Queridos,
Vamos sair de viagem, então, resolvi adiantar o capítulo dessa semana.
Espero que aproveitem.
Beijão procês,
Nanda
O seu tom foi elevado, chamando a atenção de outros presentes, em especial da Bruna que, pela forma que o marido gesticulava, já imaginava o que estava acontecendo. Cíntia, mais do que profissional, era amiga dele e o arrastou para uma mesa num canto mais isolado, tudo sob o olhar ostensivo da Bruna que agora parecia não querer mais tanto contato com Maurício. Mas a noite estava apenas começando…
[CONTINUANDO]
[...]
Maurício, ao notar que agora Bruna o recusava e não desviava o olhar do marido, entendeu que algo poderia ter fugido ao controle. Assim, num momento em que ficaram a sós, não titubeou:
- Ele descobriu?
- E como não descobriria, Maurício!? A cena foi muito mal editada. Deu para ver direitinho que a gente… Bem… a gente… né? - Ela fez um gesto confuso com as mãos, representando bem o que se passava em sua cabeça naquele momento.
- Quer que eu fale com ele?
- Você está louco, Maurício!? E você vai lá dizer o quê, que ele não viu o que todo mundo viu, ou que o seu pau era de CGI? Ou, pior, que foi tudo meramente profissional? Porra, cara, que merda eu fui fazer da minha vida…
- Você não fez nada, Bruninha. Estávamos apenas trabalhando.
- Qual é, Maurício? Você sabe muito bem o que a gente fez. Nós não precisávamos ter chegado a tanto.
- Coração, presta atenção: nós… somos… atores. É normal que a gente queira dar o melhor pela obra que encenamos. No nosso caso, nós nos entregamos de corpo e alma para construirmos os nossos personagens e acabamos nos envolvendo, mas começou e terminou lá. Você tem o seu marido e eu tenho a minha esposa. Simples assim.
- Quero ver se ela irá concordar contigo quando ela assistir ao filme…
Maurício se calou por um instante e refletiu que ela tinha razão. Sua esposa ainda não sabia de nada e seria muito melhor que ela não soubesse. Aliás, por um acaso do destino, ela não compareceu àquela première, senão o estrago poderia ter sido duplo e de forma muito maior, afinal, Ana Carolina nunca aceitaria aquilo e pior, “rodaria a baiana” sem pensar duas vezes. Sua reflexão foi interrompida pela própria Bruna, ao sacar um sorriso sarcástico:
- Ela não sabe, né? Agora é o seu que ficou na reta, né?
- Minha esposa… ela é… é muito compreensiva e… Aham! Irá entender. - Gaguejou e pigarreou, demonstrando o temor na própria voz: - Ela também é atriz. Além disso, não é a primeira vez que eu… bem… que acontece. Ela já me compreendeu antes e compreenderá novamente.
- Bom, sorte sua! - Bruna suspirou profundamente e concluiu: - Eu só espero ter um pouco de sorte também quando for conversar com o Ricardo. Não vai ser fácil…
[...]
Na mesa próxima, mas não tanto assim, Cíntia tentava ser cirúrgica para desarmar uma bomba que parecia prestes a explodir naquele ambiente:
- É complicado, né…
- Complicado!? Se ela ainda tivesse chegado em mim e me falado o que pensava, perguntado se podia… talvez eu até tivesse concordado, ou talvez não, sei lá! Mas, pelo menos, eu teria tido a chance de não ser jogado de cara nesse lamaçal. - Ricardo suspirou profundamente, balançando negativamente a cabeça antes de continuar: - Mas nãããããão… Ela fez tudo pelas minhas costas. Me enganou, mentiu, me traiu covardemente! PORRA! E depois vem essa merda de edição e… e… mostra tudo, tudo, e para todo mundo, Cíntia. Caralho! Todo mundo viu aquela merda e sabe que sou um chifrudo agora.
- Às vezes, uma imagem diz mais do que mil palavras… - Resmungou Cíntia, bebericando um uísque.
- O que você quer dizer com… - Ricardo se calou, encarando a amiga: - Espera aí! Você era a diretora de fotografia. Não é você a responsável pela edição das cenas?
- Não, amigo! O responsável pela edição foi o Moacir, orientado pelo próprio Antunes, mas…
- Mas?
- Mas eu andei dando os meus pitacos sim…
- Aquela cena então, foi culpa SUA!? - Ricardo se alterava novamente, ficando inconformado com a suposta falsa amiga.
- Culpa!? Acho que você está me confundindo, querido... Quem devia fidelidade para você, ou respeito, ou a merda que for, era ela, não eu! Eu só mexi os meus pauzinhos para que a cena editada ficasse mais clara, pelo menos o suficiente para você ver o que estava acontecendo por aqui.
- Acontecendo!? Então, o que eu imaginei estava certo e não foi só naquela vez, certo?
Cíntia o olhou nos olhos com um certo desdém, deixando claro que obviamente Bruna e Maurício haviam se relacionado em outras oportunidades. O próprio Ricardo insistiu:
- As outras cenas em que eles transaram… Foi tudo de verdade, não foi?
- Talvez… Provavelmente… - Cíntia se calou enquanto tomava um gole do uísque e ainda arrematou: - Essas e outras mais.
- Que outras mais, Cíntia!? Do que você está falando? - Ricardo se alterou brevemente, sendo contido por um toque gentil de Cíntia.
- Você não quer conversar com ela primeiro? Sei lá, dar a chance dela se explicar para você…
- Não! Eu quero a verdade, aqui e agora! Se você sabe de alguma coisa, desembucha!
Cíntia tilintou o gelo em seu copo, medindo como apresentaria uma dura verdade para o amigo. Após segundos que pareceram séculos para Ricardo, ela falou:
- Eu falo, mas só se sairmos daqui. Não quero que você faça uma besteira.
Ricardo suspirou fundo e lançou um olhar de puro ódio para a esposa que agora se encontrava num grupinho mais seleto de apenas 5 pessoas, das quais reconheceu apenas Maurício, Antunes e Silvana, uma ruiva muito bonita, senhora de um rosto muito marcante, uma das atrizes envolvidas naquela maldita película. Ele então olhou para Cíntia e acenou positivamente com a cabeça. Levantaram-se e ele foi até a sua esposa, entregando-lhe as chaves do carro:
- A Cíntia está indo embora e vou pegar uma carona com ela…
- Mas já!? Espera só mais um pouquinho e vamos juntos.
- Não! Estou cansado, com dor nos chi… - Ricardo se calou para não parecer mais vítima do que já era, suspirou profundamente e continuou: - Com fome de verdade e vou aproveitar a carona. Nos vemos depois, ou não...
- Poxa, amor!?
O olhar que Ricardo lançou para Bruna quando esta lhe chamou de “amor” congelaria o mais quente dos corações apaixonados. Não havia ira ou ódio, mas tão somente um grande e absoluto “nada”, petrificado dentro de uma imensa pedra de gelo. Bruna entendeu que não adiantaria insistir:
- Tá, tá, tudo bem! A gente se vê… depois, então...
Ricardo nem respondeu, tampouco se despediu de qualquer um, beijinho então na esposa, nem pensar. Ainda assim, como diz o ditado, “nada é ruim demais que não possa piorar”, porque Maurício, justamente ele, tomando as dores da “colega de cena”, tão logo viu Ricardo lhe dar as costas, pousou uma mão sobre o seu ombro e tentou dar uma de cavalheiro:
- O que é isso, Riquinho, isso não é forma de tratar a sua esposa. Aliás, eu queri…
A ousadia de Maurício já seria demais, mas chamar Ricardo de “Riquinho” foi a gota d’água. A surpresa do Ricardo com a ousadia dele ficou estampada nos olhos arregalados com que olhou rapidamente para Cíntia, que, por sua vez, entendeu de imediato o que estava para acontecer e mesmo tentando, não teve tempo suficiente para dizer nada mais que um simples “não” e mesmo assim já tarde demais. Ricardo, tomado por um ódio que nasce dos primórdios da vilania humana, típica ira injustificada que fez Caim matar Abel, virou-se num movimento contínuo e acertou um cruzado de direita, digno da melhor fase de Evander Holyfield, bem no nariz perfeitamente esculpido por plásticas de Maurício, jogando-o a metros de distância, sobre uma mesa e desta ao chão.
A briga só não escalou para algo pior, porque Antunes, Cíntia e outros seguraram Ricardo. Bruna, justamente quem deveria ter feito de tudo para controlar o descontrole do marido, preferiu socorrer o colega de elenco, deixando-o ainda mais possesso. Todos se mobilizaram e rapidamente Cíntia conseguiu arrastar Ricardo para longe dali, mas não antes que o olhar decepcionado dele cruzasse novamente com o choroso de Bruna.
[...]
Pouco depois, já no carro de Cíntia, singrando as ruas da capital paulistana, Ricardo começou a rir. Cíntia, perplexa, deixou-se levar pelo momento e começou a rir também, mesmo sem entender o porquê:
- Cara, não faço isso desde os meus 13 ou 14 anos… - Falou Ricardo enquanto chacoalhava a mão dolorida, ainda com um sorriso nos lábios.
- Foi um socão! Jogou o Maurício longe. - Ela concordou.
- Bom, cada um usa o que tem de melhor, né? Ele usou o pau na minha mulher; eu usei a mão na cara dele.
- Pois é…
- Agora, me fala, eles já estavam aprontando há tempos, não estavam?
Cíntia suspirou profundamente e ainda mordeu rapidamente o lábio inferior, mas não se furtou em responder a pergunta:
- Sabe as oficinas… Não, melhor! Sabe aqueles ensaios sigilosos que foram feitos para algumas cenas importantes do filme? - Ricardo balançou afirmativamente a cabeça mesmo sem ela estar olhando para ele: - Então, algumas foram bem… é… hã… bastante restritas ao público, mesmo para os outros profissionais envolvidos, se é que você me entende?
- Ou seja, você está querendo me dizer que eles andaram ensaiando sozinhos, trepando, é isso?
- Na maioria delas, eu acredito que não, afinal, o Antunes estava junto, ensaiando com eles, mas soube de várias que foram ensaiadas somente pelo Maurício e pela Bruna.
- Por que você nunca me contou isso antes, Cíntia?
- Ah, Rick, para né! Você acreditaria mesmo em mim!? Justamente em mim, a mulher que já se declarou apaixonada por você e nunca teve uma chance? - Respondeu, olhando rapidamente para ele: - Não sou idiota, Ricardo! Você iria achar que eu estava criando intriga para estragar o seu mundinho perfeito. Eu até tentei flagrá-los para ter alguma prova, mas o Antunes proibia todo mundo de usar celular no estúdio e os ensaios eram realmente restritos, mas o burburinho era geral! A única forma que consegui para provar o que estava acontecendo, foi influenciar na edição das cenas. Eu só lamento que não tenha conseguido convencer o Antunes a fazer uma exibição ainda mais reservada, só para os atores principais e a direção, mas fora isso, não me arrependo de nada do que fiz.
- O Antunes… - Ricardo começava a raciocinar: - Foi ele que plantou essa semente na cabeça dela, não foi?
- Sério, Ricardo!? Você vai querer transferir a culpa da Bruna para outra pessoa? Ah, faça-me o favor, né, cara! - Cíntia esbravejou: - Porra! Você deve amar demais mesmo aquela biscate. Não tem explicação…
- Não é isso! Eu só estou tentando entender como tudo começou.
- Isso eu não sei. Quando eu descobri, e foi ao acaso porque peguei eles cochichando num corredor lá no estúdio, eles já deviam estar “ensaiando” há algum tempo... - Falou Cíntia, enquanto batia algumas vezes as costas de uma mão sobre a parte inferior da outra, fazendo o som característico de uma foda, aproveitando que estavam parados em um sinal vermelho.
- Caralho! Caralho, caralho, caralho… - Repetia Ricardo, balançando negativamente a sua cabeça: - O que eu vou fazer agora? Eu vou matar aquela bisca…
- Tá louco!? - Cíntia o interrompeu e teve uma ideia: - Quer um conselho? Dorme lá em casa! E fica tranquilo que eu não vou abusar de você. Eu só quero evitar que você volte para a sua casa hoje, discuta ou brigue com a Bruna, porque aí sim você vai perder a razão. Daria uma “Maria da Penha” na cabeça…
- Na sua casa?
- Qual o problema? Já falei que não vou abusar de você. - Repetiu Cíntia, mas após dar um sorriso sem tirar os olhos da ruas a sua frente, brincou: - A não ser que você queira…
[...]
No restaurante, após a saída forçada de Ricardo, um burburinho se instalou entre os presentes. Alguns, há algum tempo, já desconfiavam de um certo envolvimento menos profissional entre os protagonistas do filme, mas ainda assim, achavam que tudo não passava de boato, afinal, ambos eram casados. Porém agora, após a exibição da “première” do filme e da reação exacerbada do marido da protagonista, tudo havia ficado muito claro.
Sentado numa cadeira e com a mão segurando o nariz até então perfeitamente desenhado em uma mesa cirúrgica, Maurício foi o primeiro a se manifestar:
- Porra! Mas que mão pesada… - Disse enquanto lhe entregavam gelo envolto em um pano para tentar conter a hemorragia e evitar o surgimento de um hematoma: - Mas que merda de edição foi aquela, Antunes!? Só faltou dar um close no meu pau entrando na Bruna, cara. Precisava daquilo?
- Vou refazer esse trecho, mas não queira me culpar pelo que vocês fizeram. A proposta de fazer algo mais íntimo veio de vocês e a responsabilidade é toda dos dois. - Retrucou Antunes, olhando e apontando os dedos para ambos.
- Quando a gente cogitou isso, você bem que gostou, né? - Ele insistiu.
- Eu estava lá para fazer o filme e quanto mais realismo envolvido, melhor para mim. Mas a sugestão, a decisão e o “pega pra capar” foram todos de vocês. - Retrucou Antunes, virando-se para Bruna: - Mas, porra, Bruna, você também podia ter conversado isso com o seu marido antes, né? Mesmo que o pau do Maurício não aparecesse, você acha mesmo que o Ricardo não iria desconfiar depois de assistir ao filme?
- Ah é… Seria ótimo eu chegar no meu marido e propor para ele “Amor, eu posso trepar com o Maurício para as cenas ficarem mais realistas?”. - Bruna respondeu, sarcasticamente e continuou: - Tenho certeza que ele iria concordar.
- Mas se ele não concordasse, bastaria vocês simularem, esse é o papel do ator. Agora fico eu com essa bomba na mão: uma puta produção maneira, que tem tudo para fazer um sucesso nacional, talvez internacional, e o escândalo causado pela descoberta de um envolvimento entre os protagonistas. Pior é que amanhã já deve ter chegado em tudo que é blog, talvez até nos jornais…
- Qual é, Antunes? Isso é extremamente normal no nosso meio, você sabe disso. Que ator não se envolve com a parceira de cenas nos dias de hoje? Todo mundo sabe que, por trás das câmeras, rola isso direto. - Então Maurício se calou, arregalando os olhos e disse: - Como é que é!? Cê tá falando em vazamento? Caralho! Eu tenho que falar com a Ana antes…
- Ué! Mas ela não é toda segura de si, Maurício? - Perguntou Bruna, sarcasticamente: - Pensei que ela fosse entender facilmente…
- Pode parar, Bruna, agora não é hora para isso! - Retrucou Maurício, continuando: - Eu só não entendo uma coisa… O Ricardo não sabia? Afinal, por que ele deixou você ficar toda livre, leve e solta com outro homem durante os vários ensaios que tivemos que fazer a sós?
Bruna não respondeu, mas ela sabia dentro de si que sempre gozou da confiança irrestrita do marido e nas poucas vezes que ele lhe perguntou a respeito, soube conduzir a conversa de modo a obter a liberação para tais ensaios. Ela havia abusado, sabia disso, e agora teria que conseguir uma forma de contornar toda a situação ou lidar com as consequências.
[...]
Noutro lado da cidade, Cíntia, apesar de tudo militar a seu favor, mostrou-se uma amiga de valor e cumpriu a sua palavra, não investindo sobre o já combalido Ricardo. Ao contrário, foi mais do que uma simples amiga, preparando-lhe um quarto, um leite morno, servido com um bolo de chocolate e lhe ministrando um remedinho para dormir que funcionou maravilhosamente bem, pois, em pouco tempo, ele apagou como um bebê recém amamentado.
Ela queria mais do que ser apenas amiga, era um sentimento seu, íntimo, forte, antigo, mas sabia também que aquele não era o momento de se insinuar. Resignou-se então apenas em dormir ao seu lado, na cama do quarto de hóspedes, velando o seu sono, cuidando daquele que ainda almejava que seria seu um dia.
No dia seguinte, Ricardo acordou cedo. Aliás, mesmo quimicamente dopado, dormira muito mal, sendo vítima de uma sucessão de pesadelos, todos naturalmente relacionados à traição ocultada por sua doce Bruna. O pior é que em diversas oportunidades chegou a acordar com o membro ereto, dolorosamente duro, odiosamente empinado, o que lhe trazia um sentimento dúbio, mas sempre carregado de culpa e dor. “Dor de corno, mas tesão, nunca!”, ele chegou a pensar antes de cair no sono novamente.
Quando acordou, Ricardo voltou a pensar e não conseguiu entender como Bruna, logo a sua doce Bruna, fizera aquilo com ele, afinal, nunca lhe faltara em nada. Ele sempre apoiou os seus sonhos, compreendendo suas ausências em virtude do filme, e foram várias, sendo um bom marido, um amante dedicado e principalmente fiel. Enfim, ele sempre foi um bom companheiro. Estranhamente, nem mesmo o sexo entre eles havia mudado, continuava o mesmo, gostoso, intenso, sem limites, cada um procurando satisfazer aos mais íntimos e libidinosos desejos do outro.
Ricardo queria chorar, mas um movimento ao seu lado o coibiu. Ao se virar, viu que Cíntia dormia mansamente ao seu lado. Ela agora vestia uma leve camisolinha, curta e rendada que pouco escondia de suas curvas, tanto que com o movimentar inconsciente do sono, havia subido ligeiramente, mostrando que, naquele momento, ela não usava calcinha alguma. Curioso, mesmo de relance, Ricardo tentou ver sua bucetinha, mas por ela estar deitada de lado, quase de bruços, pouco, nada conseguiu ver, acabando por se contentar com uma majestosa, dura e grande bunda. Ele naturalmente sentiu uma excitação diferente e apesar da bagunça de sentimentos que estava sua cabeça e coração, seu pau correspondeu, subindo a jato, quase levando-o a transformar a traição de Bruna em uma via de mão dupla.
Ele suspirou profundamente, lembrando-se da dor da noite anterior e a excitação sucumbiu, lentamente, mas sucumbiu. Ao se movimentar para sair da cama, pois agora uma vontade de mijar já o dominava, Cíntia acordou e, mesmo ele estando de costas, ouviu claramente aquela voz doce, quase melódica:
- Ronquei, foi isso?
Ele se virou apenas o suficiente para olhá-la nos olhos, mas agora sorria divertido com a pergunta feita:
- Não, sua boba, preciso ir ao banheiro.
- Ah tá… - Ela sorriu também, enfiando a cabeça no travesseiro e se espreguiçando como uma gata manhosa sobre a cama, tensionando e arrebitando ainda mais a bunda carnuda: - Se for o número 2, tem um cheirinho lá para espirrar, viu?
Ricardo ao ver aqueles sutis, porém sensualíssimos movimentos, teve uma pré ereção novamente, mesmo que ainda não tivesse conseguido vê-la em todo o seu esplendor. Se Cíntia viu ou não, ele não sabe, pois rapidamente ele se virou e foi até o banheiro. Ali, trancado, sentou-se no vaso sanitário e respirou profundamente, enquanto aguardava sua ereção ceder novamente para poder mijar. Foram bons segundos de concentração inversa, lembrando daquela maldita professora de matemática que quase o expulsou da 5ª série, mas foi bom, pois broxou bonito. Mijado, balançado, descarga dada e mão lavada, ele saiu, retornando ao quarto, onde não mais encontrou Cíntia deitada:
- Cíntia? - Ele perguntou agora com a cabeça no corredor.
Ainda sem obter resposta, foi em direção ao quarto dela e o que viu o deixou chocado. Cíntia agora estava completamente nua, mas virada de costas para ele. Ela parecia olhar algo em sua cama, que ele identificou como roupas na sequência, mas que não sabe como fez, pois seus olhos não conseguiam desviar das curvas daquela beldade. Distraída, Cíntia se virou, indo em direção ao banheiro de sua suíte e quase teve uma síncope ao ver Ricardo parado sob o batente da porta, encarando-a quase como um predador. Aliás, o efeito foi causado em ambos, pois no momento em que ela se virou, Ricardo pode ver toda a plenitude daquele belíssimo corpo, de seios siliconados empinados, duros e ousados, cintura fina, quadris largos, com a púbis depilada, findando em uma linda pica. "Que pica linda, o que?", pensei, atordoado.
[CONTINUA]
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DA AUTORA, SOB AS PENAS DA LEI.