Mamei o hétero valentão do colégio no baile de formatura

Um conto erótico de André Martins
Categoria: Gay
Contém 10333 palavras
Data: 07/04/2025 10:28:37
Última revisão: 07/04/2025 15:10:47

Esse é um relato sobre formaturas infernais no verão americano e a decadente juventude estadunidense, da qual tive o desprazer de fazer parte durante os anos que meus pais moraram em Beverly Hills, Califórnia. Se não tá preparado, é melhor cair fora, perdedor!

Por onde eu começo? Deixe-me ver... All Stars preto de cano alto, calça justa com corrente no bolso, pulseira spike, franja pintada de preto, skate nos pés... Ah, já sei! Acho que posso iniciar dizendo que minha maior preocupação era terminar o colégio e ser aceito em alguma universidade renomada no ramo da tecnologia, tipo Stanford ou MIT. Já não aguentava mais ser aporrinhado pelo Brock, o cara que pegava no meu pé de segunda à sexta, então dei a cara nos estudos, pois queria me ver livre dele a qualquer custo. Eu olhava no espelho do banheiro e já me imaginava vestindo beca em Massachusetts, finalmente longe desse imbecil.

Fosse no estacionamento do colégio, no ginásio de basquete, nos vestiários, no campo de futebol americano ou nos corredores, o babaca do Brock me avistava de longe, no meio da multidão, e tirava o dia, às vezes a tarde inteirinha pra testar minha paciência. Meu corpo magrelo e meu jeito delicado eram os alvos perfeitos pras piadas sem noção dele, era quase como se eu vivesse com a mira daquele idiota focada em mim. Por causa dessa perseguição sem sentido, eu me esforçava pra entrar e sair do colégio sem fazer barulho no meu skate, porém nem sempre passava despercebido pelo meu algoz.

Enquanto a maior parte dos estudantes se preocupava com status, prestígio, corpo perfeito, paixonites, traições e a nostalgia do fim do ensino médio, meu único desejo era me formar e cair fora o mais rápido possível. Eu vivia tão à parte daquele mundinho que mal tinha amigos, não falava com ninguém. Vestia o capuz do casaco pra esconder meu rosto, meus fones só tocavam Paramore, Fall Out Boy e Simple Plan, e essa era a forma que eu encontrava de fingir que não estava lá durante horas, por puro escapismo. Minha cabeça girava em códigos de programação, sendo que o resto do povo tava preocupado com copos vermelhos, vestidos de formatura e morangos no ponche de cereja. Você percebe a diferença de mundos?

Meu universo se resumia a estudos avançados de programação, tecnologia da informação e treinamento hacker no Vale do Silício. Eu era um cara da computação e me sentia preso no lugar errado, porque todo mundo ao meu redor só pensava em Tik Tok e em encher a cara nas férias da primavera. Já ouviu falar em spring break? Pois é, bem American Pie. O resto do pessoal vivia o verdadeiro teenage dream, com direito a férias alucinadas na Costa Oeste, disputa de rei e rainha do baile de formatura, rapazes chamando gatinhas pra irem de casal e combinando de passar na casa delas às oito.

Este, portanto, é um relato sobre como eu me sentia diferente deles, especialmente do valentão Brock. É o relato sobre uma manhã quente na famosa e elitista Beverly Hills High School, palco onde estudavam muitos filhos de famosos e frequentado por clãs influentes nas mais diversas áreas da indústria americana, da Ciência a Hollywood. Por Deus, como eu detestava aqueles corredores movimentados e os estudantes eufóricos com a última quinta-feira antes do baile.

Tudo começa quando eu atravesso o saguão, abro meu armário, guardo o livro de Matemática e pego o de Linguagem de Programação. Alguém empurra a porta que eu acabei de abrir, faz ela bater com violência contra o meu armário e me cumprimenta com o sorriso diabólico de sempre.

- Ora, ora, se não é meu boiola favorito.

- Pronto, lá vamos nós. O que você quer comigo, Brock? Já falei que me chamar de bicha não é ofensa pra mim, troca a fita.

- Eu sei. Você é baitola mesmo e se orgulha disso. Como é que fala? É orgulho, né? Heheheh. – o loiro sacudiu a bandeirinha do arco-íris que eu usava na mochila e fez cara de deboche.

Brock era atleta do time de futebol americano, atuava como quarterback e era um dos caras mais populares do ensino médio, todas as líderes de torcida paravam para vê-lo treinar. Alto, branco, musculoso e loiro dos olhos cinzas, com o peitoral malhado e estufado, bíceps saltados, topete na cabeça e bigodinho russo sobre o beiço. Ele tinha 19 anos, só andava de jaqueta dos Eagles escondendo os braços fortes, pilotava uma motocicleta cromada e pertencia à rica família dos Armstrong, o sonho de qualquer menina do colégio. O cara era tão galã que até as professoras mais saidinhas rendiam pra ele, nem elas perdoavam. Tinha jeito de playboy, filhinho de papai, e nunca me dava paz.

- Só vim lembrar que o colégio tá terminando, mas eu vou continuar enchendo a porra do teu saco, “faggot”. – ele apontou o dedo na minha cara e usou a gíria pra viado, bicha.

- Ah, dá um tempo. Vê se me esquece, cara. Vai curtir seu bailinho, vai. Já separou a roupa?

- Tá boladinho porque ninguém te chamou pro baile, é, boneca? Hehehe!

- Como se eu desse a mínima pra um baile de bosta. Não quero lembrar de nada desse lugar, muito menos de vocês. Agora vê se me deixa em paz. – tranquei o armário, dei as costas e saí, mas ele me puxou e apertou a mão grossa na minha nuca pra me controlar.

- Tô falando contigo, Peter! Não dá as costas pra mim, senão eu te quebro! Nunca mais dá as costas! Escutou?! – Brock fez cara de bravo, colou o nariz no meu e me imprensou firme na parede do corredor.

- Ô, ô, ô! Segura a onda, cuzão! Deixa o cara! Vai caçar teus amigos, Brock! – um estudante aleatório se meteu no meio de nós e impediu o valentão de me bater.

O rapaz agiu rápido, separou a gente e deixou o Brock ainda mais furioso, ele até suspendeu as mangas da jaqueta e exibiu os antebraços veiúdos. Eu nunca tinha visto aquele aluno antes, mas agradeci por ele ter me protegido, caso contrário eu teria apanhado ali mesmo e nenhum inspetor teria evitado.

- O que você pensa que tá fazendo, O’Bryant?! Vai ficar defendendo essa frutinha agora, babaca!? Virou advogado de baitola? – Brock ficou revoltado, tirou a mochila das costas e se preparou pra brigar.

- Calma, bro, calma! Não precisa disso, a gente não tem que se bater. Segura a onda, ok? Sem briga. – o recém chegado Jason O’Bryant me defendeu.

- Por que você tá defendendo o marica?!

- Porque é o jeito dele. Você tá cansado de saber que a diretora Sinclair não tolera discriminação aqui dentro, cara.

- É sério que você vai defender uma bicha?! Ninguém nem convidou esse cuzão pro baile!

- Ah, então é por isso? Saquei. Bom, já que é assim... Peter, você... – o Jason hesitou, respirou fundo e olhou pra mim. – Você gostaria de ir no baile de formatura comigo?

Os códigos na minha mente de repente pararam de programar. Brock arregalou bem os olhos quando viu a cena, alguns estudantes à nossa volta também pararam pra ver, Jason segurou minha mão e repetiu o pedido, porque eu demorei pra responder.

- Quer ou não quer ir no baile comigo, Peter? Por favor, diz que sim.

- Na boa, Jason. O treinador Cable te dá uma chance na equipe de basquete e é assim que você retribui? – o loiro resmungou.

- Posso saber que balbúrdia é essa aqui? – a diretora Sinclair chegou no corredor, bateu as pontas dos saltos agulha no chão e todo mundo ficou em silêncio. – São 10h45 da manhã. Os senhores não deveriam estar em aula agora?

Ninguém disse nada. Quando a diretora falava, todos abaixavam a cabeça, afinal de contas ninguém queria desobedecer a ordens diretas do prefeito. Linda Sinclair era uma mulher magérrima, com peitões de silicone e decotes inadmissíveis para se trabalhar num colégio do ensino médio. Quarentona cheia de botox e preenchimento labial, ela era a típica loira “Karen” classe média-alta que foi colocada no cargo por conta dos contatos políticos que possuía. Casada com um engenheiro renomado, mas todo mundo sabia dos casinhos dela com o secretário Keller, bem como sabiam das vezes em que a diretora levava atletas suados pra sala da direção. O próprio Brock já tinha ido pra direção umas três vezes só naquela semana agitada do baile de formatura.

- Que vergonha, senhor Armstrong. – ela cruzou os braços e fez bico. – Quero o senhor na minha sala imediatamente. Anda, agora.

- Mas diretora, eu-

- Eu disse AGORA. – pôs as mãos na cintura e aumentou o tom de voz.

- Argh, saco! – Brock deu meia volta, lançou a última encarada pra mim e saiu em direção à diretoria.

- E vocês? – a diretora olhou pra nós.

- Por aqui tá tudo certo, diretora Sinclair. Problema nenhum, estamos bem. – Jason disse.

- Que bom. Tô de olho nessas suas notas em Educação Física, senhor O’Bryant. – cínica e sugestiva, a loira alisou as golas da jaqueta do Jason e deixou seu perfume açucarado no rapaz. – Dá uma passadinha na minha sala depois. Precisamos... Conversar sobre recomendações da universidade.

- T-Tá bom, diretora. Obrigado. Heheh! – Jason ficou visivelmente nervoso e se livrou das garras dela assim que pôde.

O clima voltou ao normal no corredor do colégio, os poucos estudantes retornaram às atividades e eu achei melhor fazer o mesmo. Me preparei pra sair, coloquei o fone, andei e senti a mão puxar meu braço. Olhei pra trás e Jason estava me segurando.

- Foi mal, nem agradeci por ter me defendido. Valeu mesmo. – falei.

- Que nada, bro. Esses caras precisam ouvir umas boas de vez em quando. Heheheh. Você tá bem, Peter?

- Tô, sim. E graças a você, valeu mesmo.

- Bom saber. Então... – ele riu, ficou sem jeito e não soube como completar a frase. – Te pego às oito no sábado?

Minha ficha caiu, eu fiquei envergonhado e tratei de despreocupá-lo.

- Ah, não, não precisa! Você não tem que fazer isso, cara, vai por mim.

- Não tenho? Mas eu quero ir, poxa. Quero te levar no baile, Peter, não tava mentindo.

Meu coração acelerou no peito e me faltou tempo de reação. Travei completamente, nem tentei disfarçar a hesitação. Jason O’Bryant era mais alto que eu e ligeiramente mais baixo que o valentão Brock, coisa pouca. Filho mais velho de um pugilista e medalhista afro-americano com uma dançarina brasileira, ele tinha a pele em tom de chocolate ao leite, morena clara, e herdou o biotipo atlético do pai, além da ginga latina da mãe.

- Me dá uma chance, vai? Só uma. – fez cara de pidão e segurou minha mão. – Só quero a chance de te levar no baile, Peter. Não tô a fim de passar o sábado aturando meus irmãos em casa. E aí, topa?

- Ah, droga. Então você tá falando sério mesmo, tipo MESMO?

- Tô. Tudo que você tem que fazer é dizer sim.

Num colégio onde a maior parte dos rapazes seguia um padrão branco, loiro, da pele lisinha e de olhos claros, Jason era uma pintura colorida por pincéis de ouro, uma escultura talhada por cinzéis de diamante. Ele era absolutamente uma obra da mais refinada arte e se destacava dos outros estudantes de maneira sublime, começando pelas pernas peludas. Até sua postura era diferenciada do resto dos alunos.

- É que eu acho nada a ver você me chamar pro baile.

- Por que nada a ver?

- Porque você é um dos héteros populares, Jason. Você é um dos atletas descolados e eu sou apenas um viado nerd, o emocore colorido e introvertido que todo mundo ignora. A conta não fecha. – usei a gíria faggot pra explicar bem nossas diferenças. – Você me ajudou com o Brock e eu sou grato por isso, mas vamos cair na real, não estamos num filme adolescente. Sei que você apoia a causa, mas não precisa fazer a caridade de me convidar pro baile, cara.

No meio do peitoral dele também havia pelos, assim como nas axilas. O rosto lisinho dava a ele uma cara de Tom Holland que me lembrava muito o ator Rome Flynn, de How to Get Away with Murder. Ombros esféricos e torneados, os gomos do tanquinho cada vez mais proeminentes no abdome chapado, o cabelo cortado nas laterais e mantido crespo em cima, veias nas mãos, nos antebraços e no encontro do peitoral com o sovaco. Seu corpo era cuidado e malhado, mas não grandão igual ao do Brock, e ele parecia um príncipe encantado da Disney, todo mocinho, todo certinho. O tipo de atleta que qualquer mãe gostaria de ter como genro.

- Não é caridade, é só... – ele abaixou a cabeça, depois olhou pela janela do corredor e desabafou. – Não convidei ninguém pro baile e ninguém me convidou também, Peter, é isso.

- Você!? – eu não acreditei. – Tipo, sério que ninguém te convidou?

- Não, eu... Olha só, dá pra falar baixo? Não quero expor meus problemas aqui.

- Tudo bem, desculpa. Mas é que é difícil de acreditar que ninguém te chamou.

- Por que? Só porque eu sou atleta? Agora eu que vou mandar você cair na real. Eu sou um jovem negro e bolsista no colégio mais elitista de Beverly Hills, Peter. Meu corpo só chama atenção na hora que eu jogo basquete ou quando a diretora quer fazer uma boquinha rápida na sala dela, porque fora isso... As meninas preferem ir pro baile com um branquinho do olho claro, tipo um Brock da vida. – o garotão abriu o coração e falou olhando no meu olho.

Seu físico era uma mistura magnética e solar de testosterona com melanina, reluzia naturalmente e chamava atenção toda vez que ele começava a se exercitar na pista de corrida. As mesmas líderes de torcidas que paravam pra ver Brock treinar corriam pra tirar casquinhas do corpão suado do Jason, mas mesmo assim nenhuma delas o convidou pro baile de formatura. Sacanagem das brabas, quase um crime.

- Foi mal. Desculpa, não sabia que... – perdi a voz, não soube o que dizer.

- Você não tem que se desculpar, bro. A única coisa que você tem que fazer é aceitar ir no baile de formatura comigo. Sei que é de última hora, mas eu insisto pra você me acompanhar. E então, o que diz?

Pensei rápido, repensei, tentei processar tudo que estava acontecendo, mas foi informação demais em pouco tempo. A manhã agitada e abafada de quinta-feira na Beverly Hills High School começou com a implicância tóxica do Brock e terminou com um convite inesperado vindo de um cara que eu sequer conhecia. Foi pressão à beça, me senti sufocado e não vi escapatória.

- Tudo bem, eu vou.

- SÉRIO!? NÃO?! – Jason esbravejou.

- Sério. Eu aceito ir no baile com você, Jason. Mas ó, já aviso que eu preferia ficar em casa, ok? Não levo jeito pra essas reuniões adolescentes. Tenho zero energia social.

- YES! – ele socou o ar e deu um pulo. – Aí sim, bro! Tamo dentro, garoto! Hehehe! Você não sabe como animou meu dia, Peter.

- Só por causa de um baile tosco?

- Só por causa de um baile.

- Bom, então tomara que seja o melhor baile das nossas vidas. – falei com desdém.

- Garanto que você não perde por esperar. – prometeu. – Te busco às oito?

- Fechado. Não quero dar trabalho.

- Não vai dar trabalho nenhum, é caminho. – ele alisou meu queixo. – E vem cá, será que eu posso te chamar de Pete?

- P-Pode, claro. Você é a primeira pessoa que me chama assim.

- Dizem que sempre tem um primeiro pra tudo, sabia? Heheh... – o garotão esboçou um sorriso cínico.

- Então tá. Eu deixo você me chamar de Pete se eu puder te chamar de Jake.

- Fechado. Me passa seu número.

Trocamos contato, Jason apertou minha mão, bateu com o ombro no meu e se despediu. Ele andou rumo ao ginásio de basquete, eu dei alguns passos em direção ao banheiro, mas parei de andar e só nesse instante caiu a ficha do que acabei de fazer. Logo eu, o sujeito introvertido que queria que o ano letivo acabasse logo, me enfiei na tenebrosa missão de me preparar para o evento mais esperado pelos estudantes do ensino médio: o baile de formatura. E detalhe que só tive um dia pra isso, porque o evento já era no sábado seguinte.

Tirei a sexta-feira pra ir atrás do blazer e de sapatos, saí cedo com meu pai e nós passamos a manhã inteira experimentando roupas nas lojas da cidade. Almoçamos na rua, contei pra ele das baixas expectativas pro baile e acho que me animei demais, pois participar da festa do colégio não fazia parte dos meus planos, muito menos acompanhado do maravilhoso Jason O’Bryant.

- “O que será que esse cara viu em mim?” – eu me perguntava. – “O que ele ganhou se metendo na minha briga com o Brock, além de um novo desafeto?”

Tudo bem que o nosso tempo de convivência no colégio tava pra acabar em menos de um mês e que nós, muito provavelmente, nunca mais voltaríamos a nos ver, mas, ainda assim, o Jason simplesmente comprou meu problema quando resolveu tirar as mãos do valentão de cima de mim na quinta-feira. Ele podia ser apenas mais um dos que viram Brock me intimidar e nada fizeram, só que não, reagiu e me defendeu sem pensar duas vezes, e no final ainda me convidou pro baile. Como processar?

Não sou exatamente o tipo de pessoa ansiosa, mas passei o sábado mexendo as pernas daquele jeito acelerado e com o pensamento no volume máximo. Ser notado por um dos héteros populares do colégio era um acontecimento para o qual minha mente não tinha um código programado, então fiquei horas e horas bugado, travado em mim mesmo e fazendo as tarefas aos poucos. Cortei o cabelo, fiz a barba e o bigode, minha mãe trabalhou com o skincare dela no meu rosto e me deixou novinho em folha, macio e cheirosinho.

Tomei banho às sete, fiquei pronto às sete e meia, o relógio bateu oito horas em ponto e meu corpo tremelicou quando escutei o ronco do motor suave na cerca de casa. Abri a porta, saí e lá estava o Ford Mustang conversível estacionado perto da calçada. Era preto brilhante e polido, com rodas de liga leve, suspensão rebaixada e LED azul frio nas calotas, o que dava um visual soturno ao veículo e também ao seu dono.

- Você é pontual mesmo, né, Jake? – sorri.

- Não queria te deixar esperando. – Jason fez questão de sair do carro pra me receber. – Você tá bonitão, Pete. Essa gravata de arco-íris combinou contigo.

- Sério? Achei que tinha ficado cafona, por isso tirei o óculos.

- É, você tá outra pessoa. Ainda mais bonito. – ele alisou meu queixo e riu.

- Você que o diga. Tá maravilhoso, Jake. Aliás, tá não, você é maravilhoso. Esse terno te deixou mais gato. – tive que dizer.

- Divirtam-se, rapazes. Não se preocupem com o horário. Hahahah! – minha mãe se despediu.

- Olha lá, O’Bryant. Cuida bem do meu filho. – meu pai avisou.

- Pode deixar, senhor Davis. Seu filho vale ouro. Tenho certeza que a noite de hoje vai ser inesquecível. Pra nós. Hehehe... – o morenão acenou.

- É bom que seja mesmo. É bom que seja... – meu coroa não sorriu.

Não sei se me senti especial ou se foi o banco esportivo com detalhes azulados que me deixou empolgado, mas havia algo de diferente na atmosfera noturna de Los Angeles. Algo no ar de Beverly Hills, uma espécie de fulgor que eu não sabia descrever. Já eram oito e pouca da noite e o céu inexplicavelmente ainda não estava 100% escuro, por incrível que pareça. A parte superior das nuvens até que tava escura, mas ainda dava pra ver o degradê lilás do crepúsculo espelhando lentamente na linha do horizonte enquanto a gente passava pelas enormes palmeiras balançando, quase como se os trópicos tivessem parado de se mover. Meu corpo esquentou ao lado do Jason, a brisa macia do verão atravessou meu cabelo e ele me olhou.

- Tá nervoso, Pete? – ele perguntou.

- Mais ou menos, e você?

- Um pouco. Só quero chegar e beber.

- Será que vai ter álcool?

- Que? Tá brincando comigo? Sempre tem álcool, bro. – abriu o terno e mostrou a garrafa de metal.

- Meu Deus! E a diretora Sinclair preocupada de alguém colocar licor no ponche. Hahaha!

- Sinclair? Aquela lá não vale nada, Pete. Se você soubesse quantos alunos ela já traçou na direção...

- Todo mundo conhece essa fofoca, Jake, não é de agora. Ela gosta é dos atletas suados. Esses mais saradinhos, que nem você. – brinquei.

- E gosta muito. Ela dá em cima de mim direto, bro.

- E você? Nunca fez nada com ela?

Ele ergueu as sobrancelhas, lambeu os lábios grossos, suspirou e desceu a mão no meio das pernas pra dar aquela apertada grudenta no meninão.

- Você quer a verdade, mano? Eu sou homem, sabe como é. Não recuso uma boa mamada.

- Sério, Jake?

- Sério. – ele tirou os olhos da avenida e me olhou de um jeito sugestivo. – Só a ideia de imaginar meu pau na boca já me deixa animado, amigão. É mais forte que eu. Todo cara curte um boquete bem feito, concorda?

- É, se você tá dizendo... Concordo.

- Pena que nem sempre tem uma safada disponível pra me chupar.

- É aí que você procura a diretora Sinclair? Hahaha!

- Duvido! Hehehe! Nunca. Ela que me procura.

- Saquei... E você vai.

- Vou mesmo. Quer que eu faça o que, recuse a mamada? Ela me drena e eu fico leve, é assim que funciona. Fora que a rotina de treino às vezes é fodida, irmão, muito intensa. Atleta precisa aliviar, entende o que eu quero dizer? – outra passada de mão na virilha, dessa vez ele não se segurou e deu várias mascadas salientes no volume.

À vontade, Jason ligou o rádio do conversível, colocou numa estação de hip-hop e começou a tocar Alligator Bites Never Heal pra aguçar meus ouvidos. Ele pegou uma coroa de flores feita de pétalas brancas, pôs na minha cabeça e alisou meu rosto com a mesma mão que usou para ajeitar a mala entre as coxas.

- Comprei pra você. Pra combinar com a sua gravata colorida.

- Valeu, Jake. Assim você me mima, eu fico sem graça. Hihihi.

- Ah, é? Espera até a gente chegar lá e eu batizar o ponche. Hehehe.

Batemos um papo entrosado no trajeto de quinze minutos até o colégio, ele parou o carro no final do estacionamento lotado e andou do meu lado na hora de entrar no ginásio, pra deixar claro que fomos juntos ao baile. A quadra tava lotada, toda ornamentada com bexigas no teto, o palco no centro e mesas de comida por todos os lados. A pista de dança perto das arquibancadas estava iluminada com luz negra e muita gente brilhava em neon colorido enquanto dançava, todo mundo animado e bem vestido. As caixas de som tocavam algo entre a antiga da Dua Lipa e nova do Bruno Mars, minhas orelhas vibraram e a primeira coisa que o Jason fez foi tirar a garrafinha do bolso do terno.

- Que isso, já?

- Já não, ainda. Preciso beber, vamo ver o que tem de bom aqui.

Fomos até o bar, pedimos drinques sem álcool e ele se encarregou do restante, dando o toque que faltava nas nossas bebidas. Os coquetéis ficaram uma maravilha: eu investi no mojito e ele se acabando em caipirinhas de limão e de maracujá. Nunca fui muito de beber, então minhas bochechas e orelhas esquentaram logo, não custei muitas taças pra ficar animado e foi questão de uma horinha pra entrar no brilho dos embalos de sábado à noite.

- Licença, senhor Pete Davis. O senhor me concede a honra desta dança? – Jason puxou minha mão e me arrastou pra pista, onde estava a maior parte da galera.

- Ah, não, você não vai me fazer passar essa vergonha. Por favor, isso não. Tudo, menos isso.

Só que começou a tocar uma das mais famosas da Beyoncé justamente nessa hora, o pessoal foi à loucura e eu não tive como fugir do moreno. Ele aproveitou o coro do povo, passou a mão na minha cintura e me puxou pra baixo da luz neon, ainda enfeitou meu rosto com um óculos colorido e caricato, cheio de brilho. Jason arriscou passos de rap na minha frente, seu jeito suingado de dançar me seduziu e eu tive que olhar várias vezes pra acreditar que estava realmente tão próximo dele, de tão pertinho que ficamos.

- Vou lá pegar mais bebida, não demoro.

- Vou contigo. Quero ficar perto de você hoje. – ele sorriu e me deu a mão.

Tocou Olivia Rodrigo na sequência e todo mundo começou a pular, ninguém ficou parado, aí a gente pulou junto e se soltou. No meio da pulação, esbarrei com o cotovelo no cara que tava atrás de mim, o sujeito não gostou, me empurrou e Jason veio me defender.

- Tá maluco, é?! Não encosta no meu moleque, não.

- Foi mal. Não sabia que ele tava acompanhado. – o estudante se desculpou.

- É, então fica sabendo. Agora rala, deixa a gente em paz.

- Desculpa aí. – saiu de perto.

Não queria admitir, mas eu bem que poderia me acostumar com a vidinha de ser defendido por aquele jogador de basquete com pinta de namorado perfeito.

- Caramba, valeu. Maneiro ser protegido por você. – deixei escapar.

- A honra é minha de te trazer ao baile, Pete. Obrigado por confiar em mim pra animar sua noite. Tô aqui pra te proteger. – ele brindou a taça na minha.

Começou a tocar a música mais manhosa da SZA, a pista de dança esvaziou de repente e ficaram apenas os casais dançando coladinho. Mão na mão, mão na cintura, pernas casadas com pernas, somente os candidatos a rei e rainha do baile se moviam devagarzinho sob os versos agridoces da cantora e aconteceu de os dedos do Jason buscarem meu quadril quando ela chegou no gemido do refrão.

- Essa música é pra dançar diferente, tem que ser assim. – ele me puxou.

- Assim como?

- Assim, ó. Bem de pertinho, sem medo. – o bonitão me olhou cara a cara, bem tranquilo, soltou o hálito mentolado na minha face e eu respirei fundo, lutando pra não ficar nervoso.

- T-Tem certeza que é assim tão de perto?

- Eu só tenho certezas, Pete. – Jason deslizou o lábio no meu pescoço, grudou a cintura na minha e nós ficamos quase cinco minutos dançando agarradinhos, na maior química.

Minha mente viajou longe. Depois de quatro longos anos aturando o escroto do Brock, nunca imaginei que ainda poderia criar bons momentos e memórias preciosas no último mês do colégio. Acho que me distraí na trilha sonora e também com as notas amadeiradas do perfume Dior do Jason, talvez. Quando voltei a mim, o garotão estava alisando meu ventre, roçando devagarzinho na minha coxa e acho que nem ele percebeu que ficou excitado com o nosso contato físico. O desejo e a excitação me arrebataram, ele buscou o pé da minha orelha e sussurrou as palavras, me deixando arrepiado.

- Vamo lá atrás tomar um ar fresco? Que tal? – seu modo assanhado de falar lançou mil possibilidades no ar.

- Lá... Atrás?

- É... Depois do estacionamento, sabe? No escurinho, onde ninguém vai ver a gente. – o safado mordeu meu lóbulo e me instigou.

- Posso saber o que o senhor que fazer comigo, senhor O’Bryant? – eu tava tão altinho que imitei a diretora Sinclair e fiz ele rir.

- Hehehe! Ah, você não quer que eu conte. É melhor eu te mostrar do que só ficar falando, Pete. Vem, vamo lá. – ele me guiou.

- Mas será que eu vou gostar?

- Tenho certeza que você vai curtir, bro. Tem um lado meu que você ainda não conhece.

- Uh, você tá mexendo com a minha curiosidade, Jake. Um lado seu que eu ainda não conheço, é? Que lado é esse?

- Você nem imagina. – apertou o volumão na calça e deu o risinho cínico.

Uma e quinze da manhã. Começou a tocar Summerboy quando eu e Jason atravessamos os grupinhos de estudantes bêbados que ainda circulavam no ginásio. Ele me conduziu à parte de trás do campus, cruzou a área desativada do estacionamento e nós caminhamos por poucos minutos na trilha que o zelador Higgs proibia todo mundo de entrar.

- “Já falei pra não se enfiarem naquela mata.” – o velho ranzinza vivia resmungando. – “Toda semana sou eu que tenho que limpar a porcaria das camisinhas que vocês deixam jogadas lá, seus merdinhas! As férias de primavera já acabaram, deem um tempo.”

Nenhum estudante da Beverly Hills High School era tão ingênuo, muito menos eu. O pessoal sabia o porquê de a diretora Sinclair ter mandado cercar e isolar o bosque traseiro do colégio, especialmente os atletas mais foguentos e as meninas assanhadas sabiam. Jason, há que se notar, era um desses atletas cheios de fogo. Esperei encontrar casaizinhos perdidos ali àquela hora da madrugada, ainda mais em noite de baile, mas aparentemente não havia mais ninguém, só nós. O moreno abriu os botões de cima do terno, se abanou, mostrou os pelos do peitoral e virou o copo inteiro de caipirinha.

- Minha curiosidade tá nas alturas, Jake. Você tem a maior cara de santinho, não consigo te imaginar aprontando por aí. – sentei numa pedra enorme perto de nós.

- Não? – ele pegou um cigarro mal enrolado, lambeu a goma do papel e posicionou entre os beiços antes de acender.

Sua próxima ação foi tragar a fumaça branca durante alguns segundos, depois descarregou no ar sereno e eu imediatamente reconheci o cheiro característico que nos envolveu. Não se tratava de tabaco e nicotina, era erva, a tal da marijuana. Os olhos do Jason diminuíram de tamanho, ele afrouxou a gravata e ofereceu o beck.

- Esse é o Jake que ninguém conhece? Ninguém sabe que você fuma maconha?

- Ninguém. Tá surpreso? O Jason santinho que você imaginou fuma erva?

- Não, não fuma. Mas não tô 100% surpreso, tipo surpresão. – peguei o baseado, dei duas tragadas e a onda me dopou forte, não teve espera.

- Eu só venho aqui quando quero fumar um e gozar. – ele abriu o zíper. – Só trago as gatinhas pra cá quando quero ganhar uma chupada, sacou?

Meu corpo esquentou e a língua secou. Tava mais do que na cara quais eram as intenções dele comigo, e não nego que eu também estava hipnotizado pelo Jason desde o momento que ele me buscou em casa. Só que a hesitação venceu, eu custei a reagir e minha demora fez o gostoso botar o volume da cueca pra fora da braguilha, ficando com a cintura perto do meu rosto.

- Nada combina mais com baile de formatura do que um boquete bem feito, Pete. E quer saber? Eu nunca digo nunca. Toda mamada é bem-vinda.

- Bom saber. Porque eu vou dar a melhor boquinha que você já recebeu. Duvido que qualquer uma dessas patricinhas líderes de torcida te chupe do jeito que eu vou chupar agora.

Me aproximei, escondi atrás da árvore, apoiei em suas coxas e meu nariz buscou o pau macio e quentinho na roupa íntima, o cheiro fresco do morenão me possuiu. Seu púbis tinha pelos curtos, era rígido, durinho e combinava com o corpo torneado de jogador de basquete do meu colega.

- Mostra o que você sabe fazer, moleque. Fica à vontade.

Desci a parte da frente da cueca da Puma e o membro do Jason saltou diante dos meus olhos, simplesmente o pau uncut mais apetitoso que eu já vi. Era tão moreno quanto ele, de tamanho grande, cerca de cinco polegadas, com a glande coberta pelo prepúcio delgado e aparência de ser super macio. Espessura acima da média, o comprimento idem, veias bem calibradas na parte da cima e torto para a direita, naturalmente curvado em si mesmo. Esse era outro detalhe que o diferenciava dos caras da Beverly Hills High School. Nunca vi lugar pra ter tanto homem de pica reta.

- Caramba, Jake! Isso é o que, um poste?! – não acreditei.

- Gostou? Hehe. É todo teu. – ele puxou mais fumaça, suspendeu a blusa do terno e mostrou o tanquinho.

Caí de boca antes mesmo de arregaçar o couro flácido. Ele me olhou com as sobrancelhas erguidas e fez cara de quem nunca tinha recebido boquete de outro cara antes, eu borbulhei. Seu queixo caiu, Jason abriu a boca, fechou os olhos e se empolgou rápido, não levou um minuto pra dobrar de tamanho na minha língua e ocupar espaço entre as amídalas. Fui tomado por uma onda de luxúria quando senti esse crescimento, porque a ponta do mastro chegou perto da minha garganta, o gosto açucarado saturou meu paladar e comecei a engasgar com vontade.

- SSSSS! Porra, Pete, que boquinha de veludo dos infernos! Não sente nojo de encher a boca na minha pica, viado?

- Por que sentiria? Um pauzão grande e gordo desses, dá até orgulho de ajoelhar pra você.

- Sério? Tipo, esse pau te alimenta?

- Demais! É tão grosso, cara! Do tipo que enche a boca toda, mal consigo engolir tudo. Mas eu tento, olha. – mergulhei em cheio, abocanhei mais da metade e engasguei várias vezes seguidas.

O molecão ouriçado ficou na pontinha dos sapatos, ergueu o corpo nas folhas secas da trilha e tirou os olhos de mim para observar ao redor, enquanto sua pica visitava o final da minha goela. Além dos pentelhos pinicando minhas narinas e da testosterona do Jason mexendo com meu olfato, também havia o fato de estarmos escondidos no terreno do colégio e em plena noite de baile de formatura, mas esse detalhe acabou se tornando a cereja do bolo, pois deu uma perigosa dose de adrenalina à nossa sacanagem.

- FFFF! Não consigo acreditar que você não sente nojo de chupar piru, moleque.

- Ué, você sabe que eu sou gay. Eu gosto de homem, chupar pau é um prazer.

- Eu sei, eu sei. É só que... Ah, sei lá. Não tô acostumado com essa parada. – confessou.

- É a primeira vez que um cara te chupa, Jake? – tive que perguntar.

- É. Eu sou hétero, você sabe. Nunca fiz isso antes. E tipo, fica só entre nós, beleza?

- Por mim, ok. Mas tá gostando? – lambi a pontinha do prepúcio.

- Heh? Você ainda pergunta, Pete? Olha como eu tô, bro. – ele pulsou a vara na minha frente, ela empenou violenta e quase bateu no umbigo do danado.

Quando a ereção chegou no máximo, o membro estalou e só então arregaçou. Sozinho, Jason nem usou a mão. A cabeçona escura vazou, revelou o visual carnudo, estufado e bastante moreno, cujo cheiro quente abriu meu apetite. Parecia um cogumelo de grande proporção, apontado pro alto, do caule tortuoso e o eixo bem definido até o talo. Acho que o que mais me impressionou é que não era um pau só gordo, era também longo, denso, cheiroso e suculento de mamar, e olha que eu ainda nem havia sentido o gostinho da glande ainda.

- SSSSS! Você gosta mesmo de engolir caralho?!

- Gosto muito. Principalmente quando é de um atleta hétero e safado igual você. – alisei seu tanquinho, segurei nas bolas e o moreno ficou mansinho na minha mão, só faltou miar.

- Na boa, Pete. Pra mamar desse jeito, aposto que você deve chupar muito hétero por aí. Mais do que a diretora Sinclair, não? Hehehe! Tem que praticar bastante pra ficar boqueteiro assim.

- E você acha que eu tenho cara de boqueteiro? Hahaha!

- Acho. O que não falta no colégio é atleta borbulhando de hormônios e procurando uma boquinha pra extravasar as tensões das competições. Você deve chupar geral.

- É assim que você se sente, gostoso? Aliviando a tensão na minha boca?

- Demais. Me sinto chupado por um mamador profissional. – foi o melhor elogio que eu recebi nessa noite. – Será que você aguenta fazer que nem nos vídeos pornôs?

- Como?

- Tipo, deixar eu foder sua garganta. Foder sua cara, aguenta?

Peguei sua mão grossa, levei à minha cabeça e voltei a mamar enquanto acariciava e massageava as bolas de touro dele. O moleque ganhou a confiança que precisava, fincou os sapatos no mato e usou ambas as mãos pra segurar meu crânio e enfiar nove polegadas do picão gordo e escuro nos confins da minha faringe. Nem eu sei como dei conta de engolir tudo, só sei que me esforcei, suei debaixo da árvore e cheguei a lacrimejar de emoção ao sentir meu beiço inferior tocar o ovo direito.

- OOORGH! PUTA MERDA, MANO, É DISSO QUE EU TÔ FALANDO!

- GGHRRR! – minhas papilas gustativas pegaram fogo no tempero masculino.

A ponta do cacete bateu no fim da minha garganta, se instalou durante vários segundos calorosos, Jason abraçou minha cabeça e desferiu ferroadas poderosas contra o meu rosto. Não foi com velocidade, mas com foi com extrema precisão e profundidade, ao ponto de ficar só o saco dele fora da minha boca nos instantes em que a glande visitou a goela. Quanto mais eu engoli e traguei pica, mais ele se abanou e ficou visivelmente nervoso, alterado comigo.

- FFFF! ISSO QUE É GARGANTA PROFUNDA, É?! MEU DEUS, PETE! – ele não quis parar depois que começou e só se preocupou em dar cinturadas na minha cara, cada vez mais agressivo.

- GLOGH, GLOGH, GLOGH, GLOGH... – o som do meu engasgo foi longe na trilha escura.

Eu nem sabia que havia vaga-lumes em Beverly Hills naquela época do ano, mas vi luzes girarem em cima da cabeça do Jason durante o boquete, como se ele estivesse zonzo e super entregue naquele momento.

- Nem as líderes de torcida da fraternidade mamam com tanto gosto, porra! SSSSS!

- Ghhhrrr... – e eu sem parar de chupar pra responder, pois preferi dar a resposta me esforçando no bola gato.

- Assim eu não me controlo contigo, viado! FFFF! – ele mordeu o beiço e deu um tapinha na minha cara.

Talvez meu colega nunca tivesse recebido uma garganta profunda antes e tudo aquilo foi novidade pra ele, o que explicaria seu comportamento exaltado e fora de si na minha glote. Não vou negar: as pulsadas da glande massuda me deixaram super excitado e de cuzinho piscando, melei a cueca toda. Num frenesi acelerado, eis que o Jason debruçou na minha boca, pegou impulso e disparou o quadril pra foder minha goela sem parar, exigindo resistência e disposição da minha parte.

- AGUENTA, VIADO! QUERO VER, SUSTENTA O EMBALO! SSSSS!

Entendi que ele quis testar meus limites de viadagem, aguentei mais de meio minuto tomando paulada e não pedi pra parar, ele que cansou de envergar o corpo e finalmente largou minha cabeça. A pica inflou, aumentou de tamanho e eu não acreditei que tudo aquilo coube na minha boca durante tanto tempo. Me senti tão resistente quanto um guerreiro medieval, se bem posso comparar.

- Você se empolga, hein? Hahahah... – parei pra tomar fôlego.

- Claro! Tá mamando igual atriz pornô, quer que eu faça o que?

- Mas tá gostando?

- Tô curtindo, sim. Você mama bem demais. Mas e aí, Pete, quer falar sério?

- Como assim, falar sério?

- Quer fazer uma sacanagem das boas antes do ensino médio acabar?

- Defina “sacanagem das boas”, por favor.

- Ah, você sabe. Vamo falar sério, Pete. Mamada é só brincadeirinha pra você, eu sei disso. Quero falar sério, a gente tá indo pra universidade.

- Ah, tô entendendo. Você quer...? Bom, então pede.

- Pedir? – ele não entendeu.

- É. Quero que você peça.

Antes do molecão responder, ele riu, meio cínico, e sua vara respondeu primeiro, dando pulos e pulos entre nós. Um filete de babão minou da ponta da cabeçona preta, ele derramou muito melzinho de saco e não escondeu que estava ardendo de tesão, aflito por contato mais íntimo.

- Posso te foder, Peter Davis? – falou com certeza.

Sinceramente, eu me vi indefeso ali no matinho. Estar diante de um gostosão feito o Jason O’Bryant e vê-lo pedir pra foder minha bunda foi espetacular, uma sensação única na vida. Mais que isso: saber que ele queria aliviar as tensões das competições de basquete na minha cesta foi de arrepiar a pele, borboletas voaram em meu estômago. E como se nada disso fosse suficiente, ainda havia a estaca apontada para a copa da árvore, latejando e soltando mais babosa enquanto ele me olhava.

- Você já fez isso antes, Jake?

- Foder? Já, claro. Te falei que não sou o santinho que você imagina.

- Mas já fodeu um rabo antes?

- Nunca. Mas garanto que sei fazer. Animado já tô, olha. – ele deu com a pica na minha bunda e me virou de costas.

Eu me deixei levar pelo calor do momento, apoiei na árvore e empinei o corpo a favor do Jason. Ele abriu minhas nádegas, posicionou a cabeça babada na portinha do meu anel e eu pisquei para saudá-lo, aí ele me plugou e fez um pouco de esforço até engatar. Sua mão grossa segurou minha cintura, ele me puxou pra si, desbravou entre minha carne quente e eu fui atravessado ao meio, disparei em piscadas possessivas.

- SSSS! Você sabe como fazer, Jake?

- É só imitar o que eu faço nas bucetas das safadas! FFFF! – ele trincou dentro de mim.

- Tá ardendo, mas tá gostosinho! Não vai botar preservativo?

- Tá com medo? Hehehe! Prometo que não gozo dentro.

- Promete? Hmmm! Posso confiar? – a onda de calor me inundou.

- Prometo, moleque. Sem capa é melhor, você sabe. Quero falar sério, chega de brincadeirinha. Todo casalzinho do colégio quer foder na noite do baile de formatura. Mmmm!

Minhas contrações anais envolveram e aconchegaram o picão gordo, ele inflou no meu couro, se acomodou e fez o primeiro movimento para sair. Quando entrou novamente, cravejou tudo e abusou da mania de ficar na ponta do corpo, posturado e armado pra cima de mim. Dessa vez ele me engatou em cheio, tipo, foi tudo lá dentro. Só restou o saco pesado pendurado pra fora do meu rabo.

- AAARGH, SSSS! Que buraco quentinho de foder! Parece a porra de uma buceta apertada mascando minha pica, viado!

- Tá tão bom! Seu pau parece um poste me acendendo! Hmmm! – gemi manhoso, não resisti.

- Tá gostoso esse pau na sua bunda? FFFFF!

- Tá bom demais! Pode acelerar, fode mais forte!

- É desse estalo que eu gosto! Foder assim que é bom, ó! – mais pressão, mais velocidade e deu pra escutar o impacto das cinturadas cantando no meu lombo. – SSSSS! Tá ouvindo esse barulhinho? Sinal de que eu tô muito dentro, viado! Minha pica tá toda em você, tá sentindo?!

Fez a pergunta e latejou pra me alargar. A sensação do peso daquele dotado debruçado sobre meu traseiro foi tão forte e imponente que eu achei que ia tombar na grama a qualquer instante, mas Jason me cobriu, me manteve apoiado na árvore e retomou os estanques até me colocar de pé novamente. A ardência começou a se fundir em puro prazer anal, eu me soltei mais e mais, abri mão da discrição e me posicionei de quatro pra deixar o atleta me montar, foi aí que ele estancou bruto dentro.

- Foder de quatro é meu esporte preferido, porra! SSSS! – ele puxou meu cabelo, deu tapa na minha bunda e me manteve empinado o tempo todo nessa posição. – É disso que meu viadinho gosta, é!? FFFFF!

- É disso que o viadinho gosta, pode foder! – não parei de piscar.

- É DISSO QUE A BICHA GOSTA, PUTINHA!? AAARGH!

- EU GOSTO MESMO, NÃO PARA! Mmmm!

Só faltei latir, de tão cadela que me senti. Logo quando a coisa ficou boa e intensa entre nós, o celular do Jason começou a tocar no bolso do terno, ele parou o sexo e se viu forçado a atender.

- Oi? Tô. Porra, tá brincando comigo!? Vai se foder, irmão. Você só faz merda, não sabe se controlar. O que a mãe falou sobre beber?! Cuzão. Vai se foder! – ele berrou na ligação e encerrou a chamada abruptamente.

- Caramba, tá tudo bem? O que rolou?

- Mano, então... – ele coçou a cabeça e pensou. – Meu irmão tá passando mal, eu vou ter que dar um pulo lá no banheiro pra salvar ele.

- Tudo bem, vou lá com vo-

- Não, não se preocupa. Se você for, ele vai alugar nós dois e acabou a noite. Deixa eu ir sozinho que eu vou e volto rápido pra terminar o que a gente começou. Só vou sossegar depois de te foder, moleque. – ele guardou o pau duraço na calça, mostrou o estado ereto e fechou a cara, pois claramente não queria interromper nossa foda.

- Você... Volta mesmo?

- CLARO! Ainda não terminei contigo, Pete. Me espera e não sai daqui, ok?

- Ok. Fico no aguardo, então.

- Combinado. Cinco minutos e eu tô de volta. Aproveito e trago mais bebida.

Ele suspirou, se ajeitou, saiu pela mesma trilha por onde entramos e me deixou sozinho durante algum tempo. Não havia ninguém ali além de poucas luzes voando e adornando a atmosfera noturna no condado. Devo ter ficado uns três minutos de bobeira atrás da árvore, até que ouvi barulho, pensei que fosse o Jason voltando e me surpreendi quando vi quem era.

- Brock?!

- Peter? Ah... – o valentão fez pouco caso de mim, enxugou o rosto e fingiu que não me viu.

- O que você tá fazendo aqui?

- Pra que você quer saber? Vai me zoar também?

- Heh? Te zoar? Ficou maluco, Brock? Você que sempre zoa e me tira do sério, cara. Bateu a cabeça, foi? Ou bebeu demais?

- Tanto faz. Já passou, o ensino médio praticamente acabou. Finalmente.

Suas respostas afiadas e a cara de quem estava irritado foram suficientes pra eu perceber algo de diferente no tratamento do Brock. Em vez de me perturbar, como sempre fez, ele virou o rosto, ficou em silêncio e tentou não ligar muito pra minha presença. Eu até poderia sair dali e procurar pelo gostoso do Jason, mas a atitude do loirão me deixou intrigado e resolvi entender o que estava se passando, por isso me aproximei e sentei ao lado dele na pedra.

- Será que eu posso sentar aqui?

- Agora já sentou, moleque. Mas na boa, não tô bom pra conversar.

- O que você tem, Brock?

- O de sempre. Tá me vendo sozinho aqui? Era pra eu estar com a Tiffany, mas ela me deu bolo.

- VOCÊ!? Não acredito! – fiquei sem palavras.

- Cala a boca, mano, me deixa sozinho. – ele não gostou da minha reação.

- Não, calma, não tô tirando com a sua cara. Só não acredito que alguém como você tomou bolo, ainda mais da Tiffany.

- Como assim, alguém como eu?

- Você é atleta, Brock. E todo mundo no colégio te considera o maior pegador, não tem uma menina que não queira sair contigo.

- É, grandes merda. Quem eu quero não me quer, de que adianta? – o garotão suspirou e ajeitou o topete no alto da testa. – Só quero que esse baile termine e o ensino médio acabe logo, pra mim tanto faz. Foda-se tudo.

Ele virou o copo vermelho de ponche, jogou no chão, cruzou os braços e manteve a cara de cu.

- E você, tá fazendo o que por essas bandas?

- Eu vim... Tomar um ar fresco, só isso.

- Corta essa, Peter. Tá maior cheiro de maconha aqui. Você tava fumando? Nem sabia que você fumava.

- Não fumo, eu só... Ah, esquece. – eu não quis explicar o rolé todo.

Inquieto, ele coçou a perna da calça, checou as horas no celular, levantou e se preparou pra sair.

- É, tomei bolo mesmo. Melhor eu ir embora e esquecer essa noite.

- Você... Ia dar uns pegar na Tiffany, né?

O safado deu de ombros, apertou o volume deitado de lado na cintura e não escondeu que estava animado. Brock sacou a mão na ferramenta, deu várias apertadas esfomeadas, deixou as bolas marcarem na calça e se mostrou um tanto quanto apreensivo com a possibilidade de aparecer alguém por ali, mas isso não o impediu de se tocar.

- Tiffany mandou foto da bucetinha e me deixou maluco, passei o dia ensaiando punheta e pensando nela. Mas aí agora ela sumiu. Provavelmente foi se achar com outro cara e me largou na mão, tipo, literalmente.

- Entendi. E você... Tá precisando de uma mãozinha, é isso?

- Muito, irmão. Mataria por uma atenção agora, não vou mentir. Mas quem?

Uma e cinquenta da madrugada. Eu devo ter viajado demais pra encontrar alívio no peito do meu algoz. Até poderia culpar as bebidas que tomei ou a ausência repentina do Jason, mas acho que, como dizem por aí, a situação faz o ladrão. O mesmo valentão que passou os quatro anos do ensino médio perturbando meu juízo e assolando minha mente agora estava na minha frente, tocando o próprio pau, beliscando por cima da roupa e me olhando com cara de carente, de meninão bobão, cachorrão sem dono. Agi no impulso, foi quase um espasmo. Meu braço esticou, minha mão tocou no malote do Brock e ele me encarou.

- É disso que você precisa? – perguntei.

Mas o loiro não respondeu, pelo menos não de imediato. Ele olhou em volta, depois me encarou novamente e, assim como eu, tentou acreditar que aquilo realmente estava acontecendo, nós dois no bosque do colégio e eu dando a mão amiga que ele precisava receber. Nessa hora, todo e qualquer ressentimento que eu tinha pelo Brock caiu por terra. A vara cresceu na minha mão, meus dedos não conseguiram mais dar a volta ao redor dela e ele soltou o primeiro sinal de que tava curtindo.

- Sssss... Sua mão é tão macia, Peter. Mmmm... Quem diria, hein? E pensar que eu passei todos esses anos enchendo teu saco. Agora você que vai esvaziar o meu, não vai?

- É isso que você quer? Uma mãozinha pra ajudar a esvaziar? – fiz movimentos de masturbação na mala e ele não se conteve, apoiou a mão pesada no meu ombro.

- Queria era comer a bucetinha apertada da Tiffany. Colocar minha pica na boca dela e gozar na cara, do jeito que eu gosto. Mas já que só tem você, vai você mesmo. Tá ótimo, dá pro gasto. Heheheh! Viadão.

Seu jeito de me zoar também ficou diferente, virou algo mais coerente. Porque antes o Brock me chamava de viado sem eu nunca ter feito nada pra ele, agora eu tava ali batendo uma, portanto ele finalmente teve razão. A única coisa que eu pensei foi que a Tiffany era tola de deixar um quarterback fortão e sarado tipo ele passar batido. Quem não quer ajudar um molecão raçudo e jogador de futebol americano a se aliviar?

- Você queria uma buceta, é?

- Buceta ou mamada, tanto faz. Quero gozar, Peter, isso que importa.

Abri o zíper da calça dele e fiquei enfeitiçado pela estaca deitada na cueca, já dando seta pra cima, tremendo e nervosa pra sair da roupa, parecia que tinha vida própria. Brock era dono de um cacete de mais ou menos sete polegadas, reto, branco, mais comprido do que grosso, e circuncidado, da cabeça rosada e menor que o corpo.

- Mas entre buceta e chupada, qual você prefere?

- Depende. Quando o boquete é bem feito, às vezes é melhor que foder buceta. Mas do jeito que eu tô hoje, não tô recusando nada. Pode bater à vontade, segura meu pau. – ele fechou os olhos.

Seu púbis era liso, sem qualquer presença de pelos, com o saco tímido, a pele enrugada e tão rosa quanto a cabeça da pica. Cuspi nela, deixei a palma da mão deslizar na ponta, engraxei como se espremesse uma laranja bem de leve e ele perdeu o controle, chegou a ficar arrepiado nos meus dedos. O mastro pulsou, soltou babão e cresceu ainda mais no meu toque, sem pudores.

- Ffffff! Aí sim, Peter. Você é bom de mãozinha, moleque, mas pode malhar o braço. Acelera. – fez o pedido e moveu a cintura pra frente, iniciando a fodeção da minha mão.

- Gosta, safado?

- Demais! Já saio no lucro dessa noite de merda. Manda ver. Mmmm! – mordeu a boca e danou a foder meus dedos, ao ponto de o saco estalar no meu polegar.

Quando Brock fechou os olhos outra vez, eu não me aguentei, engoli o pauzão e ele abriu um enorme sorriso de satisfação ao perceber o que estava acontecendo. O loiro olhou pra baixo, prendeu os dedos na minha franja e me fez engasgar de propósito, jogou a pica lá no fundo da minha garganta.

- SSSSS! Isso, agora sim tá mamando igual viado! Faggot! Heheheh! – usou a gíria alfa de sempre.

- GGHHRRR! – fiquei sem ar, mas foi delicioso pagar boquete pro mesmo cara que tanto me perseguia no colégio.

Agora tava mais do que explicado o porquê do Brock insistir em me atazanar durante os últimos anos convivendo juntos. Meu queixo virou saco de pancadas nos ovos dele, o brutamontes abriu mão do pudor e lascou o primeiro tapa no meu rosto, me dominando em pleno bosque e enquanto o baile de formatura acontecia.

- GLUGH, GLUGH, GLUGH! – suei pra engolir até o talo, mas engoli.

- AAARGH, FFFF! Esse tempo todo você podia estar me chupando, viado! Que perda de tempo, né?

- Pois é. Hahahah! Picão gostoso de mamar, vai na goela.

- E eu gosto assim. Me chupa, vem. Enche a boca nesse pau. Gosta, bicha?

- Amo. Vou te mostrar o quanto eu gosto disso. – mamei com gosto e sem frescura, só sugadão possessivo da cabeça à base do instrumento.

A ambrosia salgada do suor me consumiu, senti a pica engrossar e foi cada vez mais difícil engolir tudo, porém segui me esforçando e engasgando de propósito. Brock só gostava de foder garganta, o que significa que fui controlado feito boneco na mão dele, mas adorei a experiência de servir. Por falar em mão, delirei com as mãos grossas de jogador de futebol americano forçando a parte de trás da minha cabeça e me botando pra gargarejar com disciplina.

- ISSO, PUTINHA, ME ENGOLE! SSSSS!

- Tô tentando, mas tá grande demais! Mmmm!

- Você não é bicha? É sua obrigação, trata de engolir. Hehehe! – e varetou de novo minha faringe, além das amídalas.

- GHHRRR! – deixei muitos filetes de baba despencarem na grama.

Dessa vez não pensei apenas na possibilidade de aparecer gente ali, mas também na chance dessa pessoa ser o Jason O’Bryant e de ele me flagrar chupando o mesmo cara do qual havia me defendido antes. Só que, novamente, em vez de medo ou apreensão, o tesão falou mais alto e a adrenalina virou o combustível perfeito pro que eu e Brock fizemos atrás da velha árvore. Meu valentão escroto segurou minhas orelhas, forçou vara na minha goela e ameaçou gozar.

- OOORGH! TÁ VINDO, MOLEQUE! FFFF! – ele emendou na punheta e começou a se masturbar na minha frente. – Até eu arranjar uma namorada, você vai me mamar e drenar meu leite, ok?! Combinado, viado!? Temos um trato? Forneço leite e você empresta essa boquinha quente sua!

- Combinado. Quero mingau, tem aí?

- ABRE A BOCA! ABRE LOGO! – Brock inchou, suas veias saltaram do corpo, ele arregalou os olhos e apontou a peça no fundo da minha boca. – SSSSS, AAARGH! PORRA, PETER, TÔ GOZANDO!

Os tiros de esperma salgado e grosso voaram na minha língua, nos beiços, na bochecha e também no queixo. Saiu tanto leite das bolas do Brock que ele acabou pichando minha cara, a parte de cima do meu blazer e também jogou sêmen em meus olhos, me obrigando a fechar um deles pra não tomar nas vistas. Ele gargalhou do que fez, em seguida cuspiu na minha cara, deu com o pau meia bomba no meu rosto e começou a me humilhar sem sentido.

- Eu sempre soube que ainda ia colocar uma bicha obediente nos meus pés. Esse é teu lugar, Peter, engolindo gala de macho. Seu verme. Heheheh!

- D que você tá falando, cara?

- Xiu, cala a boca! Sua puta! Tá toda suja, vadia! Putinha de atleta! UHUEHEH!

- Me respeita, filho da p-

- CALA A BOCA, PORRA! – Brock enfiou o soco na minha cara, me derrubou no gramado e eu fiquei zonzo, quase desmaiei.

Tinha acabado de engolir seus mais de oito jatos de mingau na garganta, meu corpo travou no solo e eu cheguei perto de desmaiar, tão forte a mãozada que ele afundou no meu rosto. Fiz esforço pra levantar, me apoiei na árvore pra ficar de pé, vi o loiro me rodear e só nesse momento percebi o flash do celular aceso próximo de onde estávamos.

- E aqui está, senhores, a frutinha que a gente amassou na noite do baile. Trato é trato, estão vendo? Não é baile de formatura se não tem uma vadia boqueteira mandando ver. Hehehe! – o estudante segurando o celular veio na nossa direção e me surpreendeu.

- O que você...?

Meus olhos se adaptaram ao flash aceso, eu vi quem era aquele aluno e o coração parou na boca. Ele desligou a luz do telefone, fez um aperto de mão típico de fraternidade com o Brock e os dois caíram na gargalhada quando viram minha cara toda suja de porra, ferida do soco que tomei.

- Não, mas sério. Posso falar? Quando vi esse plano ser bolado, eu sabia que tinha que fazer parte. É quase uma ópera, meu irmão, armação nível Broadway. A parada é tipo... Wow! Tipo, demais! – Jason riu.

- Obrigado, obrigado. Muito obrigado, eu aceito os elogios. – Brock fez reverência e abaixou orgulhoso, como se recebesse os aplausos de uma plateia inexistente. – O plano foi todo meu, com direito a lágrima falsa e tudo mais. Sou ou não sou um gênio?

- É, mano, você é o cabeça. Mas eu também mereço um prêmio por atuar tão bem, fala sério. Tipo... Sério, bro! O baitola nem desconfiou! Huhuhuh!

- Pera... Jake, vocês...? – meu cérebro fritou.

- Você ainda não entendeu, Pete? – o morenão sorriu, mas um sorriso diabólico e extremamente maldoso.

- Bichas são lerdas mesmo, eu avisei. – o outro valentão bocejou.

- Tudo bem, deixa que eu explico. Tudo não passou de um plano orquestrado pelo meu parceiro aqui, Peterzinho. – Jason apoiou o antebraço no ombro do Brock.

- Plano? Um... Plano? – balbuciei as palavras e lutei pra ficar de pé.

- É, pois é. E você caiu direitinho. Hehehehe!

Brock Armstrong e Jason O’Bryant. Os dois eram amigos há pouco tempo e já tinham sido aprovados na Universidade do Sul da Califórnia, que é referência em basquete e futebol americano. Brock conhecia os veteranos, estava instalado numa fraternidade em University Park há menos de um mês e o ritual de iniciação dele e do Jason é que os dois deveriam jogar leite em algum viado do colégio na noite do baile de formatura. E filmar tudo, é claro. O fortão tirou o telefone do bolso, mostrou o vídeo gravado, deu zoom e lá estava eu chupando o Jake minutos atrás, antes de ele sair pra supostamente socorrer o irmão no banheiro.

- VOCÊS FILMARAM ESSA MERDA?!

- Você é burro, é? Armamos tudo, seu merdinha. Você tá na nossa mão. – Jason respondeu com ódio no semblante.

- Cara, você... Você fez aquele discurso racial olhando no meu olho, Jake! Você elogiou minha gravata de arco-íris, seu filho da puta! Me deu uma coroa de flores, até me defendeu do cara que eu esbarrei! Eu te chupei, deixei você me foder SEM PRESERVATIVO! – joguei a coroa no chão e pisei nela.

- Gostou? Aprendi com os alfas da fraternidade! Heheheh! Pelo com pelo é mais gostoso e vocês, bichas, adoram. Pena que não te inseminei.

- COMO VOCÊ PÔDE, SEU OTÁRIO?! – me descontrolei, eu saí de mim.

- BAHAHAHA! Você tinha que ver a sua cara quando eu te convidei pro baile, Peter! Tão inocente, tão bobinho! Eu dei esperança e você caiu como uma ovelhinha, seu carente. Achou mesmo que um atleta boa pinta ia convidar uma frutinha pro baile de formatura? Só se for pra cuspir na sua cara. – ele lançou a cusparada na minha face e Brock fez o mesmo.

- HIHIHIH! Deve ter sido um desafio e tanto ter que aturar a baboseira woke a noite toda. – o troglodita branquelo também debochou de mim.

- Falei pro teu pai que ia ser uma noite inesquecível, não falei? Certeza que você nunca vai esquecer de hoje, baitola.

- Encerramos o colégio com chave de ouro, bro. – eles estenderam as mãos e comemoraram o feito, tal qual uma grande aprovação.

- Entramos na universidade e ainda botamos a bicha pra mamar. É fácil demais enganar baitola, basta usar a pica. Eles caem que nem umas putinhas. Heheheh!

- Bem que você falou que não é santinho, Jason O’Bryant! – gritei, perdi os nervos. – VOCÊ É UM MONSTRO! UM DEMÔNIO! UM DIABO!

- E você vai fazer o que, viadão? – o garotão me desafiou.

- Minha mãe não me criou pra isso. Meus pais não me criaram pra isso, não é possível! – entrei em transe, tapei os ouvidos e comecei a berrar de pânico.

- Isso mesmo, aberração, corre! Some, foge daqui! Bahahah!

- Desaparece, otário! Heuheuh!

- Meu pai não me criou pra nada disso, Deus! – repeti. – Meu pai não me criou pra nada disso, nada! Minha mãe...!

- Vai pra casa, rala!

Eu nem piscava, só corria e tentava escapar das vozes deles tumultuando meus neurônios. Não consegui pensar, processar a informação, tampouco programar os códigos do meu cérebro pra não bugar diante daquela reviravolta diabólica, mas não deu certo. Quanto mais eu tentava entender, mais ódio senti, meu sangue efervesceu e borbulhas de ressentimento afloraram ao meu redor. De repente, a agitação se condensou, eu parei de andar, parei de ofegar e me concentrei num ponto à minha frente, cheguei a ficar bisonho.

- “Meus pais não me criaram pra isso. Minha mãe e meu pai não me botaram no mundo pra ser humilhado, eu não nasci pra isso.” – minha mente escavou os pensamentos mais profundos e primitivos da alma, a sensação de desprezo cresceu e as veias inflaram de repulsa.

E de sangue. Ferro e sangue. A partir daí, não respondi por mim e meu corpo não obedeceu. Dei meia volta na altura do estacionamento desativado e o primeiro lugar que avistei foi o vestiário externo dos atletas. Passei lá por rápidos dois minutos, saí apressado e andei direto pro matagal na área atrás do colégio. Segui na direção da trilha isolada, encontrei Jason O’Bryant falando com alguém no celular e ele voltou a gargalhar logo que me viu. O desgraçado, no entanto, não reparou que eu escondia um taco de baseball metálico, blindado e maciço atrás do corpo.

- O que voc-

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