Bom, obrigado pelos comentários que fizeram e fazem do meu conto um dos mais lidos e comentados da casa. Obrigado mesmo. Espero que estejam gostando desse final. É chato acabar, mas é preciso. Faltam poucas partes e espero a opinião de vocês! Até mais e boa leitura
Eles foram embora, mas o clima deles ficou. Bruno não sabia o que dizer, muito menos eu. Só conseguia pensar no castigo que eles “profetizaram”, como se já não fosse castigo a reação de nossos pais. Por que tinha que ser tão difícil? O que estava por vir?
Nada é tão ruim que não possa piorar!
Ficamos quietos por um bom tempo, até Bruno se lembrar de ter que ir até o banco para sacar seu seguro desemprego, até porque precisávamos fazer umas compras para a casa.
Ele saiu e eu fui ajeitar umas coisas quando o telefone tocou:
- Alô?
- Sou vou te dar um aviso Carlos...
- O que você quer, Angélica?
- Essa sua palhaçada com o meu filho está com os dias contados. Eu vou fazer o impossível pra acabar com essa nojeira.
- Vá procurar o que fazer.
Desliguei o telefone. Ela queria me desestabilizar e eu já estava me preparando para isso. Se eu quisesse seguir meu coração e o meu amor eu precisaria enfrentar mais essa. Confesso que lutar “contra” uma mãe era o pior dos meus pesadelos, mas se fosse necessário pra ficar com Bruno eu faria isso, com todas as minhas forças.
Bruno demorava demais e começou a me bater um medo. Meus pais no Rio, a mãe dele me ameaçando... Algo podia acontecer de ruim e eu precisava me acalmar, mas não era tão fácil assim.
A campainha tocou e eu fui atender, imaginando que Bruno havia esquecido a chave. Ledo engano. E que surpresa!
- Marcos? O que você tá fazendo aqui?
- Eu precisava te ver Carlinhos.
Ele me roubou um abraço rápido e entrou. Eu, ainda atônito, apenas fechei a porta e o segui até a sala onde ele me esperava.
- Pode falar Marcos.
- Está surpreso não é?
- Muito. Você era a última pessoa que eu esperava ver agora.
- Entendi. Mas é que precisava deixar uma coisa bem clara e só dá pra falar isso olhando nos seus olhos.
- Então diga.
Eu já estava impaciente com aquele mistério e ele se aproximava de mim.
- Eu decidi deixar de ser aquele garoto bobo que eu era quando a gente ainda tava junto. Essa história sua com seu irmão não vai vingar e eu quero estar aqui pra quando isso acabar.
- O que? Eu não acredito que você saiu de BH pra me dizer essa merda, Marcos. Faz o favor de ir embora agora.
- Deixa eu terminar. Precisou de um empurrãozinho pra eu cair na real e perceber que eu estava agindo como um tolo. Se eu quero uma coisa eu preciso lutar por ela e com todas as minhas armas.
- Mas acontece que eu não sou uma coisa. E você só vai ser mais um pra tentar nos separar. Mas você não vai conseguir, não vai.
Eu já gritava. Estava realmente nervoso. Quem ele achava que era pra dizer essas coisas e ainda continuar com um ar esnobe? Era demais. Abri a porta e fiz sinal pra que ele saísse:
- Por favor, Marcos. Vá embora!
- Pode deixar.
Ele deu alguns passos em direção à porta e quando eu já contentava com sua saída ele me surpreendeu. Segurou meus braços com força, sem me dar chances de sair daquela posição:
- Você não vai se livrar de mim Carlinhos. Não mesmo.
Ele foi me puxando até o quarto, após ter trancado a porta, e eu ainda tentava protestar, mas sua força era tanta que meus braços doíam muito, eu mal conseguia falar. Mas ele falava, sem medo algum.
- Você não sabe do que eu sou capaz quando me ignoram Carlos, mas você vai ver. Você é meu. Meu.
Ele me jogou na cama e me prensou contra seu corpo. Eu tentava gritar mas ele me segurava. Ia encostando seu corpo cada vez mais no meu, até que eu consegui empurrá-lo com força.
Tinha que pensar rápido, pois ele era mais forte e como Marcos estava na porta eu não conseguiria sair do quarto. Ele se levantou rápido, buscando me segurar.
- Você tá achando que vai fugir de mim? Você tá louco?
- Louco tá você. Vir na minha casa pra me fazer isso. Você não era assim Marcos!
- Não era mesmo. Mas já acordei pra vida. Ser aquele trouxa que eu era antes só me fez perder o que eu queria. Mas isso acabou.
Ele me segurou novamente:
- Eu vou gritar e vai ser pior pra você.
- Você que pensa. Experimenta gritar e se prepare pro que pode acontecer com seu irmãozinho, quer dizer, com seu macho!
Como assim? Bruno corria perigo?
CONTINUA...