Eu amo meu marido #15 (Israel)

Um conto erótico de Israel
Categoria: Gay
Contém 5687 palavras
Data: 19/04/2025 10:26:33

15 (Israel)

Faz oito dias e meio que aconteceu. Eu estou em pedaços, todas as noites duas das meninas vêm dormir comigo, uma de cada lado, não sonho com nada, nada que me lembre, mas elas dizem que tenho um sono agitado, por isso Jarbas me passou uns comprimidos, eu tenho me recusado a buscar ajuda terapêutica, e eles têm sido pacientes comigo.

Danilo trocou a casa por um prediozinho em Amsterdam, foi bom pra ele e foi bom pra Noah, Danilo estava tentando trocar a casa pelo barco de Daniel, mas sem sucesso, dizia que era uma mudança bem vinda nas nossas vidas, uma surpresa para mim, queria que eu ficasse feliz próximo ao meu aniversário, mas depois do contrato firmado e tudo mais ele foi embora sem deixar uma carta, uma mensagem um recado com outra pessoa, eu esperava que ele viesse de onde quer que ele estivesse, fiquei preocupado e liguei, três vezes e parei, fui jantar, tomar banho, abri o armário e me vesti, desci para jogar uma partida de algum jogo com os outros caras enquanto Otto queimava uma carne na churrasqueira a hando ser um mestre no churrasco.

Mas ficou tarde e ele não voltou, pedi para Bryce ligar, ele ligou dizendo achar que sabia o que havia acontecido, eu sorri nervoso, o que ele podia saber que eu não sabia, ele ligou e perguntou se ele havia embarcado, estava sobre o mar. Bryce desejou uma viagem segura e boa. Se eu soubesse que ele me deixou para trás como algo indesejável que se deixa num quarto de hotel... Eu teria desejado que o avião caísse com ele, ou melhor, que apenas ele fosse acometido de uma dor excruciante e depois de horas morresse sem querer ninguém pudesse ajudar.

Bryce disse que achou que havíamos conversado, ele também havia feito as malas ia embora para um apart hotel quando amanhecesse, Danilo havia conversado com ele que... sinto que ele jamais vai me dizer o que de verdade conversaram, ele tenta me proteger com essa cortina de fumaça, diz que o crápula havia dito que conversamos, que eu estava mais ansioso para por um fim em tudo que ele, que eu estava cansado de Danilo, Noah e Uchôa me amparam, eu estava sem chão, sem saber o que pensar, eu estava no banco da mesa externa e me seguraram, tive uma vertigem, acabou o churrasco, acabou a brincadeira, os jogos chegaram ao fim, a noite ia continuar não importando o número de vezes em que o sol nascesse.

De repente foram contando os planos que Danilo tinha para me surpreender, foi uma baita surpresa, não tem como passar dessa.

Felipe disse que estava envergonhado sua família não era desse tipo de maldade, verdade, ele se abraçou ao meu peito e chorou, só então... não sei eu não consegui chorar, quis chorar, quis entrar em desespero, quis fazer um monte de coisas, mas não fiz, eu só fiquei quieto, alguém preparou uma sopa, eles adoram sopa, Uchôa e Felipe são agira outros deles, descobrimos que a história de Bryce ser indesejado por Conrado e Daniel era uma baita mentira, descobrimos que Danilo inventava mentirinhas pra caralho, que eram muitas, que ele inventava pequenas intrigas porque sim, e eu simplesmente não podia acreditar que ele falou que eu estava sem jeito de dizer não para advogar para o hospital, o escritório tinha pouquíssimo movimento, por que eu faria isso?

Descobri que Túlio o detestava e que Conrado também não foi com a cara dele desde o primeiro dia, de repente viram minha falta de reação a isso, só meu rosto acompanhando quem falava, pararam de falar, eu não falava, tentaram falar dos dois jogos novos que compramos, da sala de ginástica que iria receber os equipamentos de Pilates, que era bom fazer academia na academia, que Celso era um ótimo personal, quem diria? Falaram da sopa, das meninas, Conrado ria que a sua atual estava muito mexida pela sua ex, ele ria, eles riam e me olhava e o assunto e os risos morriam em silêncio. Eu disse que estava sem fome e ia me deitar, Otto disse que estava cansado e que iria se deitar também, pergunta se eu queria dormir no seu quarto e Noah acha uma ideia brilhante, Jarbas pergunta se Bryce iria se juntar a nós dois depois de terminarem uma partida de lido (jogamos tudo e terminamos sempre num tabuleiro de ludo ou em dois tabuleiros), depois de pouco tempo Otto e Bryce trocam de lugar, estavam decidindo como lidar comigo, essa dor e essa estranheza tão grande.

Dormi quando Otto veio novamente, acho que foram os comprimidos que Bryce mandou eu tomar, acordei com fome, comi fruta, passei a comer só fruta e sanduíches de presunto e queijo, recuso todo o resto, chá, também gosto, sempre vinham chás calmantes mas no terceiro dia na cama de Jarbas, com todo o custo que tenho para ir ao banheiro... Sim, eu estava deprimido, mas foi melhorando depois do terceiro dia, conversava, me alimentava, fazia o que me pediam, só não queria ouvir falar de ajuda terapêutica, ficava agressivo, respeitaram. Perguntei quando eu iria embora.

Bryce beijou Daniel e disse que tinha de trabalhar, bagunçou meu cabelo sugeriu cortar pra trocar de visual talvez me fizesse bem.

Daniel mandou eu tomar um banho de verdade, passar a esponja, no corpo, passar a escova nas costas, xampu duas vezes, disse que iria me ver fazer isso, os funcionários estavam chegando, provavelmente já sabiam que eu sou gay e que fui abandonado, uma das meninas perguntou se eu estava melhor, o jardineiro disse que se não fosse minha educação e a necessidade dele já teria dado uns murros no filho da puta que me fez perder meu tempo, depôs ele se desculpa com a intimidade, diz que vai fazer tudo rapidinho pra não incomodar, eu disse que ficassem a vontade, eu ia cortar o cabelo, ele disse que era melhor ser empregado de S. Daniel que fazia questão de comer na mesma mesa que os empregados e era respeitoso e educado, Daniel disse que nunca teve e há de morrer sem ter empregados, eles eram funcionários da casa, e muito bons por sinal, era uma honra poder ser auxiliado por pessoas boas, honestas e trabalhadoras, a nossa cozinheira se empolga e lhe dá um abraço e um beijo no rosto, deviam ter a mesma idade, mas a dureza da vida fez dela uma mulher envelhecida, feia e naquele momento eu pude ver que era um ser humano lindo demais, ela era divina, e eu não via as pessoas, por um instante fiquei feliz de não ter Danilo por perto.

Fomos até um barbeiro, falei para tirar as pontas, ele já me conhecia há anos, não teria erro, antes dele começar, Daniel perguntou se meu cabelo crescia, se eu queria perder a cara de bom menino e ganhar o rosto de homem, o barbeiro disse que ia fazer o que eu mandasse mas a proposta era interessante, perguntou a Daniel o que ele tinha em mente, Daniel disse que minha barba estava galinha, podia fazer o contorno e me deixar com cara do advogado da Yakuza, eu tive de gargalhar, falaram os dois do que tinham em mente e eu disse que mataria os dois se eu ficasse com cara de malandro ou de moleque, cara de moleque era melhor que cara de pirralho, dei o dedo pra Daniel e ele ficou feliz com isso, virou a cadeira de costas para o espelho e disse que cabelo cresce, tudo pode mudar novamente é só ter um pouco de paciência e esperar pelo tempo, enquanto ele trazia a máquina de corte para passar em minha nuca o barbeiro perguntou por Felipe e Danilo, disse que Felipe ia receber um pedido de emprego daqui a pouco, e o outro eu esperava não saber mais dele nem quando ele morresse. Mudamos de assunto.

O cabelo ficou ótimo, bem discreto, comum, não fosse a franja bem grande que o mousse deixava mais comportada, poderiam dizer que eu estava até com cara de bancário, eu gostei, meus olhos apareceram e eu notei minha mandíbula, minhas maçãs pujantes, gostei de me ver no espelho, me achei bonito, ainda que não fosse lindo como ele é, mas eu sou muito bonito, ou bonito o suficiente para eu poder gostar de mim. Sorri.

Daniel quis pagar por mim e começou a querer cortar também, um corte tradicional, eu disse pra ousar, trocar a cor, cobrir os brancos, ele mandou eu cheirar um cu, a barbearia inteira riu, eu também, eu o chamava de coroa, só quatro anos mais velho que eu, foi uma festa. Felipe me telefonou por chamada de vídeo e disse ter adorado meu novo visual, maduro e forte, disse que eu estava lindo. Adorei ter ouvido isso, ele disse que o melhor foi me ver sorrindo, era o quarto dia, eu disse que precisava perguntar uma coisa, eu queria saber se ainda estava de pé a história de ser advogado do hospital, disse que entendia que outro escritório... Felipe disse que existe um contrato de prestação de serviço com uma firma de advocacia, e a cláusula de rescisão, e a vontade de todo mundo que eu fizesse isso, disse que eu podia ter um assistente se quisesse e era bom querer, mas que poderíamos falar disso em outro dia, na próxima segunda quando eu me apresentasse no serviço.

Fiquei muito feliz, voltamos para casa e eu fiquei novamente triste, me deitei na cama de Daniel e não quis almoçar. Dormi a tarde quase toda, Conrado falou que estava precisando de uma conversa comigo, ele passou chave no quarto e perguntou se eu estava disposto a um desafio, estalou os dedos das duas mãos, falou que o órfão não estava sozinho no mundo a minha família estava preocupada comigo e nenhum deles ia desistir de mim, perguntou se eu queria ficar no apartamento da cidade, ou no barco, disse que a nossa casa era um trambolho mas era incrível também, que para eles era uma novidade, pra mim um baú de memórias, disse que tem o endereço de Danilo, que eu posso ir lá quebrar a cara dele ou me arrastar, foi isso o que Priscila fez, com estilo mas foi, que não ia ser o primeiro caso em que isso acontece, que ninguém ia pensar mal de mim, e que eu tomasse essa decisão eu não perderia minha família, nem o orgulho que ela sente de mim.

Eu ia falar mas ele não deixou, ele diz que ainda é um pedreiro que foi violentado pelo pai, perdeu a família biológica e não sabe se um dia vai poder encontrá-los, Jarbas perdeu todos os irmãos, todos de maneira brutal, era órfão como eu também, mas decidiram que são principalmente irmãos, e que estavam com uma vaga disponível, eu me senti...

Então ele fala que tudo o que eu falei para Bryce quando ele e eu achávamos que Bruce havia sido chutado... Ele me disse para eu usar aquelas palavras que disse a Bryce para mim, disse que o bobo alegre que foi não era o homem sábio que voltou, se bem que Bryce é um comediante em tempo integral, mas agora não tem medo de expor suas partes de vidro, não vão quebrar por qualquer coisa, ele é forte e resiliente e aprendeu comigo, eu perguntei como eles estavam organizados, ele disse que era fácil, quando Xica não está comigo ela decide quem vai dormir na suíte master, eu ri, ele diz que não vai abrir mão nem do veadinho e nem da mulher dele, ama os dois. É uma palavra ousada, falei, ele disse que há amor de intensidades, cores, substâncias e tamanhos diferentes, eu não ia me furtar de viver uma história de amor por medo, pelo passado ou por qualquer motivo que fosse.

Ele perguntou se eu sabia onde ele queria chegar com essa conversa, eu disse que não e ele fingiu ouvir um sim, disse que ele era um idiota que não viu que estava numa casa com dois gays que se fodiam bem ao lado dele, que a mulher da vida dele ia esperar por ele a vida inteira e que o cunhado sentia desejo, carinho e amor por ele, mas que ele estava com medo de arriscar uma amizade de vinte e cinco anos, e o carinho, e o cuidado, e a história de tanto tempo, ele não quer arriscar tudo isso. E eu? Eu disse que eu não queria embarcar em nada assim machucado e ferido.

Ele perguntou como eu iria cuidar das feridas nas minhas costas sozinho. E eu não sabia o que responder. Ele perguntou se eu gostei de mamar Daniel no banheiro antes de cortar o cabelo, sorri e baixei a cabeça, Conrado disse que Felipe é maravilhoso e eu não devia me proteger de alguém que ficou duas décadas suportando as... suportando eu sei quem. Ri, ele me pergunta se estava tudo bem se ele mandasse Uchôa e Felipe para eu dar uma chupadinha básica, eu queria ficar sério, ele disse que depois me esperava para o jantar.

Felipe chegou quase imediatamente depois, só podia ser algo que tivessem combinado. Uchôa fechou a porta atrás de si, perguntou se eu estava melhor, disse que comprou uma coisa para mim e colocou a mão no bolso, tirou dois saquinhos de amendoim, disse que viu no sinal e detesta amendoim, mas queria ajudar o garoto e resolveu comprar e Du uma nota de dez pra não ter troco, disse que pensou em mim e é como se fosse eu que tivesse comprado, jogou em minha direção e eu não peguei, disse que sou alérgico e ele correu pra pegar, Felipe o chamou de idiota, já havia me visto comer amendoim dezenas de vezes na piscina com cerveja e provolone, então a gente ri de Uchôa, eu digo que queria saber porque os dois subiram juntos para me ver, Felipe diz que era só para ver se eu estava bem, estavam preparando uma noite de hambúrguer artesanal mas era evidente que ia dar merda, eu disse que estava bem e que eles podiam ir embora, Conrado me prometeu duas picas pra chupar, talvez ainda viessem, Uchôa foi logo me beijando e descendo o calção de moletom, estava já pronto, vi quando fechou a porta, Felipe levou um tempo, eu me sentei na borda da cama, eu queria que eles pegassem pesado, mas isso ia me lembrar o cretino, por isso agradeci por eles me deixarem ir em meu tempo, Camila entrou e fechou a porta, disse que não ia pedir quase nada a mim, me beijou e pediu para eu colocar meu pau pra fora.

Eu brincava no prepúcio de Uchôa, puxava os ovos de Felipe com os lábios, Camila chupava meus pau, tem cara que diz que veado chupa melhor que mulher, acho que eles nunca tiveram uma puta como Camila, eu dizia que podia fazer melhor se Camila não me desconcentrasse, ela faz que vai levantar, eu seguro ela na postura, digo que ela estava melhor no que fazia que aqueles dois fodidos, então acontece, Felipe me beija e diz que vai cuidar de mim como ele merece, é, ele estava a procura de se dar bem e não a procura de me dar prazer, sim, começou a fazer forte como visto, senti a baba que eu soltava lavar o saco de Felipe e depois o de Uchôa, os três me beijavam, os três me davam maior moral, eu gozei, Camila não desperdiçou uma vida, chegou com a boca cheia e me beijou, continuou o boquete junto comigo a gente se revezava entre um e outro e ambos gozaram quase sincronizados, ela com a boca cheia da porra de Felipe e eu com a vala de Uchôa só pra mim, a gente se beijou novamente, mas era muita porra que Uchôa solta, caralho, vazou pela nossas bocas e escorria, e depois disso me deu fome, eu jantei e dormi bem, com Camila apenas, mas acordei mal, Daniel disse que era assim mesmo, dias bons e dias maus.

Nos dias seguintes houve uma fuga das meninas dessa casa e eu me senti ainda pior, Daniel me disse que era algo que estava sendo bem planejado por Camila, ela não queria nada mais com Felipe, era a conta do deu, já deu, o que deu, deu, e o que não deu não ia dar mais. Histórias que se arrastam por muito tempo estragam, restava a amizade, a intimidade e a vontade de trepar, iriam ficar no apartamento de Xica que é muito próximo do nosso, depois chegaram novos dados, Estela estava pedindo reconciliação, aquela foi a primeira vez que eu me deitei entre Felipe e Uchôa, e foi bom, Felipe disse que queria que eu estivesse muito bem na segunda-feira, eu poderia tirar mais dois dias de descanso.

Descobri que Noah comprou quinze por cento do hospital, porque o hospital estava sem um real para capital de giro, os dividendos iam para a conta pessoal do antigo dono e no momento da herança não havia uma conta do hospital com dinheiro para pagar a folha de funcionários. Noah queria mesmo fazer esse casamento entre Felipe e eles e desse jeito tornar tudo um nós.

Na sexta recebemos dois convidados e eu estava melhor, a casa estava mais silenciosa sem as garotas, Daniel estava me dando o ultimato ou eu saia da fossa ou eu iria para uma emergência psiquiátrica (dizia isso rindo, mas era a mais pura seriedade). A casa estava bonita, ainda mais sem aqueles quadros que sempre detestei, fui eu quem escolheu cada cor, acabamento e disposição de paredes e objetos nela, eu e o arquiteto, só não escolhi aquelas coisas grotescas, figuras de toy art não são tão feias quanto aquelas falsas imagens de Cartoon em estilo street, não cabem aqui, são horríveis, só o comprador achou bonito, por mim as cinco obras da casa seriam xilogravuras, street ART reais, boas fotografias ampliadas, ou algo abstrato bem feito, de artistas que queiram assinar seus trabalhos, o coitado que teve de fazer aquelas aberrações não quis assinar. Enfim eu teria uma estação de barista e obras de arte reais iriam fazer parte disso, pensava onde eu poderia ver arte real e por quanto poderia comprar.

Eu tinha algum dinheiro e comprei muitos arranjos de flores do campo, no aparador da entrada e outro perto do elevador, um alto na mesa do alta perto dos sofás e da entrada do lavabo, dois na mesa de jantar, um bem pequeno no lavabo, a casa tinha flores onde quer que olhássemos e os garotos ficaram ofuscados com tanta cor, tanta vida, sem termos feito quase nada a mais, chegaram todos cedo, não me contaram quem eram os convidados, um buffet havia sido contratado, comida japonesa, muita comida japonesa, Felipe disse que era para comemorar o afastamento de seu primo, e me piscou um olho, sei que agi como uma garotinha tímida, mas estava pouco me importando com a personagem.

Perto das oito e meia, chega primeiro Diogo e eu fico felicíssimo, nós nos abraçamos e começamos a falar juntos da curiosidade que tínhamos um sobre a vida do outro, logo em seguida lá vinha Gabriel, o piloto capitão do barco, ele é um homem de seus cinquenta anos, parrudo, barrigudo mas não muito, aquele tipo de gordinho sexy com barba, cabelo e olhos num tom médio de marrom, disse que não sabia como se vestir e resolveu não arriscar, estava envergonhado de vir de paletó e gravata, estava bonito, Daniel falou que ele estava com medo de o barco ser colocado a venda porque estávamos há seis semanas em pleno calor sem usar o barco, e isso podia dizer adeus emprego, Gabriel falava que na idade dele podia ser o último emprego como capitão, sem uma boa formação em nada, em sua idade e sem experiência em outra coisa era desesperador, Noah disse que lembra de ter lhe dado sua palavra, se um dia pensarem em vender o barco ele passaria a ser seu chofer e hóspede permanente da casa onde estiver morando.

Então as conversas se dividem formam-se grupos e Diogo é muito de nossa casa, muito nosso, Gabriel olha para mim e pergunta se sou parente do chefe de cozinha, não era um preconceito étnico mas tínhamos o mesmo corre de cabelo e altura, mas o rapaz parecia mais forte, realmente o rapaz parecia muito comigo, pergunto o sobrenome dele e não reconheço, falo os nomes de minha mãe e de meu pai, ele diz que não conhecia ninguém com esses sobrenomes mas como eu sou um órfão sem referências, ia procurar saber com seus avós se eu deixasse, achei bem gentil e sim, claro, porque não, Ricardo sabia cozinhar comida japonesa, também ler, escrever e conversar em japonês, de vez em quando surgia a oportunidade de ver as pessoas que iriam comer o que ele fazia e isso era uma honra.

Eu estava feliz demais, a conversa se juntava sobre as maravilhas postas na mesa e depois se apartava em outros assuntos, geralmente trabalho, ou meu estado de humor. Felipe me beija e pergunta a Ricardo e Gabriel se tudo bem eu ser beijado assim, Ricardo diz que acha linda toda forma de amor, desde que... fossem comemoradas com as entregas de seu restaurante, rimos, Gabriel falava que éramos os patrões. Noah olha para ele e fala, “meu pai, Gabriel, você lembra de Bruno, Daniel e eu fodendo Érica em todos os cantos dela, enquanto você pilotava, durante o dia inteiro ela descansava e fodida, e quando a gente apartava ela ia deitar com Bruno, enquanto Daniel e eu íamos cuidar de você, que tesão da porra a gente se sentia, convidamos você para não ficar dentro da água o tempo todo como um peixe, para vir tomar um banho de piscina de vez em quando, tira essa gravata idiota.”

Ricardo pergunta se todos em casa eram gays, Conrado pergunta se ele era e ele diz sim, então sim éramos sim, mas a maioria era bissexual, eu sou pan, visto de mulheres trans e de não bináries, embora só tenha tido relacionamento com um cara e agora estivesse num relacionamento gay a três, Uchôa falava de Camila voltar, Felipe o abraça e diz que essa situação já está pra lá de definida. Todos riem do meu ruivo bobão. Daniel diz que a suíte master poderia se transformar em uma biblioteca, o banheiro passar para a suíte menor e ela ser ampliada, isso iria ficar mais adequado ao nosso uso, uma biblioteca para Diogo se esconder com seus livros e tirar cochilos com algum cãozinho ou gato que pode danificar a mobília, mas vai garantir Diogo conosco, Gabriel propõe uma democracia, votarmos sobre o destino de Diogo, e é o primeiro a levantar a mão para exigir que Diogo volte pra casa, todos levantam as mãos e isso emociona Diogo, ele primeiro beija, Jarbas a seu lado, diz que Aluízio não o deixa ir pra muito longe de nós, Jarbas diz que talvez ele devesse obedecer o rapaz antes de tentar ir embora a cada fim de noite.

Daniel pergunta se ele gostaria de uma biblioteca, eu posso falar com o escritório de arquitetura, a suíte de hospedes ia ficar mesmo bem grande, eu não estava disposto a sair do quarto onde estava, mas queria bagunçar a mesa, disse que como morador mais antigo da casa merecia ficar no futuro quarto melhor da casa, sim, foi o caos, Ricardo, Gabriel e eu observamos o caos que eu semeei, foi engraçado, divertido, eu gargalhava como o Coringa em Gotham, mas logo Bryce se deu conta e era mesmo o fim do jantar. Nós nos levantamos para arrumar a coxinha e a mesa, o chefe ficou constrangido com a ajuda, disse que não era pra ser assim. Conrado disse que viu ele chegar de táxi, disse que ele podia chamar um app, ninguém ia sair de casa cheio de vinho, ou ele podia ficar no quarto de funcionários que estava esperando por ele, e aí ele podia decidir se iria para o merecido descanso ou tentar roubar as melhores garrafas da coleção de Felipe, Felipe fica vermelho, estava dizendo que odiou aquela brincadeira dele entrar na adega e trocar as coisas de lugar, quase teve um troço procurando as suas mais amadas garrafas. Me levanto para pegar umas coisas, colocou água para ferver, eu iria fazer um café, eu tinha em mente o grão, queria fazer na prensa francesa, sabia que iriam gostar, isso encerrou o jantar.

Ricardo resolveu ficar, desceu sua mala de facas e outras coisas de cozinha para o andar da garagem, voltou com Otto, veio sentar comigo, perguntou se eu podia emprestar um calção de banho queria tomar uma ducha na varanda, estava quente e o arroz vaporizando na sua cara... eu disse que havia toalhas e roupões em grandes pilhas no banheiro de apoio a piscina, mas eu não tinha calção de banho em casa, era nu que eu mergulhava na piscina que devia estar na temperatura só de quebrar o gelo da água, estava uma delícia de fato, eu fui o primeiro a ficar nu e mergulhar, eu o chamei e ele foi incentivado pelos outros, e eu o beijei quando ele saiu da água, e foi um negócio vibrante ver a machadada se animando, mas eu queria mesmo era Uchôa e Felipe, eu estava finalmente longe da piscina, todos queríamos fazer o número de moradores da casa voltar a ser doze, e isso era empolgante.

Gabriel se sentia envergonhado por não estar em forma, era um tiozinho muito gostoso, Diogo que o incentivava a tirar a roupa, não era o jegue que o oftalmologista é, mas porra, o espanhol tem um troço enorme escondido, Diogo segurou o cipó e disse que ele parasse de ser idiota, bonito de rosto e de corpo, um senhor distinto e pauzudo, beijo é aquele. Bom... Uchôa estava me chamando de “meu putinho” me beijava e abria minha bunda pra Felipe passar o pau na portinha do meu cu, eu estava feliz passava a mão naquele homenzarrão de pelos aparados, ele se esfregava em mim, pergunta se eu estava contente, não, eu estava feliz, eu me sentia protegido e amado, por todos eles, eu o beijei, agradeci por ele dividir a atenção de Lipe comigo, ele se afastou, eu fiquei confuso a princípio e ele senta na borda da piscina quase onze da noite para me mandar fazer um boquete, “vem, purinho, vem mamar a pica do teu macho, vem chupar essa pica fazendo barulho e rebolando na pica de meu marido, vem putinho lindo.”

Falar para quase ser ouvido na calçada era desnecessário, mas me deixou morto de orgulho, zero encabulamento ou vergonha, sem culpa, eu estava livre, leve e solto, beijei Felipe e fui, beijei Uchôa e caí fundo em sua pica, Otto se sentiu a vontade para falar com Jarbas da mesma forma, chamava ele não de putinho, mas de chefinho, foi bom quatro trios, quatro putinhos dando o cuzinho e se afogando em mamadas que os caras faziam ser fodas orais, olhei para Ricardo e o beijei, ele era um chupador, esse tava louco por pica há milênios, era uma puta de verdade, estava com duas das maiores picas que eu já vi, Diogo estava em sua nova jornada, ativo como nunca antes, o oposto de Jarbas que estava dando o que acumulou em anos sem dar, Uchôa beijava Gabriel, dizia que era bom ter outro gordinho na casa, Felipe .e puxou pelo cabelo, falando disso agora acho engraçado eu não ter pensado em Danilo naquele momento, acho engraçado não pensar nele com tristeza e nada mais que uma certa gratidão pelos bons momentos (e foram incontáveis) e só.

Felipe forçava minha boca para a pica de seu marido, perguntava a Uchôa se ele me queria como parte do casal, Uchôa disse que era óbvio que sim. Eles mudaram de posição, eu ganhei um beijo triplo, Uchôa me agarrava pelos ombros para meter em meu cu, dizia que agora que me ganhou de presente do marido, nem depois de morto ia me deixar ir embora, dizia que minha boca era boa de foder, que meu cu era perfeito de meter, e quando eu estava sorrindo não há ia ninguém mais bonito no mundo, ele mandou Daniel me comer um pouco, que bicho safado, Daniel já havia me fodido anteriormente, e eu me abrindo, eu gemia como aqueles veadinhos bem sem classe, mas porra, a água morna, a moleza que é uma recuperação de uma crise nervosa, ser fodido por dois gostosos que te dividem com o amigo. A gente era um time.

Fui levado para dentro e Felipe me enxugou, me colocou no sofá e foi para trás de mim novamente, depois ele deu lugar para Conrado, e eu não sei, mas Bryce, Ricardo e eu aguentamos todas as picas que quiseram meter na gente, eu nem senti que meu pau estava duro a até Jarbas sentar nela, ele tinha tatuagens coloridas, muitas e nos ombros, peito e costas, Ricardo era monotemático com tatuagens vermelhas, roxas e predominantemente pretas, Japão nas costas da mão, pescoço, pés, em todo o lugar exceto pica e cabeça, eram bonitas e ele parecia um cara da Yakuza, era a segunda vez que essa palavra aparecia essa semana. Eu gozei, gozei dentro de Jarbas como Bryce fez antes e Ricardo depois de mim, fomos para o chuveirão, acordei para retirar o excesso de porra de dentro de mim, Ricardo meio preocupado, Jarbas disse que outra hora falaria sobre PrEP, ele disse que estava sem namorar há meses e que recentemente teve uma pedra no rim, fez todos os exames atrasados, Bryce o beijou e disse que isso era culpa por ser feliz num mundo bem merda.

Todos tomaram banho, depois ficamos quietinhos, fechamos os vidros, as persianas, a luz foi desligada e ficou só a do hall e a da mesa da cozinha, eu estava no colo de Uchôa e com o peito no colo de Felipe, a gente conversava sobre uma possível volta de barco dois dias, o que era necessário levar, ficar umas noites em alto mar, o sono ia batendo, cochilei e fui acordado para ir para cama, não reconheci ninguém, fui me agarrar com Felipe e sentir Uchôa em minhas costas, às vezes dormimos Lipe e eu agarrados ao barbudo. Acordei com Uchôa de quatro dando gostoso para Felipe, ele perguntou se eu gosto de cu no café da manhã, claro que sim, Uchôa se masturbava sentindo Felipe e eu nos alternamos na bunda dele. Mas não gozamos, ficamos assim na instiga, loucos de desejo, faiscando, foi o clima da casa, durante aquela manhã.

Ricardo veio se despedir, dizer que chamou um Uber, ia direto para o restaurante, Diogo pergunta se havia alguém para receber suas ferramentas de trabalho, disse que ele podia se dar ao luxo de passar um sábado com o namorado, e se espreguiçou, mostrando o torso negro e peludo de macho que quer se mostrar como um leão, Ricardo perguntou se estavam namorando, Diogo disse que ainda não, e o beijou fazendo o corpo do tatuado ficar deitado, suspenso no ar por suas mãos, agora eram sim namorados, Diogo o tímido ousado. Ricardo liga para um funcionário e diz que não ia trabalhar naquele fim de semana, não estava doente, por isso mesmo até, ia aproveitar um pouco de saúde, desligou sorrindo e perguntou para onde iriam, ficar em casa, disse Diogo sorrindo, ia ficar em família, uma vez que estava cansado de recusar fazer parte disso, sonhou com Aluízio e ele estava contente, disse que era hora de seguir em frente, já passou a fase da tristeza.

Uchôa quando viu Gabriel descer a escada todo constrangido gritou para ele se apresentar diante da tripulação, Gabriel veio tentando inutilmente conter uma risada, meu marido perguntou se por mim estava tudo bem ele passar a manhã namorando aquele marujo gostoso, eu disse que era um capitão gostoso, e Gabriel foi beijado, e a cozinha cai se enchendo e eu prometo fazer um “café metido a besta” novamente fazemos torradas, uma fritada, frutas são cortadas, suco de abacaxi com hortelã, Daniel diz que temos de arrumar a cozinha e fazer as mochilas, homens ao mar por dois dias, estávamos precisando de descanso sério depois do testamento de assumirmos o hospital, depois da fuga do imbecil, depois de tantas coisas tinha Ricardo e Gabriel a serem convencidos a morar conosco... disse que não precisava ser convencido de nada, ele estava sendo imprensado entre Uchôa e Diogo. Ricardo fala que seu pai conhece um cara com o sobrenome de minha mãe e que já trabalhou para uma família com o sobrenome de meu pai, por enquanto não quero saber, gosto dessa família que tenho e que me liga ao mundo. Faço um mocca para todos, e vamos fazer as mochilas.

As meninas não querem ir dessa vez, arrumaram uma viagem para um hotel de campo, mania de homem decidir tudo em cima da hora... Iremos ao mar.

Nunca estive de verdade no mar, já dei umas voltas no iate, mas nunca fiquei meio a deriva sobre a água, nunca pesquei, nunca mergulhei, nem nunca brinquei no jet-ski, era hora de essa fase de alegrias começar com todos esses luxos.

Celso e Túlio nos encontram na marina, apresentamos Ricardo e Gabriel, informamos que fazem parte da família, Celso diz que isso era sorte, havia uma queixa nessa fala dele? Gabriel fala a Bruno que faremos uma estadia de duas noites em alto mar, pergunta se falta alguma coisa para partir, ele diz que comida, mas a gente parecia ter trazido, o capitão pergunta se ele ia avisar à companheira, “Virou sapatão, está que não pode ver pica, continuar assim eu vou mudar de time, meu pau precisa foder um buraquinho, Túlio estava descarregando as compras que pedimos para ele fazer, ele sorri e diz que tudo pode ser resolvido.

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