Depois de sete anos de casamento, que se juntaram a mais cinco anos de namoro/noivado, passei a me perguntar se era mesmo aquela a vida que queria para mim.
Não que meu marido fosse displicente, desinteressante ou infiel. Por sinal, nunca chegou aos meus ouvidos nenhum boato sobre traição da parte dele. Os problemas, alguns menores, outros maiores, giravam em torno do excesso de trabalho durante a semana e do abuso do álcool nos finais de semana.
Estes dois excessos, juntamente com as duas gestações que passei nos primeiros cinco anos de casada, esfriaram nosso relacionamento sexual, ao ponto de, em um lance muito maluco, eu acabar me envolvendo com um rapaz que trabalhava no mesmo prédio onde tenho meu escritório de arquitetura.
O tal relacionamento durou cinco meses, terminando quando eu percebi que não queria a vida de adúltera (ele também era casado) e decidi investir minhas forças no sentido de salvar meu casamento.
Aconteceu, porém, que, não sei bem como, os boatos da minha traição chegaram aos ouvidos do Sérgio, meu marido, e, embora eu tenha negado veementemente, a nossa relação desandou ainda mais.
Não sou uma mulher de se jogar fora, morena clara, 31 anos, cabelos muito lisos, 1,65m e corpo bem trabalhado em academia, mas minha autoestima ficou tão em baixa com as constantes recusas do Sérgio e desconfianças (fundamentadas, afinal), que deixei, por meses, de sentir tesão, coisa que me pareceria impossível de se pensar, durante nosso namoro, quando frequentávamos até boates masculinas juntos e transávamos em qualquer espaço que nos sobrasse.
A todos, dizíamos que era a tal crise dos sete anos, mas, enjoada da situação, resolvi que apostaria todas as fichas num final de semana romântico e, se fosse o caso, até abriria o jogo e pediria perdão, mesmo correndo o risco de perdê-lo de vez.
Programei um final de semana prolongado, de feriado, deixei as meninas com a minha mãe e convenci o Sérgio a irmos à nossa casa de praia, distante 110 quilômetros de nossa cidade.
Chegamos na quinta-feira à noite e, animada com o clima que já começava a melhorar, resolvemos sair para comer em um restaurante da vila. Lá, para meu azar, encontramos um velho amigo do Sérgio, que não víamos desde a nossa época de namoro. O cara estava com a mulher, que vinha pela primeira vez ao nosso Estado e dizia estar adorando tudo etc. etc.etc.
Esse amigo até que era uma boa companhia, mas comecei a me incomodar com a demora em sair dali. Tudo que eu queria era vestir a lingerie nova e seduzir meu marido. Para apressá-lo a sair e impedir que ele exagerasse novamente na bebida, aleguei o cansaço do dia e da viagem. Sérgio aceitou, para meu deleite, a argumentação e, ao se despedir, dizendo que teriam muito ainda a conversar, convidou o casal a fazer um churrasco na nossa casa, no dia seguinte.
Tudo bem, pensei, transo a noite toda e, amanhã, em ritmo de lua-de-mel, recebemos nossos amigos em casa. No entanto, ao chegar em casa, Sérgio invocou os mesmos argumentos que usei no bar e, depois de um beijinho de boa noite, foi dormir antes mesmo que eu tomasse meu banho.
Dia seguinte, churrascão e bom papo o dia inteiro, o cara bebeu às turras e, pra variar, dormiu (sujo, no sofá). Teria que ficar para o sábado.
A gota d'água veio na manhã do sábado, quando, já usando um pequeníssimo biquini fui chamá-lo para uma caminhada na praia e ouvi que o mesmo havia combinado um passeio de lancha. Discutimos e decidi que não iria. Ele, disposto a ir só, ainda me pediu que confirmasse depois, caso perguntada, que não foi por ter acordado indisposta.
Era o cúmulo. Chutei o balde e resolvi ir à praia sozinha. Não coloquei nem saída de banho, já que nossa casa ficava na beira-mar, saí caminhando com uma nota de vinte reais na mão e uns cinco centímetros de pano espalhados pelo corpo.
Andei mais de uma hora, tão aborrecida com o ocorrido que nem percebi se alguém me olhou ou cantou... quando vi, estava numa praia que nunca havia ido antes, pouco frequentada, e uma marquinha que, de repente, poderia vir a salvar o fim de semana, afinal.
Parei numa barraquinha pra tomar uma água de coco e, de repente, um garoto, desses bem sarados, de praia, com uma raquete de frescobol embaixo do braço, cerca de 1,80 m e pele bem curtida (aparentava uns 24/25 anos) me perguntou se eu estava com sede.
Respondi: - você nem imagina quanta sede (com um misto de aborrecida e provocante).
- então, bebe comigo (ele falou).
Argumentei que só tinha vinte reais e ele me tranquilizou, dizendo que não me preocupasse com isso, que ficaria por conta dele.
Tomamos algumas latinhas conversando frivolidades e, depois de um tempinho, fiquei com uma vontade louca de fazer xixi. Como não confio em banheiros de acesso público, decidi que faria no mar. Porém, quando falei pro Rodrigo que iria dar um mergulho, ele se escalou para entrar no mar comigo.
Um pouco alta, e sem ter como dissuadi-lo a ficar na areia, falei a verdade: - tô morrendo de vontade de fazer xixi. Sabe que mulher não gosta de ir ao banheiro sozinha. Quer me balançar?
Rimos muito e ele disse que iria comigo para me ajudar no que quer que fosse.
Entramos no mar, que estava calmo, e caminhamos até a água chegar à sua cintura. O mar estava bem limpo, ao ponto de conseguirmos enxergar nossos pés, mesmo com mais de um metro de profundidade. Me virei de frente pra ele, que, por sua vez, estava de costas para a praia, parada a meio metro de distância e, mesmo sabendo que não teria o menor problema em fazer xixi com biquíni, dentro d'água, decidi afastar um pouco e fiz me exibindo para o Rodrigo, que ficou de boca aberta admirado da minha desenvoltura.
Quando terminei, perguntei, com cara de safada: - gostou do que viu? quer enxugar?
Dizendo que adoraria, Rodrigo me convidou a ir com ele até a casa em que estava dormindo.
- Para que sair daqui? Perguntei passando a mão por sobre sua sunga e percebendo que o seu pau já estava duro como uma pedra.
- Então, vem comigo mais para o fundo. Pediu Rodrigo.
- Não sei nadar (falei, mentindo) e me aproximei dele. Demos um delicioso beijo de língua e, enquanto nos beijávamos, ele enfiou o dedo indicador, lentamente, na minha bocetinha, o que me fez estremecer.
Em retribuição, tirei o pau dele da sunga fiquei alisando, ainda durante o beijo. Com a coisa esquentando, parei de beijá-lo e me virei de costas pra ele, a fim de facilitar o seu desempenho com os dedos, ajeitando seu pau, que passei a pressionar entre minhas costas e sua barriga.
Quase a ponto de ter um orgasmo, só com aquela mão maravilhosa, enquanto rebolava roçando minha bunda nas coxas dele, resolvi mudar de posição e, me virando de frente para ele, simulei um mergulho, segurando seu pau e batendo no meu rosto, roçando em meus lábios fechados, por alguns minutos. Tentei chupá-lo, mas não consegui fazer isso embaixo d'água e não tinha coragem de pedir que fosse mais para o raso.
Ainda agachada, comecei a tocar uma nele, alternando com esfregadas nos meus seios, já fora do sutiã de cortininha.
Em seguida, Rodrigo me pegou pelos cabelos, me levantou para um novo beijo e, em segundos, me segurando pela bunda, me puxou para o seu colo, encaixando aquele mastro delicioso em minha bocetinha.
É provável que alguém tenha visto isso tudo, mas, na hora, sequer pensávamos nessa possibilidade. Passei minhas pernas ao redor dele e apertei-o com tanta força, enfiando a cabeça no seu ombro, que dificultava os seus movimentos. No entanto, o simples cheiro de macho e o balanço do mar já eram suficientes para me levarem a um gozo inesquecível.
Ainda agarrada ao Rodrigo, que persistia dentro de mim, duríssimo, já refeita do orgasmo violento que acabara de ter, provoquei-o falando: Tá satisfeito, gostoso? Contente com o desempenho da tua putinha casada? Ao que ele respondeu: - acho que você ainda pode fazer melhor.
Dizendo isso, afrouxou minhas pernas da sua cintura e, segurando-me pelas coxas, aproveitando o efeito da baixa resistência da água, que reduz, sensivelmente, meus 58 quilos, começou a me afastar e aproximar dele, ritmadamente. Com esse movimento, seu pau, que era bem grandinho, por sinal, quase saía de dentro de mim para depois entrar com força.
De tanto friccionar, acabei tendo um segundo orgasmo e, depois de algum tempo, sentido minhas paredes internas doerem pelo atrito e pelo sal, escuto ele me dizer que está quase gozando, me desvencilho dos seus braços, me ajoelho novamente – com a maré tendo baixado um pouco, seu pau está dois ou três centímetros abaixo do nível do mar – e torno a punheta-lo.
Puxo a pontinha dele para cima, para fora da água e saboreio o gosto de sal, boceta e pau com minha língua, acelerando o ritmo com a mão, até que um jato forte me molha o rosto, cabelos, ombros e língua.
Me levanto satisfeita e Rodrigo reclama que queria ter gozado dentro de mim. Silenciosa e sorridente, pego um pouquinho de esperma, uma gotinha mais grossa que as outras, que ficara na minha face e, com a pontinha do meu indicador, enfio na minha boceta, para ele saber que estava dentro de mim.
Nos recompusemos e voltamos à praia, onde nos despedimos com dois beijinhos no rosto, sem promessas de reencontro.
Com muito esforço, consegui caminhar até minha casa, onde tomei um bom banho, descansei por algum tempo e, quando meu marido chegou, estava linda e cheirosa.
Sérgio disse que se sentiu culpado por estar estragando nosso final de semana, que queria se redimir e, depois de dormir por uma hora e meia, resolveu cozinhar para nós dois, se comportando como o homem que eu amo. Tomamos vinho e ainda transamos de noite. Tive que aguentar, apesar de estar um pouco massacrada pelo sal do mar e com as costas ardendo um pouco pelo excesso de sol, mas encarei e, se a intuição não me falha, devo ter garantido uma segunda chance ao nosso casamento, que era o que eu mais queria.
O domingo foi perfeito. Acordamos tarde, decidimos por uma pedra nas desconfianças dele, voltamos pra casa, pegamos as meninas e juramos dar mais atenção um ao outro. Espero que consigamos cumprir nossas juras.
(mnandalira@gmail.com)