23 de março de 2020, Segunda
Choraminguei pelo resto da noite desconsolada e com o corpo todo dolorido, pensava em jogar tudo pro alto, na primeira oportunidade pegar meu celular, ligar pro papai e contar tudo que estavam fazendo conosco, entretanto, na velocidade deste pensamento a preocupação com minha irmã me vencia e não restava muita coisa senão descansar para mais outro dia de escravidão e pornografia. Não costumava ter sonhos, eram pesadelos delirantes e de tão esgotada nesta noite eu não tive nenhum, apaguei e acordei de sobressalto com o vibrador no meu cu, entre as persianas da cortina uma tênue luz do sol iluminava minha alcova “Meu Deus, será que já é tarde?”, rapidamente me meti embaixo dos lençóis de Jorge. Procurei seu membro mole, o velho roncava sem se mexer, até babava um pouco, já ia tomar seu pau nas mãos, porém lembrei da lição de pouco tempo atrás, quase praguejei contra minha burrice, logo nessa noite que dormi sem amarras, só com o despertador. Passei a língua primeiro na base do pau e me dedicava ora a chupar as bolas, ora a circundar todo o membro como para certificar-me que realmente endurecia e crescia sob meus cuidados, quando vi que estava totalmente duro meti a maior parte na boca chupando em ziguezague, atenta aos movimentos dele para que a primeira coisa que visse fosse meu rosto mergulhado no seu pênis. Deu certo, assim que acordou e jogou no chão o lençol eu estava compenetrada em sugá-lo, ele afundou meu rosto, abri bem a boca dando passagem a seu pau que ultrapassava a garganta, tratava uma luta interior para aguentá-lo, quando, para minha surpresa, consegui engolir tudo, não satisfeito ele mexia e esfregava meu rosto contra seus pelos pubianos, assim meu nariz roçava sua virilha e minha língua alisava suas bolas, certo é que não aguentei muito, mas ele teria de me dar o desconto, pois fui melhor que anteriormente, tinha esperanças de que visse meu esforço e fosse bondoso, quando esperneei tossindo deixou que eu respirasse, puxei o ar dando “Bom dia, Tio” “A vadiazinha acordou com fome hoje? Quer o leitinho dela?” “Sim, Tio, estou faminta, poderia me alimentar do seu leite?” “Claro, mas antes tem de fazer por merecer” puxando minha coleira me fez ficar por cima dele, torcia pra que pelo menos tivesse a decência de tirar o vibrador, entretanto, aninhou seu rosto perto do meu me beijando e empurrando meu corpo pra baixo, seu pau errou o alvo e deslizou pela minha barriga, no meio do beijo pedi “Deixa ajeitar seu pau para que me possua melhor, Tio”, com as mãos posicionei e esperei sua ordem “Mostra como você cavalga” fui descendo, gemendo, esforçando-me em não traduzir no meu rosto a dor que me causava, a raiva que sentia, fiquei totalmente preenchida, curvei-me tanto porque ele continha minha coleira na sua mão quanto porque sabia do apreço que tinha pelos meus seios, enquanto o cavalgava ora eu mesma lhe beijava arfando e gemendo, ora ele se apropriava de mim apertando-me as nádegas, cadenciando meus movimentos, seus tapas me diziam a velocidade, a cada um que levava tratava de aumentar o ritmo, ele tomava meus peitos apertando e comprimindo, como para deixar minhas tetas mais pontudas, quando alcançava o efeito desejado tascava uma forte e prolongada mordida, eu apertava os punhos, gritando, gemendo, vendo a hora em que numa dessas mordidas eu tascaria um soco bem naquele nariz grande, quando seu pau já começava a latejar saí de cima e abocanhei-o, apanhando bem na hora de seu pulsar, os jatos se espalharam por toda minha boca e sorvi, engolindo junto do esperma a raiva que eu sentia e por mais misterioso que possa parecer, nessa hora e só nessa miserável hora, fui tomada de uma espécie de paz, mamando e sugando cada gota de Jorge me parecia que amansava a fera, o jorro do seu gozo, o modo como eu comprimi minha boca apertando os lábios para sorvê-lo e o urro que Jorge deu, quase de dor, foi como se pela primeira vez em dias eu tivesse um mínimo de troco, se era obrigada a dar prazer então que lhe tirasse sua dor, ouvi-lo incomodado, pelo que eu julguei empenho no que fazia, transformava o asco do esperma na minha boca em poesia. Não arredei o rosto até que ele puxasse meu cabelo, quando abri a boca um misto de saliva e porra pingou no meu seio esquerdo, ele pincelou o dedo metendo na minha boca logo depois, sorvi em um meio sorriso pois ele estava suado e acho até que havia lagrimado “Muito bem Putinha, estou vendo que a lição de ontem surtiu efeito, essa de longe foi a melhor chupada que tu já me deu, não quero nada menos que isso daqui em diante.” “Obrigada Tio, vou sempre me esforçar” “Como prêmio vira essa bundinha pra cá” ainda na cama fiquei de quatro e ele retirou o meu vibrador-despertador, me deu um tapa carinhoso nos glúteos me mandando ir pro banheiro, desci e de quatro me encaminhei, lá fiz minhas necessidades, a boceta ainda ardida da foda matinal, minha boca e garganta estavam doloridas, mas nada de muito grande, enquanto fazia xixi pensava horrorizada comigo mesma “Será que estou realmente gostando de fazer isso?” no chuveiro minha elucubração só aumentava “Tenho de estabelecer limites em mim ou então vou me perder sem volta...” quando estava na depilação diária Jorge entrou, eu não me espantei, sabia que isso ia acontecer, ele se encostou em mim, o pau dele mole me roçando a perna, se molhou enquanto eu passava a lâmina bem perto dos lábios vaginais “Me dá aqui e vira esse rabo pra cá”, me inclinei me apoiando na parede em frente, como o banheiro era pequeno estávamos muito perto, fiquei empinada com minha perna direita apoiada no box de vidro, senti seus dedos abrindo minhas nádegas chegando até minha vagina, de baixo pra cima me ensaboou toda, eu tremi um pouco com mão áspera que tocava minhas intimidades, habilmente ele foi passando o barbeador, hora ou outra ele enfiava dois dedos dentro de mim e girava, cerrava os lábios pra abafar o gemido, ele raspou até os pelos finos da minha bunda e anus, quando ele ensaboou eu estava muito pelada, até senti um pouco de vergonha, apesar do sem sentido do fato, nós nos ensaboamos, ele me beijava e apertava meu corpo contra o dele como se fossemos namorados, eu já chorava, não obstante minhas lágrimas engolidas pela água do chuveiro, pois correspondia e entregava o que sempre me foi caro, minha intimidade, meu corpo, minhas regras, meu tudo, um velho de 50 ou mais, sequer sabia sua idade real, me conhecia mais que meu último namorado, que qualquer outro homem com quem tinha ficado, até mesmo Ricardo não me conhecia tanto. Quando acabamos ele me enxugou, seu pau estava duro, ia chupar para agradá-lo e apanhei na cara “Não, não, sei que é gulosa, mas já te dei seu leite, deixe pra depois” me recolhi ao meu canto, tratando de pentear os cabelos, passar o batom, o hidratante de pele, eram os únicos prazeres genuínos, me sentir cheirosa ao menos uma vez ao dia, usar perfume e perfume bom, abri a gaveta pondo uma das várias coleiras, eram todas muito parecidas, quase todas vermelhas, um detalhe ou outro no acabamento mudava, quando ele me viu puxou a guia de volta, “Você está muito apressadinha, você vai usar essa aqui” a que ele puxou era coleira personalizada preta, não estava na gaveta das outras, estava nas suas meias, havia meu nome escrito com letras garrafais, apertou-a bem “Agora, vá trabalhar” saí rápido, o fato de ter meu nome não mudava que era uma coleira, todavia, a personalização significava mais um passo rumo a minha escravização total e no meu entendimento era melhor ser cadela deles que de cães de verdade, olhei no relógio eram 7 de manhã, fiquei surpresa porque tanto Paula quanto Ricardo já estavam lá, ela usava uma coleira semelhante a minha, tive a ligeira impressão que no seu pescoço havia ficado mais bonita que no meu, seu rosto triste e designado lhe transpassava um honorífico ar de realeza. Terminava de fazer o café reforçado que eles tomavam todas as manhãs de modo que só me restou pôr os pratos, copos e talheres. Durante toda a refeição ficamos em pé, com as mãos na nuca olhando para o chão, nada foi comentado sobre o que nos fizeram na noite anterior, nem eu queria lembrar. Quando acabaram recolhemos tudo, lavamos e fomos autorizadas a ir para a cozinha de serviço onde Paula cuidou de preparar nossa comida e eu a dos cães, no fundo dos seus olhos sabia que ela não suportaria a visão dos cachorros depois da orgia animal. Quando me viram ficaram alegres, muito mais pela comida do que por qualquer lembrança, não poderia culpá-los, são animais movidos por cheiros, hormônios e essas coisas, de certo modo o quanto nós mesmas não éramos assim? Ao voltar Paula já tinha posto nossas tigelas, antes da primeira bocada perguntei se ela havia posto o ingrediente secreto, respondeu secamente que sim já tratando de comer sua parte, fiz o mesmo. Particularmente naquela manhã e principalmente enquanto comia senti uma saudade enorme de sentar a mesa como uma pessoa normal, das conversas com a Paula, das nossas brincadeiras, risadas, do tempo em que éramos felizes e nem sabíamos o quanto, agora que perdemos isso é fácil olhar com desgosto para o tempo que passamos desarranjadas em picuinhas bobas e infantis. Acabei lambendo toda a vasilha e tomando a água, lavei minha tigela e esperei a Paula, entramos juntas na casa, Ricardo nos esperava na sua poltrona sagrada, no seu trono por assim dizer onde era rei. De quatro nos aproximamos beijando seus pés. “Posição de comando, escravas” “Sim senhor” esta posição consistia em arrebitar a bunda ao máximo ficando de joelhos arqueando as costas para baixo, os seios e o rosto voltados para o chão, as mãos juntas e retas para frente, tal qual em certas religiões os monges reverenciam seus deuses, estávamos ali por sobre o tapete, servas e devotas de Ricardo. “Quero que subam até meu quarto e se arrumem, no banheiro encontraram tudo que precisam usar. Daqui a pouco chegarão umas encomendas, recepcionem muito bem todos que adentrarem nesta residência. Quero vocês muito dóceis e femininas, entenderam bem?” “Sim Papai” respondemos a uma só voz, como um coro bem treinado. “Quando descerem novamente seus celulares estarão perto da TV, não estão autorizadas a mexer em nenhuma rede social, exceto o Telegram, nele encontraram meu contato, transmitirei ordens por lá. Andem logo que já já estarão chegando e se não estiverem prontas o pau vai comer.” Tremi diante da ameaça e fui subindo, Paula pegou minha mão me guiando, como se eu não soubesse onde ficava o quarto do Ricardo, como se só ela tivesse autoridade para adentrar no território sagrado, talvez fosse assim, sabe-se lá o que ele havia dito e ordenado a ela. Vislumbrei ainda Jorge da porta da cozinha sorrindo para nós, acenei com o canto da cabeça, havia algo no seu sorriso que premeditava de alguma resposta. Quase me esqueço que a visão de fora era a de duas jovens nuas subindo escadas, qualquer coisa que fizéssemos já era motivo para aquele sorriso, era extraordinário para as mentes sádicas, sacanas e perversas de nossos donos. O quarto, como já disse antes, era enorme e muito bem decorado, o ar lá dentro era mais arejado, a cama dava duas da do Jorge, tinha uma central de ar, uma tela imensa de TV, sua escrivaninha com o computador onde trabalhava nos nossos vídeos e fotos, uma pequena varanda que dava vista para a piscina, cortinas brancas, um tapete de veludo marrom, só de tocar a planta dos pés nele me deliciei com a textura, o guarda-roupas era enorme, com portas de correr, nove gavetas e um espelho de corpo inteiro, havia uma frigobar e uma bancada móvel, tudo cuidadosamente escolhido e posto, tive a impressão de talvez Ricardo ser controlador com tudo, assim como todo aquele quarto e a casa, nós, extensões destas mesmas propriedades, tínhamos a obrigação de sermos exatamente como cada peça, cuidadosamente escolhida, por seu luxo e praticidade. Percebi também objetos espalhados, na cama prendedores metálicos e um enorme consolo vermelho, na bancada dois pênis de borracha ainda maiores e um flogger (chicote com diversas tiras e cerdas). Ao adentrarmos no banheiro um cheiro bom de lavanda estava por todo ar, espaçoso, só o banheiro já era maior que o quarto do Jorge, reparei logo na banheira de hidromassagem, ela havia sido instalada com uma armação de madeira envernizada em um círculo, com bases onde ficavam sabonetes, shampoo, sais de banho, havia duas pias e torneiras que só precisavam de um toque para despejar a água. Na parede havia prateleiras de vidro onde ficavam os materiais como escovas, pasta de dente, fio dental, pentes e escovas de cabelo, um box lindo e muito bem limpo, um chuveiro elétrico, vaso sanitário com bidê, algumas gavetas com utensílios. Nunca tinha entrado ali, nem quando mamãe era viva. “Está aqui mana, pode usar essa escova velha do Ricardo, estamos autorizadas a utilizar quase tudo aqui, nossas roupas estão ali, vamos rápido que eu não quero ser castigada.” “Tá bom” Apesar da escova ser do Ricardo, que me importava? Quando senti o sabor daquele creme dental e escovando o gosto da ração matinal foi se esvaindo, que manjar! Quando pude usar finalmente o fio dental, Jorge não tinha o costume de usar, examinei no espelho minha dentição e não havia nenhuma cárie, meus dentes lindos e maravilhosos finalmente estavam pomposos como deveriam sempre estar, só de ver aquele meu sorriso e a sensação de uma higiene bucal completa quase me esqueci onde estava, pensava no tapete do quarto que por si só já era até mais confortável que o colchão velho do Jorge, naquele banheiro vultuoso, será que Paula já utilizou junto do Ricardo a hidromassagem? Será que ela toma banho todos os dias de água quente? E pode usar o bidê, e se limpar de uma forma mais humana? Será que ela dorme junto dele no colchão ou no tapete, o que eu mesma não daria por uma noite naquele tapete. Um sentimento de inveja foi-se apoderando de mim, tive de tolhe-lo, lembrar que todos os dias os olhos de Paula se tornavam mais frios e diferentes, dos objetos sobre a cama e bancada, olhando aqueles mínimos confortos eu nem imaginava o que ela passava diariamente para pagar-lhes o preço. Desanuviei aquela nuvem pesada e foquei na roupa que deveria vestir. Só de olhá-las meu estomago se revirou em espanto. Eu tinha um top cortininha branco semitransparente sem aro e sem bojo com acabamento em viés preto, alça e fecho de amarrar, uma calcinha fio dental branca com acabamento em viés preto de fio duplo com abertura, as laterais da peça eram estreitas com regulagem, um micro avental com acabamento em rendinha branca com fecho de amarrar e uma tiara elástica com rendinha branca. Não que houvesse muita peça para ser vestida, mas acho que demorei um século até assimilar o que deveria vestir com o ato de vesti-la, pus a calcinha que além de muito curta era excessivamente cavada, apenas um fio no meio da bunda escondia meu ânus, além do desconforto de usar isso sentia que ao menor movimento em falso adentraria mais em minhas partes íntimas, pedi pra Paula amarrar o top e o avental que mal circundava minha virilha e por fim amarrei o cabelo pondo aquela tiara. Ajudei Paula em sua vestimenta que consistia em um minivestido preto em malha com elasticidade e detalhe em renda sem bojo, era aberto atrás no bumbum e a única coisa que os seguravam eram os nós que dei no pescoço, costa e cintura, o tecido de poliéster, um material bem confortável, o minivestido tinha uma abertura para aumentar o decote que ela decidiu manter amarrado, pois assim valorizavam seus seios pequenos, pôs a tiara, quase igual a minha, com a diferença de um laço preto ao topo, os mesmos laços que enfeitavam desde um pouco abaixo dos seios até após o umbigo. Não havia calcinha, só aquele pedaço de pano que se abria na curvatura de suas coxas e bunda descortinando-se conforme descia, de costas todos veriam seu bumbum, ainda mais formoso agora que parecia convidar-se frente a sugestão explícita do contorno e que ao menor vento exporia sua vagina. Dei nós fortes na esperança de que a ajudasse a manter o mínimo decoro. Meu fio dental valorizava minha bunda, tornava mais redonda, conferia-lhe a ilusão de ser maior e mais arrebitada do que realmente era. No mais, meus seios estavam a plenas vistas, insinuando seus bicos por entre o branco do top, se olhasse de perto dava até pra ver a vermelhidão das mordidas que Jorge dera mais cedo. Nos perfumamos, passamos batom, o meu um vermelho bem vivido, o da Paula um tom caramelo, fizemos a maquiagem. Antes de descermos Paula tirou de duas caixas sapatilhas de salto alto e um espanador para cada uma de nós, afivelei e descemos, postura reta e calculada, Paula que vinha atrás de mim deu um beliscão na minha bunda e sussurrou: “Rebola essa raba”, eu entendi e incuti em meus movimentos pequenos rebolados e ao sermos vistas por Ricardo e Jorge lhes causamos palmas. “Estamos prontas Papai” “E tio Jorge” completei rapidamente. “Nossa Jorge, vendo elas assim penso se não vale mais a pena mantê-las nessas roupas que peladas” “É mesmo patrão” “Deem uma volta, vou avalia-las” Dei a volta cheia de vergonha na mesma hora em que do portão tocavam buzinas, só então me dei conta de que não seria só o Ricardo e o Jorge, me exibiria para totais estranhos vestida daquele jeito. “Aprovadas, vão recepcionar o pessoal que chegou e não se esqueçam de que estou sempre observando”. Ricardo deu um tapa em nossas bundas como sinal de sua aprovação, Jorge ajeitou nossas coleiras, seguimos até o portão. Empurramos, uma de cada lado o portão, Jorge ficou a espera que terminássemos, logo após ficamos paradas de frente para eles. Havia um caminhão de entregas, de lá desceram o motorista e três carregadores. O motorista era um homem gordo, aparentava ter pela casa dos 40, usava um boné, calça comprida e uma camiseta suada, os carregadores vestiam o uniforme azul de uma empresa que eu não conhecia, a Asa Azul Segurança, eram homens fortes, dois negros e um branco, os negros eram homens altos, fortes e robustos, com tremendos pares de braços e um ar carregado de trabalhador braçal, o outro, o cara branco, era mirrado, um pouco magro, cabeça grande, usava óculos, cabelo comprido jogado pra trás, não parecia ser carregador como primeiramente supunha. Todos ficaram desconcertados e maravilhados com nossa presença, estávamos a espera enquanto eles conversavam com o Jorge, as mãos na nuca como nos ensinaram, quando passavam por nós pra ir falar com Ricardo os cumprimentamos, inclinei um pouco minha cintura arqueando os joelhos e baixando a cabeça, Paula fez o mesmo e ainda levantou um pouco a saia, tal qual fazia quando dançava na festa junina “Sejam todos bem vindos”, parados eles nos comeram com os olhos, pouco a pouco foram se aproximando, como para certificarem que o que estavam vendo não era uma ilusão ou pegadinha. “Essas são as putinhas, filhas do Ricardo, são exibicionistas as coitadas, não imagina a luta que foi pra fazê-las vestir essas roupas, vamos se apresentem” enrubesci com as mentiras descaradas do Jorge, parecia uma pimenta e a Paula uma semente de café, “Prazer, meu nome é Renata” “Meu nome é Paula” “E quantos anos esses anjinhos tem?” “Eu tenho 21” “Eu tenho 19” o mais atirado dele, o negro mais alto se inclinou para beijar minha mão, eu a dei e logo todos a beijaram, o mesmo com a Paula que segurava a barra do seu vestidinho que o vento espalhava. De repente, como que se lembrando da realidade, o homem branco percebeu os latidos frenéticos dos cães, deu um passo pra trás e perguntou se estavam soltos, Jorge os tranquilizou dizendo que não, que entrassem para falar com o Ricardo e saber a disposição das coisas e do serviço, nós esperamos eles entrarem na casa e seguimos para a sala. Pegamos os celulares, ignorei as mensagens do Zap, que nem eram tantas como eu pensava, acho que estavam se irritando com nossa demora pra responder e mandando menos mensagens, fui direto pro Telegram ler as ordens de Ricardo. “Enquanto estes homens estiverem aqui liguem a TV e sintonizem no canal 277, aumente o volume até que eu ouça daqui de onde estou, espalhem os brinquedos que estão na gaveta do hack e se masturbem até eu mandar mais comandos, sejam bem safadas e comentem tudo que estiver passando.” “Sim papai” mandei, Paula foi tirar os brinquedos, que eram plugs, vibradores, consolos, cintas e outras coisas e eu liguei a TV sintonizando o tal canal, não esperava outra coisa daquela ordem, era o canal de sexo da TV fechada, neste momento passava um filme onde uma mulher era comida por dois homens de uma vez. Aumentei o volume, quando julguei suficiente respondi “Está bom assim, Papai?” “Está.” Se ele estava ouvindo significava que todos também estavam, de frente pra televisão e de costas para escada não podíamos ver quando desceriam e ao mesmo tempo, a primeira visão que todos teriam era de nós em volta daqueles brinquedos sexuais vendo o filme pornô. Eu estava em cacos, mas sorria pra Paula, disfarçando o que sentia, ela sentou-se no chão de pernas abertas, eu tomei os brinquedos um a um espanando, como se fosse um trabalho necessário e de suma importância. “Olha que Pau enorme mana” “É mesmo, quem dera fossemos nós ali” descrevíamos em voz alta os detalhes do filme, ao mesmo tempo nos tocávamos, nos acariciávamos, nem sequer ouvimos quando eles desceram, quando dei por mim estavam todos ali nos assistindo, uma rápida olhada e uma mensagem “Introduza um pênis de borracha na Paula e diga pra ela ficar limpando os livros” Tentando adivinhar e não machucar muito minha irmã peguei um de tamanho médio, pus ela de quatro mandando limpar e introduzi o pênis, ela já estava meio molhada, o brinquedo deslizou pra dentro dela, com um gemido agudo de dor e prazer. Com uma mão eu manipulava o objeto, com a outra me manipulava, me masturbava pra todo mundo ver, nem tive de tirar a calcinha, era só empurrar minimamente para o lado e minha vagina descortinava-se, para qualquer um deles vibrar com o espetáculo, duas moças jovens e belíssimas como nós, nos prestando àquelas safadezas na luz do dia. “Limpa direitinho, Paula” “E você mete mais rápido” Ricardo interrompeu aquela contemplação para chamar os homens ao trabalho. “Como podem ver minhas filhas são bem fogosas, e já que estão aqui quando acabarem de fazer todo o serviço elas farão uma chupeta em cada um de vocês” Ao ouvir isso quase que caio pra trás “Não estão ansiosas por isso meninas?” “Sim Papai, mal posso esperar” “Terminem rápido” emendou a Paula, bem na hora em que uma onda de prazer se apossou do seu corpo e ela emendou o ‘o’ da palavra ‘rápido’ com “ooowww” bem prolongado. Os homens mais que rápido despertaram e foram ao trabalho. “Vocês também, se quiserem ficar ouvindo o filme de vocês ouçam, mas cuidem dos seus afazeres, ninguém gosta de meninas preguiçosas.” Paula ficou arrumando os brinquedos do chão, fui pra cozinha lavar e cozinhar, de vez em quando Ricardo nos mandava ordens, tínhamos de ficar atentas para não demorar, senão só nós sabíamos como sofreríamos, ‘os cães nunca mais’ era o mantra que repetia comigo enquanto cortava legumes para a sopa, refogava cebola para o arroz, punha o feijão no fogo. Nesse entremeio recebi “Venha aqui e me entregue sua calcinha em mãos” Subi do jeito que ele queria, os homens mudavam mais coisas de lugares, instalavam usando furadeiras, cortando com makita, trabalhavam de forma que entendi pouco do que via quando parei em frente ao Ricardo, baixei a calcinha fio dental sem desatar o avental, ofereci-lhe “O que foi Renata, não quer mais usar a calcinha?” “Não Papai” “Mas uma moça da sua idade tem de usar, ainda mais na presença de outros homens” olhei ao redor mais uma vez desconcertada, porque ele não podia simplesmente pegar a calcinha das minhas mãos para que eu voltasse ao meu trabalho? “É que me dá calor” “Alguém quer essa calcinha?” O negro alto novamente foi o primeiro a quase se atirar, caminhei até ele e pus em sua mão “Fica pro sr. não quero mais usá-la” me inclinei um pouco, agora quase totalmente nua e dando as costas voltei a cozinha, assovios me acompanharam de volta “Nossa, que bunda maravilhosa ela tem” “Patrão, o sr. tá de parabéns” “É, elas dão trabalho mais vale a pena de criar” foram as últimas frases que ouvi antes de voltar a cozinha. Paula ainda subiu levando água, suco e biscoitos para mais uma sessão daquela humilhação, eu chorava, enxugava as lágrimas e tentava continuar de pé sem pensar no que aconteceria assim que eles acabassem o serviço. Já passava das 14 h quando desceram para almoçar, a mesa já estava posta, como não tinha lugar para todos, o cara branco sentou na escada, nós duas ficamos como de costume, Paula ao lado de Ricardo e eu do lado de Jorge, se eu pudesse enfiar minha cara debaixo da terra o faria, conversavam sobre nós como se nem estivéssemos ali, no entanto, não tiravam os olhos de nós, sem o fio dental, só de aventalzinho, me sentia mais despida que nunca, Jorge apertava minha bunda dando beliscões. “Suas filhas não vão comer?” “Ah sim vão, mas elas têm uma nutrição especial para manter a boa forma, não é meninas?” “Sim Papai” “E também só comemos depois que o Papai e Tio Jorge acabam” emendei para agradá-lo. Aquele jogo de palavras e interesses para mim estava claro, a concepção de mulher submissa perpassava pela fantasia de autoridade parental que eles sempre evocavam, mas sobretudo por sempre por a necessidade deles acima das nossas. O homem gordo deixou cair um talher, quando já ia juntar Ricardo o deteve “Não se incomode, pra isso as meninas estão aqui, Renata, junte o talher, lave e traga outro” “Sim Senhor” como havia caído bem perto de mim eu só tive de me inclinar, como temi não ser suficientemente ‘feminina’ se somente dobrasse os joelhos e apanhasse, me inclinei com esforço de manter as pernas retas, o cara branco que tinha a visão privilegiada da minha bunda quase engasga ante aquela exibição, tenho certeza que via minha xana por completo, como se ao me inclinar lhe sorrisse e logo todos viam quando fui lavar e devolvi o talher. “Quem dera eu tivesse filhas assim sr. Ricardo” “Ah mais quando, olhando de fora ninguém sabe o trabalho que deu pra ensinar boas maneiras pra essas duas” batendo na bunda de Paula, um tapa que ressoou no cômodo inteiro, Ricardo reafirmava o que queria num jogo sem fim “Sim meu pai, nós fomos muito levadas, mas graças ao Sr. e o Tio Jorge entramos na linha” “Correção: estão entrando, de vez em quando temos de aplicar um corretivo, vocês sabem como são as jovens de hoje em dia” e todos riram anuindo. Pensei que aquele inferno de almoço não teria fim, tão logo acabaram de comer voltaram aos seus afazeres e nós limpamos tudo. Quando já ia esquentar a nossa comida recebo mensagem “Não comam nada até minha ordem, vão para sala e fiquem treinando boquete de frente pro corredor”. Novamente nos dirigimos a sala, a barriga roncando, de posse do membro de borracha, acoplei-o ao chão e iniciei a ordem, Paula segurava com uma mão e lambia o seu brinquedo, adverti-a rapidamente para que não usasse as mãos, ela como que ferroada por uma abelha se deu conta do erro que cometera e fez igual a mim, só que já era tarde demais, Paula olhou o celular “Tire o top dela e diga que é pra ela vir trazê-lo pra mim com a boca” Não sabia da mensagem até que ela me mostrou, vi nos olhos de minha irmã pena por mim e recriminação consigo mesma, sussurrava pra mim enquanto soltava os nós “Me desculpa, me desculpa” “Não tem problema, não esqueça que não temos escolha, você não tem culpa de nada” Agora eu só tinha o avental, não que o top escondesse muito dos meus seios, mordi o cordão do top e parecia uma cachorrinha levando um pedaço de pau jogado pelo seu dono. “Minha nossa, essa gatinha não para de nos impressionar” “Que foi agora, Renata?” “Hum hum” fazia com a cabeça balançando o top para que Ricardo o pegasse, ele se fazia de desentendido para me fazer ficar ali o tempo que quisesse, com a peça de roupa na mão, quase toda exposta, a humilhação era tanta que fui dominada por uma vontade excessiva e imediata de fazer xixi, cruzava as pernas pra segurar, quando ele tomou de mim a peça lhe supliquei “Ai Papai, tô muito apertada, posso usar seu banheiro” “Vai” entrei rápido fechando a porta, comecei a hiperventilar, sentindo tontura, era fome, humilhação, perturbação, milhares de coisas ao mesmo tempo que o chão se desfazia em minha frente, o inferno onde me encontrava só tinha nome nos livros de Dante Aligeire, onde eu ia naquele casa só tinha gente pra me devorar, pra me possuir, eu tinha de me entregar como uma peça de carne em promoção: ‘Extra! Olha os peitos da Renata, quem vai querer, e o bumbum vai de brinde, pode apertar, pode bater, é por tempo limitado’, todo meu corpo e meu inconsciente travavam a luta que já conhecia, queria meus direitos de mulher de ser preservada, protegida, amada, não esta deturpação de estupro, vilania e adulteração. Não tinha muito tempo, reuni forças não sei de onde pra me recuperar, olhei meu rosto no espelho, lavei-o para tirar as lágrimas enxugando com uma toalha que estava por perto, saí de lá, avental e salto alto “Obrigada Papai” “Volte a treinar que não demora muito os rapazes vão avaliar vocês.” Na sala Paula me perguntou sobre a demora, não respondi.
(continua)
Oi meus amores, quanto tempo eu não escrevo aqui. Agradecida de todos os e-mails que recebi e por vocês terem gostado do “Presas na Quarentena” a ponto de voltar a escrevê-lo. Desculpem os vários erros de português e digitação apressada que certamente tem nesta parte e na próxima. Espero muito que gostem deste capitulo preparado com muito carinho, presente meu de natal e ano novo.
Meu contato é renatatexeira@yahoo.com
Beijinhos