Minha esposa me traiu com o meu maior inimigo ( parte 7)

Um conto erótico de Lael
Categoria: Heterossexual
Contém 3660 palavras
Data: 13/04/2025 18:26:57

Para não correr o risco de uma gravidez, já que transamos sem proteção e Michele não estava usando nenhum método contraceptivo, ela fez uso da pílula do dia seguinte e depois voltou a usar anticoncepcional.

Inicialmente, imaginei que seria como outras transas que tinha, uns 2 encontros por semana, mas a verdade é que nas primeiras semanas, Michele e eu trepamos praticamente todos os dias. Eram sessões demoradas com brincadeiras e preliminares, e durante a foda em si nos acabávamos. Minha cunhada estava cada vez mais solta, xingava, mordia, gritava, sabendo da minha tara, esfregava e enfiava os dedos na boceta e depois passava em meu nariz e boca.

Lembrei-me que no dia terrível em que li as mensagens de Evelyn e Fabio, o canalha disse que a esposa dificilmente fazia anal e era cheia de frescura. Bem, comigo, foi diferente, pois apesar de ter um pau um pouco maior e bem mais grosso que o dele, já em nossa 3ª noite, comi seu cuzinho, com jeito, mas comi e a partir daí, foram várias vezes.

Quando estávamos perto de nossos filhos, seja em público ou mesmo só com eles, não trocávamos nenhum abraço ou beijo, não queríamos deixa-los confusos, pois aquilo era só um caso. Apesar de estar adorando aquilo, tinha um pé e meio atrás com Michele pelo que já relatei sobre o passado.

Aos poucos, fomos criando uma rotina mais moderada, ainda assim, eram 3 ou 4 vezes na semana. De tempos em tempos, voltávamos a conversar sobre Monica e que no futuro teríamos que parar, caso eu realmente reatasse com minha ex da adolescência.

Um fato curioso ocorreu creio que após a 5ª ou 6ª noite que transamos. Estávamos exaustos, já tinha gozado 3 vezes e ela mais. Michele estava com a cabeça deitada em meu peito e de repente se virou, olhou para mim e disse:

-Além de todos os defeitos, o Fabio era um mentiroso contumaz, mentia mesmo sem necessidade, acredita que ele me disse que você tinha problemas mentais desde pequeno e que quando surtava podia até matar uma pessoa?

Fiquei espantado com a criatividade do canalha:

-Como é que é? Ele disse que eu sou louco?

-Sim, antes de te apresentar, me pediu cuidado e para não conversar muito com você, pois era de lua. Chegou até a inventar que uma vez você lhe deu uma surra na rua e que foram precisos vários para te segurarem.

-Peraí... De fato... Uma vez, quando eu tinha 16, 17 anos, lhe dei uma baita surra, mas porque há anos, ele vinha fazendo bulliyng comigo, agora, ter problemas mentais? Por que ele inventaria uma merda dessas? E você acreditou?

-Nunca tinha nem te visto e achei que era verdade, não imaginei que um irmão pudesse inventar algo tão absurdo sobre o outro, para falar a verdade, tinha medo de te contrariar ou estender muito um assunto, porque, ele dizia que você batia em qualquer um à toa.

-Ele é quem deve ser louco para inventar uma coisa dessas! No máximo, briguei umas poucas vezes na escola e na rua, coisa comum de moleques, no outro dia, já estava todo mundo conversando de novo.

-A gente se via raramente, você tinha sua vida com a Evelyn e eu com ele, então essa versão colou, mas nos últimos tempos passei a desconfiar, via você dando duro como aquela noite na churrascaria, mas a prova definitiva de que tudo era uma grande mentira, foi naquela festa, mesmo o Fabio tendo feito todo aquele escarcéu e revelando o caso dele com a sua ex, você manteve o equilíbrio e ainda teve tempo para se preocupar com seu pai.

Naquele momento, me veio a resposta para o tratamento que Michele me dava, era um conceito pré-estabelecido, pois após receber a informação teoricamente confiável de meu irmão de que eu era louco, ela, claro, acreditou e procurou não “pagar para ver”. Eu também tinha até ali um conceito pré-estabelecido dela ser uma patricinha bláze que me tratava com distanciamento por eu estar numa condição financeira pior que a de Fabio naquele momento.

Aproveitei o momento e contei que por causa dela me tratar daquele jeito também tinha uma impressão distorcida dela, achando-a arrogante. Michele disse:

-Talvez o Fabio soubesse...

-Soubesse do quê?

-Que se eu tivesse a chance de conversar e de te conhecer de verdade, veria que mesmo sendo mais jovem que ele, você é muito mais responsável, inteligente, homem.

Passei a pensar em um emprego para Michele, quebrei a cabeça por dias. Não dava para coloca-la com minha secretária, pois já tinha uma e muito eficiente. A sua pouca experiência também era um empecilho grande. Mas até que surgiu uma ideia que poderia ser interessante em diversos sentidos.

Certa vez, Rubens e eu vimos o deputado Kikinho dispensando, sem delongas, um jovem nerd que foi lhe apresentar uma ideia de startup que era um aplicativo sobre como encontrar imóveis para alugar de uma maneira bem mais prática e específica, e queria que o mesmo o financiasse em troca de uma parceira caso o negócio desse certo. Tempos depois, esse nerd fechou com outra pessoa e ambos encheram os tubos de ganhar dinheiro.

Rubens e eu vimos que esse era um nicho interessante e discutimos sobre criar um projeto para ouvir jovens com ideias para criar uma startup de aplicativo ou outro coisas e investir em alguma realmente boa, mas faltava-nos tempo e tinha muita gente inventando qualquer tipo de coisa, a maioria, inútil que daria pouco ou nenhum dinheiro, mas se fosse algo realmente bom, poderia gerar uma grande renda. Era preciso garimpar com calma para encontrar uma ou mais ideias boas.

Resolvi conversar com Rubens dizendo que deveríamos tirar essa ideia da gaveta e contratarmos Michele para entrevistar os nerds e selecionar nerds. Ele pagaria metade e eu a outra metade do salário que precisaria ser bom para ela se manter e quando surgisse um com algo realmente bom, nós dois entraríamos como sócios, dividindo tudo.

Rubens aceitou. Contei a novidade a Michele, disse qual seria seu salário e a mesma vibrou. Arrumamos uma pequena sala, assim ela poderia receber os criadores com suas invenções e fazer a seleção. Explicamos que deveria coloca-los em 3 categorias: os que viessem com ideias furadas ou já batidas deveriam ser descartados, mas com educação; os que tinham uma ideia potencialmente boa, esses, ela faria um resumo da ideia e nos passaria depois; e o que seria bem raro, alguém com uma ideia fantástica, esses, ela deveria nos avisar no mesmo dia.

Logo começaram a chegar os candidatos, pois estávamos divulgando pelas redes sociais e Michele passou a fazer seu serviço. Como não tinham nerds para serem entrevistados o dia todo, pedi que minha secretária ensinasse algumas coisas básicas a Michele para que a mesma pudesse ficar ocupada nesses momentos.

Michele e eu seguíamos agindo de maneiras diferentes, dependendo do ambiente, no trabalho, mantínhamos uma amistosidade profissional, sem olhares ou qualquer tipo de carícia discreta; com nossos filhos, parecíamos amigos que riem e conversam; entretanto, a sós, a coisa estava cada vez mais quente, durante as transas, ela me chamava de putão, canalha, safado, pedia que arrombasse mais e mais sua bocetinha. Eu usava e abusava dela, até um plug anal, fiz com que a mesma usasse, adorava colocar e tirar do seu cuzinho e depois fodê-la.

Uma tarde, Evelyn apareceu em meu trabalho para reclamar da pensão, fiquei puto porque ali não era lugar para aquele tipo de conversa e também porque eu já pagava uma boa quantia e ainda dava muitos presentes por fora para o meu filho. Pouco depois dela começar com a ladainha, Michele entrou na sala, mas se desculpou dizendo que pensava que eu estava sozinho e saiu. Imediatamente, minha ex fez uma cara irônica e abusou do sarcasmo:

-Mas olha que novidade! A cunhadinha metida agora faz visitas a você? Talvez esteja consolando-a, enquanto o Fabio mofa na cadeia.

Fui direto e ácido:

-Não que eu lhe deva satisfações, mas como não tenho nada a esconder, a Michele trabalha para mim e mais um sócio.

Evelyn forçou uma risada:

-Ahahaaha! Trabalha? Só se for fazendo outra coisa, porque essa patricinha nunca deve ter lavado um copo na vida e pelo jeito que te olhou, tem coisa aí?

-Se tem ou não, fica por conta da sua imaginação, já disse que sua opinião e nada são a mesma coisa para mim. Agora, vamos voltar ao ponto, posso até aumentar o valor da pensão, desde que me faça uma lista com todos os gastos dele, porque pago a escolinha, natação, plano de saúde, compras do mês, aluguel e mais um monte de coisas. Tô achando isso muito estranho.

Minha ex reclamou, mas encurtei a conversa. Antes de Evelyn sair, aproveitei para falar sobre o seu namorado o cantor “Leo Xonado”:

-Aproveitando que você veio aqui, aquele saco de estrume do teu namorado não tem ido lá ou tem?

-Não! Mas acho isso um absurdo essa proibição!

-Absurdo é alguém ter coragem de se envolver com uma peça como aquela. Como não acredito em nada que venha de você, vou dar umas incertas por lá, à noite e se encontra-lo, ah, mas vai ter briga e na Justiça.

Evelyn deve ter ficado com medo, pois parece que o sertanejo deu uma sumida de lá, porém no futuro, nossos caminhos se cruzariam novamente.

Michele e eu completamos três meses, transando muito, mas sempre deixando claro que não tínhamos vínculo. Uma notícia nova, entretanto, complicaria as coisas, Monica me avisou que no máximo em 40 dias, voltaria ao Brasil e aí poderíamos tentar ficar juntos.

Desde o começo, Michele sabia que eu mantinha contato com Monica e que tentaríamos reatar caso ela voltasse ao Brasil, apesar disso, ficou um clima um tanto estranho na hora, percebi que minha cunhada ficou sem graça e eu também, mas seguimos transando.

Nesse período, surgiram apenas duas ideias razoáveis de aplicativos, Rubens e eu bancamos e tivemos um retorno mediano, dentro do esperado, sabíamos que uma grande invenção não apareceria rapidamente, era como garimpar em busca de uma pepita de ouro enorme, demoraria muito, talvez anos para ser encontrada e havia chance de nunca encontrar, mas tínhamos que seguir tentando.

Resolvi que iria fazer uma visita ao meu irmão, tinha muitas novidades para lhe contar e, uma delas, nem os amigos leitores ainda sabem. Antes, porém, tive uma conversa com Michele, há tempos, ela pensava em entrar na Justiça para se divorciar dele, perguntei se poderia revelar que estávamos juntos. Minha cunhada ficou espantada e perguntou:

-Ué, mas daqui a poucos dias, a Monica não chega? Por que trazer isso à tona?

-Mas ele não sabe da Monica, vou dizer que estamos juntos, será a pancada final nesse canalha que tanto mal causou.

-Não sei e se quando ele sair vier atrás de mim? O Fabio é doente de ciúmes.

-O Fabio ficará anos na cadeia e quando sair não saberá onde você está. Além disso, posso te garantir, ele não vai querer chegar perto de você, tenho um trunfo, apenas confie em mim.

-Mas daqui a anos, você estará com a Monica...

-Independente do que ocorrer, nós continuaremos próximos, até porque trabalhamos no mesmo local e mesmo que não trabalhe mais no futuro, seguiremos amigos. Só que eu preciso ver a cara dele, não nego, quero me vingar, mas com a sua autorização.

-Bom, se eu não soubesse o quanto nos damos bem na cama e do quanto você me deseja, acharia que só se aproximou de mim por causa dessa vingança.

-Se fosse só pela vingança, bastaria uma vez, só que desde a nossa primeira transa, não consegui parar mais, acho que isso responde a sua pergunta.

Michele acabou aceitando e vibrei por dentro. Alguns dias depois, fui para o Mato Grosso do Sul. Já devia uma visita há muito tempo para o meu querido irmão. Pediram que eu sentasse numa mesa que tinha dois bancos de cimento um de cada lado.

Fabio apareceu, estava com os cabelos desgrenhados e sem a panca de arrogante. Entretanto, ao me ver já se irritou:

-O que veio fazer aqui? Tirar sarro da minha cara? Eu não quero a visita desse cara! Me leva de volta! – Gritou para o carcereiro. Entretanto, o mesmo lhe deu um belo empurrão e o fez se sentar no banco em frente ao meu.

-Senta aí e ouve o que o teu irmão vai falar, se resolver tumultuar, aquele guarda ali na porta, vai te dar um carinho.

Fabio se surpreendeu com a resposta do carcereiro, mas decidiu obedecer.

-O que você quer fala logo? Veio todo elegante, achando que vou pagar pau para você? Perdeu seu tempo!

Eu ri cinicamente e disse:

-Calma! Temos muita conversa para colocar em dia. Sobre estar bem arrumado, são teus olhos! Estou o mais casual possível, até porque num lugar quente desses, fica difícil se vestir na estica. Mas, mudando de assunto, primeiro quero falar sobre a sua esposa.

Fabio arregalou os olhos, era louco por Michele e há meses não sabia nada dela.

-O que tem ela?! A Michele me mandou alguma carta? Recado? Como ela está?

-Não, não mandou nada, mas tenho boas notícias, em breve, chegarão os papéis do divórcio para você assinar, a Michele está decidida. Sabe, nos tornamos bem próximos...Ela tá trabalhando para mim, morando em um lugar bem melhor do que naquele muquifo que vocês viviam, passando bem mais tempo com a filha, já que você não deixava...Está feliz...Ah! Quase me esqueço, estamos tendo um caso há quase 4 meses. Rapaz, tua mulher, quer dizer, agora já posso dizer ex-mulher, trepa demais, ontem mesmo, antes de viajar para cá, ela quase acabou comigo.

Fabio ficou espantado, mas não acreditou ou fingiu não acreditar:

-Vai tomar no seu cu! Tem que ser muito babaca para fazer uma viagem longa dessas só para vir falar merda, achando que vai encher minha cabeça. A Michele jamais daria bola para um derrotado como você.

-Tinha certeza que não acreditaria, por isso, trouxe alguns mimos que servirão para matar um pouco da sua saudade da Michele e de quebra, ver que estou dizendo a verdade.

Eu havia levado uma pequena pasta e tão logo, Fabio começou a falar, a abri. Michele e eu não éramos imprudentes de fazermos fotos ou vídeos transando ou nus, mas eu tinha algumas imagens dela bem sensuais, sem vulgaridades como um close da boceta com porra ou fodendo-a, eram coisas mais sutis, quase artísticas, digamos assim, e sem mostrar o rosto, pelo menos não nas que havia nudez. Imprimi algumas dessas fotos e mostrei a ele. Numa, minha cunhada estava deitada de bruços nua, dava para ver bem seu bumbum, costas e cabelos; em outra, mostrava os seios rosados; outra, o corpo todo de frente, exceto o rosto; tinha também uma selfie nossa onde eu a beijava no rosto; e mais algumas nossas com as crianças passeando.

Fabio pegou as imagens e começou a olhar com cara de terror, depois olhou uma a uma novamente, ficou em pé e depois deu um grito furioso, rasgando em seguida as fotos.

-Seu desgraçado! Quando sair daqui vou te matar! – Ele berrou, já vermelho de ódio e espumando enquanto picotava as fotos. O guarda veio e disse que se Fabio não se sentasse, levaria umas borrachadas.

-Então tira esse cara daqui! Quero voltar para a cela! -Berrou com o guarda.

-Mas eu ainda nem comecei a contar as novidades! – Protestei.

-Fica quieto aí!- Berrou novamente o guarda para ele, fazendo menção de puxar o cassetete.

Fabio estranhou novamete aquilo, afinal de contas por que o guarda queria que aquela conversa prosseguisse? Esperei uns minutos, meu irmão bufava de raiva e até esboçou um começo de choro. Resolvi que para ter sua atenção novamente, precisaria de uma boa isca:

-Quando você chegou aqui, levou uma tremenda surra de um tal de Xexéu, não foi? Um negro forte e um pouco gordo.

Fabio, que estava desviando o olhar de mim, como quem não quer falar mais nada, arregalou os olhos e perguntou preocupado:

-Como você sabe disso? Não contei nem para a minha mãe.

-Eu sei de mais coisas do que você pensa. Sabia que de todos que te conhecem apenas um acredita que você falou a verdade sobre ser inocente?

-É claro que sei! Minha mãe sabe que eu não fiz isso.

-Errado! Ela finge acreditar, mas já disse que acha que você estava desesperado por dinheiro e fez uma bobagem. A única pessoa que acredita na sua inocência sou eu, aliás acredito 100%.

-Acredita porra nenhuma! Logo você!

-Verdade, sei que armaram para você, aqueles tijolos de maconha no caminhão, você não sabia de nada, foi achando que era para trazer uma carga de cervejas do Paraguai para São Paulo.

Fabio me olhava incrédulo, mas ainda desconfiado:

-E como você pode saber que armaram para mim?

Eu abaixei a cabeça por um tempo, me veio à mente, a morte do meu pai, ocasionada pelo barraco que aquele verme causou, também pensei em todas as maldades que me fez, incluindo, óbvio, se envolver com a minha esposa. Até então, eu estava calmo, mas fui tomado pelo ódio, fuzilei-o com o meu olhar e após alguns segundos, disse com raiva e uma leve pitada de sadismo:

-Por que fui eu quem armou para você?

Fabio ficou branco, mas não acreditou:

-Você?! Ora faça-me o favor! Melhorou um pouquinho na vida e aí já está se achando o Poderoso Chefão?

-Não, não sou nenhum chefão, também não tenho ligações com o tráfico de drogas, mas trabalho para gente suja de outros segmentos que conhecem pessoas, que por sua vez, conhecem outras pessoas. Eu tenho ajudado em diversas frentes para que alguns ganhem dinheiro, dinheiro grande, e além de bem recompensado por isso, em situações extremas posso pedir um favor a elas que se não puderem fazer, através de seus contatos farão. Quando você destruiu meu casamento, pensei em me vingar e até te matar, mas, equivocadamente, deixei passar, só que quando você matou o nosso pai, sim, porque você matou o nosso pai no dia do aniversário dele, vi que era horar de te fazer pagar e caro por tudo. Talvez não se lembre, mas no dia do velório, eu te avisei que dentro de pouco tempo iria se lamentar por não ter ido no lugar dele porque o que te esperava era muito pior. Não foram palavras jogadas ao vento, falei com pessoas bem acima de mim que foram atrás de outras pessoas de outras áreas, e essas ligaram para a transportadora que você trabalhava, dizendo que queriam trazer uma grande quantidade de caixas de cerveja do Paraguai, algo legal, com nota, etc. Mas esses contratantes, além de escolherem você a dedo para fazer a viagem, colocaram uma grande quantidade de tijolos de maconha no meio da carga. Depois, foi só alertar a polícia, algo que fiz questão de fazer, dizendo a hora aproximada que passaria pelo posto da polícia. O resto você já sabe.

Fabio estava estarrecido, mas não totalmente convencido:

-Mesmo que você tenha patrões poderosos que conhecem gente que mexe com o tráfico, duvido que os caras perderiam tantos quilos de maconha por causa de uma vingancinha de alguém que eles nem sabem quem é.

-Tem toda razão! Eles não perderiam mesmo, mas se você lesse um pouco saberia que não raramente, grandes quantidades de drogas apreendidas desaparecem misteriosamente de delegacias ou depósitos e ninguém sabe como explicar. Vai ver que devem existir alguns fantasmas muito loucos que gostam de dar um tapinha (fumar um baseado) ou uns tirinhos (cheirar cocaína). Acredita que há poucos anos, quase uma tonelada de maconha sumiu de uma delegacia no centro de São Paulo? Foi o que ocorreu no teu caso, seu trouxa, a droga não chegou a ficar nem 48h apreendida, só serviu para te prender e pouco depois, voltou aos seus donos. Somente semanas depois, avisaram que havia sido roubada. Sobre a surra que levou aqui do tal de Xexéu, foi uma cortesia minha, pedi a pessoas acima de mim que mandassem lhe arrebentar pouco depois que chegasse, um cartão de visitas para saber que mesmo depois de te prender e de comer a tua mulher, ainda posso te foder mais. Basta um agradozinho para um preso qualquer, e te apagam aqui, mas não sem antes te fazer implorar para isso. Você acha que o guarda ali te mandou ficar quieto e ameaçou te bater apenas por que quer que a gente faça as pazes ou por que foi orientado a ter tal comportamento?

Fabio parecia derreter, seus olhos se movimentavam como que tentando assimilar todas as informações, ele percebeu que tinha caído numa teia de aranha e quanto mais se mexesse, mais se enrolaria. O canalha suava e puxava o ar com força, como que se estivesse tento um ataque de pânico. De repente, começou a chorar.

-Demorou, Fabio, mas a conta chegou, você ficará vendo o sol nascer quadrado por anos, raramente receberá uma visita, a tua grande paixão está dando para mim e nem quer saber se você está vivo ou morto. e quando sair daqui estará mais fodido do que quando entrou, isso se sair, porque nunca se sabe, né?

Levantei-me e me despedi:

-Bom, infelizmente tenho que ir. Dependendo do horário que chegar a São Paulo, quem sabe ainda dá tempo de passar umas boas horas com a Michele.

Quando eu já estava saindo, Fabio disse com a voz toda diferente por causa do choro:

-Vou provar que sou inocente e quando sair daqui, vou acabar com você.

Sem olhar para trás, respondi:

-Comporte-se ou o Xexéu vai ter que te acalmar.

Voltei para São Paulo de alma lavada. Dias depois, Michele entrou com o processo de divórcio. Enquanto isso, estava chegando o dia de Monica desembarcar no Brasil e novos e graves problemas surgiriam com minha ex e o tal Leo Xonado.

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Foto de perfil de Lael Lael Contos: 269Seguidores: 794Seguindo: 11Mensagem Devido a correria, não tenho conseguido escrever na mesma frequência. Peço desculpas aos que acompanham meus contos.

Comentários

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leal mais uma vez você se superou parabéns.nota 1000

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Só esquentando casa vez mais amei nota mil parabéns

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