Este conto já foi publicado sob um outro pseudônimo; ocorrre que o verdadeiro titular do nome não gostou de vê-lo associado à temática deste site e solicitou, gentilmente, que fosse retirada toda e qualquer referência a sua pessoa, razão pela qual eu passarei a republicar todos os meus escritos, sob a alcunha de Walfredo Wladislau (WW)
Se não me apresentei antes, apresento-me agora: sou advogado, 40 e poucos anos, trabalho especialmente com empresas, situação financeira tranquila, moro em Porto Alegre, vivo muito bem meu segundo casamento, de forma que abdiquei de toda e qualquer relação extraconjugal. Mas não abri mão de colecionar as histórias interessantes que me são contadas, especialmente aquelas que envolvem sexo, erotismo, relações proibidas etc. Sinto a obrigação de compartilhar as melhores, para excitação de alguns, ou a reflexão de outros. Já ia me esquecendo: o pseudônimo “Immanuel” é uma singela homenagem ao filósofo alemão Kant, que me ensinou que a realidade é contaminada pelas lentes de quem vê! Faço um esforço enorme para corrigir as distorções que a minha mente impõe à realidade, mas creio que não obtenho sucesso: meu texto está sempre contaminado pelos meus valores, ideias, desejos ... Bem, deixo o julgamento ao leitor.
Os últimos raios de sol daquela tarde de outono entravam na minha janela, quase que paralelos ao chão, descortinando um ocaso que nunca era igual ao do dia anterior. Eu e minha cliente – Adriane – havíamos passado a tarde debruçados sobre papéis relativos ao espólio de seus pais, e agora, cada um sentado numa das poltronas confortáveis da minha sala, em frente ao janelão que divisava o Guaíba, conversávamos.
Adriane era uma menina linda, 18 anos, morena, possivelmente 1,65 metros de altura, e não mais que 55 quilogramas, sendo que, do peso total, mais de quilo se devia a um par de seios fantásticos, que queriam saltar da blusa apertada. Ela estava triste, desesperada, e não fosse a minha determinação sólida, teria aproveitado aquele estado vulnerável para comê-la de todas as formas.
Seus pais tinham falecido em um acidente de automóvel, dois meses antes. Restara ela e a irmã, Silvia, então com 15 de idade. Seus parentes próximos não eram confiáveis, e a despeito da vida confortável que levavam, a situação patrimonial e financeira do casal, ao falecer, não era nada boa. Eu havia esmiuçado os papéis, e chegado a algumas conclusões, que procurava apresentar da forma mais didática possível:
- Teu pai morreu no momento errado. Ele precisava viver no mínimo mais um ano para que vocês ficassem ricos. Ele planejava uma grande transação, e estava se posicionando pra quando chegasse a hora. Ele não tinha renda fixa, fazia negócios ocasionais, vivia de crédito, tinha boas relações, era muito inteligente. Se a gente simplesmente liquidar agora os negócios dele, tu e a tua irmã não vão levar nem uma fração do que vocês conseguiriam se o plano dele fosse levado até o fim...
- Mas e até lá? Como eu vivo? Como vou pagar o colégio da Silvia? A minha faculdade eu já abandonei, tô devendo condomínio, temos pouca grana pra comida... – As perguntas de Adriane faziam sentido.
- Adriane, eu posso ajudar, teu pai era meu amigo ...
- Immanuel, obrigada, mas eu não quero caridade ...
- Mas se tu vender o que teus pais te deixaram, daqui a pouco tu vai estar precisando de caridade também. Se tudo der certo, em um ano ou dois vocês poderão estar ricas como teu pai tinha planejado. – Expliquei mais uma vez que o pai dela tinha comprado vários pequenos terrenos dentro de uma área maior, e que se alguém quisesse construir um grande condomínio de luxo, que era a vocação comercial daquela área, teria que pagar o preço que elas pedissem. Mas ainda faltavam terrenos importantes no contexto, bem como projetos, licenças, aprovações e uma burocracia enorme, que consumia tempo e dinheiro, dois ativos que ela não possuía mais.
- Se tu me garantir que vai dar tudo certo no final, eu me viro até lá. Tu me ajuda daqui por diante, e no final a gente divide o resultado em três partes. Uma pra ti, outra pra mim e outra pra minha irmã – propôs Adriane.
- Eu topo. Mas e até lá? – Perguntei.
- Eu me viro! – Ela respondeu.
- Como?
- Pra ti eu posso falar. Eu já fiz uns programas pra pagar umas contas da Silvia. Não vou privar a minha irmã de nada. A vida já ta sendo dura demais pra ela sem nossos pais. Eu sou mais velha, eu aguento.
- Puta que pariu! – Eu ponderei. - Tu não merece isso, mas não posso te julgar. Eu faria a mesma coisa. Não sei o que dizer ...
- Então não diz e não me julga. – diante do meu assentimento, Adriane abriu o jogo: - Tô indo todas as tardes no Karandache, uma sauna que tu deve conhecer. As meninas não precisam beber, e os donos não ficam te enchendo o saco. Saio de lá todos os dias com R$ 150,00, às vezes R$ 300,00. Às 8 da noite já to em casa. Mas às vezes tem uns caras baixo-nível ...
- Eu sei onde fica, mas faz muito tempo que eu não vou lá. Mas aquilo não é lugar pra ti. Vou te dar um número de uma cafetina que eu conheço, e que já foi testemunha no processo de um cliente meu. Ela só tem cliente com muita grana, cobra muito caro, e não te põe em roubada. Os clientes dela não querem confusão...
Passamos a conversar sobre como ela deveria se proteger, sobre como ela deveria tratar a Dona Viviane – a cafetina -, que entre outras coisas gostava de meninas como ela. Senti o rosto de Adriane aliviar, grata por poder compartilhar seu segredo, confortada por não se sentir julgada, feliz por ver um futuro possível, ansiosa para começar uma carreira mais rentável. Depois de aliviada, Adriane se jogou na cadeira em uma posição mais confortável, fez uma pose mais sensual, com a ponta do dedo na boca e me olhou fixo, como se dissesse: - vem e me come.
Eu permaneci firme, impassível, devolvendo um olhar sério que ela não sustentou por muitos instantes. Quando ela voltou a si, nitidamente embaraçada, eu finalizei a reunião: - Adriane, em outra situação eu iria adorar trocar meus serviços pelos teus, mas agora não. Tô bem casado e isso é o que eu tenho de mais precioso. A única coisa que eu quero em troca é que tu me conte cada detalhe do que acontecer contigo daqui em diante, não me esconda nada! Tenta lembrar de tudo, principalmente do que tu sentir em cada situação nova.
Adriane se recompôs, ficou de pé e eu a acompanhei até a porta. Na despedida, ela deu um beijo na minha boca, que eu não correspondi, e passou a mão no meu pau, e conferiu o quando eu estava excitado.
- Tua mulher tem muita sorte. – Ela provocou.
- Eu é que tenho sorte – eu disse, acabando com o assunto. Batendo a porta, olhei para a noite escura lá fora e pensei: - como elas aprendem tudo de putaria muito rápido.
E foi o que aconteceu. Adriane telefonou para Dona Viviane naquela mesma noite. A cafetina foi dura e fria: - Minha filha, eu preciso avaliar quem trabalha comigo. Vem aqui amanhã, no final da tarde. Aproveita o dia pra ir ao cabelereiro e chega aqui arrumada. A gente vai jantar, conversar; se eu gostar, tu passa a noite aqui.
Adriane estava nervosa, como no dia em que fora visitar pela primeira vez os pais do seu antigo namorado. Sabia o que Viviane queria. Nunca tivera relações com mulheres, sequer pensamentos a respeito. Desde o dia anterior, passara o tempo todo pensando no seu jantar e na noite de sexo homossexual. Ou pior, temia ser rejeitada.
Viviane era uma cafetina clássica, daquelas de filmes franceses. Era uma senhora de idade indefinida, entre 40 e 50 anos, extremamente elegante e bem maquiada. Morava em um apartamento de cobertura no bairro Moinhos de Vento, e foi o mordomo viado – para que não se perca o clichê da cafetona clássica– que atendeu a porta, dizendo que a madame a esperava na sala de visitas. A recepção foi formal, e Adriane sentiu-se avaliada dos pés à cabeça, tendo notado que passara no primeiro teste: seus trajes – vestido tipo tubinho, preto, básico – foram aprovados.
- Eu não gosto de tratar de negócios durante as refeições, e depois do jantar talvez não seja o mais adequado a fazer – disse a cafetina – então vamos aproveitar esses momentos para conversar. Seguindo minha orientação, Adriane foi sincera, e contou todos os detalhes da sua vida recente e do trabalho que estava disposta a fazer.
- Eu só trabalho com meninas educadas como você, que vêm neste trabalho um meio para alcançar um objetivo, não uma profissão. Cobramos caro, de quem pode pagar. Não faço uma menina sair do conforto da sua casa por menos de R$ 1 mil. Fico com 40% do que você ganhar, mas os 60% que sobram pra você é muito mais do que ganharia sendo puta em qualquer outro lugar. Nossa confiança é mútua: se você ganhar algum por fora é seu, mas gostaria que me contasse, para que eu possa avaliar melhor cada cliente. Mas se o cliente te chamar de novo, vou querer a minha parte. Na minha parte estão incluídas as indicações, mas principalmente a segurança, que é cara. Quero saber sempre onde você está. E você sempre tem que estar disponível. Recomendo que você não tenha namorado enquanto estiver trabalhando comigo, e evite se apaixonar. Alguma pergunta?
- Não, nenhuma! A senhora foi muito clara. – respondeu Adriane, abaixando os olhos.
- E porque você desvia o olhar para baixo? – inquiriu Viviane.
- Porque a senhora disse pra evitar me apaixonar ... – respondeu Adriane, sedutora, fazendo-se de tímida, mas atendendo as minhas orientações.
A velha riu, satisfeita, e pegando a mão de Adriane, convidou: - vamos passar para a sala de jantar, querida. – Os pratos estavam colocados a cada uma das cabeceiras de longa mesa de jantar, ao que a menina, percebendo uma oportunidade, sem largar a mão da outra, pediu, com voz melosa: - eu preferia sentar mais perto da senhora ...
Com um gesto, Viviane mandou que o mordomo repusesse os pratos, copos e talheres lado a lado. Enquanto esperava, ainda de mãos dadas, a dona da casa disse: - espero que você esteja sendo sincera, porque eu gostei de você! – Em resposta, Adriane levou a mão da senhora aos lábios, demorando-se um instante a mais no dedo indicador, o que a fez estremecer.
Durante o jantar conversaram banalidades, e Viviane pode aprovar a habilidade de Adriane com todos os talheres e copos. As mãos sempre se tocavam enquanto esperavam que o mordomo trocasse os pratos ou servisse o vinho. Adriane aproveitou para contar que jamais havia sentido atração por qualquer mulher, que estava temerosa com o encontro, pois eu já havia advertido sobre a preferência sexual da anfitriã, mas desde que entrara naquela casa, não pensava noutra coisa a não ser se atirar nos braços da sua senhora. Antes do prato principal, já haviam trocado o primeiro beijo. Durante a sobremesa, já havia abolido as formalidades da etiqueta, e ambas compartilhavam a mesma colher.
Findo o jantar, dispensaram o café, e abraçadas, as duas percorreram o apartamento, extremamente bem decorado. À porta da suíte principal, contradizendo Viviane que dizia ser cedo para dormir, Adriane envolveu-se em seu pescoço e sussurrou ao seu ouvido: - me fode; não paro de pensar na tua língua lambendo a minha buceta.
Abraçadas foram para cama. Viviane, apesar da idade, tinha o corpo bonito, os seios enormes e firmes após uma plástica bem feita, a pele branca, lisa, quase sem rugas. Adriane estava sendo sincera. A idéia de ser prostituta de luxo tinha uma áurea de erotismo que a excitava, e a sensualidade daquela mulher, bonita e elegante, apesar da idade, lhe levava às alturas. Entregar-se a ela só lhe daria prazer, e foi o que fez.
Até então passiva, avaliando as atitudes da novata, Viviane se transformou no quarto. Rasgou o vestido da menina num puxão, e fez o mesmo com o sutiens, que arrancou com tal força que rompeu o fecho. Atirou-se sobre os seios, lambendo e mordendo com competência. Extasiada e surpresa, Adriane tentou por as mãos nos peitos da amante, mas foi rechaçada com uma violenta bofetada no rosto e um xingamento: - deita ai sua puta, que quem manda é eu. Baixando a calcinha, cravou as unhas compridas naquela bunda tenra, e entre mordidas e lambidas, variava impingindo prazer e dor. Sempre que a dor, ou o prazer, era intenso demais, Adriane tentava se esquivar, para de respirar, mas sempre era repreendida com violência e xingamentos. Adriane implorava: - me beija! – ao que a amante respondia: - pede por favor, sua puta! – e Adriane obedecia – me beija, por favor – e a senhora subia sua boca pelo corpo da menina até chegar a sua boca, que após tomar fôlego em seguida de cada beijo gemia e suplicava – me fode com os dedos, por favor!, - Adriane passou quase uma hora apanhando e gozando, em igual intensidade. Extenuada, Viviane deitou-se ao lado da amante, que a beijou na boca e disse, agradecida: - obrigada, a senhora me fez muito feliz.
Ficaram trocando carícias, e palavras carinhosas. Viviane estava preocupada com as marcas das suas unhas, que sangravam a nádega da menina, mas ela disse que adorou. Os tapas, apesar de forte, deixaram apenas a pele vermelha, mas sem nenhum hematoma. Após uns minutos de descanso, refeita, Viviane ordenou:
- Eu quero gozar. Mostra o que tu sabes fazer.
Adriane, nervosa, meio sem saber por onde começar, lembrou-se do que eu havia dito, e começou pelos pés, quer eram bonitos e bem cuidados. Massageava, beijava e lambia cada dedo com uma devoção de escrava. Em paralelo, sentindo o bico de seus seios duros, esfregava a planta de cada pé eu suas tetas, e confirmando o efeito que fazia na senhora. Sentindo-se confiante, sua boca especulou pela parte interna das coxas da madame, que gemia baixinho, enquanto seus dedos buscavam um clitóris pequeno, difícil de achar, mas extremamente duro. Enfiou um, depois dois, depois três dedos, que iam e vinham, enquanto sua língua percorria toda região em volta da buceta. A dona da casa, cujo corpo vibrava de excitação, puxou-a pelos cabelos, beijou-lhe demoradamente, e em seguida empurrou de forma brusca a cabeça da jovem para sua vagina, mandando:
- Agora me chupa, vadia.
Feliz pela ordem, Adriane chupou a buceta da sua nova dona com vigor, alterando entre o clitóris, os lábios externos e as paredes internas, enquanto suas mãos acariciavam os seios siliconados da madame, que por vezes se inclinava para lamber os dedos da menina. Viviane gozou intensamente a primeira vez, e Adriane pensou que a tarefa estava concluída. No entanto, ao levantar o rosto do meio das pernas da amante, levou o tapa mais violento da noite:
- Continua puta! Quem mandou parar? – ouviu a menina, saboreando cada palavra, deliciando-se com a ardência no seu rosto. Adriane continuou, e até que, após muitos orgasmos, entremeados por beijos requisitados pela cafetina, prostrou-se, exausta, e dormiu. Aliás, dormiram juntas, abraçadas, e acordaram juntas no dia seguinte, fizeram amor, tomaram banho, café e foram cuidar das suas vidas.
Os meses que se passaram foram excelentes, em termos afetivos, e em termos financeiros. No campo do amor, a puta e a cafetina tornaram-se amantes frequentes; no campo do profissional, Adriane fazia de 3 a 4 programas por semana, que, aliada a uma administração sensata dos gastos, fazia com que sua vida e de sua irmã fossem confortáveis.
Mas Silvia crescia, e questionava as saídas da irmã nos horários mais inoportunos, sempre após telefonemas monossilábicos, quando Adriane sempre corria atrás de papel e caneta para anotar telefones e endereços. A pressão e a insistência foram tanta que Adriane contou:
- Eu to me virando pra pagar as nossas contas. Sou garota de programa. As minhas saídas são pra programas que uma cafetona me arranja. É isso.
- Se tu faz eu também vou fazer. Não é justo que tu tenha que suportar tudo sozinha. Não sou mais criança, e tu não tem obrigação comigo. A partir de agora sou puta que nem tu ... – decidiu à adolescente.
- Não faz sentido; o que ganho dá pra nós duas. Deixa que eu me fodo sozinha, quero coisa melhor pra ti. Além disso tu é menor ...
- Se sou menor vai ser mais caro, mais grana pra nós ...
- Falta pouco pra gente conseguir vender os negócios do nosso pai e ficar bem de vida ...
- Então vou ser puta por pouco tempo.
As discussões se seguiram com frequencia, e Adriane acabou cedendo, porque temia que a irmã se prostituísse de qualquer maneira, e escolhesse um caminho menos seguro que o seu:
- Tá bom, hoje eu falo com a Dona Viviane.
A cafetina gostou da idéia. Disse que como a irmã era virgem, seria feita uma grande inauguração, com um preço superespecial. Teriam que tomar cuidados, já que a menina era menor, mas por isso o preço, para clientes mais que especiais, também seria elevado. Na hora estipulou uma tabela de inacreditáveis R$ 50 mil para a estréia, e dois mil na sequência, não mais que duas vezes por semana.
- Traz ela aqui pra eu conhecê-la! – disse Viviane.
- Eu tava com medo disso. Eu vou morrer de ciúme sabendo que a senhora transou com a minha irmã ...
- Ciúme de quem? – perguntou Viviane, rindo.
- Da senhora, é claro! Eu to apaixonada: desde a nossa primeira vez que eu não penso noutra coisa a não ser estar com a senhora ...
- Puta não sente ciúmes! Onde já se viu? – E apontando para os pés, indicou a Adriane onde queria ser beijada.
Não tinha mais como retroceder, e Adriane entregou a irmã à amante. Não a preparou sobre nada, e no íntimo torcia para que as coisas não dessem certo entre as duas. No dia seguinte, ao buscá-la, perguntou: - e ai? Como foi? O que rolou?
- Foi bom pra caralho. Não sabia que era tão bom fuder com mulher. A coroa me chupou o tempo todo, mas pedia umas coisas estranhas, tipo bater nela, xingar ela de puta. Depois que ela me comeu, eu levantei pra ir no banheiro e ela se ajoelhou no chão, começou a beijar os meus pés, e pediu que eu mijasse na cabeça dela. Foi divertido, que velha maluca.
Adriane ficou triste, pensativa, tentando explicar por quais razões sua amante, dominadora, se transformava em uma escrava submissa à sua irmã. Os encontros de Viviane e Adriane foram rareando, ao passo que a frequência com que Silvia era chamada na cobertura da cafetina foi aumentando. Acabou que o dinheiro, que agora brotava de duas fontes rentáveis, serviu de consolo à irmã mais velha.
Cada vez que Adriane vinha a meu escritório para avaliar o andamento do inventário e dos negócios inacabados do pai, eu era provocado de todas as formas, na medida em que ela me contava todos os detalhes e sentimentos que circundavam aquela inusitada situação. Resisti bravamente, mesmo quando Adriane levantou a blusa e, quase esfregando os seios na minha cara, disse:
- Immanuel, eu quero dar pra ti antes dessa merda acabar.
Mesmo de pau duro, com dor nas bolas de tanto tesão, eu recusei:
- Essa merda ta acabando, tu vai ficar rica, vai deixar de ser puta, e eu vou continuar sem te comer ...
- Se o teu pau não tivesse tão duro, eu tinha certeza que tu é viado! – Disse ela passando a mão nas minhas calças, enquanto a língua lambia o meu pescoço. Pensei até em propor a minha mulher uma transa a três, levando Adriane comigo, mas felizmente desisti da ideia que poderia fazer desmoronar a vida feliz que eu levava.
O tempo passou, e soube que Sílvia também havia deixado de ser a preferida da alcoviteira, substituída por uma japonesinha que, segundo as irmãs, equivalia à Daniele Suzuki ou à Sabrina Sato.
Mesmo com dinheiro guardado, com a perspectiva de tudo se resolver em poucos meses, as meninas continuaram na putaria, não obstante meus conselhos de que era hora de parar. Adriane foi convidada, aliás, contratada, por um rico cliente, bastante jovem, para uma temporada de duas semanas em Punta del Este, com direito a jogar no cassino, passeios de barco, noitadas no rico balneário oriental. Aceitou, na condição de levar a irmã, não como puta, mas como companhia. A perspectiva de deixar a adolescente sozinha por tanto tempo a incomodava.
Ocorre que o milionário, ao ver Silvia, tão linda quanto a outra, sabendo-as irmãs, disse que não se conformaria se não tivesse as duas a sua disposição. Depois de vê-las, preferia ficar em Porto Alegre, se tivesse que preterir Silvia na consecução de suas fantasias.
- Ela não faz programa! – sentenciou Adriane – Está vindo com a gente porque eu não posso deixá-la sozinha aqui. Além disso ela é menor.
- Eu não gosto de pensar que tu é garota de programa. Prefiro pensar que a gente é amigo, que tu transa comigo porque tu gosta de mim, e que eu te alcanço uma grana porque tu precisa.
-
Diante de tão cândidas colocações, o coração de Adriane, tutora legal da irmã, amoleceu. Talvez tenha também contribuído a oferta de todas as despesas pagas, acrescida de uma bolsa para cada uma comparável ao preço da inauguração de Sílvia. Hospedaram-se no Hotel Conrad, numa das suítes de frente ao mar, nos andares altos, que contava com uma pileta particular na sacada. Oficialmente, para amigos e familiares que o milionário encontrava com frequência habitual, Adriane era namorada, e Silvia cunhada. No quarto e na pileta, o abastado rapaz comia as duas, ora uma de cada vez, ora as duas juntas. Ambas gostavam de transar, de se divertir, de jogar e, principalmente, de gastar nas lojas de grifes da calle 32.
Numa tarde, ainda abalado pela ressaca da noite anterior, e extenuado pela orgia sexual de cada manhã, e desgastado por uma diarréia provocada pelo excesso de frutos do mar que passara a consumir, o milionário recusou um passeio que haviam combinado de fazer à Casa Pueblo, no balneário de Solanas, distante cerca de 20 quilômetros da rambla que costeia a Praia Mansa.
- Pega o meu carro e vão vocês. Eu vou dormir um pouco e tomar alguma coisa pra essa caganeira passar. Tomem um espumante por mim, olhando o por do sol no Rio da Prata, que é único no mundo. Quero estar inteiro pra dar conta de vocês hoje de noite ...
- Tadinho. A gente fica contigo. Não é justo – retrucou Adriane, em tom maternal.
- Obrigado, mas vocês vão e eu fico dormindo, me recuperando. Senão eu começo a sentir tesão e não descanso. Faz dias que meu pau não tem folga.
Rindo elas saíram, de mãos dadas, felizes por estarem ali, felizes por estarem juntas. Antes de seguirem à casa projetada por Vilaró, Adriane ainda quis passar na loja da Fendi, pois havia decidido por uma das bolsas da vitrine, cujo preço alcançava quatro dígitos, em dólar. Silvia, que não se fez de rogada, decidiu pela outra, pouca coisa mais barata.
A vista da Casa Pueblo, na encosta do oeste do morro que fora a Punta Balena, é extraordinária. O Rio da Prata, com mais de 100 quilômetros de largura naquele ponto, parece um oceano sereno, por onde o sol vai se apagando aos poucos. O por do sol nessa época do ano, dura cerca de uma hora, e é aplaudido pelos turistas que o acompanham.
Naquele cenário nostálgico, totalmente romântico, tomando um Clericot, as irmãs conversavam sobre suas vidas, e o quanto tinha mudado desde então. Tocaram num assunto comum às duas, mas que sempre fora evitado: Viviane! Cada uma a sua maneira, ambas confessaram que haviam se apaixonado pela madame, que se sentiram traídas quando foram trocadas, que sabiam que Viviane era volúvel, mas que sentiam saudades do beijo, do toque, da chupada de outra mulher:
- Eu ficava molhada quando as unhas dela roçavam na minha pele, e adorava quando as cravava na minha carne ... – lembrou Adriane.
- Assim? – perguntou Silvia, passando a ponta das unhas vermelhas sobre o braço da irmã mais velha, que sem reação, pousou a mão sobre a perna da outra. Ficaram trocando carícias, as vezes mais sensuais, aproveitando a escuridão que tomava conta do cenário, leves e um pouco tontas pela segunda jarra de Clericot que haviam consumido. Não trocaram palavras, até porque não sabiam o que dizer.
De volta ao carro, Adriane abriu a porta do carona para irmã entrar, e diante da surpresa do outra com aquela gentileza, de natureza masculina, envolve-a num abraço e com força puxa a boca para junto da sua. O beijo foi correspondido e demorado. Elas se beijam o quanto podem, com as mãos de cada uma percorrendo o corpo e detendo-se nos seios das outras. No entanto, chamam a atenção dos demais turistas a volta, argentinos em sua maioria, pouco acostumados a demonstrações públicas de carinho, quanto mais carinho lésbico. Entraram no carro às gargalhadas e seguiram devagar, a mão de Silvia pressionado a perna de Adriane, trocando juras de amor.
De volta ao hotel, vieram de mãos dadas, como podem andar duas adolescentes amigas. Quando se viram sozinhas no elevador, no trajeto até o 18º andar, se jogaram uma contra outra e se beijaram apaixonadamente. No quarto, os roncos do milionário cagão ainda ressoam, e elas fecham a porta da ante-sala e se entregam uma a outra. As duas são, cada uma a sua vez, ativa e passiva; aos poucos, Adriane dá a entender a Sílvia o quanto é submissa, e os tapas, mordidas e arranhões da irmã mais moça deixam claro o quanto Silvia é dominadora. Estavam há quase uma hora transando, Silvia sentada na poltrona, com a cabeça da irmã em meio às suas pernas, chupando-lhe a buceta, quando perceberam a presença do cliente, que acordara e admirava a cena tocando uma punheta.
- Dá esse pau aqui – disse Silvia em meio a gemidos de prazer por conta da obra da irmã – Cliente nosso não bate punheta – alardeou. O jovem acabou em seguida, e surpreendeu-se com a ordem da mais nova à mais velha: - vem aqui, me ajuda com essa porra, que tá bem quentinha.
Cada uma lambeu um lado do pau, e as duas juntas recolheram com a língua os pingos de sêmen que ainda escorria. Depois se beijaram levemente, e Adriane buscou a boca do cliente para junto da sua, e com movimentos de língua, devolvia-lhe a porra que sobrara em sua boca.
O milionário era bom de cama, e os beijos que trocavam entre si, mas muito mais as carícias entre as irmãs, fizeram com que seu pau levantasse em seguida, se bem que sem a potência das outras vezes.
- Come meu cu enquanto minha irmã me chupa. – ordenou Sílvia, que agora comandava a orgia. Sentada no colo do rapaz, que com seu taco encaçapava o cu, a menina rebolava, enquanto com as mãos empurrava para baixo a cabeça da irmã, que lhe chupava a buceta.
- Eu queria que tu sentisse o gosto da minha merda – disse Sílvia brincando ao ouvido da outra – chupa o pau dele! – Adriane não entendeu como brincadeira, e sorrindo cumpriu a ordem, deliciando-se com os restos de excremento que aderiram ao pênis do jovem, agora já absolutamente ereto, excitado por tanta sacanagem.
Adriane foi correndo ao banheiro, enxaguar a boca com Listerine, pois queria que a irmã compartilhasse aquela merda, enquanto os dois foram para a cama da suíte. Com ele deitado sobre a cama, Sílvia cavalgava sobre o pau. Ao ver a irmã, levantou, cedendo seu lugar, e sentou-se de cócoras sobre a boca do homem, lhe dando outra alternativa a não ser lamber e chupar sua buceta, enquanto, num triângulo perfeito, abraçava e beijava a boca de Adriane.
E ficaram os três assim pelo resto do tempo, comendo-se a qualquer hora, sem escolher parceria, excitando-se a mais leve insinuação. Tudo tinha conotação sexual. O milionário, cujo nome preservo, teve que voltar ao Brasil a negócios, mas manteve as duas no hotel, que esperaram a sua volta fudendo e se amando loucamente. A temporada, prevista para duas semanas, demorou-se até depois do carnaval.
De volta a Porto Alegre, de volta a vida, as duas irmãs vieram ao escritório, e eu pude constatar que Sílvia era bem mais bonita que Adriane, que já era linda. A atração entre as duas era evidente, e ganhou contornos muito além dos meramente sexuais. Era claro que se amavam, e que decidiram ficar juntas, não só pelas alianças que ostentavam nas mãos esquerdas, mas pela troca de olhares carinhosos, que se cruzavam todo o tempo. Para minha decepção, Adriane não se insinuou de nenhuma maneira, apenas se limitou a contar o resto da história em detalhes, com a mão repousada sobre a perna da sua agora companheira, despida de qualquer constrangimento.
Graças ao meu trabalho, e às contribuições sábias de cada uma delas, conseguimos concluir antes do tempo a negociação dos terrenos, de forma absolutamente vantajosa, que garantiu ás duas um bom preço inicial e uma renda mensal que por muito pouco não alcançava os seis dígitos. As duas hoje formam um lindo casal, dedicam-se a negócios imobiliários inéditos e lucrativos. Viajam duas vezes por ano ao exterior e tenho certeza, mesmo sem ter perguntado, que largaram a putaria.
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