Thais era uma garota de rosto firme, daquelas que é difícil arrancar um sorriso, de olhar que traduzia se tinha gostado ou não de cada ação tomada pelas pessoas a seu arredor. Todos ali sabiam que a garota era recatada, não gostava de brincadeiras infantis, comum entre os colegas no último ano do colegial. Decidida e direta, não fazia rodeios nas palavras tanto com professores quanto com amigos, detestando todos aqueles que contrariavam suas decisões.
Tanajura era um apelido que não trazia conforto a ela, mas descrevia muito bem seu biotipo físico. Dona de um corpo privilegiado, era magra, cerca de um metro e sessenta e cinco de altura, cabelos castanhos levemente encaracolados, seios pequenos e tinha a bunda como maior atributo. Sabia de tal atributo, muito embora não gostasse do apelido, dominava os meios para fazer bom uso de tal atributo. Costumava usar uma calça legging que fazia o perfeito contorno de sua bunda e fazia questão de mostrar que calcinhas grandes não faziam parte de seu guarda roupas.
Essa era Thaís, algo praticamente inalcançável para alguém como eu, um jovem no auge da puberdade, magro, sem postura, com ombros estreitos, óculos e aparelhos nos dentes. Thais era diferente, dona de si, não se intimidava com pouco e gostava de se impor. Como minha auto estima não era das melhores, me atia a observar e jamais fiz qualquer comentário que a deixasse constrangida, talvez isso tenha demonstrado a ela um pouco do sentimento de submissão que me invadia com sua presença.
Em uma das aulas de química, nossa professora propôs que os alunos com melhores notas seriam responsáveis por aqueles que tinham notas mais baixas, eu, que não era muito esforçado, fazia parte do segundo grupo, enquanto Thais, que além de inteligente era extremamente esforçada, fazia parte do primeiro. Pro meu completo desespero cai com Thais e definitivamente não sabia como me comportar.
O primeiro ato foi sentar com carteira colada a dela, em dupla, ela me recebeu com olhar de que não gostava muito da idéia mas teria que tolerar a pedido da professora.
Você sabe que sua nota ao término do bimestre terá reflexo a minha, certo? Então o mínimo que espero é dedicação.
Talvez não tenha sido a forma mais receptiva, mas não esperava outra forma.
Claro, vou dar meu máximo.
Tomara que seja suficiente, agora vamos prestar atenção na aula, abre o caderno e anote tudo. - disse ela.
Prestei atenção na aula e anotei tudo, como nunca tinha feito durante todo o ano. Thais de tempo em tempos observava para conferir se sua ordem estava sendo obedecida. No meio da aula, acidentalmente ela esbarrou na caneta e a mesma caiu entre nossas carteiras. Não me movi. Cinco segundos depois ela diz:
Minha caneta caiu no chão.
Não sabia o que fazer, ela nunca havia dirigido a palavra a mim e não sabia se era uma deixa para eu recolher e entregar a ela ou uma pergunta, pensei em pegar mas só respondi:
Sim, caiu.
Não foi uma pergunta. Será que vou ter que mandar você pegar? - ela falou em tom baixo, mas firme.
De forma alguma Thais, me desculpe.
Recolhi a caneta e a entreguei. Quando olhei em seu rosto vi um sorriso discreto de canto de boca. Continuamos atentos à aula e no fim ela se ateve a me orientar.
Meus pais trabalham durante a tarde e costumo ficar sozinha estudando, acredito que se estudarmos em casa duas vezes por semana será suficiente, por isso separe suas tarde de terça e quinta feiras.
Sim claro, acho que tenho essas tardes livres.
Muito bem, acho que vamos nos dar bem… gostei muito da sua dedicação, tanto na aula como comigo… - disse ela.
Sim, me dediquei bem a aula gostou? Mas a você? Não entendi…
Não rebateu quando pedi a caneta, gosto assim… você vai perceber que sou do tipo que gosta de mandar e se você conseguir lidar com isso, vamos ter uma relação muito boa. - disse Thais, com cara de satisfeita.
Claro, Thaís. Na verdade preciso da sua orientação e de forma alguma gostaria de ser um peso pra você carregar, por isso vou me esforçar pra ser o mais agradável possivel.
Muito bem. Nos vemos a tarde? Catorze horas em casa?
Sim, perfeito.
O que faria as catorze horas? Como me vestir? Deveria levar algo? Cheguei em casa, almocei qualquer coisa, troquei o uniforme por uma bermuda e uma camiseta nova. A caminhada até a casa dela foi nervosa, mas rápida, morávamos no mesmo bairro.
As treze e cinquenta e nova toquei a campanhia. Ela demorou um pouco e me atendeu. Pela primeira vez a via sem o uniforme da escola. Shorts curto realçava a sua perna e uma camiseta de alça deixava parte de sua barriga a mostra. Provavelmente acabei focando mais tempo que deveria em seus pés. Unha pintadas de preto. Lindos. Talvez 37, ou 38 em um chinelo da nike.
Alô… terra chamando. Consegue olhar pra cima?
Claro… desculpa. Cheguei no horario?
Chegou sim, mas sem mochila, cade suas coisas?
Não sabia bem o que trazer. Pensei que hoje conversariamos um pouco só…
Pode ser, entra ai.
Ela entra na frente e eu a sigo até seu quarto. Lá ela tira o chinelo, sobe na cama e diz para eu puxar a cadeira e sentar.
Bom, vamos ter que nos esforçar aqui, vi que suas notas foram péssimas no último bimestre.
Sim, fiquei alguns pontos abaixo da média.
Eu vi. Você por acaso sabe qual a maior distração de garotos?
Video games talvez?
Sim… internet e pornografia ajudam a distrair vocês.
Fiquei bastante surpreso com essa afirmação, jamais imaginaria ter esse tipo de papo com ela. Ela com certeza percebeu meu constrangimento mas continuou.
…vocês não conseguem controlar o músculo que fica ai no meio da perna e tem muita sorte quando encontram garotas como eu, que sabem disso e tem a solução para esse tipo de problema.
Thais, veja… não sei onde quer chegar, mas nao vejo isso como um problema.
Grande mentira, passava a maior parte das minhas tardes se marturbando em frente ao computador.
Você pode mentir para si proprio, mas não vai mentir para mim. Posso falar pra professora que você desistiu do auxilio e esquecemos isso tudo.
Francamente, não queria perder a oportunidade de passar tardes com ela, então disse:
Na verdade não é assim, você pode ter certa razão… qual sua proposta?
Fico feliz que queira saber. - ela bateu palmas e pegou o notebook dela - olhe isso aqui… é um dispositivo que colocamos no seu penis e impede que ele fique ereto!
Que absurdo Thais… pra que isso, não posso aceitar isso.
Calma… vc não deixou eu terminar. Vamos fazer um teste… a gente coloca, eu fico com a chave e dependendo do seu resultado, te liberto como prêmio. Aposto que suas notas vao melhorar muito.
A idéia parecia péssima, mas tinha dificuldade de falar não para ela. Olhava para os pés daquela garota e só gostaria de dizer sim, então o fiz.
Se acha que vai funcionar, eu aceito.
Ebaaa… muito bem. Posso comprar?
Hoje já?
Sim, vou comprar on-line com meu cartão, depois você pode me dar o dinheiro, não tem problema.
Claro… pode comprar.
Está feito. Em uma semana ele chega… por enquanto vamos trabalhar na base da confiança, ok?
Não entendi, não vou poder me masturbar?
Lógico que não. Senão não vai funcionar…
Entendi. Pode ser então.
Bom, vamos nos dar bem… quando chegou aqui pude notar seus olhares aos meus pés, tem algum motivo?
Na verdade nunca tinha visto e achei diferentes…
Diferentes?
Bonitos…
Ótimo. Você gostaria de massageá-los? Seria um bom inicio…
Claro, vai ajudar a melhorar minhas notas?
Hahaha bobo, não… mas vai me fazer feliz. Senta aqui na cama, vou deitar e colocar os pés no seu colo.
Claro…
Ela ficou lendo e eu massageando os pés. Comecei pelo direito, tentei ser dedicado. Aquela cena já havia passado pelas minhas noites solitárias centanas de vezes. Não queria desperdiçar nenhum segundo. Disfarçadamente passava a mão em meu nariz para sentir o cheiro. Ela não era boba.
Hahahaha se quiser sentir o cheiro pode pedir.
Oi, não entendi?
Não precisa disfarçar cheirando sua mão… é só pedir pra cheirar que posso pensar…
Bom… na verdade fiquei curioso e gostaria de sentir o cheiro, posso?
Hahahaha gosto do seu jeito… mas ainda não… pode mudar o pé. A massagem está boa.
Ela definitivamente sabia o que fazer. Troquei o pé e parei com o truque de cheirar a mão, não queria contrariá-la. Massageava entre os dedos e não via o tempo passar.
Ei… já está meio tarde… logo meus pais chegam e não acho que é uma boa idéia você estar aqui.
Nossa, verdade. Já está bem tarde.
Gostei da massagem, faz assim… pega as minhas meias ali no tênis… pode levá-las pra casa… só não esquece de levar pra na escola amanha tá? E outra coisa… controle a coisa entre suas pernas, ok?
Claro, Thaís. Amanha levo pra escola. Obrigado por tudo hoje.
Não esquece de fechar a porta.
Sai da casa dela feliz, duro e pela primeira vez, dominado.