Renan pode ter perdoado a esposa, por quem era apaixonado, mas não fez o mesmo com Caio. O amigo, normalmente apático e sem iniciativa, seria a última pessoa que ele esperaria ter algo com sua esposa. De fato, ele negou o beijo de Lívia e nem sequer tocou nela, mas fez algo que nem ele, o esposo, conseguiu fazer: atiçar nela novas fantasias. De uma hora para outra, Lívia cogitava sexo anal e até mesmo ménage com uma mulher, coisas até então vetadas por ela. A vida íntima do casal realmente reacendeu, mas ele não conseguia ficar agradecido. De alguma forma, Caio acessou o íntimo mais profundo de sua esposa e ele invejou isso.
Sentir inveja daquele rapaz que sempre dependeu dele era inadmissível e a invídia se tornou desprezo. Sentia-se traído pelo amigo, após anos cuidando dele. Na primeira oportunidade em que Lívia saiu do apartamento, ele bateu na porta ao lado e teve uma conversa dura com Caio. O rapaz pediu desculpas de todas as formas, mas não teve jeito. Renan tinha ódio nos olhos e aquele sentimento não se perderia tão cedo. Ali, a amizade de infância terminou.
Se livrar de Caio foi estranho no início. Nenhum de seus outros amigos o olhava com a mesma admiração enquanto ouvia suas histórias. Não tinha mais uma pessoa sempre disponível para sair com ele para qualquer lugar que quisesse. Nos primeiros dias, sentiu falta de Caio, mas a raiva era mais forte. Sentia-se dividido, pois não tinha mais aquela pessoa que deixava seu ego elevado, enquanto o mesmo ego não o permitia se sentir inferior ao amigo em qualquer área que fosse. Essa angústia o fez culpar o amigo ainda mais. Passou a enxergar Caio como mal que carregou por toda a vida, o impedindo de amadurecer em certas áreas. Ao mesmo tempo, pensava que Caio atrasava sua vida por ser imaturo.
Quem aliviava essa angústia era Lívia. A fogosa esposa parecia abraçar de vez as novas ideias e sempre as usava para provocá-lo ao chegar em casa. Não importava o quanto estivesse cansado, Lívia sempre o deixava excitado. Renan se sentia mais viril, mais homem, ao contrário do ex-amigo que nem conseguia conseguir um relacionamento sozinho. Ele não fazia ideia de que sua esposa faria ainda mais por ele, certa noite, quando o pediu para chegar em casa logo que possível.
Lívia sempre foi uma esposa maravilhosa e nos últimos dias o surpreendia cada vez mais. Precisava fazer algo por ela também, e com aquele pedido, decidiu se esforçar e deixar mais trabalho acumular para os dias seguintes. Não importaram os pedidos de Karina, naquela noite ele saiu mais cedo.
Ao chegar em casa, deparou-se com duas mulheres lindas no seu sofá. Sua esposa usava um tubinho preto, curto e bem ajustado nas suas curvas. Era um vestido que Renan não via usando há bastante tempo e que normalmente o faz quando está mal-intencionada. A surpresa mesmo estava na companhia dela. Desde que conversaram sobre Úrsula pela primeira vez, Lívia só tocava no nome dela em meio às fodas dos dois, mas nunca falou sobre ter conhecido ela. A preta vestia um tomara que caia laranja, que parecia brilhar em contraste com a pele retinta.
— Você está linda — disse Renan ao abraçar a mulher e lhe beijar. As mãos foram imediatamente à bunda de Lívia sem o menor pudor, apertando as carnes fartas da loira. Úrsula assistiu à cena, com um sorriso de canto de boca.
Apalpar Lívia era um hábito quando Caio estava por perto, mas na ausência do ex-amigo, a necessidade de se exibir continuava. Dessa vez, estava na frente daquela mulher e sentia uma compulsão maior em se mostrar. A mão dele só saiu do corpo de Lívia quando ela cumprimentou a visita. Ainda, sim, enquanto ambos conversavam na entrada do apartamento, Renan voltou a ter a bunda de Lívia em suas mãos. A loira não protestou em nenhum momento.
O jantar de fato foi especial, pois Lívia se dedicou não só no prato principal, mas na sobremesa, deixando a conversa entre os três para lá de agradável. Renan direcionava os assuntos para si, falando de seu trabalho. Úrsula olhava atenta para ele, demonstrando mais interesse do que realmente tinha, pois seus olhares diversas vezes se desviavam para Lívia. Os olhos verdes da loira eram sempre convidativos, mas naquela noite Lívia ainda caprichava na maquiagem e a trança embutida no longo cabelo a deixava ainda mais charmosa. O decote generoso no vestido era convidativo a olhares mais ousados e Úrsula dava suas espiadelas com cuidado, enquanto tentava prestar atenção na conversa de Renan.
No fim do jantar, Renan convidou Úrsula a se sentar com eles no longo sofá da sala para conversarem mais um pouco. Fez questão de que ela ficasse entre os dois. O anfitrião deixou de falar um pouco de si e passou a querer saber mais sobre sua bela visitante. A preta falou de coisas banais sobre sua vida e Lívia percebeu que seu marido não estava conseguindo chegar onde queria.
— Amor, você acredita que essa mulher linda aqui está solteira? — Perguntou Lívia, com um sorriso sapeca no rosto.
Renan mal percebeu a expressão cheia de más intenções da esposa, dando sua atenção apenas à mão branca dela, alisando a musculosa coxa de Úrsula.
— Não é possível, você se esconde em casa para ninguém te ver?
— Sou mais na minha, gosto de ficar sozinha. Hoje não procuro relacionamentos.
— Entendi, imagino que carente você não fique.
— Jamais— respondeu Úrsula, sorrindo.
— Você me lembra de um amigo meu, o Caio. Ele também é muito na dele. Inclusive, ele mora aqui no prédio. Ele é magro, moreno, tem o cabelo raspado. Sabe quem é?
— Acho que sei quem é. É um cara meio esquisito, não é?
— Não fale assim dele! — disse Lívia.
— Me desculpa, sei que ele é amigo de vocês, mas pegar elevador com ele é estranho. Ele fica olhando para o chão o tempo todo. Não diz “bom dia”, nem nada e parece sempre nervoso.
— É que você é muito linda, deve deixá-lo nervoso mesmo.
— Homem que fica sem jeito não pode, gente! Gosto de quem me pega de jeito e sabe o que fazer comigo, seja homem ou mulher.
A fala de Úrsula fez brotar em Renan um sorriso sádico e em Lívia uma expressão de leve constrangimento.
— Então, você sai com mulheres também? — perguntou Renan, tentando fingir surpresa.
— Sim, espero que vocês não tenham preconceitos.
— Jamais, querida. — respondeu Lívia, alisando e apertando as coxas de Úrsula.
— Não tenho o menor problema com quem cuida da sua própria vida.
— Não é só por isso. Costumo gerar brigas entre casais.
— Queria, já falei com você que entre nós não temos esse problema. — disse Lívia, enquanto se ajeitava no sofá para se sentar junto à Úrsula. A mão continuava a alisar a coxa dela, enquanto ela voltava sua atenção ao esposo. — Sabe, amor, ela tem medo de que eu fique com ciúmes de ela roubar você de mim.
— Mentira, não foi isso que eu disse. — protestou Úrsula, com o rosto queimando de constrangimento.
— Verdade, amor. Ela disse que, quando os casais a chamam para um ménage, sempre rola ciúmes por parte da mulher.
Úrsula olhou para Renan e a expressão em seu rosto carregada de malícia. Abriu um sorriso sem graça, de quem acabara de perceber as intenções naquela sala.
— Acho que você tem razão em se preocupar. Um bom jeito de você evitar qualquer ciúme é mostrar à esposa o quanto ela também é gostosa.
A mão de Lívia alisava a coxa de Úrsula com menos discrição. A preta torceu o pescoço e a beijou. Renan podia ver as línguas indo de uma boca a outra enquanto os lábios se esfregavam. As mãos da loira afagavam o rosto da preta e depois desceram pelo seu corpo, até voltarem às coxas. Úrsula, meio que de costas para Lívia, não conseguia tocá-la da mesma forma e assim, ela interrompeu o beijo e se virou para ela.
Úrsula montou sobre uma das coxas de Lívia e se aninhou sobre seu corpo. Sua coluna se curvava lascivamente, se encaixando no colo da loira. As coxas grossas estavam totalmente à mostra e a bunda quase fugia do vestido. Roçava os seios nos de Livia enquanto lhe chupava a língua. Os rostos giravam enquanto os gemidos abafados podiam ser ouvidos por Renan, que assistia àquela apresentação memorável de duas mulheres incríveis se beijando.
Renan assistiu Úrsula tomar uma postura mais ativa e puxar o cabelo da loira, forçando-a a olhar para cima, expondo o pescoço. Ali, sua língua passeou devagar, provocando gemidos de uma mulher imobilizada que não tinha outra forma de reagir àquele prazer que não fosse verbalmente. Aos olhos de Renan, Úrsula era uma fera, faminta, que devorava sua esposa como uma presa. Não apenas lhe lambia e chupava o pescoço, mas também se esfregava em seu corpo, principalmente pelo quadril, forçado contra a coxa de Lívia.
Pouco importava se Úrsula estava de calcinha, Lívia podia sentir sua coxa umedecendo a cada ida e volta daquela boceta encharcada. A língua em seu pescoço lhe provocava espasmos e gemidos descontrolados. Sentia-se entregue àquela mulher que sabia como poucos lhe provocar prazer. Já havia mostrado isso antes com a brincadeira entre as duas mais cedo, mas naquele momento não era simulação. Úrsula lhe dava prazer usando seu corpo inteiro. Quando sentiu o toque da língua abandonar seu pescoço, percebeu a alça de seu vestido cair. O seio descoberto sentiu o toque macio e úmido daqueles lábios grossos. A língua passeou lentamente em seu mamilo antes que fosse delicadamente sugada. Lívia se contorceu tanto quanto o corpo de Úrsula permitiu e finalmente pode olhar para seu marido.
Renan estava hipnotizado. O corpo curvilíneo de Úrsula assumia uma pose extremamente erótica ao montar em cima de sua esposa e chupá-la no pescoço. Sentiu desejo por aquelas curvas, mas também ciúme, pois nunca conseguiu fazer Lívia gemer tanto. Quando os lábios grossos da preta desceram ao seio descoberto, Lívia pode olhá-lo nos olhos. Sua esposa mordia os lábios enquanto Úrsula lhe sorvia os seios. Enfiava a mão na vasta cabeleira de Úrsula para lhe afagar e mantê-la chupando. Renan assistia sua esposa exibir para ele o quanto se deleitava com aquela mulher deliciosa. As mãos dela desceram até a bunda da preta e lhe puxaram o vestido, descobrindo o bumbum farto, coberto por uma calcinha minúscula, engolida por aquelas nádegas volumosas. Quando as mãos pálidas apertaram as carnes pretas, as duas mulheres voltaram a se beijar e Renan não queria ficar mais assistindo.
Úrsula tinha os olhos fechados, sentindo os lábios de Lívia se espremerem contra os seus e as línguas se esfregando. Sentia o frio do ar sobre o bumbum descoberto, compensado pelo calor das mãos da mulher que lhe beijava. De repente, sentiu outra mão, mais abusada, descer pelas suas costas e escorregar sob sua calcinha, buscando o caminho mais íntimo por entre as nádegas, passeando pelas pregas, períneo até alcançar seus lábios encharcados. Abriu os olhos em um instante e viu Renan bem próximo e o beijou. Depois assistiu aquele homem beijar a esposa e, logo depois, as línguas dos três se misturaram sem que a mão de Renan deixasse de se esfregar em sua boceta.
— Amor, mostra para ela o jeito que você me come! — provocou Lívia, mostrando a Úrsula não haver ciúmes naquela sala.
Renan tirou as roupas com certo desespero, enquanto as mulheres continuavam a se beijar. Úrsula se ajeitou agora sobre as duas pernas de Lívia, se empinando mais para receber o marido dela. Olhando aquela mulher posicionada, à espera dele, Renan se lembrou da fala sobre gostar de quem a pega de jeito e enfiou a mão no vasto cabelo dela até conseguir segurá-la firme. Forçou a cabeça dela contra o pescoço de Lívia e a penetrou com facilidade. Uma vez dentro, Renan a comeu com contundência. Movimentos fortes e decididos de vai e vem empurravam seu pau com tudo na boceta da preta. Úrsula gemia alta, descontrolada, a ponto de deixar Lívia assustada.
Dessa vez, era ele quem olhava nos olhos da esposa enquanto comia a vizinha. Era a vez dele se exibir e assim ele parou de meter, puxando o pau quase todo para fora. Puxou o cabelo de Úrsula até ela recuar um pouco a cabeça e ficar visível para Lívia.
— Homem de verdade tem que te comer assim, não é?
— Isso! Tem que me comer gostoso, igual você está fazendo — disse Úrsula, olhando Lívia nos olhos.
Renan alisou a bunda de Úrsula e lhe deu um tapa.
— Gosta de apanhar também?
— Adoro!
Olhando para Lívia, Renan acertou alguns tapas bem fortes na bunda de Úrsula. Cada um deles foi respondido pela preta com um gemido manhoso. Ao assistir Úrsula apanhar, Lívia levou a mão até a boceta da vizinha, deixando os gemidos dela ainda mais altos.
— Quer que eu volte a meter em você?
— Quero.
— Então diz que você é a minha puta.
Úrsula riu, mas respondeu.
— Sou a sua puta.
Outro tapa foi dado por Renan.
— Fala mais alto!
— Sou sua puta! — Úrsula subiu o tom, mas ainda não foi o bastante, ao levar outro tapa.
— Ainda não está bom.
— Sou sua puta, porra! Estou aqui de quatro apanhando com seu pau gostoso na minha boceta. Me faz sentir tão piranha quando me fode que fico louca para voltar a me meter em mim. Me fode, por favor, mete esse pau gostoso na sua puta! — gritou Úrsula.
O grito dela espantou Lívia, mas fez brotar um sorriso sádico em Renan, que finalmente voltou a foder a vizinha com toda a sua força. Lívia, que conhecia o ritmo do marido, acelerou os dedos no clitóris dela até que a preta começasse a gritar.
Com as mãos firmes no encosto traseiro do sofá, Úrsula tentava controlar a tremedeira do seu corpo. Não teve muito sucesso, pois enquanto gemia descontrolada por seu orgasmo, Renan continuava metendo com força atrás dela. Renan gozou, se debruçando sobre Úrsula e a pressionando contra Lívia. Gemidos descoordenados ecoavam por aquela sala até que Renan finalmente saiu de dentro da preta. Lívia olhou o pau flácido do marido com uma certa decepção e Úrsula percebeu isso.
A preta despiu Lívia, tirando o vestido e a calcinha e também se despiu. Deitou Lívia no sofá e mergulhou os lábios grossos por entre suas coxas. Renan assistiu sua esposa se contorcer nos beijos íntimos da vizinha. Úrsula passou a língua por aquela boceta, buscando seus cantos mais sensíveis, onde a loira arqueava mais as suas costas. Passava a língua e chupava os lábios da boceta delicadamente, valorizando as sensações dos toques macios de sua boca e língua. Deu um beijo no clitóris enrijecido, provocando torções ainda mais severas no corpo da loira e, quando lhe penetrou com dois dedos, Lívia ficou fora de si. A loira apertava os próprios seios, gemendo na boca de Úrsula quando seu orgasmo veio. Segurou a vizinha pelo cabelo, forçando-a contra si, enquanto a preta não tirava os dedos. Sem controlar o corpo trêmulo, Lívia tentou olhar para o marido, que, assistindo aquela cena, se masturbava, recuperando sua ereção.
Com um sorriso sapeca nos lábios, Lívia engatinhou até o marido assim que seu corpo parou de tremer. Abocanhou o pau de Renan e o chupou, ajudando-o a endurecer o quanto queria.
— Quero sentar em você, amor. — disse ela, enquanto montava no marido.
Com a rola dentro de si, beijou Renan e iniciou um rebolado lento, sensual, sem que os lábios se desgrudassem. A loira fazia movimentos amplos, onde o pau de Renan quase saía inteiro antes de voltar. O grelo, já quase explodindo de tão rígido, era esfregado ao abdômen do marido. Lívia abraçava o marido pelo pescoço e recebia as mãos dele em sua bunda. Os corpos dos dois eram colados, numa dança erótica impressionante. Quando o beijo finalmente parou, Lívia virou seu rosto para Úrsula, que assistia aquela cena atônita. Com um sorriso sapeca no rosto, ela abriu o bumbum.
— Vem aqui, amor.
Úrsula se juntou ao casal em um pulo. Se pôs atrás de Lívia, fazendo questão de juntar seu corpo ao dela e levar o dedo às pregas da loira antes de beijá-la na boca.
— Isso, amor. Entra no meu cuzinho. Quero ambos me comendo.
Com os três corpos embolados, os movimentos eram sutis. Úrsula ainda conseguia um vai e vem mais completo de seu dedo, mas Lívia tinha movimentos mais tímidos. Ainda, sim, o grelo continuava roçando o corpo de Renan, que tinha suas mãos passeando nos corpos das duas mulheres. As bocas dos dois amantes exploravam o pescoço da loira que gozou, gritando tão alto quanto Úrsula da outra vez. Presa entre os dois corpos, Lívia quase não conseguia tremer, enquanto gemia descontrolada.
Úrsula passou a noite naquele apartamento, onde satisfez os desejos daquele casal por mais algumas horas. Lívia se sentia realizada por não precisar reprimir seus desejos por Úrsula e por dar um passo à sua fantasia de dupla penetração. Úrsula estava feliz por finalmente sair com um casal onde não houvesse ciúmes. Renan, por sua vez, talvez fosse o mais satisfeito da noite, pois além de realizar a fantasia de ménage, executou sua vingança contra Caio.
Lívia não sabia, mas Úrsula era a mulher por quem Caio nutria suas fantasias secretas. Convidar Úrsula para sua casa e transar com ela daquela forma, fazendo-a gritar ser sua puta, foi um jeito de Renan atingir seu ex-amigo. O rapaz, que morava no apartamento ao lado, ouviu tudo. O sexo entre os três lhe deu inveja, mas era um sentimento ao qual estava acostumado. Ouvir Úrsula com outro homem também não era a pior das coisas, pois sua vida amorosa sempre foi unilateral, onde a mulher dos seus sonhos ficava com alguém em algum momento. O que mais doeu foi ouvir dela como ela o via. Caio sempre se achou tão pouco importante a ponto de ser invisível para as pessoas. Era algo ruim, mas tinha o lado bom de ninguém notar os seus defeitos. Ao contrário do que acreditava, Úrsula o notava da pior forma possível.