As férias que mudaram minha vida

Um conto erótico de Manfi
Categoria: Heterossexual
Contém 1000 palavras
Data: 06/04/2025 12:18:52

As férias que mudaram minha vida

Dezembro chegou trazendo um calor sufocante e uma ansiedade que latejava por todo o meu corpo. Eu estava determinada a passar aquelas férias com a família de uma amiga no litoral. Seriam nossas últimas férias antes da faculdade, e o grupo de amigos do condomínio onde ela ficaria prometia dias bem intensos.

Aquele lugar guardava lembranças marcantes pra mim. Foi onde experimentei meus primeiros desejos: o primeiro beijo, o primeiro boquete, a primeira vez que senti o gosto doce da pele de outra garota. As festinhas improvisadas nas casas dos garotos locais costumavam ir além das músicas altas e luzes piscando. Sempre havia um canto escuro, um sofá escondido, e olhares que diziam mais que qualquer palavra.

Naquela época, eu já não escondia mais de mim mesma o quanto estava pronta. O corpo fervia por dentro. Eu queria sentir um homem de verdade — dentro de mim, em todos os sentidos. Queria entregar e tomar, provocar e ser guiada. Na frente, por trás, em todas as possibilidades que o prazer oferecesse.

Ruiva natural, herança dos meus pais irlandeses, sempre me destacava. Alta, com curvas que me faziam parecer uma mulher antes da hora. A bunda redonda e empinada causava olhares duplos: admiração e desejo. Os garotos mais velhos? Todos caíam fácil.

Mas meus pais, rígidos como bons descendentes do interior, barraram a viagem dos meus sonhos. Em vez de praia e liberdade, acabei indo para o interior, onde moravam meus avós. Um lugar pacato demais para alguém com tanto fogo represado. Apesar do tédio iminente, eu sempre gostava de passar um tempo com meus pais. A saudade, nesses momentos, era maior que a frustração.

No terceiro dia, minha avó me pediu que fosse ao mercado. Resolvi ir a pé, mais pela vontade de sentir o vento quente batendo no rosto do que qualquer outra coisa. No caminho de volta, um carro reduziu a velocidade ao meu lado. Era o Jorginho — filho da vizinha da minha avó, dois anos mais velho que eu, bronzeado e de bermuda, o peito nu brilhando de suor.

— Tá indo a pé nesse calor, ruivinha? Sobe aí — disse, com aquele sorriso torto.

Entrei. A conversa foi comum, mas logo percebi que ele não pegava o caminho de casa.

— Ué... Jorginho, passou minha rua.

Ele soltou uma risada baixa e respondeu sem cerimônia:

— Relaxa. Tá um tesão com esse vestidinho. Vamos dar uma volta.

Em vez de protestar, meu coração acelerou por outro motivo. Estava louca por isso. O olhar dele, a forma como seus músculos se contraíam ao dirigir, tudo em mim implorava por um toque.

Ele parou numa rua quase deserta, virou-se pra mim e me puxou de encontro à sua boca. O beijo foi urgente. Suas mãos escorregaram pelas minhas coxas, entrando por baixo do vestido com calma e intenção. Quando afastou os lábios, olhou nos meus olhos, abriu a bermuda e segurou meu cabelo com firmeza, guiando minha cabeça até seu colo.

Não hesitei.

A sensação era intensa. Eu me entregava com vontade, sentindo cada centímetro da pele dele pulsando na minha boca. A cada movimento, eu sabia que estava marcando aquele momento na minha memória — e na dele.

— Caralho… Vocês da capital fingem ser puritanas, mas chupa melhor que as mina do Vila — ele disse, rindo. O “Vila” era o prostíbulo da cidade.

Ao invés de me ofender, sorri com malícia. Beijei-o novamente, com mais desejo ainda. E pra minha surpresa, ele correspondeu com mais fome do que antes.

Jorginho me puxou pela cintura, com facilidade me posicionou no colo dele e, numa manobra ágil, passou para o banco do passageiro. Seus olhos me devoravam enquanto alinhava o corpo ao meu.

Sem dizer uma palavra, ele conduziu seu membro até a entrada do meu sexo. Meus lábios estavam molhados, pulsantes, pedindo para serem preenchidos. Ele foi devagar, me ajudando no início, e logo estávamos conectados de um jeito que eu nunca tinha experimentado.

Os movimentos começaram lentos, exploratórios. Eu me movia em cima dele, guiada pelo instinto e pelas lembranças do que já havia visto e escutado. A dor era quase inexistente, e o prazer crescia a cada impulso. Quando comecei a me acostumar, ele levou os polegares até meu clitóris e começou a massageá-lo com precisão.

Foi como acender uma fogueira.

Meu corpo tremia, os músculos se contraíam, e ele me acompanhava, ora segurando minha cintura, ora chupando e mordendo meus seios com um apetite incontrolável. Cada investida dele parecia atingir o ponto exato, arrancando de mim gemidos abafados pelo calor e pela surpresa.

Suados, nossos corpos colavam como um só. Eu já estava exausta, mas me recusava a parar. Então ele me levantou, me virou com um movimento firme e me colocou de costas, abrindo minhas pernas em direção ao teto do carro. A visão era explícita, e ele não hesitou: me penetrou com força, com vontade, com ritmo.

As estocadas firmes faziam meu corpo todo estremecer. A mistura de dor, prazer e adrenalina tomou conta de mim. Foi nesse momento que senti um líquido escorrer — pensei que tivesse feito xixi, de tanta intensidade. Hoje sei o que era.

O orgasmo veio como um trovão. Eu tremia, não sentia minhas pernas, apenas a pressão constante do corpo dele contra o meu. Pouco depois, senti o jato quente da sua ejaculação preenchendo meu interior. Aquilo me trouxe outra onda de prazer, quase insuportável de tão boa.

Ele saiu devagar, me olhando.

— Putz, ruivinha... Tá sangrando. Era virgem?

O tom despreocupado me incomodou um pouco, mas dei um sorriso tímido e respondi:

— Sim… eu era, né?

Ele me puxou para um beijo demorado, e sussurrou no meu ouvido:

— Mais tarde, vamos tomar um sorvete. Vamos aproveitar as férias…

Sorri de volta, já sentindo o gosto da próxima aventura:

— Claro… eu topo.

E foi assim. A melhor férias da minha vida. Jorginho virou meu primeiro, meu amante... e anos depois, meu marido. Hoje é só meu ex, mas ainda é — e sempre será — o amor da minha vida.

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Comentários

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Breve e intenso, como um texto de mil palavras deve ser.

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Que bom, p mim essa limitaçao de palavras é um problema...basta ver meus comentários qd estou animado!! Kkk

Se mais pessoas concordarem com vc eu já ficarei feliz e com o sentimento de dever cumprido.

Obrigado por comentar... abraço

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A gente é acostumado a construir a história, e desenvolver o que acontece. Esse tipo de desafio tira a gente dessa zona de conforto e nos vemos obrigados a "quebrar regras" que nos impomos naturalmente. Você fez bem.

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Foto de perfil de Majases ♠️♥️♠️

Deliciaaa sentir assim na primeira vez...

Adoramos

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Olá meu caro! Como vai? Por favor,preciso de um pequeno favor seu ? Vi que tem comentado nos contos do Lael, então se possível pergunta a ele o que foi que eu fiz a ele para ser bloqueado. Já mandei mensagem direta a ele mas não tenho resposta.

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TB não consigo maís...da erro ..não sabia que era bloqueio...

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Eu desconfiei que era porque em nenhum conto dele eu consigo comentar e aí o Eduardo me confirmou.Sinceramwnte não sei o que eu fiz a ele ?

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Uma bela história. Se você quisesse daria pra aproveitar ela como base para uma série

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Tô com outras ideias...mas quem sabe no futuro!!! É que não teria traições, manipulações, reviravoltas e etc...já tentei escrever romance aqui neste site e não deu certo!!!

Obrigado pelo comentário... abraço

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Aqui eu nunca vi esse tipo de conto ,mas aí no caso você teria achar um site especializado em romances , assim ficaria mais fácil sua história ganhar destaque

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Bom pessoal faz tempo que não escrevia. Foi difícil escrever exatamente mil palavras...mas foi divertido, espero que gostem TB!!!

CRITIQUEM, comentem, deem like se quiserem!! Logo mais trarei uma nova história!! Vou escrever tudo p depois postar. Aí dá p manter um intervalo...

Essa é p desafio apenas.

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