Parte 3
Fui para o trabalho com uma ansiedade enorme, vontade de não ir, de ficar para ver o que acontecia. Por duas vezes, parado no semáforo, esperando o sinal verde, me deu vontade de pegar o contorno da avenida e regressar. Tinha já um monte de dúvidas e curiosidade sobre o que poderia ter acontecido nas horas em que eu não estava presente, ou estava dormindo.
Tinha a certeza de que a Selminha estava adorando perceber o desejo cada vez mais visível do Laulão nela. E que ela também havia percebido que eu me excitava com aquele jogo das provocações. E ela estava experimentando cada vez mais, ousando mais, só para ver a minha reação.
Eu tinha duas hipóteses de entendimento. Podia perfeitamente, como ela disse, ser uma forma de apimentar nossa relação, apenas usando o Laulão como provocador. Mas, podia também, ser algo mais sério, ela louca para dar para ele, e experimentando até onde a minha tolerância chegava.
Sabia que a insistência do Laulão, em ficar falando aquelas brincadeiras, me associando ao meu pai, lembrando que ele era um corno assumido e cúmplice, era uma forma dele também me testar. O que eu não sabia, é se eles estavam já combinados, agindo em parceria, sincronizados, ou se era apenas fruto natural daquela nossa situação, com ele ali presente.
Essas questões me preocupavam muito, e por isso estava tenso. Mas, aquele era um dia cheio de coisas para eu resolver e produzir, e meu senso de responsabilidade me impediu de retornar para casa.
Cheguei no escritório e logo me dediquei às questões que me esperavam e com isso, fui descontraindo. Mas, sempre tinha alguma coisa que me recordava da situação, e meu coração se acelerava. Uma hora depois de eu estar trabalhando, fiz uma pausa para um café na cafeteria interna que ficava no final do corredor. Saí da minha sala e levei o telefone, pois poderia ser demandado por algum assunto de trabalho em andamento. Me servi de um “expresso”, e fui me sentar em uma das banquetas que ficava diante do balcão alto da cafeteria.
Não aguentei de curiosidade e mandei uma mensagem para a Selminha:
“Tudo bem? Como estão as coisas aí?”
Esperei uns cinco minutos e nada de ter resposta. Já estava me preparando para voltar ao trabalho quando a Selminha digitou: “Tudo bem”. Aproveitei a ajuda do Laulão, para limpar em cima dos armários, as luminárias e as prateleiras.”
Tratei de questionar bem rápido: “Como fizeram isso?”
Ela respondeu: “Ué, subi na escada e ele ficou segurando para eu não cair.”
Putz! Imaginei a cena, ela com aquele vestidinho de malha de algodão, bem fina, e uma calcinha mínima cor da pele. O Laulão tinha um visual alucinante. Teclei nervoso: “Nossa! Tu de vestidinho curto e tanguinha mínima? E ele olhando de baixo?”
Selminha mandou a resposta: “Ué, o que tem isso? Ele já tinha visto de manhã.”
Na hora meu pau já estava ficando duro e eu me levantei e saí da cafeteria e fui para os banheiros. Meu corpo se arrepiava novamente. Entrei numa das cabines, me sentei no vaso sanitário, e fechei a porta. Não sabia direito o que escrever. Tentei sondar: “E qual foi a reação dele?”
Ela teclou: “Dele, foi ficar contente, sorria igual criança ao ver um brinquedo, mas o Laulão não cabia no calção. Rs, rs, rs.”
Eu gelei na hora. Uma mistura de tesão e apreensão me dominava. Minha primeira reação foi alertar: “Selminha! Está brincando com fogo! Cuidado!”
Ela respondeu: “Brincadeira boa! Fico toda arrepiada. Rs rs rs ra.”
Fiquei intrigado, curioso para saber o que estava acontecendo. Perguntei: “Pode me dizer o que é que está fazendo?”
Ela escreveu: “Estava fazendo limpeza, ué. Agora já estou preparando o que vou dar para o teu padrasto comer.”
A safada colocou um emoji de carinha piscando um olho com a língua de fora. Estava mesmo me sacaneando, ou me preparando para eu saber alguma coisa. Eu ia tentar alguma resposta, mas meu telefone deu sinal de receber uma outra mensagem, e era assunto de trabalho. Tive que interromper aquela conversa, e voltar para meu posto de trabalho. Antes de sair do banheiro, digitei:
“Por favor, vai me matar do coração? É sério ou está só me zoando?”
Antes de me sentar à minha mesa vi que chegou a resposta: “Estou falando sério, amor. Cozinhando o peru para o almoço. Hehehehe”
Eu já não ia ficar mais relaxado. Tive que atender algumas chamadas, consultar alguns dados, ver planilhas, e me concentrei no que tinha que fazer.
Minha cabeça estava a mil. Na hora que tive uma pequena pausa, mandei mensagem para a Selminha: “Me liga na minha hora do almoço. Quero falar contigo”.
Segundos depois, veio a resposta dela: “Vou estar também com a boca ocupada, amor. Rs rs rs rs, mas eu ligo.”
A safada estava mesmo aproveitando para me provocar. Ou então, me preparava para confessar alguma coisa. Não via as horas passarem. Não respondi, mas fiquei de pau duro, sem saber exatamente o motivo daquela excitação. Pensei: “Será que só a ideia da Selminha dando para o Laulão já me excita?” – Me sentia confuso, com receio de ter que admitir, como dizia o Laulão, de que eu era parecido com o meu pai e sentia tesão em ser corno. Eu sentia ciúme, mas ao mesmo tempo uma excitação muito grande.
Ali no escritório, sem que ninguém pudesse perceber, eu tomei consciência de que ele tinha, desde o início, começado um jogo de preparação, tanto de provocação da Selminha, como de indução psicológica comigo, para me despertar a ideia de aceitar a condição de corno. O filho da puta sabia o que estava fazendo, e eu sabia que a minha esposa, também estava entrando no jogo, já tomada pelo tesão. Era a prova que eu tinha de que ele era um alfa comedor profissional, que sabia seduzir e ao mesmo tempo convencer o marido. Talvez, ele tivesse feito o mesmo com o meu pai, e a minha mãe. Muito provavelmente, foi ele que convenceu meu pai a deixar ele pegar a esposa. E minha mãe, que gosta da fruta, adorou. Mas, a Selminha também gosta da fruta. Naquele momento, tive quase a certeza de que foi ele que induziu meu pai e minha mãe a serem o que ele desejava. E agora, podia estar fazendo o mesmo comigo.
Naquela hora, eu imaginava a Selminha tarada se exibindo para o meu padrasto, achando bom provocar, ele de pau duro, e sentia um tesão tão grande com aquilo que nem conseguia me concentrar no trabalho. Primeiro, ela se deixou abraçar e ele se esfregar nela no forró, e depois, a cena da Selminha mostrando o rabão para o meu padrasto na cozinha, que indicava que ela estava adorando provocar o desejo dele. E mostrava que no fundo, ela também estava adorando aquilo. Usava as roupas sensuais para aumentar o desejo dele. Mas sabia que me deixava tarado também. Fiquei com a sensação de que se ainda não tinha acontecido, não ia demorar para ele tentar traçar minha esposa. Ele queria, e parecia que ela estava louca para que acontecesse. E talvez, eu não tivesse forças para impedir. Me perguntei: “E será que eu quero impedir?” - Eu não tinha feito nada para contrariar tudo o que estava acontecendo, e me excitava muito com a situação. Mas, ao mesmo tempo, não queria admitir que aquilo me excitava, enquanto sentia ciúme e receio do que estava por vir.
Finalmente, uma hora depois, chegou o horário de almoço, e eu normalmente comia num restaurante que servia almoço caseiro ali perto, por um preço por quilo, e com direito a me servir do que quisesse. Naquele dia, devido à ansiedade, estava até sem fome. Preferi algo mais rápido, passei numa lanchonete também próxima, que tinha sanduíches prontos, peguei um de peito de peru com salada, uma garrafinha de achocolatado, e voltei para a empresa. Lá, havia três salas, pequenas, usadas para reuniões rápidas, e naquele horário, estavam vazias.
Me tranquei em uma dessas salas e mandei mensagem para a Selminha, dizendo que já estava livre, e podia ligar. Por precaução, coloquei os fones de ouvido. Logo ela me ligou, com chamada de vídeo. Vi que ela estava em nosso quarto. Perguntei:
— Está sozinha? Pode falar?
Selminha parecia estar sentada na cama, e eu via apenas seu rosto. Estava sorridente.
— Sim, o Laulão saiu depois de comer.
Sem pensar eu perguntei:
— E comeu o que?
Ela sorriu. Ficou me olhando por uns segundos, e percebi malícia em sua expressão.
— Hummm... Quer saber mesmo?
— Porra, Selminha, não fode! Vai, fala logo o que tem para falar? – Respondi tenso.
Ela sorria divertida. Disse:
— Amor, relaxa! Ele comeu o que eu ofereci. E gostou muito.
Selminha tinha uma expressão marota. A danada era boa de “ping-pong”.
Eu fiquei olhando para ela, querendo perguntar logo se ela tinha dado para ele, mas também, não queria dar aquela demonstração de que podia admitir aquilo. Disse:
— Tu vai me matar do coração com esse jogo. O que tem para me dizer?
Ela respondeu:
— O Laulão me ajudou na limpeza, arrastou a geladeira, o fogão, a máquina de lavar, e o sofá da sala, para que eu pudesse passar o pano. Eu limpava e ele voltava tudo no lugar. E enquanto isso, ficávamos conversando. E quando tu mandou a mensagem de texto, ele foi me dizendo o que devia escrever, para te deixar bem pilhado. A cada mensagem tua, ele dizia o que eu deveria escrever. Nós rimos muito. Ele disse mesmo que tu ia ficar subindo pelas paredes.
Eu não sabia se ficava aliviado ou mais tenso. O grau de cumplicidades deles estava cada vez maior. Pensei rápido o que dizer:
— E vocês falavam o quê?
Ela deu de ombros e explicou:
— Ele explicava sobre esse nosso tesão, gostou de ver eu o provocando e tu que adora quando eu provoco. Ele disse que isso é sinal de que somos um casal muito liberal e safado.
— Sei! O safado é ele, jogando verde para colher maduro. – Respondi.
A Selminha riu, e concordou:
— Também é isso, claro. Ele é o primeiro a provocar. Mas, nós temos conversado bastante, ele me explicou como funciona esse fetiche de ser corno.
Na hora me deu uma enorme ansiedade ao ouvir aquilo. Falei:
— Ele não sai disso. Está ciscando nesse terreiro, louco para achar uma brecha.
Ela concordou, rindo divertida, e falou:
— Caçando a minha brecha, amor! Louco pra achar a minha brechinha. Precisava ver como ele ficou na hora que subi na escadinha. Ele segurou a escada para eu tirar o pó de cima das prateleiras e dos armários, limpei os lustres da cozinha e da sala. Ele olhando de baixo.
Fiquei indócil.
— E tu subiu na escada com o vestidinho curto e aquela calcinha fio dental cor da pele?
— Sim, amor, é o que eu estava usando. Tu viu. – Ela respondeu.
— E deu a visão completa do parque de diversões para ele? – Perguntei.
Ela riu, e fez que sim com a cabeça. Esperou um pouquinho, e falou:
— Não aguentei amor, queria ver a reação dele, ri muito hoje com teu padrasto. Quase teve um ataque aqui. O Laulão não cabia mais no calção. E ele falava: “Selminha, assim tu me mata!”
Eu fiquei olhando para ela, meio congelado. Sem saber o que dizer ou fazer. Meu pau já estava durão. Na falta do que falar perguntei:
— Tu é louca! E ele? Fez o quê?
Ela continuava rindo ao contar:
— Ele ficou maluco, já sabe como ele é. Aquele Laulão gigante dele querendo sair do calção, e ele apertando, meio desesperado para tirar e se masturbar.
Meu corpo ferveu como se tivesse febre ao ouvir aquilo. Selminha falava com tranquilidade. A safada brincava com coisa séria. Eu questionei:
— Conta logo. O que ele fez?
— Ficou me ajudando, com uma mão segurava a escada e a outra apertando o Laulão direto. – Ela disse, riu, e a seguir contou:
— Teve uma hora que eu estava limpando em cima da prateleira, os braços no alto, e ele apertava tanto o pau que eu falei: “Laulão, tu não larga disso, segura a escada e deixa teu pintão quieto.”
Eu não queria acreditar. Minha esposa com aquele tipo de conversa e intimidade e logo com meu padrasto, já segurando o pau duro. Perguntei:
— Mas, o que foi que tu fez? Continuou lá?
Selminha parecia calma:
— Não amor, eu parei de limpar, desci da escada, pois minha calcinha ficou toda melada.
— Não é possível. Ele viu isso? – Perguntei.
— Viu, foi por isso que eu desci. Ele disse: “Não é só eu que estou melando o calção, você também já está babadinha que eu estou vendo.”
Nossa! Ouvi e cheguei a suspirar. Meu pau doía de tão duro espremido na cueca. Exclamei:
— Caraca! Aí nem eu ia aguentar. Tu também abusou.
Selminha falou:
— Ele disse que também estava babando de tão excitado, e mostrou a grossura do pinto, segurando a Laulão sob o calção, falando: “Olha só para isso” - Eu falei que era um exagero aquele pau, muito grande, e ele na maior cara de pau disse que se eu provasse eu ia adorar, e perguntou se eu queria pegar.
Eu senti um nó na garganta ao ouvir aquilo. Tentei falar e minha voz falhou. Pigarreei e a fala veio com dificuldade:
— Porra... Selminha. Aí foi foda! Que safado. Tu pegou?
Ela respondeu rindo:
— Quase! Eu estava louca para pegar, amor, mas como tu não estava, pedi para ele ir para o quarto, parar de me atentar, que aquilo não ia prestar. Ele disse que tudo bem, mas perguntou se eu senti vontade.
— Safado! O que tu disse? – Questionei.
— Eu falei que senti vontade sim, claro, mas tinha que te pedir primeiro. Foi quando ele falou: “O corno vai deixar, com certeza. Ele fica é mais tarado com isso!”
Eu não sabia se surtava ou se me masturbava. Minha mulher contando na cara dura que ficou com vontade de pegar no pau duro do meu padrasto, com a calcinha melada de tesão, e confessou a ele. Exclamei:
— Puta merda, amor! Aí também tu entregou o ouro!
Ela sorria tranquila, maliciosa. E disse rindo:
— Não entreguei o ouro, mas foi quase. Eu falei que sem tua presença, nada ia acontecer. E foi quando ele explicou que se eu te pedisse, dizendo que tenho vontade, tu deixaria.
Naquele momento, meu horário de almoço estava quase no fim. Eu precisava terminar aquela conversa. Falei:
— Pelo amor de deus, amor, não estou acreditando. Que papo é esse?
Ela contou:
— Eu deixei que ele guardasse a escada na dispensa, paramos a limpeza, e falei que ia te esperar voltar, para perguntar. Ele concordou e respondeu que se eu pedisse com jeito, e contasse que estava com vontade de provar o Laulão, tu ia deixar. Podia apostar.
— Filho da puta! Sacana! Me chamando de corno! E você ainda dá corda! – exclamei.
Selminha abaixou a voz, como se não quisesse ser escutada por mais ninguém, e falou:
— Amor, fala sério. Estou aqui me segurando. E tu também está tarado com isso. Ele contou como são, normalmente, as reações do corno. Lembrou como tu ficou excitado todas as vezes em que brincamos de provocar, e que basta ouvir a palavra corno, tu fica excitado. Ele disse que eu sabia disso, pois provocava, e via como tu ficava tarado.
— Não acredito que ele chegou nesse ponto! – Comentei.
Ela continuou:
— Ele tem razão, amor, acho que tu fica mesmo tarado com isso. Não fica?
Eu já estava em cima da hora para voltar ao meu posto de trabalho. Já ouvia barulhos das pessoas na empresa, voltando do almoço. Eu não queria responder aquilo naquele momento. Falei:
— Amor, meu horário de almoço terminou. Tenho que trabalhar. Não vamos falar disso agora, está bem? Falaremos depois. Não fala nada até eu voltar.
Selminha concordou:
— É claro amor, eu espero. Mas não demore. Estou meio louca aqui.
Ela afastou o telefone e pude ver que estava recostada na cama, com as pernas dobradas e abertas, e sem a calcinha. Acariciava a xoxota que parecia inchada, vermelha e toda melada.
— Ah, meu deus! Assim me mata mesmo! – Eu exclamei.
Ela me olhava com uma cara de safada:
— Vem amor, por favor, chegue cedo. Preciso muito.
Ela desligou e eu fiquei ali meio zonzo, a cabeça perdida, sem foco. As palavras dela soando na minha mente: “Ele tem razão, amor, acho que tu fica mesmo tarado com isso. Não fica?”
Fui para meu posto de trabalho, meio como um zumbi.
Continua na parte 4
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