Senti seu hálito em minha nuca, o corpo colado no meu. O sussurro foi baixo, suave, mas o tom deixou claro que era uma ordem:
-Nua
Asquiesci, e comecei a puxar a manga do vestido bem ali, perto da parede. Ele enrolou a mão no meu cabelo e me puxou com força para o meio do quarto. Por um segundo parei, assustada, mas o tapa sonoro no meu rosto me acordou. E me molhou.
Derrubei o vestido, tirei as alças do sutiã, e girei-o em torno do corpo para abrir o fecho. Ele me fitava com tanta intensidade que fiquei com medo estar fazendo da forma errada, da forma que não lhe agrada. Mas ele nada disse. Permaneceu de braços cruzados, me esperando terminar.
Me livrei do sutiã, e desci a calcinha.
-Separe as pernas, braços ao longo do corpo.
Andou ao meu redor, olhando meu corpo quente. Deu três voltas, indo e vindo. Parou na minha frente, levantou meu lábios, olhando os dentes e a gengiva. Abriu minha boca, inspecionou os molares. Agarrou meu cabelo de novo.
-Calada.
E puxou para o alto, quase me erguendo. Trinquei os dentes, senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Até que a dor passou. Ele olhou a mão, alisou com a outra, e pareceu satisfeito.
-Cabelo forte, nenhum fio se quebrou.
Pegou o cinto que havia deixado apoiado no ombro, e enrolou a ponta da fivela na mão, dando voltas até deixar apenas a parte com os furos exposta. Olhou pra mim de novo, e apertou meu seio com a mão livre. Expremi um gemido baixo, mas a punição veio em seguida. Ele soltou o peito e me deu outro tapa na cara:
-Eu falei CALADA.
Concordei com a cabeça, cheia de culpa. Não queria desapontá-lo, subitamente a aprovação dele era tudo pra mim.
Andou de volta para minhas costas, acariciou a curva da minha cintura, e foi descendo muito devagar até minha bunda. Cravou as unhas num apertão repentino que me assustou, causando um sobressalto. Ouvi um breve sorriso, antes dele se afastar.
-Pelo visto você não consegue ficar quieta.
Senti que era uma armadilha, se eu respondesse algo iria confirmar o que ele havia dito. Fiquei bem quieta.
-Já que você não sossega, tudo bem, pode gemer, gritar, berrar a vontade. Eu não ligo.
Um silvo, do couro cortando o ar, e o cinto acertou...
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