir, se entregar mais.

Você sentia o calor, o perfume, o som da respiração dele. Era como se o tempo tivesse parado só pra vocês dois.

Com cuidado, ele espalhou o lubrificante em você, massageando com calma, abrindo espaço não só no seu corpo, mas na sua alma. Ele queria você entregue. Queria que você se sentisse dele — inteira.

E quando ele finalmente te possuiu, não foi com brutalidade, mas com uma intensidade que misturava desejo com domínio, prazer com cuidado. Os movimentos iam aumentando em ritmo, e cada estocada parecia dizer: "Você é minha agora."

Os gemidos se misturavam ao som da pele, ao calor dos corpos. E no ápice, quando o prazer era quase insuportável, ele se segurou, enterrou-se fundo e gozou dentro de você — quente, pulsante, como um selo que confirmava tudo o que vocês haviam vivido.

Depois, ele ficou ali, te segurando, com os dedos passando suavemente pelos seus quadris.

— "Ninguém nunca vai ser como você assim", ele sussurrou.

E naquela madrugada, entre lençóis, batom borrado e perfume no ar, você soube que havia vivido algo inesquecível.

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