...Não ouvi o ronco do motor da moto ou o ranger da porta da casa, nem percebi que Ele já estava parado à porta do banheiro observando silenciosamente enquanto eu seguia de olhos fechados, e minha mão violenta chocalhava o meu cacete quase no auge do prazer...
FINAL...
No pequeno banheiro, sem box ou cortinas, apenas notei sua presença quando, já vindo em minha direção como um leão faminto, tirou a camisa e apenas colocou para fora da calça seu cacete ereto, ao mesmo tempo em que me empurrava rapidamente contra a parede e tentava me beijar. Virei o rosto, pois não sou adepto a beijos, apesar que, daquela boca, eu gostava de chupar os lábios e aquela língua que conhecia tão bem meu corpo. Mas, minha recusa fazia parte do jogo que nos excitava. Sua mão esquerda agarrou-se a minha coxa, elevando minha perna que logo travei em sua cintura, enquanto a direita guiava o seu cacete, firme como um pedaço de pau, para a entrada do meu cu, e, sem pausa nem introduções desnecessárias, já foi me penetrando enquanto eu ainda estava sob a sensação de aproximação do gozo proporcionada por minha masturbação anterior a sua chegada. Sua boca e sua língua, depois de minha negativa ao beijo intenso, iam dos meus lábios trincados e trêmulos de vontade até o meu pescoço e subia novamente passando por minha orelha até encontrar meus lábios que continuavam fechados, ignorando os seus.
Gozei imediatamente na sua barriga sem nem precisar mais me tocar. Seu cacete tão rijo como a madeira dos móveis daquela casa, enquanto ainda me penetrava e eu sentia já as contrações próprias do seu orgasmo. A parede sem azulejos, áspera, arranhava minhas costas, mas eu não sentia nada além do prazer de ter seu membro me penetrando com a força e a pressa de um tesão que não suportava esperas, demoras. Já embebido de desejo com a cena que havia apreciado, seu orgasmo também veio rápido. E sentindo seu membro pulsando dentro de mim enquanto gozava, foi inevitável que eu novamente chegasse ao auge do prazer, desta vez com Ele me masturbando, quase sem intervalo entre um e outro gozo. A vontade extrema daquele momento anunciava que a noite seria longa e que muito, muito prazer ainda estava reservado para nós.
Seu líquido quente, que havia jorrado com força dentro de mim, agora escorria, fervendo, entre as minhas coxas e aquecia insuportavelmente cada pedaço do meu corpo. Eu tremia a cada palavra ou gemido seu – basta sempre o som da sua voz para me excitar e, embora eu tentasse negar, Ele percebia isso sempre que me telefonava, e eu, absorvido completamente pela sedução da sua voz, não conseguia sequer responder suas perguntas e apenas ria enquanto meus pensamentos flutuavam em fantasias que nunca se realizariam.
Ele, aparentemente saciado, tirava o que restava da roupa sem se dar conta que meus olhos seguiam cada movimento tentando registrar na memória cada milímetro do seu corpo. A fome que me consumia não permitia que a água gelada do chuveiro esfriasse a minha vontade de tocar seu cabelo, sua barba por fazer e descer as mãos explorando toda a sua pele. Eu tremia de frio e desejo e já não sabia mais como controlar o impulso de senti-lo mais demoradamente dentro de todas as minhas cavidades. Gentilmente, percebendo o meu desconforto na água gelada, Ele encerrou seu banho e me abraçou na tentativa de me aquecer, mas a proximidade com o seu corpo me fez tremer ainda mais, e quanto mais eu tremia, mais Ele me apertava contra seu corpo aumentando minha excitação já incontrolável.
Envolvido em seus braços, e quase sem conseguir respirar, meus lábios entreabertos roçavam levemente em sua orelha e minha língua timidamente tocava sua pele buscando seu gosto irresistível que me fez perder o controle e o movimento antes tímido tornou-se voraz. Minha boca percorria sua orelha, seu pescoço, descia demoradamente por seu peito explorando com a língua seus mamilos e seguia em busca de outros sabores que eu encontraria mais abaixo.
Ajoelhei-me no chão e levei minha boca o mais próximo possível de onde ela desejava estar naquele momento, enquanto meus beijos molhados seguiam de um lado a outro da virilha, adiando o prazer até o limite do insuportável. Umedeci meus lábios com a língua e finalmente os aproximei da base do seu cacete que já parecia pulsar de tão teso.
Os lábios e a língua passeavam da base ao topo daquele cacete intenso, beijando, lambendo, antes de fazê-lo adentrar a cavidade faminta de minha boca. O frio finalmente havia passado, restava apenas seu membro quente e o calor que enfim me tomava inteiro.
Ele interrompeu meu ato com carinho, alisou meus cabelos molhados caídos em minha testa e me tomou nos braços. Carregou-me devagar até a cama ampla do quarto iluminado apenas por algumas velas ainda acessas, deitou-me para depois aninhar-se em mim. Dentro daquele abraço que me aquecia do frio, eu desviando minha boca, mais uma vez, de seu beijo, procurei desesperado pelo seu ouvido esquerdo e sussurrei devagar e com calma:
– Eu te amo.
Ele estremeceu fortemente, olhou-me direto nos meus olhos que, mesmo no escuro, eu conseguia enxergar o verde claro dos seus. E com sua voz grossa e firme, disse-me:
– E eu te amo ainda mais.
Finalmente cedi ao beijo e ficamos ali uma noite, um dia, uma semana, uma vida inteira naquele beijo... Ele e eu.