Eco do Abismo

Um conto erótico de Lauro Costa
Categoria: Gay
Contém 669 palavras
Data: 09/04/2025 23:00:08
Última revisão: 10/04/2025 00:45:36
Assuntos: Gay

Olá meus leitores. Estou muito feliz em tornar essa história viva para vocês. A jornada de Aldo e Leo se cruzam tornando uma história cheia de emoções.

Mas chegamos ao fim da primeira temporada repleta de surpresas.

Vou precisar de uma pausa para escrever a parte final da história. Talvez demore um pouquinho.

Mas também não vou deixar vocês sem uma ideia do que está por vir.

Espero que curtam bastante esse EPÍLOGO. Até mais...

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EPÍLOGO

À noite envolvia São Paulo em manto de sombras e promessas não cumpridas. Leônidas emergiu do Ginásio em Paraisópolis com passos largos e o coração em tumulto. These Walls de Dua Lipa tocava no radio do carro e as revelações sobre seu pai, eram como facas afiadas cravadas em sua mente, a raiva queimava em suas veias misturadas a uma angústia sufocante que o fazia ofegar.

Adentrou em seu Bugatti que agora parecia uma jaula metálica. As mãos tremiam ao pressionar o botão de ignição.

O motor rugia em resposta, ecoando sua fúria interna. Sem hesitar arrancou pelas ruas da favela , com os pneus gritando em protesto contra o asfalto irregular.

A cidade desenrolava como um borrão diante de seus olhos. Cada semáforo vermelho durante o curto caminho até a casa de seu pai, parecia ser um insulto. Cada carro à sua frente, parecia um obstáculo pessoal.

A Chuva começou a cair, primeiro em gotas tímidas e depois uma cortina densa que dançava sob os postes de luz, transformando as ruas em espelhos traiçoeiros.

Ao se aproximar do condomínio no Morumbi, a opulência das mansões contrastava violentamente com a miséria deixada para trás.

A ira de Leônidas fervia em sua mente, conjuntamente com as descobertas que martelavam seus pensamentos, alimentando ainda mais a sua indignação.

Foi então que percebeu. Ao pressionar o pedal do freio, não houve resistência. O carro continuava sua marcha impiedosa. Uma sensação gelada correu por sua espinha.

Bombardeou o pedal repetidamente mas o veículo não obedecia. A curva à frente se aproxima se rapidamente, uma sentença de morte desenhada no concreto molhado.

O mundo girou em um turbilhão caótico. O Bugatti derrapou, os pneus perderam a aderência, num instante dilatado, o veículo capotou.

Vidros estilhaçados voaram como estrelas cadentes, o metal retorcido uiva a em agonia. O impacto final foi a decida abrupta pela ribanceira, onde o carro finalmente repousou de cabeça para baixo, gemendo como uma besta em agonia.

A consciência de Leônidas oscilava entre a realidade e o abismo. Os sentidos retornavam em ondas dolorosas: o gosto metálico de sangue na boca, o cheiro acre de gasolina no ar, a dor lancinante que irradiava de múltiplos pontos pelo corpo.

Os olhos abriram para a escuridão pontuada por faíscas vindas do capô.

Preso pelo cinto de segurança cada movimento era uma tortura, o pânico se instaurou ao ouvir o crepitar crescente das chamas que nasciam do motor.

Com o esforço sobre-humano os dedos trêmulos encontraram o fecho do cinto, liberando-o.

Caiu pesadamente no teto do carro, agora era o novo chão. Engatinhou cortando as mão até a janela estilhaçada.

Lá fora a chuva misturava-se à névoa sufocante. Reuniu forças das profundezas de suas vontades e se arrastou para fora do veículo condenado.

Cada centímetro conquistado era uma vitória contra a dor e o desespero.

Ao alcançar uma distância que julgou segura, tentou se reerguer.

As pernas vacilaram o mundo girava em um carrossel macabro.

Então o inevitável aconteceu. Uma explosão surda iluminou a noite, transformando o carro em uma bola de fogo.

A onda de choque o atingiu com um martelo invisível, lançando seu corpo como uma marionete sem cordas.

A cabeça encontrou uma pedra oculta pela vegetação, e a escuridão o envolveu em um abraço frio.

A Chuva continuava sua canção melancólica, apagando aos poucos as chamas que dançavam em triunfo.

O corpo de Leônidas jazia imóvel, um enigma à espera de ser desvendado.

O silêncio reinava, apenas interrompido pelo o sussurrou do vento, e pelo distante eco das sirenes que talvez nunca chegassem a tempo.

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Comentários

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A senhora teve coragem de .Tarde a yag? A senhora era destruidora mesmo,viu.

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Kkkkkkkkk. Obrigado. Esse epílogo é um bafo.

Quem você acha que tentou matar o Leônidas???

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