- Acho que dá pro gasto... - Evelyn lia por alto uma parte do trabalho de química que passei o fim de semana fazendo para ela - É bom que eu tire no mínimo 7!
- Vai conseguir sim, até mais. Me esforcei bastante...
Ela levantou os olhos do trabalho e me olhou com deboche.
- Fodasse... Tá querendo ganhar alguma coisa com isso?
- Não, não. Eu sei que tô em dívida com você...
- Uma dívida bem grande meu amiguinho, beeeeeem grande!
Minha deusa abriu a mochila e guardou as folhas de almaço dentro para entreguar mais tarde pra professora como se fosse feito por ela. Ah, que facilidade! Deve ter passado o fim de semana plena sem ter que fazer nada.
- O que você fez no fim de semana? - perguntei curioso, ficaria excitado sabendo que fui trouxa enquanto ela curtia algum rolê.
- Hã? Porque isso te interessa?
- Ah, foi mal, só queria puxar papo...
- Eu não quero bater papo com você garoto nojento. Isso aqui é uma relação bem simples, eu tenho provas contra você e você está fazendo tudo que eu mandar pra eu não vazar nada. Ninguém precisa forçar amizade aqui!
O louco.
Ela não brincava não. Ia direto ao ponto e me fazia lembrar onde era o meu lugar...
- Tá bom dona Evelyn, me perdoa.
Sua cara de pouco caso já mexendo no celular sem olhar pra mim me deixou levemente excitado.
- Ai tá bom! Agora some daqui porque não quero que as garotas cheguem e me peguem conversando com um lixo igual você!
Impressionante como ela tinha a habilidade de desprezar alguém sem nem olhar pra pessoa, como se fosse algo cotidiano fazer esse tipo de coisa.
- Tudo bem, até a aula!
Me virei para entrar na escola me sentindo num misto de trouxa e satisfeito, porque fazer o primeiro trabalho pra ela me fez sentir útil para aquela patricinha mimada. Eu venerava garotas fúteis e aproveitadoras como ela.
- Ah, e a propósito - a voz dela me devete, olhei pra trás e Evelyn continuava fixa no celular - Saí no fim de semana pra ir no cinema com o Rafael, caso isso te importe...
Era tudo que eu precisava ouvir pra começar o dia de pau duro! Realmente ela estava aproveitando, dando uns pegas em mais um dos ficantes dela e eu fazendo o trabalho difícil. Ai que tesão! Doido, né? Mas pra quem gosta de ser submisso e otário sabe o que é essa sensação.
Bom, meses se passaram até voltar ao dia que contei pra vocês lá no começo. Quando Evelyn jogou a sujeira do seu apontador em mim. Não pensem que ocorreu algo muito excitante nesse meio tempo. Ela realmente me desprezava e só me via como um idiota que fazia suas lições de casa, todos os seus trabalhos e dos meus amigos ganhava cola nas provas. Muito raramente, quando me encontrava pra entregar seus trabalhos minha musa soltava alguma frase mais humilhante do que o normal. Daquelas pra mexer comigo e me deixar excitado. Ela sabia que precisava manter seu controle sobre mim e isso me deixava mais obediente.
Minhas punhetas pensando nela e nas suas chantagens e ordens eram constantes e deliciosas, a imagem dos pés dela, o cheiro do chulé. Nada disso tinha sido esquecido por mim, embora pra minha frustração, Evelyn nunca mais tinha ido de chinelos para a escola desde o incidente. Isso me deixava pirado, essa abstinência de ver os pés dela.
Fazendo novas amizades com os outros nerds da sala, passei a ser mais zuado por todos em geral e por Evelyn e cia também. Além das humilhações e piadas e do meu apelido de chulé, via bem de perto outras maldades que Evelyn fazia com eles. Adorava o sorriso sádico dela ao maltratar um de nós, quando era comigo então era de arrepiar! Chegava em casa e ia correndo pro branheiro me aliviar...
Bem, o ano estava já pra terminar e achei que ficaria por isso mesmo. Humilhação, negação, trabalhos feitos, lições de casa também. Seria o máximo que eu me aproximaria dela e de certa forma já era mais do que eu poderia esperar, porém o destino é imprevisível e uma coisa mudou tudo pra minha sorte e me colocou no caminho dela novamente.
- E a 6° dupla a apresentar o seminário de biologia é... - nunca torci tanto num sorteio como nesse - Evelyn e... deixa eu tirar mais um papelzinho aqui... Guilherme!
Puta que pariu! Que sorte do cacete!
Evelyn ficou em choque na sua carteira, a galera toda já dando risada.
- Vai fazer trabalho com o chulé Evelyn! - Daiane não se segurava - Cuidado pra ele não gozar no seu pé hein!
Hahahhahahahahahahahhhaha!
Era uma piada pronta. A abençoada da professora não tava nem aí para aquilo e logo nos passou o tema e deu o prazo pra entrega do trabalho manuscrito e do dia da apresentação. Evelyn não falou uma palavra até o final da aula. Eu mentalmente agradecia muito ao universo por aquele sorteio. Os seminários do fim do ano valiam quase dois terços da nota do bimestre e não eram trabalhos simples que se faziam separadamente, precisava treinar, ensaiar. Resumindo. Eu teria que ir na casa de Evelyn ou o contrário, de qualquer maneira, teria que ficar a sós com ela. Ah, que sorte! Aproveitei o restante da aula todo feliz e esperando a fúria de Evelyn quando viesse falar comigo. Sabia que iria ouvir um monte dela.
- Filho da puta!!!!!!! - ela veio impetuosa me encontrar logo depois que saímos da escola - Você deve tá adorando né? Ridículo...
Gostosa como sempre, com seus cabelos castanhos dessa vez presos num coque, uma maquiagem leve, calça leg e uma blusinha que mostrava um pouco da barriga.
- Ah, admito que sim! - dei um sorriso vitorioso - É uma oportunidade de ficar perto de você, te conhecer mais e...
Evelyn sem dó me deu um tapa forte no rosto que estalou, em seguida beliscou meu braço fazendo ele parecer queimar.
- A única Evelyn que você conhece e vai ficar conhecendo é essa aqui! Não vai pensando em dar em cima de mim porque não sou pro seu bico não! Arranco esse pauzinho fora!
Dessa vez não sei o que me deu, mas me cansei. Que menina ousada! Cheia de humilhar os outros, bater... Pelo menos uma vez levaria o troco!
Soltei meu braço de sua mão e num reflexo dei um tapa na cara dela que a deixou vermelha.
- Mas o que é isso aqui! - porra, o ódio baixou nela, Evelyn arregalou os olhos castanhos incrédula com minha ousadia - Você tá fudido seu verme!
Aqui vai um aviso: Antes de brigar, analisem bem a pessoa. Como já disse antes, Evelyn era bem mais forte que eu...
Num golpe rápido ela me jogou no chão, uma perna dela passou rápida como um raio me derrubando e quando vi ela já estava em cima de mim, como se estivesse cavalgando numa posição sexual, apesar dos tapas e socos que me dava.
Nessa hora uma rodinha de gente já se formava a nossa volta, gravando, gritando. Evelyn sem pena me batia, tapas na cara, puxões de cabelo. Eu tentava reagir, mas não tinha forças. Ela me imobilizou muito bem.
- Isso Evelyn, espanca esse nojento! - suas amiguinhas torciam por ela como se fosse uma gladiadora - Cospe nele! Ele merece!
Por favor, cospe mesmo! Tava quase pedindo por isso! Seria uma delícia pra um verme como eu.
E não deu outra, do fundo da garganta ela cuspiu na minha cara como já tinha feito uma vez. Ai que delicia! Não conseguia controlar meu pau que endurecia com minha paixão por cima se mexendo, sentia seu corpo quente sobre mim, seus tapas, sua raiva. Seu cuspe escorrendo sobre mim.
Era humilhante, vergonhoso. Apanhar de uma menina na frente da escola toda, mas de certa forma excitante pra mim. Já nem reagia mais, queria apanhar mais e mais dela enquanto sentia sua buceta em cima do meu pau que já pulsava.
- Você nunca mais levanta a mão pra mim seu inseto! Tá pensando que pode bater em mim?
Ela se levantou ao perceber que meu pau estava duro e ficou muito mais irritada.
- Ninguém nunca nessa escola ousou levantar a voz comigo! E você bate na minha cara! - seu tênis veio na direção do meu pau - E ainda fica excitado apanhando? Caralho seu doente!
Sem piedade ela chutou meu saco, uma, duas, três, quatro... Já estava perdendo a conta de tanta dor que sentia.
- Isso Eve! Chuta o pau desse trouxa!
- Mostra quem manda!
Amanhã eu estaria no youtube, com certeza... As amigas sádicas dela não paravam de gravar a cena toda.
Quando viu que eu já estava todo acabado, espancado e gemendo de dor no saco, ela veio andando lentamente em direção a minha cabeça e pisou com a sola do seu tênis no meu rosto. Era o momento maior de submissão da minha vida até então, ser pisado por Evelyn na cara e passar uma vergonha épica.
- E que isso sirva de lição pra qualquer outro que se meter comigo! - ela esfregava a sola do tênis em mim - Meninas, eu quero esse vídeo circulando na escola toda!
As amiguinhas dela sorriram de orelha a orelha e começaram a mandar o vídeo pra geral.
A rodinha foi se desfazendo e Evelyn tirou o pé do meu rosto que ficou até marcado por sua sola. Eu me levantei devagar enquanto ela continuava me encarando do alto.
- Você deve ter amado isso né? Não consigo entender como pode ser tão esquisito! Mas, fodasse! Foi bom pra mim! Desestressei um pouco espancando você!
- Você... - foi isso mesmo que ouvi? Ou estava tão atordoado assim? - ... Gostou de me bater?
- Quem não gosta de bater em alguém? Só os que nunca experimentaram...
Por essa eu não esperava! Evelyn realmente gostava de se impor, mas bater também? Que sorte a minha...
Ainda de joelhos comecei a procurar na minha mochila o bilhete do ônibus pra ir pra casa, dessa vez não conseguiria ir a pé depois de uma surra daquelas. Evelyn sacou o celular e me interrompeu.
- Não precisa, nós vamos de Uber.
- Nós?
- Sim, idiota! Já que temos que fazer esse seminário vamos começar logo! Assim me livro dessa sua cara de cú o quanto antes...
Caramba! Eu iria pra casa dela! Esse dia só ficava melhor...
Logo o uber chegou e eu e minha colega/dona entramos nele rumo à sua casa. Onde ficaria sujeito a qualquer maldade dela. O que mais me aguardaria naquele dia?
Continua...