O Chefe da minha esposa destruiu minha vida - 3

Um conto erótico de Mais Um Autor
Categoria: Heterossexual
Contém 911 palavras
Data: 12/04/2025 11:22:42

Eu me sentia um completo imbecil.

Era o CEO de uma empresa em ascensão, prestes a participar de uma reunião crucial marcada para garantir investimentos milionários.

E, em vez de estar focado nisso, o que realmente me deixava tenso era que eu viajaria sozinho com a estagiária.

Além de absurdo, era uma hipocrisia enorme da minha parte. Sempre critiquei Renato por se envolver com mulheres da empresa e bem mais novas que eles. E agora, aqui estava eu. Inquieto com a ideia de passar dias ao lado de Carla. Preso na armadilha que meu sócio havia criado.

Carla, por outro lado, parecia radiante com a viagem. Empolgada, como se estivéssemos indo para um festival e não para um evento corporativo. Durante o voo, se manteve brincalhona e despreocupada, fazendo piadas sobre como Renato deveria estar se remoendo de inveja naquele momento.

Sempre que ela falava, seus olhos brilhavam com uma energia leve e espontânea, aquele jeito descomplicado que fazia com que o mundo se moldasse à sua vontade. Aos poucos, sem perceber, essa leveza começou a me desarmar.

Por um instante, toda aquela mística que a cercava — a mulher inalcançável, a obsessão coletiva do escritório, o sonho impossível de tantos — parecia apenas uma ilusão. Ali, ao meu lado, ela não era um fenômeno astronômico. Não era um jogo. Não era um mistério indecifrável.

Era só Carla. Rindo das próprias piadas. Cutucando meu braço para me mostrar alguma besteira no celular. E uma ideia perigosa começou a se formar na minha cabeça: talvez, para mim, ela não fosse tão inacessível assim.

Como o evento só começaria no dia seguinte, resolvi convidá-la para jantar. Depois de horas de viagem e sem nada para fazer além de esperar pelo dia seguinte, parecia natural sair para comer algo decente fora do hotel.

Não existiam segundas intenções. Ou, pelo menos, era isso que tentei me convencer.

Escolhi um restaurante sofisticado, inconscientemente recorrendo ao único trunfo que eu achava que poderia me colocar no mesmo jogo que os outros homens que orbitavam Carla: minha posição social.

Esperei na recepção do hotel enquanto Carla tomava banho e se trocava para o jantar. Tentei me distrair no celular, conferir e-mails, revisar mentalmente os pontos da reunião do dia seguinte — qualquer coisa para manter a cabeça no lugar.

Mas nada me preparou para o momento em que ela apareceu. O vestido preto, justo e curto abraçava seu corpo, destacando ainda mais aquela mulher linda.

Enquanto ela se aproximava, eu já sabia que, acontecesse o que acontecesse naquela viagem, só aquela imagem já teria valido a pena.

Durante o jantar, tentei manter a conversa em um terreno seguro. Perguntei se ela estava gostando de trabalhar na empresa, se pretendia seguir na área de marketing — como se fosse uma entrevista de emprego.

Carla parecia alheia ao interrogatório. O olhar dela vagava pelo restaurante, distraído. Brincava com um guardanapo entre os dedos, não realmente presente na conversa. Não sabia dizer se ela estava apenas cansada da viagem ou simplesmente entediada com o meu papo.

— E quais são os seus planos para o futuro? — perguntei, tentando manter a conversa fluindo.

— Sei lá. — Carla deu de ombros, soltando uma risada leve. — Acabei de me mudar do interior para a cidade com meu namorado. A gente ainda tá decidindo o agora antes de pensar no futuro.

Meu garfo parou no meio do caminho.

Namorado?

Tentei disfarçar a surpresa, mantendo a expressão neutra, mas minha mente já estava rebobinando cada segundo da viagem.

O flerte casual. Os sorrisos provocativos. Os olhares demorados. As brincadeiras que pareciam cheias de segundas intenções. O tempo todo, eu tinha interpretado aquilo como uma possibilidade real.

Mas não. Carla não estava tentando me seduzir. Ela apenas jogava porque gostava do jogo. E eu, feito um idiota, tinha passado o dia inteiro me convencendo de que havia algo ali.

Ficou claro por que nem Renato, nem ninguém, tinha conseguido transpor aquela barreira. Ela só era uma viciada em atenção.

Fiquei puto. Minha vontade era simplesmente encerrar o jantar ali mesmo e dar um fim àquela situação ridícula.

Mas por quê?

Ela não me devia nada. Não tinha me prometido nada. Eu era apenas o CEO da empresa onde ela estagiava.

Por que diabos eu me sentia iludido?

Eu tentava manter a compostura, agir como se nada tivesse acontecido, mas minha tentativa de indiferença só deixava tudo mais evidente. Fiquei mais rígido, minhas respostas mais curtas, e o tom da conversa voltou a ser estritamente profissional.

Carla não era burra. Ela percebeu que algo em mim mudou.

Ela sorriu para mim. Não um sorriso qualquer, mas um daqueles dela — um sorriso que carregava um segredo.

Terminamos o jantar sem grandes conversas, e voltamos para o hotel em silêncio. No corredor, nos encaramos por um segundo a mais do que o necessário.

— Boa noite — ela disse, a voz doce, casual.

— Boa noite — respondi.

Fui para o quarto e fechei a porta atrás de mim e soltei um suspiro longo. Joguei a carteira sobre a mesa, tirei a camisa, fui direto para o banho. A água quente ajudou a aliviar um pouco o peso da frustração que eu nem deveria estar sentindo. Quando saí, enxuguei o rosto, me olhei no espelho. Era ridículo.

Já de cueca, pronto para dormir, me joguei na cama, determinado a enterrar aquele dia.

Então ouvi.

Três batidas suaves na porta.

Meu corpo congelou no mesmo instante.

Era Carla.

<Continua>

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Comentários

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Ainda não consegui entender aonde o conto quer chegar,mas vamos ver adiante.Mas não entendi o nome do conto "o chefe da minha esposa destruiu minha vida".Quer dizer que vai casar,com quem não sei,mas a expressão chefe é com o Renato?Não é só seu sócio?Sombrio por enquanto

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Acho que no 17° começa a ficar erótico, rsrsrs

Podia deixar mais longo e erotizar um pouco mais mantendo o mesmo tempo dos acontecimentos.

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