A FORÇA QUE ENCONTRO EM TI - CAPÍTULO 6: SEGUNDA CHANCE

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Gay
Contém 2874 palavras
Data: 13/04/2025 04:14:16

Só passando para agradecer as mensagens e curtidas na história. Se puder indicar para outras pessoas eu ficaria agradecido. Segue a história:

***

— O Amicalola Falls State Park! — Exclamou Zeek me assustando.

— O quê? — Questionei.

— Vamos para o Amicalola Falls State Park. — Ele repetiu ficando em pé e deixando o controle de lado.

— Por que raios de motivos eu ia querer voltar ao Amicalola Falls State Park? Você está louco.

— Comemorar a sua saída do armário, meu amigo. Fora que a gente pode levar umas bebidinhas do armário da minha mãe. — Ele sugeriu me fazendo rir.

— E quando vamos fazer isso? — Perguntei, cruzando os braços.

— Nas férias. Podemos levar a Rachel também. Acho que dá pra sequestrá-la. Aquele enjoado do Emmett não larga do pé dela. — Disse o meu amigo.

— Pois é. Aquele cara maldito faz da minha vida um inferno. Como a Rachel tem coragem de ficar com ele? Sabe, isso me revolta. — Confessei fora de mim. — E sabe a melhor?

— Chora.

— Eu vou ter que me humilhar para pegar o caderno de Álgebra da Rachel, pois sei que você está tão lascado quanto eu.

— Amém! — Exclamou. — Vamos, ainda temos algumas horas para jogar.

***

Estou em prantos. Ouvi uma das minhas últimas conversas com o Zeek no Discord. Como alguém pode sumir assim? Como ele teve coragem de me abandonar? Assim tem sido as minhas últimas semanas, eu escutando os áudios do Zeek e os vídeos que fiz com a Rachel para um podcast que nunca saiu do papel. Como os meus melhores amigos sumiram assim do nada? E tudo por causa de um furacão?

O quarto está escuro, mas eu nem preciso ver para saber que tudo está do mesmo jeito de sempre. Exceto por mim. Meu coração pesa, meu peito dói, e a cada nova lembrança, parece que estou me afogando um pouco mais.

Eu não deveria me sentir assim. Quero dizer, eu sobrevivi. Não deveria ser suficiente? Mas não é. Porque sobreviver sem eles não faz sentido.

Me jogo para trás na cama e encaro o teto. Sei que preciso seguir em frente, sei que não posso ficar para sempre nesse limbo de dor e saudade. Mas como faço isso? Como finjo que está tudo bem quando meu mundo desabou?

Meu celular vibra ao meu lado, me tirando dos pensamentos. O nome de Emmett apareceu na tela. Minha mão tremeu antes de atender. Não conversamos depois da carta de perdão e nem sei como aborda-lo.

— Oi... — Minha voz sai fraca.

— George, eu... — Ele faz uma pausa. Parece que ele também estava chorando. — Eu tive um sonho com ela. Com o Rachel.

Fechei o olho com força, segurando a lágrima que queria cair de novo.

— Me encontra na casa dela? — Ele pediu.

Eu deveria dizer não. Deveria tentar dormir, fingir que amanhã vai ser diferente. Mas não vai. Então, ao invés disso, me forcei a levantar.

— Estou indo. — Avisei, e desliguei o telefone.

Sabia o caminho da casa da Rachel de cor. A família estava incansável na busca dos corpos e mandou preparar um altar na frente da residência. O Emmett já estava lá na frente com algumas cartas na mão. Eu estranhei e ele me contou que, com a ajuda de Rachel, conseguiu descobrir mais sobre si e preparou cartas para pessoas que havia ferido, igual como fez comigo.

— Você acha que a gente vai superar? — Ele perguntou, sem ter coragem de olhar para mim.

— Não sei. Na minha cabeça, os dois estão em uma viagem e vão voltar em breve. Eu jogava com o Zeek todas as noites. Sabe o que é passar três horas todas as noites conversando com o teu único amigo no mundo? O Zeek era tudo para mim, Emmett, principalmente quando vocês do time de futebol faziam da minha vida um inferno. — Contei, e sua expressão ficou ainda pior.

— Eu que deveria ter morrido. Zeek e Rachel eram muito melhores que eu. — Ele amassou as cartas e começou a chorar.

— Quantas cartas tem na mão? — Quis saber.

— 23. — Ele respondeu e me fez rir.

— E outro detalhe, cara. Você é canhoto?

— Sim. Nisso eu tive sorte. — Ele riu e chorou ao mesmo tempo. — Que merda, hein.

— Eu preciso ir. Os meus pais não curtem que eu saia de noite. A minha visão é ruim à noite.

A calçada molhada refletia os postes de luz como se o chão tivesse engolido o céu. A chuva tinha parado há horas, mas o cheiro de terra úmida e folhas quebradas ainda pairava no ar. Eu andava devagar, as mãos enfiadas nos bolsos da jaqueta, ouvindo os passos de Emmett ao meu lado. Ritmados. Constantes. Como se estivéssemos finalmente em sintonia. Mas não estávamos. Não ainda.

Ele não falava muito — o que era raro. Acho que sentia o peso do silêncio que eu impunha entre nós. Um silêncio cheio de memórias que eu ainda não sabia como organizar.

O furacão Fernandes passou como um monstro de dentes invisíveis, arrancando tudo do chão: árvores, telhados, seguranças. E, de algum jeito estranho, também arrancou o muro que havia entre mim e Emmett. Sobrevivemos juntos. Isso deveria bastar pra que eu confiasse nele agora, né?

Mas não bastava.

— Você tá diferente. — Ele disse, sem me encarar. Só jogou as palavras no ar, como se esperasse que o vento levasse embora qualquer resposta que eu pudesse dar.

— Todo mundo tá depois do que aconteceu. —Respondi, sem olhar pra ele. Continuei andando. As ruas do bairro ainda tinham sinais da destruição — janelas tapadas com madeira, muros partidos, fios pendurados como teias de aranha elétricas.

A gente nunca foi próximo. Na verdade, eu evitava Emmett na escola. Ele era o tipo que sempre estava cercado de pessoas, porém só se misturava com quem lhe trazia status. E, sim, ele já tinha passado dos limites comigo antes. Algumas coisas doem mais do que parece. Mesmo que pra ele fosse só uma brincadeira.

Só que, no meio do furacão, eu o protegi da maneira que pude. Tinha lhe dado cobertura quando as paredes do ginásio cedeu com a força do vento e fomos lançados dentro da piscina. Tinha me olhado nos olhos, com medo, com verdade. Pela primeira vez.

Mesmo assim, eu ainda não conseguia confiar. Não por completo.

— Emmett...— Falei, parando. Ele parou também, virando o rosto devagar. Os olhos dele tinham aquele jeito que ele usava quando estava tentando ser sincero. Era estranho ver sinceridade neles.

— Eu estou tentando. — Ele disse antes que eu pudesse continuar.

— Eu sei. — Respondi. — Mas eu ainda... eu ainda preciso de um tempo. Não é fácil apagar tudo que aconteceu antes. Tudo que você disse. Tudo que eu senti. Só... me dá um tempo pra entender o que eu estou sentindo agora. Pra conseguir deixar o rancor pra trás. Não quero te odiar. Só ainda não sei como confiar.

Ele não respondeu. Só assentiu, com aquele meio sorriso triste que eu nunca imaginei ver no rosto dele. E continuamos andando. Silenciosos. Não mais como inimigos. Talvez não ainda como amigos. Mas... alguma coisa no meio.

Sob as luzes da rua, eu comecei a acreditar que talvez, só talvez, o furacão tivesse levado mais que telhados. Talvez tivesse levado embora um pedaço do gelo que me impedia de recomeçar.

***

Nos últimos dias, tenho me sentido como um espectador da minha própria vida. São consultas médicas, sessões com o psicólogo da escola e as aulas na nova escola. Quer saber de uma novidade? Meus olhos de vidro chegaram. Tudo bem, eles são chamados de próteses oculares e, na verdade, não são de vidro — os meus são feitos de acrílico.

Finalmente, um pouco de normalidade. Junto com as próteses, também precisei aprender a usar colírio, algo que eu não costumava carregar, mas que agora se tornou meu melhor amigo. Tenho um frasco na mochila e outro, menor, pendurado no meu chaveiro.

Desde a situação no refeitório, a Jennifer começou a pegar no meu pé, mas eu não fiz nada para cessar as provocações. Com ela, o bullying era diferente. Enquanto na minha antiga escola os jogadores gostavam de "pegadinhas" mais físicas, a patricinha curtia um joguinho mais psicológico, algo tipo morde e assopra.

Hoje, por exemplo, ela fingiu que ia me ajudar a pegar um livro na biblioteca e, no último segundo, soltou o livro no chão, soltando um "ops!" exagerado. Depois, se inclinou perto do meu ouvido e sussurrou:

— Que pena, né? Deve ser difícil pegar as coisas agora.

Eu apenas olhei para ela, peguei o livro com calma e segui meu caminho. No fundo, eu sabia que aquilo a deixaria mais irritada do que qualquer resposta que eu pudesse dar. Não queria chamar atenção novamente. Os professores e funcionários estavam de olho em mim e no Emmett desde o incidente no refeitório.

Enquanto guardava o livro no armário, dois rostos curiosos surgiram ao meu lado. Nathan e Sofia. Eu os tinha visto algumas vezes, mas nunca trocamos palavras. Eles pareciam um tanto excéntricos, sempre vestidos com roupas escuras e carregando livros velhos.

— Eu adorei como você colocou a Jennifer no lugar dela. — Nathan sorriu, cruzando os braços.

— Não fiz nada. — Respondi sem vontade.

— E é isso que é brilhante! — Sofia complementou. — O silêncio é uma arma poderosa.

Suspirei, fechando o armário. Não queria conversas. Fazer amigos não estava nos meus planos. Perder Zeek e Rachel no furacão ainda era algo que pesava em mim.

— Qual é o seu signo? — Nathan perguntou de repente, abrindo um caderninho surrado.

— Sagitário. — Respondi, sem entender a relevância.

— No mapa astral, Sagitário está associado à casa 9, que representa viagens, religião, filosofia e faculdade. Sagitário é regido por Júpiter, o planeta da expansão. — Ele rabiscava anotações enquanto falava.

— Os sagitarianos são pessoas que buscam respostas inexplicáveis, que focam no que está além, mas podem deixar de aproveitar o que têm ao seu redor. — Explicou Nathan, animado.

— Os sagitarianos também gostam de se divertir. — Sofia tirou os óculos e me encarou. — O que não parece ser o seu caso. — Olhou para o irmão com um ar divertido.

— Bem, galera, eu preciso ir. Obrigado por tanta informação valiosa. — Peguei minhas coisas e comecei a andar em direção à porta.

— Ei, George. — Nathan chamou.

Virei o rosto para ele.

— Às vezes, abrir o coração para uma segunda chance faz bem. — Ele sorriu. — Até depois.

Continuei andando sem responder, mas aquelas palavras ficaram comigo.

***

Naquela tarde, eu tinha mais uma consulta, mas dessa vez era no Departamento de Veículos Motorizados. Faltava pouco para o meu aniversário de dezesseis anos e, teoricamente, eu poderia tirar minha carteira de motorista. Só que, depois do furacão, depois de tudo que aconteceu, dirigir parecia um sonho distante. Com um olho a menos, eu não sabia se seria possível.

Minha mãe me acompanhou, como sempre, carregando uma pasta cheia de exames, laudos médicos e, o mais importante, a permissão do meu oftalmologista para iniciar o processo. Ela estava mais animada que eu. Talvez quisesse me dar uma sensação de normalidade, mas eu só conseguia pensar em como tudo seria diferente agora.

O atendente, um cara de meia-idade com óculos grossos e um colete azul desgastado, revisou meus documentos e assentiu.

— Pessoas com visão monocular podem dirigir, desde que cumpram algumas condições — explicou ele, puxando uma folha plastificada e apontando para os requisitos listados.

Condições para dirigir com visão monocular nos EUA:

Participar do programa Motorista Biótico (Bioptic Driving);

Ter um espelho retrovisor no lado do olho cego;

Ter espelhos externos em ambos os lados do carro;

Ter um cão-guia licenciado e maior de 18 meses no banco do passageiro.

Li a última exigência e pisquei, confuso. Olhei para o homem, depois para minha mãe.

— Cão-guia? — repeti, franzindo a testa. — Vou precisar de uma babá canina? Prefiro não dirigir...

Minha mãe me lançou um olhar de advertência e suspirou.

— Filho, calma. Deixa o moço terminar de explicar. Perdão. — Ela pediu desculpas, e eu me senti um completo idiota.

O atendente, que parecia ser um cara bem paciente, apenas sorriu.

— O cão-guia vai te dar mais autonomia — explicou, como se falasse com alguém muito mais novo. — Ele é treinado para auxiliar motoristas com deficiência visual parcial. Não é exatamente uma babá, mas um apoio para garantir segurança adicional. Além disso, o senhor terá aulas específicas e acompanhamento próximo durante todo o treinamento.

Cruzei os braços e soltei um suspiro longo.

— Ótimo — murmurei, sem entusiasmo.

A ideia de dirigir de novo até que parecia boa. Mas cachorro? Eu nunca fui um grande fã de animais. Agora, além de ter que me adaptar à minha nova realidade, também teria que lidar com um cão de companhia?

Definitivamente, não era o que eu esperava.

Aparentemente, conseguir um cão-guia não seria um problema tão grande, pois várias instituições ajudavam deficientes visuais. Minha mãe ficou encarregada de encontrar o melhor para mim. Enquanto voltávamos para casa, reparei que muitas construções estavam sendo reformadas, ainda um reflexo do Furacão Fernandes.

Para uma estrutura, é muito fácil, né? Quebrou, consertou. Dentro de mim, sinto que tudo ainda está virado de cabeça para baixo.

— Filho, como está na escola nova?

— Bem. — Respondi, olhando pela janela.

— O filho da Sra. Montgomery-Kerr está estudando com você?

— Sim.

— Pobre rapaz. Tinha um futuro lindo pela frente...

— Ele morreu? — Perguntei de maneira áspera.

— Não, quero dizer, que ele...

— Para de falar merda, mãe. O Emmett não morreu. Ele perdeu um braço, isso não significa que ele perdeu o futuro. O acidente não vai definir quem ele é. — Soltei e, no mesmo instante, fiquei mal. Senti nojo de mim mesmo.

— Desculpa, filho. Eu não quis dizer por mal.

A minha mãe não merece ser tratada dessa maneira. Coloquei meus pensamentos em ordem e pedi perdão pela forma como agi. Nunca, nos meus 16 anos de vida, meus pais levantaram a voz para mim.

Eu comecei a chorar, e a minha mãe parou o carro no primeiro acostamento que encontrou. Senti o seu abraço quente e protetor. Contei sobre as dificuldades que estou tendo por causa da minha visão, como errar a calçada ou não conseguir pegar os objetos que deixo cair no chão.

— Eu sinto muito, George. — disse mamãe, continuando a me abraçar.

— Eu só queria que as coisas voltassem a ser como eram. — afirmei, agarrado à minha mãe.

— Você vai conseguir superar, filho. Você vai se reerguer.

— Tem dois alunos que tentam puxar assunto comigo, mas eu não sei o que fazer. — contei.

— Mas eles são legais?

— Eles são bruxos. — soltei e dei uma risada. — São bruxos bons.

— E qual o medo? — ela questionou.

— De trair a memória do Zeek. — comecei a chorar. — Eu sinto tanta saudade, tanta que meu peito chega a arder.

— Eu entendo, George. Mas o que o Zeek ia querer? Filho, o Zeek ia querer o seu bem. Você teve a chance que, infelizmente, ele não teve. Então, vai aproveitar essa segunda oportunidade como?

— Desculpa, mãe! — exclamei, a abraçando.

***

Segundas chances. Minha mãe sempre falava sobre isso. "A vida nem sempre te dá outra oportunidade, George, mas quando dá, agarre com força". Eu escapei vivo do Furacão Fernandes. Vivo. Mas a que custo? Um olho a menos, cicatrizes que não são apenas físicas e um vazio que parece que nunca vai embora.

Era algo que eu não conseguia evitar pensar, especialmente nas tardes calmas após o almoço, quando o mundo parecia girar mais devagar. Eu tentava me convencer de que estava bem, mas algo sempre acontecia para me lembrar que essa não era a verdade. Como hoje.

Quando virei o corredor da escola, vi Jennifer de novo. Essa garota não cansa de fazer a vida das pessoas um inferno? Desta vez, os alvos dela eram os gêmeos. Nathan segurava um livrinho pequeno, que ela não hesitou em arrancar de suas mãos e jogar no chão.

Eu respirei fundo, usei toda a concentração que tinha e peguei o livro caído.

— O caolho e os bruxos juntos? — Jennifer debochou, cruzando os braços e olhando para as amigas, que riram. — Essa escola já foi melhor. — E saiu, rebolando como se tivesse acabado de fazer algo glorioso.

— Ela é má assim mesmo ou é defeito de fábrica? — Perguntei, revirando os olhos. Os dois riram.

— Defeito de fábrica. — Responderam ao mesmo tempo, como se fossem um só.

Sofia logo se despediu, dizendo que precisava ir à biblioteca, deixando Nathan e eu ali.

— E aí, cara? — Ele perguntou, ajeitando uma mecha do cabelo para trás da orelha.

— Queria pedir desculpa por antes. Eu perdi o meu melhor amigo no Furacão Fernandes e achei que estaria melhor sozinho...

Nathan assentiu, compreensivo. Seus olhos eram azuis e quando sorriu suas covinhas apareceram. Porque o meu coração está batendo tão forte? Droga.

— Às vezes, abrir o coração para uma segunda chance faz bem. — Ele repetiu exatamente o que tinha me dito antes.

— Isso, obrigado pelo conselho. — Eu ri de leve.— Mas vou logo avisando, eu sou imprevisível.

— Tudo bem, eu gosto de um pouco de imprevisibilidade. E sinto muito pelo seu amigo.

Antes que eu pudesse responder, uma voz irritada nos interrompeu.

— Tá acontecendo alguma coisa aqui? — Emmett apareceu do nada, sua postura tensa e seu tom de voz grosseiro. Ele nos pegou de surpresa.

E foi nesse momento que eu me perguntei: a vida estava me dando uma segunda chance de me conectar com as pessoas? E, se sim, eu estava pronto para aceitá-la?

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Comentários

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Eu.tema forte tratar das ditas deficiências,já que as pessoas podem sofrer preconceito, baixa auto estima e principalmente isolamento, ter uma rede de apoio é essencial para a integração entre elas. Excelente cinto está de parabéns.

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Ué, ele está se apaixonando pelo Nathan ? achei que seria pelo Emmet, já estava shippando kkkk

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