Esta é a segunda parte de um conto antigo publicado aqui na casa dos contos eróticos. A primeira parte foi inspirada no original, do autor ou autora Geralda – predadora, e recriada pelo Leon na categoria Heterossexual. Mas esta segunda parte já é totalmente nova e criada a partir da nova versão do Leo, para ser uma continuação.
Ficou assim.
A partir daquela noite, quando Liz me pediu para aceitá-la de novo em nossa casa, voltamos a viver juntos, e como relatei na primeira parte deste conto, a nossa rotina de casal voltou ao normal. Mas as nossas relações tinham melhorado muito.
Estávamos nos acertando, tinha acontecido muita coisa desencontrada durante a estada do primo Silvino em nossa casa. Depois, avaliando melhor, eu chegara à conclusão de que no fundo, tudo o que aconteceu foi benéfico, para nos ajudar a amadurecer, a dar valor ao que nós tínhamos, e nos guiar para descobrir como levar aquela nossa parceria liberal na relação.
O período da nossa separação foi necessário e importante para que cada um de nós pudesse ponderar e avaliar o que tinha feito de errado, o que acabou sendo acertado daquilo que fizera, e como a gente achava que iria levar adiante aquela situação.
Acontece que, logo que voltamos, eu ainda estava bastante inseguro diante de uma nova postura mais liberal que a Liz havia proposto para nossa vida. No início, eu já estava preocupado como iria superar o ciúme que sempre senti da Liz em relação ao amor ou tesão que ela tinha pelo primo. Por isso, nos primeiros dias da volta dela, eu aproveitei para conversar muito com a Liz. Segundo todos os orientadores, psicólogos, analistas, e terapeutas, que pude ler e ouvir, o melhor caminho para o entendimento era falar abertamente, usando o parceiro para fazer um exercício de autoconhecimento, para a abertura da mente e dos conceitos nos quais a gente baseava nossas preferências.
Assim, na noite seguinte ao regresso dela, depois do jantar, em vez de assistir televisão vendo noticiários, como normalmente fazíamos, resolvemos ficar na sala, a TV desligada, ouvindo música e conversando. Liz estava muito carinhosa, atenciosa, e parecia muito feliz. A música tem esse poder de influir no estado de espírito. Nunca mais me esqueci que naquela hora estava tocando um samba do Zeca Pagodinho que eu adoro:
“Deixa a vida me levar,
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Deixa a vida me levar
Vida leva eu
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu”
Eu tinha muita curiosidade de saber o que foi que ela fizera com o primo, durante os dias em que esteve em nossa casa. Mas não sabia como abordar e não queria trazer de volta aquelas sensações de cobranças e ciúmes. O papo começou a engrenar quando eu perguntei:
— Liz, tu poderia me tirar dúvidas, contando coisas que eu gostaria de saber?
— Claro amor, o que tu deseja saber?
— Eu tenho curiosidade. Para não ficar nada escondido lá trás, queria que tu me contasse o que fez com o Sil nos dias em que ele esteve aqui.
— Mas, tu já não sabe? Eu fiz muito sexo com ele. Matei a saudade. O que quer que eu diga?
— Sei por alto. Tu pediu que eu confiasse em ti. Eu entreguei e confiei. As coisas aconteceram entre vocês. Nem sempre como eu acreditava. Mas o que aconteceu em detalhes eu não sei.
— Amor, mas isso não é uma questão superada? Quer voltar?
— Eu acho assim, estamos tentando ter uma relação transparente. Se assim for, eu desejo saber coisas que eu não sei. Podem me ajudar a entender e até aceitar melhor. Se tu pretende ter ainda encontros com o teu primo, eu preciso saber como isso me afeta.
Liz ficou um pouco pensativa, depois sorriu e concordou:
— Está certo. Às vezes a gente acha que não revelando detalhes está poupando quem a gente gosta, poupando de saber e ver coisas que podem ferir ou magoar. Mas é legítima a tua curiosidade. Acho justo que saiba. Acho até que tu sente um pouco de prazer em saber. Gosta de me ouvir contando. Sinto que te excita. Talvez para isso, seja melhor eu voltar mais um pouco atrás.
— Como assim?
— Como vejo o Sil e tu na minha vida? Eu sempre fui muito feliz contigo, me salvou da fase mais terrível da minha vida. Me ensinou a gostar de alguém como tu, e te tornou o motivo de eu viver e me superar. Eu te amo e o desejo para sempre. Ponto.
Liz tomou fôlego para continuar:
— Mas a separação do Sil quando eu o namorava foi traumática para nós dois. Isso sempre me marcou e ficou atormentando. Uma ferida aberta. Nunca mais havia falado com ele depois. Fomos criados juntos praticamente. E na juventude descobrimos que nos amávamos.
Liz deu uma pausa, e olhou para o alto, como se buscasse a memória:
— Nós namorávamos escondido da família, de todos que sempre foram contra, por tudo que já contei. E como a casa de minha tia e da minha mãe eram vizinhas, estávamos sempre próximos. Acontece que a gente se encontrava em segredo para fazer sexo, quando minha mãe saía de casa, e fomos ficando mais afoitos, descuidamos e um dia fomos descobertos, pegos em flagrante fazendo sexo na sala da nossa casa. Meus pais que nos pegaram. Foi um caos na família. Todos nos condenaram, Sil ficou como a ovelha negra que não respeita os laços familiares, e eu a sem-vergonha que não tinha pudor nem moral. Minha mãe não quis falar com ele nunca mais.
Liz deu uma ligeira pausa e ficou olhando minha atenção, depois seguiu:
— Meu pai, se ele não fosse sobrinho da minha mãe, o mandava matar. Meu tio e minha tia nunca mais falaram comigo. Virei a culpada pela briga na família. E isso nos obrigou a nos separarmos totalmente. Foi repentinamente um corte definitivo. Eu saí de casa e fui viver na casa de uma amiga. Era dependente e morava de favor lá. E passei muita necessidade. Também sofri muito, pensei que ia morrer. Perdi a vontade de viver, depressão, autodestruição, bebia muito, me envolvi com drogas, vida devassa. Até me prostituí para ter alguma coisa. E talvez tivesse morrido se não tivesse te conhecido logo depois naquela exposição feira. Fui lá para me prostituir, engatar algum cliente, e a tua atenção e gentileza me deram um alento. Me senti gente de novo.
— Mas na época tu me disse que ainda namorava.
— É, na minha cabeça eu ainda era fiel e pertencia a quem eu gostava. Mesmo não tendo mais contato com ele. Eu era muito novinha ainda. Minha ficha só caiu quando a minha amiga falou: “esquece, risca essa fantasia do seu mapa, vocês dois formavam um casal maldito”. Era verdade. Só depois, trocando mensagens contigo, descobri que talvez eu pudesse sair daquele buraco negro onde vivia. Tu era uma luz no final do túnel. Quando tu foi lá me visitar, e saímos, escondi o que eu fazia, não ia me mostrar como puta, eu achei a coisa mais linda teu romantismo, coisa mais fofa, me levou flores, me senti desejada, amada, por alguém que não quisesse apenas me usar. Estava sendo usada para sexo por dinheiro e você me conquistou, me deu valor. Aos poucos eu me apaixonei. O resto tu sabe.
— Sim, e como o Sil volta na tua vida?
— Bem, por tudo isso que falei, talvez, a minha “paixão” pelo Sil, tenha se mantido tão forte, porque nunca mais tivemos contato. Ele foi para outra cidade fazer faculdade, e eu me casei contigo. Também saí da cidade. Nunca mais soube dele.
Liz fez um gesto com as mãos que indicavam: “Passou o tempo”. Ela retomou:
— Bem depois, soube que ele também se casou. E logo teve filhos. Nunca mais nos falamos, ele respeitando o meu casamento, e eu respeitando o dele. Mas, bem recentemente eu recebi mensagem dele, no celular. Ele descobriu meu número nem sei como, e nos falamos. Nessa conversa, ele disse que amava a esposa, seus filhos, estava feliz, mas sentia muita saudade, tinha uma grande mágoa de não termos tido a oportunidade de ficarmos juntos plenamente. Eu pensei naquilo por dias seguidos e cheguei à conclusão de que acontecia o mesmo comigo.
Liz deu outra pausa, pegou no aparelho celular e mostrou dizendo:
— Trocamos umas conversas e começamos a planejar uma forma da gente se reencontrar. Foi quando ele achou o tal curso de especialização aqui e resolveu fazer, só para ter a oportunidade da gente se encontrar. E pediu se podíamos recebê-lo. Em nenhum momento partiu dele a iniciativa de pensar em ficar comigo, e te trair. Ele não pensava isso, só queria me reencontrar, e falar, o que não pudemos fazer por anos seguidos. Fui eu que aventei a possibilidade de a gente ficar junto, considerando que tu havia declarado que era liberal, e tinha a fantasia de me ver com outro. Eu pensava que para ti isso estava resolvido, você aceitava, até sentia tesão, só faltava eu me decidir para sair da fantasia para a realidade.
— Tu já estava com essa ideia antes então? De trepar com ele.
— É, eu tive sim. E falei com ele. O Sil estava com o pé atrás, com medo da tua reação. Eu tenho até o áudio dele aqui se quiser ouvir. Mas eu disse que tu era liberal, e eu ia dar provas a ele de que tu ia aceitar. Por isso eu fiz aquelas coisas logo na chegada dele que despertaram o teu ciúme. Era a minha forma de te testar. E provocar o tesão em ti.
— Mas eu fiquei mesmo com ciúme. Tu só vivia de intimidades com ele na minha frente. Me senti afrontado.
— Tá bom amor. Já falamos dos erros que eu cometi. Sim, eu entrei por um caminho errado. Fiz as coisas de forma incorreta.
Ela parou e me olhava com ternura:
— Queria te testar na tua capacidade de ser liberal e cúmplice, sem ter que criar uma conversa formal e explicitar nossos desejos. Isso eu achava complicado.
— Não acho complicado. Você não pensou direito. Nós sempre fomos muito verdadeiros!
— É verdade amor. Só que eu queria que tudo fluísse naturalmente e pensei que, considerando que tu tinha essa fantasia, de ser corno, me ver com outro, ia deixar acontecer. E ia gostar.
— Eu sofri, pois, sentia tu me enganando.
Liz deu uma suspirada profunda, tomou fôlego e começou:
— Isso já falamos. Bom, quando eu perguntei se ele poderia ficar aqui, comecei dizendo quem era o Sil, e o que ele representava no meu passado. Tu sabia da nossa ligação. Não fez objeção, então pensei que a primeira barreira fora vencida. Você aceitou que ele viesse. A seguir, eu fui contigo recebê-lo no aeroporto, e logo já dei provas, para ele, beijando na boca na tua frente, que tu não era um troglodita ciumento. Isso fez o Sil ficar mais calmo e também mostrou para ti que eu realmente queria bem o meu primo. Do mesmo jeito o abraço que eu dei quando chegamos em casa. Eram demonstrações que eu dava de que gostava do Sil. Tu foi aceitando, encaixando todas as provocadas que eu dava, se controlando, e isso me estimulou a prosseguir. Até o ciúme era bom pois tornava o processo mais natural. Pensei que aos poucos o teu lado liberal iria superar o lado ciumento. Me deu até tesão de provocar. Depois de jantar, tu não ouviu pois estava colocando o lixo para fora, eu disse ao Sil que eu ia te dar sinais que queria estar com ele, e ficamos juntinhos no sofá, para tu perceber que eu queria estar sozinha com ele, ter mais intimide e poder falar. Mas tu não percebeu isso, ou não quis dar esse espaço, e ficou lá. Aí foi que teve a tua primeira crise. Logo na mesma noite que ele chegou, tivemos já um pequeno desentendimento, tu já com ciúme, e eu ansiosa, fiquei com muito medo que desse tudo errado. Aí começou meu erro. Depois que discutimos um pouco no quarto, tu dormiu e eu estava uma pilha, não conseguia dormir e estava louca de vontade de poder conversar a sós com o Sil, sem a tua presença. Queria falar de nosso passado, lembranças e sentimentos íntimos. Aí foi mesmo que eu errei feio. Fui ao quarto de hóspedes, bati e ele também não estava dormindo. Entrei. E tu lembra que naquela noite eu me deitei somente de camisolinha, como costumo ficar. Foi aí que as coisas se embolaram, e os acontecimentos saíram do meu controle.
Liz deu outra parada e me olhando nos olhos explicou:
— Foi inesperado, porque ao entrar no quarto daquele jeito, só de camisolinha, ele entendeu que eu estava indo lá para ficar com ele, e achou que tu estava de acordo. Não perguntou nada. Me abraçou e me beijou. Perdi o controle. Foi um turbilhão de emoções, muitos anos de desejo contido. E tu hoje sabe como ele mexe comigo fisicamente. Não deu para segurar. Quando eu vi a gente se entregou ao desejo de uma forma alucinada. Fizemos sexo como desejávamos há muito tempo, até perto de amanhecer. Gozei muito com ele naquela noite e fiquei maluca por ter dois machos que eu adoro. Depois que eu senti o drama. Eu tinha te traído, e não tive tempo de avisar, como tinha prometido. Fiquei muito irritada.
Liz parou de falar, percebi que estava emocionada, mas tentava se controlar.
— Naquela manhã, eu fiquei confusa. Mas eu não queria estragar o plano que eu idealizara, de passar uns dias na companhia do Sil. Acreditava que ainda teria a chance de me explicar e conseguir o teu consentimento. Achava que só ia matar a saudade do Sil e você ia aceitar. Então pedi para ele ter paciência, que eu ia provocar situações de intimidade na tua frente, dando sinais para ti, até que tu tivesse a certeza de que eu queria e tinha ficado com ele. Eu tinha quase certeza de que tu ia aceitar.
— Quer dizer que no primeiro dia eu já era corno? Tu já tinha me traído, dado para ele na primeira noite. Me lembro, de manhã na cozinha, tu beijando o Sil e eu saí para o trabalho. Os dois iam saber onde era o curso do Sil.
— Amor, é isso. Eu fiz a merda de noite e não sabia como consertar. Não estava contente, me sentia péssima pelo que fiz, mas ter o Sil ali perto, por poucos dias, era muito importante para mim. Eu só percebi isso naquela noite. Aí, comecei a dar as pistas para testar a tua capacidade de ser liberal e gostar de ser corno. E se tu concordasse e fosse aceitando eu entenderia que deu o consentimento. Por isso todas as pequenas intimidades que tivemos eu e ele na tua frente.
— Mas os dois não pararam e nem vieram falar comigo, expor a questão. Agiram por trás, na surdina. Isso que me revoltou.
— Amor, está certo. Nós não falamos contigo porque eu fiquei com muito medo da tua reação, de ser violento com ele e fazer agressões. Não estava te reconhecendo com aquele ciúme louco.
Liz deu outra pausa. Estava sendo sincera e revelava o que pensava. Falou:
— Eu não esperava o teu ciúme e aquilo me deixou totalmente destruída. Eu antes poderia jurar que tu ia perceber, entender tudo, e deixar acontecer devido a tua mente liberal. Achava que tu seria cúmplice do meu desejo. Me enganei, errei, e não conseguia encontrar um jeito de arrumar.
— Então eu tinha razão de estar revoltado. Percebi que estavam acontecendo mais coisas do que as aparências indicavam.
Liz não se conteve e duas lágrimas rolaram de seus olhos. Eu notei que estava abalada com as lembranças. Eu sempre me sensibilizava ao vê-la chorar.
— Amor, já passou, já entendi tudo e já perdoei. Nós já ultrapassamos essa parte, tu mesma disse. Eu só quero saber o que eu não fiquei sabendo. Só isso.
Liz enxugou as lágrimas das faces com as costas da mão. A seguir ela tomou fôlego e retomou a narrativa:
— Então, no primeiro dia nós fomos ver onde era o curso do Sil, e em seguida ele queria que fôssemos ao shopping, queria me comprar um presente, e eu deveria escolher.
— O biquíni.
— Isso, tu reparou que no outro dia eu já estava com ele para ir à praia. Mas no dia, na loja, escolhemos muitos, o Sil me fez provar vários modelos até a gente definir por aquele. Eu me exibia para ele e ele muito excitado. Nos provocamos lá. E quando voltamos para casa estávamos muito tarados. Eu já sabia duas coisas fundamentais, ou melhor, três. Primeiro, eu tinha feito merda, e não sabia como consertar. Mas achei que com o tempo ia aparecer a oportunidade da gente se entender. Segundo, que eu estava de novo alucinada por poder ter o Sil novamente, trepar com ele, nem que fosse por pouco tempo. Então decidi que ia continuar aproveitando. Foi a segunda merda pois repeti o mesmo erro e não te contei. E a terceira merda, eu sabia que tu estava dividido, um lado liberal aceitava o que estava acontecendo, o outro, justamente por ter o envolvimento afetivo meu com o Sil, afetava o seu lado afetivo comigo, gerava ansiedade e ciúme. Isso eu entendi logo, mas eu pensava que o teu lado liberal iria vencer porque eu lhe dava também provas do meu amor. Por isso, excitada com aquilo eu insisti no jogo das provocações.
— Mas fizeram sexo de novo naquela tarde? Isso que eu quero saber.
— Fizemos sim, amor. Fizemos e com muito mais liberdade, porque eu podia gemer e gritar de prazer. Tu não estava. Você gosta de saber detalhes?
Liz me observava antes de prosseguir. Eu fiz que sim e ela continuou:
— Naquele dia foi quando senti completamente o Sil, o tesão dele me despertando a safada que eu havia adormecido, para ser tua esposa certinha. Eu quando jovem era muito safada. Como Sil, ainda novinha, já era bem putinha. Depois que casei tentei mudar pois te amava muito e queria preservar nossa paixão. Mas tu também é safado, insistia em me levar para o lado liberal. Foi isso que me estimulou a prosseguir no jogo. Naquela tarde eu perdi as estribeiras e virei puta completa. Sil me fodeu no banho, na cama, na sala, de tudo que é jeito. Sil sempre me alertava de que estávamos fazendo você de corno. Mas eu queria tanto continuar, que insistia dizendo que devíamos ir deixando você perceber aos poucos. Que tu ia ficar com tesão. Eu já tinha feito a cagada, então me lambuzei de uma vez. E depois tomamos banho juntos, e fomos ficar no sofá juntinhos vendo TV, te esperando chegar. Eu com muita vontade de dizer no teu ouvido que já era meu corninho. Mas em vez disso, só dava as pistas.
Ouvindo-a contar eu não consegui controlar, meu pau começou a se empinar erguendo a malha fina da minha calça de pijama. Me excitou ouvir a Liz confessando o que fizeram. E ela percebeu, mas nada disse. E prosseguiu:
— Então, aqui no sofá estávamos com o edredom, apenas de mãos dadas quando tu chegou. Mas eu estava de blusinha e calcinha pois sempre fiquei assim. E às vezes ele me acariciava. Pensei que aquilo iria puxar pela tua liberalidade. Pensei que ficaria excitado. Aconteceu tudo ao contrário. Tu entrou já irritado, passou direto, puto da cara, foi para o quarto e nem cumprimentou. O Sil ficou achando que ia dar merda e já queria ir embora. Sabia que se eu assumisse que a gente tinha te traído, a chance de tu ser agressivo era enorme. Fiquei apavorada. Aí eu fui falar contigo e tivemos aquela discussão forte. Uma das mais difíceis para mim.
— Difícil por quê? Tu negou o que estava acontecendo…
— Por isso mesmo amor. Eu dava pistas do que estava acontecendo, tentando chegar num ponto onde pudesse me abrir contigo. Mas a tua revolta, e raiva, me enchiam de pavor. Temia revelar tudo e virar um pandemônio a nossa vida. Achava que tu partiria para a ignorância. Eu não queria isso com o Sil em casa. Por isso neguei. Mas dei umas pistas. Eu disse, “quando eu for dar para o Sil tu vai saber”. E dava indícios para tu desconfiar, perguntar, eu assumir e a gente se entender. Mas ao invés disso, tudo saía ao contrário, tu te tornava refratário, e eu perdia a chance de falar.
Concordei com ela pois foi exatamente o que houve. Liz prosseguiu:
— Comecei a ficar em pânico, e só não desesperei de uma vez porque o Sil queria ir embora, estava morrendo de medo e eu não queria que ele fosse. Sabia que se ele fosse, nunca mais teríamos outra chance. E isso me afetaria e lá na frente acabaria com o nosso casamento também. Eu me separaria definitivamente de ti.
— Mas acabou acontecendo na mesma. Nos separamos.
— Sim, aconteceu, mas num ponto diferente. Em condições diferentes.
— Diferente como?
— Amor, deixa eu recordar os passos desse processo. Naquela noite, discutimos, e acabamos não fazendo sexo. Se tivéssemos feito tu saberia da verdade, pois no primeiro dia eu já estava toda vermelha e inchada de tanto meter com o Sil durante a noite e a tarde. Nossa, estava até escorrendo porra da minha boceta. Na minha cabeça, era uma evidência que talvez ajudasse. Mas diante da tua revolta e impertinência eu recuei. Estava numa sinuca. Ao mesmo tempo eu ficava encantada de te ver com ciúme. É difícil explicar a situação de ter dois amores, e não querer renunciar a nenhum deles. É o meu caso.
— Muito cômodo ter dois amores…
Liz não fez caso do meu comentário:
— Então, te esperei dormir, e ficara tão apavorada de o Sil ir embora que fui lá acalmá-lo e dizer que eu e tu tínhamos combinado uma trégua. Eu tinha me deitado sem roupa ao teu lado e para não fazer nenhum barulho fui daquele jeito mesmo. Quando entrei no quarto o Sil ficou logo excitado. Juntou nervosismo, medo, a ideia dele de ir embora, a tua presença dormindo ao lado na nossa suíte, o risco de sermos flagrados, tudo aumentava a emoção. De repente nós éramos novamente aqueles jovens que arriscavam ser descobertos fazendo sexo em local proibido. Eu repetia que você queria ser meu corninho e ele acabou aceitando. Foi mais uma noite definitiva! E de muito sexo. Eu tinha que gemer abafada com a face afundada no travesseiro. Mas foi ali que eu entendi tudo. Depois do sexo, ainda pude conversar muito sobre o que estava sentindo.
— Como? Não entendi.
— Foi quando entendi e assumi que te amava e a ele de igual modo. Mas, sou a tua esposa. E seria sempre.
Eu perguntei:
— E ele?
— Ele disse que pensava da mesma forma. Ele ama a esposa e os filhos. Não quer magoá-los. Não quer que isso afete a família nem quer renunciar a eles. Do mesmo modo que eu te amo e não quero abrir mão desse amor. Foi a primeira vez que conversamos sobre a possibilidade de sermos amantes eventuais, com teu consentimento. Naquela conversa é que decidimos que iríamos continuar como estávamos, mas dando cada vez mais dicas para tu perceber o que acontecia, e aproveitaríamos até quando fosse possível. Tínhamos a esperança de que tudo poderia se resolver, e tu aceitando ser corno em paz. Ou não, causando uma tremenda guerra. Dos dois jeitos a única coisa que poderíamos fazer era prosseguir pois nosso tempo estava se esgotando. Eu já sentia que o Sil não ia ficar muito mais tempo. Ele te respeita e ao nosso sentimento. Também não se sentia à vontade em relação ao que estava acontecendo contigo. Ele até disse que tu não tinha culpa do nosso problema.
— Grande bosta, levei chifre na mesma, ele te fodeu de tudo que é jeito, na nossa casa, comigo dormindo, e fiz papel de manso. Isso que me revolta.
— Amor, manso não. Tu não é manso. É bravo o tempo quase todo. Tu disfarçava e controlava tua revolta só porque eu forcei a barra e ameacei. Mas eu amei saber que tu ficava com ciúme, prova de que me ama. Mas eu não fiz aquilo para magoar ou te ferir. Tu sabe.
Dei risada e falei:
— Me engana que eu gosto! Fiquei bem detonado.
Liz também riu. Ela completou:
— Eu senti que o teu lado liberal estava começando a dominar. Tu sentia o que estava acontecendo, e mesmo com ciúme foi aceitando, mesmo meio contrariado. Eu percebia o teu tesão disfarçado. No dia seguinte eu fui para a cozinha preparar o café em trajes mínimos, meu corpo exposto, e tu não questionou, ficou na tua. Eu notei que tu estava excitado comigo daquele jeito.
— Mas tu me excita sempre. Ainda mais se fazendo de sedutora de propósito.
— Amor, realiza… eu tinha dado a xota e o cu para o Sil a madrugada toda, ainda cheirava a sexo, minha boceta inchada até babava, fui fazer o café daquele jeito e tu me alertou que ele podia aparecer na cozinha e me ver em trajes mínimos. Senti que mesmo reclamando te excitava com a minha exposição. Te excitava saber que eu me exibia para o Sil. E tu sabia disso.
Eu concordei com o que ela dizia. Liz prosseguiu:
— Naquela hora eu quase abri o jogo. Mas dei muitas indiretas. Tu já sabia, eu senti, mas ficou com vergonha de admitir.
— É verdade, naquela hora eu já tinha uma grande desconfiança. Quase certeza de que era corno. Mas eu temia que se fizesse uma ação de abrir o jogo, desse merda. Se tu negasse a traição eu não teria como provar. E eu havia te prometido que ia deixar por tua conta. Dei aminha palavra. Depois que saí naquela manhã, eu fiquei pensando: “se fosse eu que ficasse o dia todo na praia com uma gata gostosa como tu, naquele biquíni mínimo, eu ia cair matando”. O Sil não tem mesmo culpa.
Ao falar aquilo notei que o semblante da Liz se iluminava. Ela sorriu, parecia estar menos tensa e falou:
— Safado! Tu ficou com tesão na situação. A tua esposa dando para o primo com o teu conhecimento e tu disfarçando que não sabia. Eu tive vários sinais da tua parte de que no fundo sentia tesão ao pensar que eu e o Sil estávamos aproveitando. Mas tu te deixou levar pela insegurança. Nossa relação afetiva tinha dado uma esfriada por conta do teu ciúme, tu estava meio arredio, e eu decidi não fazer mais o jogo de esconder, achei que era hora do tudo ou nada. Passei a dar beijinho nos lábios do Sil na tua frente. Andava só de tanguinha, me exibia, pedi ao Sil para me acariciar na tua frente, para a gente ver tua reação. E tu ficou com tesão, mas controlou.
— Mas eu senti ciúme, e também senti tesão. É que estava cego de ciúme. E me diz, como não ter ciúme da pessoa que eu amo e que fica demonstrando amor por outro o tempo todo?
— Seu bobo. Isso é porque ainda não tem a cabeça completamente liberal. Eu tinha resolvido assumir. De noite eu e o Sil ficávamos na sala assistindo TV no sofá, ele me bolinava gostoso, e tu chegava, olhava a gente e ia direto para o quarto. Tu indicava com isso que estava dando espaço para nós dois. Nessa altura tu já sabia que ali tinha sacanagem. Eu masturbava o Sil por baixo do edredom, com você por perto, ele me chupou várias vezes na sala quando você tomava banho, e uma vez eu chupei o pau dele até gozar na minha boca e nos meus peitos. Tu nunca veio espiar e nem dar um flagrante. Eu deitava com cheiro de pica na mão e na boca, e tu nem dizia nada.
Resolvi esclarecer:
— Vou confessar. Meu medo era descobrir tudo, tu negar ou mesmo assumir, e eu ter que fazer merda. Só queria que tu me contasse.
— Eu e o Sil percebemos que tu finalmente estava deixando acontecer. Tu aceitou que era corno e no fundo tinha tesão nisso. Mas não admitia. Então, foi quando eu te disse na quinta-feira, que no dia seguinte iríamos ao churrasco. Tu preferiu não ir. As frases que me disse, passavam discretamente a mensagem de que eu tinha carta branca para fazer o que tinha vontade. Olha só:
“Tudo bem, amor, tu sabe que eu tenho trabalho, pode ir, divirta-se!”
— Eu o beijei com um sorriso feliz e perguntei:
“Tu não tem mais ciúmes?”
— E tu respondeu meio irônico:
“Claro que não amor! Entendi. Tu e ele se dão bem. Confio em ti!”
— Eu dei outro beijo mais carinhoso. Minha boca cheirava a pica do Sil. Respondi:
“Assim é que se fala, gostei de ver. Tu está aceitando melhor”.
— Eu quase disse naquele momento que tu já era corninho. Mas comentei daquele tapinha na minha bunda quando a gente ia sair para a praia. Tu agiu como gente civilizada e falou:
“Tapinha não, tu de tanguinha do biquíni, a bunda toda de fora, ele passou a mão na tua bunda, descaradamente.”
— Eu adorei a tua resposta. Tu sabia que já estava rolando. Depois tu ainda me disse:
“Tudo bem, amor, não precisa ficar nervosa, não vamos mais falar sobre isso. Já passou mesmo, deixa pra lá. Vai para o teu passeio e aproveite.”
— Naquela hora, eu fiz carinho no teu rosto, e disse:
“Obrigada amor, assim é que eu gosto! Tu ficando tranquilo. Mas, confesso que eu não o estou reconhecendo. Antes tu fantasiava comigo, ficava excitado imaginando a gente fazendo aventuras, até projetávamos eu ficar com outro. E tu adorava isso, dava tesão. Agora é um ciúme doente. Que houve? O primo não vai tirar pedaço da tua esposa, ele já me comeu antes, e estou inteirinha ainda, e nem vai me fazer deixar de te amar.”
Eu sorri me lembrando daquele dia. Ela comentou:
— Tu ali assumiu que sabia que ele já tinha me comigo, e me deixava dar para Sil.
Expliquei:
— Eu desconfiava que já tinha dado. Mas não tinha a prova. Então não ia mais fazer diferença. Eu não queria ir no churrasco porque tu me ignorava o tempo todo, só dava atenção ao primo. Eu não iria num churrasco pagar de corno manso na frente de amigos do teu primo.
Liz esclareceu:
— Então, na sexta-feira não fomos ao churrasco. Só iríamos mesmo se tu resolvesse ir. Como tu não quis, passamos o dia num motel, fazendo sexo intensamente. Tivemos a sexta-feira inteira só para nós. Eu te amei muito por ter me dado aquele presente. Eu já sabia que o Sil iria partir em breve e queria aproveitar ao máximo. Mas eu também sentia que tu decidira que não ia mais implicar. Estava de acordo.
Tratei de corrigir:
— Tu te enganas. Naquele dia, quando os dois voltaram de noite, eu vi o Sil beijando e passando a mão na tua bunda. Subiram a escada e ele com a mão no meio das tuas pernas. E eu corri e fiquei deitado só te esperando entrar. Eu ia abrir o jogo. Virar a mesa. Aí tu foi ao banheiro lavar o corpo e depois veio me procurar. Naquele momento eu tive outra ideia. Meu plano era dar mais uma chance para fazer um belo flagrante.
Liz concordou, e explicou:
— Então, eu fui te procurar porque quando estava no motel, me bateu uma angústia muito grande. Sentia que tu estava abalado, e dividido. Te afastando triste. Deprimido. Em vez de te animar e curtir o prazer. Fiquei com medo de o perder.
— Eu estava mais do que isso. Estava achando que era o fim de tudo. Disposto a pegar os dois em flagrante e criar um escândalo. Naquela noite eu decidi que não ia mais aguentar aquilo.
— Eu senti a tua angústia amor. Foi quando eu resolvi te provocar para fazer sexo, era uma forma de te dar a prova definitiva que faltava. Tu me chupou na xoxota e lambeu meu cuzinho, viu os sinais de que eu estava toda vermelha, intumescida de tanto foder com o Sil, acho até que sentiu o cheiro do meu sexo, fodido e gozado à exaustão. Me deu um tesão enorme quando vi que tu estava tarado. E tu virou um bicho, cheio de volúpia. Naquela noite eu amei fazer sexo contigo. Me fez gozar pelo cu de um jeito que só tu consegue. Foi quando eu entendi que tu é mesmo o meu macho. Mas que aceitava e ficava tarado de ser corno.
Esclareci:
— Acho que além de tesão, eu tinha raiva também. Raiva de saber que o meu amor estava indo para o saco. Literalmente. Tu só vivia para Sil. Mas foi uma das fodas mais incríveis que tivemos. Ali eu fodia com a putinha da Liz.
Liz se animou:
— Agora veja, querido, eu saí do motel saciada de dar para o Sil, e morrendo de saudade do nosso amor. Eu não tinha dúvidas de que eu amava aos dois. Mas nunca pensei que tu não iria aceitar que eu tivesse o Sil por um pouco de tempo. Eu sou tua, era tua, ele só estava tendo um pouquinho de mim.
Revelei:
— Eu já estava planejando o flagrante para o sábado, e a viagem de trabalho que eu acabei não fazendo, me permitiu armar tudo. Estava decidido a detonar tudo. Só quando cheguei aqui, para detonar os dois, descobri que se eu fizesse o que planejei, os maiores prejudicados por eu gravar e ter a imagem do flagrante, depois partir para a ignorância e me vingar, seríamos nós e os coitados dos familiares que não têm culpa da nossa devassidão.
Liz esclareceu:
— Eu e o Sil achávamos que tu tinha aceitado a viagem no final de semana para nos deixar à vontade. Naquela altura já tínhamos a certeza de que tu sabia o que estávamos fazendo. Achamos que tu tinha decidido, discretamente, ter uma forma de cumplicidade com a gente. Não vimos tu voltar e nos ver. No sábado foi outro dia de muito sexo.
— Na nossa cama!
Liz parou e ficou calada me observando. O olhar dela era sereno. Ela não disse nada por uns dez segundos. Eu estava intrigado com a expressão pensativa dela.
— O que foi? Que cara é essa?
Liz falou com expressão triste:
— Tu não apagou ainda os rastros negativos do seu espírito. Ainda não me perdoou completamente, não me entendeu ainda, eu acho.
Na hora eu percebi que ela tinha razão, ainda tinha uma pontinha de mágoa.
— Talvez, certas coisas ficam sem que a gente domine. Foi dolorido…
Liz estendeu a mão e me fez um afago no rosto:
— Amor, vamos mudar a chave? Te quero com tesão, curtindo a tua esposa safada, que te ama muito, mas que tem desejo de ser liberal, de viver outras experiências, e te quer cúmplice disso. Te quero ver me exibindo nua para outros, e me deixando foder com outras pessoas para tu ficar muito tarado. Tu também pode fazer, se desejar, eu deixo.
— Mas isso a gente já combinou que vamos tentar.
— Mas eu quero ver tu ficar com tesão de me ajudar a preparar a vinda do Sil, ver se vai gostar de estar junto com a gente, ter o prazer de ser nosso corninho, de me ver transar com ele gostoso, e te deixar tarado com tudo.
Meu pau voltara a se endurecer. Bastava ela começar a falar em safadeza que aquilo me contaminava. Eu entendi que ela estava certa. Tínhamos começado um processo que não teria volta. E mesmo com um certo frio na barriga eu estava excitado.
— Tu é uma devassa mesmo. Tenho que admitir.
— Mas foi tu que me fez cultivar essa safadeza toda. Me exibindo nua para os outros machos na praia, me sugestionando para dar para outro. Fantasiando. Acho que o teu fetiche de corno ainda não está totalmente assimilado. Temos que trabalhar isso. Quero te ver muito tarado de me ver fodendo com o Sil e com outros machos. Tu vai me ajudar a escolher? Vai me ajudar a me aprontar bem gostosa para dar para eles?
Eu estava excitadíssimo ouvindo aquilo e ela sabia como me provocar. Minha esposa já dominava naturalmente a técnica da hotwife, e certamente, iria me provocar demais com as putarias que ela gostava de pensar. Puxei a Liz para mais perto e comecei a beijar com vontade. Eu disse:
— Tu é uma putinha muito da safada!
Ele gemeu sensual.
— Abusa da tua putinha…
Aos poucos as nossas carícias se intensificaram. Logo estávamos nos beijando e nos chupando sobre o sofá. Enquanto eu chupava os peitos da Liz eu perguntei:
— Os dois se chupavam aqui no sofá? Comigo lá no quarto vendo TV?
— Isso amor, a gente ficava atento para ouvir o som da TV. Se tu abrisse a porta do quarto o som ia ficar mais alto. Mas eu havia decidido que não ia parar nada se tu aparecesse. Eu no fundo queria mesmo que tu aparecesse. Queria que tu me visse com o Sil. Tinha certeza de que se tu nos visse fazendo sacanagem ia ficar muito excitado. Acho que faltou isso.
— Porra, o que me deixa mais intrigado é que os dois passavam o dia na sacanagem. Como pode? Viviam tarados e gozavam tanto assim?
— Não amor, a gente brincava muito, provocava muito, e curtia ficar com tesão. Esse é um fator que sempre diferenciou o Sil da maioria dos homens.
Liz deu uma acariciada no seio. Estava excitada:
— Foi o que me fez ser muito apegada a ele. O Sil não é tão inteligente como tu, não é tão sedutor, nem tão gentil, não faz questão de ser mais do que ninguém. Ele é ele. Basta isso.
Ela parou de falar e me deu um beijo. Acho que queria me consolar pelo que diria a seguir:
— Ele não quer competir com os outros homens, exibindo carros, roupas nem posses. Ele trabalha direito, ganha o dinheiro dele sem querer ser milionário, mas é um ser sexual na plenitude. Em termos de sexo ele é imbatível, fissurado, adora provocar prazer, dar prazer e receber também. E ele fica muitas horas provocando tanto prazer na mulher, que ela se apaixona para sempre. Nunca gozei tanto e tão intensamente como gozo com ele.
Minha pica estava muito dura, dava solavancos ao ouvir minha mulher contar aqueles detalhes do seu amante. Eu tinha visto um pouco deles em ação e ficara mesmo impressionado. Liz notou meu pau duro e sussurrou:
— Até tu fica com tesão de ouvir sobre minha foda com o Sil. É um sexo maravilhoso. Eu nunca vou deixar de gostar.
Não tendo muito o que falar eu concordei:
— Sim, eu vi o sujeito em ação contigo. Não dá para competir. É de impressionar. E tem um pau de respeito.
Liz sorriu, pegou no meu pau e acariciou:
— Mas o meu corninho tem tudo e muito mais. Os homens acham que o mundo da mulher gira em torno de um pau gigante, e quanto maior, melhor. Mas é um engano, estereótipo da cabeça de homem, de veado, de gay e travesti. Claro que um homem gostoso como tu, com um pau como o teu é muito mais importante para as mulheres em geral. Tu tem tudo na medida exata.
Lis já me masturbava com muita habilidade. Ela prosseguiu:
— Um homem como o Sil, é apenas o bicho sexual. Muitas mulheres não vão querer aquele para marido, mas se ele chamar para a cama a maioria das mulheres vai, porque ele tem um Tchan. É o macho que respira orgasmo, e olha para a mulher sabendo que ela fica molhadinha na hora. Mas para ficar com ele, namorar, casar, ter como parceiro da vida toda, virar corninho, homens como tu são os que levam a melhor.
— E tu é assim amor? Se ele chamar e mostrar o pau tu abre as pernas?
Liz achou graça da minha pergunta. Deu outro beijinho e respondeu:
— Eu vou sim, e abro tudo amor. Faço loucuras pra ter umas horas de sexo com o Sil. Não vou mais negar nem mentir. Adoro dar para ele, ser chupada, chupar, lamber e tudo mais. Na hora que estou fazendo isso e vendo ele gemer de tesão me sinto a maior fêmea. Mas eu sou mesmo a eterna putinha dele, sempre fui desde menina. Ele já me masturbava quando eu era novinha. Então, não conta. Mas a teu favor eu digo que tu consegue superar o Sil em satisfação plena. Com o Sil eu faço sexo, plenamente. Mas contigo eu faço amor, plenamente.
—Ah, palavras que consolam.
Liz estava excitada de falar aquilo e lembrar das safadezas. Ela via que eu estava tarado de ouvir aquilo. Ela sussurrou no meu ouvido:
— Tu quer saber? Gosta de saber? Vou contar. Quando fomos comprar o biquíni, no primeiro dia, estávamos tão tarados, na vibe do primeiro dia, que metemos um pouco dentro do provador da loja. O Sil soca forte e eu gemo gostoso. As duas vendedoras ouviram meus gemidos com a rola atolada e devem ter ficado molhadinhas. Quando saímos, elas não tiravam o olho do Sil. Quando fomos pagar a compra elas cochichavam. Depois, nos outros dias, eu e ele íamos à praia e ficávamos de sacanagem na água, ele meteu em mim dentro d´água na praia de nudismo. Meteu muito, as pessoas viram, e eu ficava mais tarada.
De repente ela parou de contar, me olhou bem nos olhos e segurando meu pau duro e vibrando disse:
— Meu corninho está tesudo me ouvindo contar. Gosta disso né? Imagine quando ele estiver aqui e tu puder assistir?
Eu cheguei a ofegar. Uma onda de volúpia me percorreu o corpo. Eu disse:
— Pior que eu nem sei por que eu fico tão tarado. Só de imaginar fico louco. Acho que é por saber do teu tesão.
Liz estava ofegante e também excitada. Eu tinha colocado a mão entre as coxas dela e massageava de leve. Ela disse:
— Amor, eu pesquisei sobre isso. Existem muitas razões que podem originar um fetiche, e especialmente esse, do homem que se excita em fantasiar e até ver a mulher dele com outro, o que chamam popularmente de fetiche do corno. Entre os vários que eu vi referidos, tais como, complexo do pau pequeno, sentimento de inferioridade masculina, projeção de fantasia feminina no homem, timidez, e outros, não achei muitos onde pudesse te encaixar. Tu é diferente.
Ela me olhava examinando as minhas reações:
— Me parece que a cumplicidade com a fantasia da mulher e o voyeurismo são as que talvez sirvam para o teu caso.
— No meu caso? Pode explicar como?
— Acho que tu é uma pessoa muito visual, então, como voyeur, assistir a tua mulher praticar sexo, provocar, seduzir, se exibir, te excita, e também como cúmplice da mulher, imagina a excitação dela, o prazer que ela sente, e isso te afeta, provocando excitação.
Fiquei olhando para Liz bem admirado. Estava excitado de ouvi-la explicar a minha fantasia, e fazia sentido o que ela dissera.
— Está aí. Eu concordo com o que disse. Acho que está certa. Mas também sou auditivo, se te ouço falar algo provocante me excita.
Liz sorriu e falou:
— Verdade. Só de ouvir eu dizer que ia dar para o Sil por pirraça tu já deu sinal de ligar as turbinas. Eu reparei no brilho do teu olhar. Só de eu dizer que temos que combinar para receber o Sil aqui em casa, ou que quero ficar de safadeza com ele na praia tu fica ouriçado. Se eu falo que estou com saudade de dar para ele tu tara logo.
— Amor, tu me conhece mesmo.
Liz me beijava ofegando com meus toques em tua xana. A safada disse:
— Eu fui aprendendo te observando corninho, entendendo os teus estímulos e sinais. Por isso pensei que tu ia adorar ser nosso corno, saber que eu tinha tesão no Sil e queria foder com ele aqui.
— Mas eu fiquei com tesão quando percebi o que tu queria. Só me chateou quando achei que escondia isso, e queria me enganar.
Liz negou:
— Já falamos disso. Eu não escondi, já te disse e mostrei, apenas não expus de uma vez, achei que ir aos poucos revelando era melhor. Eu queria te deixar com tesão, como na noite em que cheguei do motel toda fodida e vim trepar contigo. Nem me lavei muito para trazer comigo o cheiro de sexo. Tu ficou tarado.
— Fiquei muito tarado mesmo, mistura de tesão, de raiva, ciúme. Eu senti o teu cheiro de safada. Fiquei louco. Queria rasgar teu cu no meio.
— Foi uma das vezes que eu mais gozei dando o cu querido. Amei.
— Eu também.
— Então, quando o Sil vier, tu vai poder assistir. Vai ficar maluco.
— Acho que sim. Não posso nem pensar.
Naquela noite nós começamos a nos chupar ali no sofá, e eu percebi que estávamos inaugurando para valer uma nova fase na nossa relação. Liz estava endiabrada, cheia de satisfação de poder trazer o primo para ficar uns dias. Ela se ajoelhou sobre o sofá e empinou a bunda pedindo:
— Vem corninho, vem me chupar, safado. Depois fode meu cu bem gostoso.
Eu nem perguntei e nem falei mais nada, enfiei o rosto entre as duas nádegas e lambi a xoxota que estava encharcada pela lubrificação. Percorri toda a extensão da bocetinha com a língua que se encaixou na racha. Ouvi Liz gemer deliciada. Fiquei alguns minutos lambendo a xoxota e sugando o grelinho, arrancando gemidos deliciados de minha esposa libidinosa. Ela ofegava e gozou gostoso com a minha boca sugando forte. Logo em seguida eu aproveitei que ela estava toda melada e escorrendo, passei a pica na xoxota, lubrifiquei, lambi o cuzinho um pouco até que ela pediu:
— Vai corninho tesudo, mete gostoso que eu quero seu pau no meu rabo.
Não titubeei, de pé atrás dela, encostei a rola no anel pregueado que piscava e fui empurrando. Liz gemia dizendo que estava tarada. Forcei um pouco mais e as pregas se abriram. Então eu agarrei na cintura e forcei para enfiar. A pica foi entrando espremida, sentindo o anel se apertar. Liz gemeu pedindo:
— Vem, isso, enterra tudo, me atola gostoso! Meu tesão! Corno safado, aproveita para meter no meu cu ainda apertadinho. Depois que o cavalo do meu primo meter aquela rola grossa ele vai ficar mais largo por um tempo!
Aquela provocação dela me deu um choque de tesão enorme. Meti com força e atolei a rola de uma vez.
— Isso, tesão! Adoro dar o cu para meu corninho. Me fode gostoso.
Fiquei tarado e ela percebeu:
— Agora já adora que eu chame de corninho né seu safado?
Passei a meter, enfiar e retirar com calma, deixando-a desfrutar a sensação da pica a invadindo. Quando ela se acostumou com a pica no cu a própria Liz passou a recuar a bunda contra meu pau. Eu estava tentando demorar o máximo.
Fui safado. Retirei o pau do cu dela e esperei. Liz gemeu pedindo para eu meter de novo:
— Ah, corninho, enterra, me fode gostoso!
Foi o que eu ameacei fazer. Enfiei a cabeça e recuei. Ela gemeu:
— Vai, enfia, que tesão, estou maluca.
Então eu enfiei novamente e passei e meter com mais ritmo, e fui acelerando, ela aumentando os gemidos. A cada enfiada:
— Ai, ai, ai, ahhh, que loucura! Me fode corninho! Atolada! Vou gozar.
Acelerei aos poucos os movimentos da pélvis. Meu pau parecia de pedra quente de tão duro. Eu já sentia meu orgasmo se aproximando. Então passei a meter fundo, segurar um pouquinho, e recuar para meter de novo. Nossa, em segundos ouvi a Liz gemendo, urrando, deliciada, gozando e rebolando na rola.
Não consegui conter meu gozo. Ele veio farto e ela percebeu, recuava a bunda na minha pica e pedia:
— Goza, goza agora, vai, tesão, que loucura! Goza no meu cu, safado! Me enche de porra.
Meus jatos vieram fortes! Meu corpo parecia ferver. Enquanto eu mal conseguia raciocinar o corpo se descontrolava e era agitado por contrações incríveis. Liz gemia e eu passei a urrar de prazer. Por uns vinte segundos ficamos totalmente entregues àquela loucura, um prazer indescritível. Depois aos poucos começamos a serenar e eu fui deixando o cuzinho dela expulsar minha rola.
Minha pica saiu seguida da porra que escorria. Eu me sentei e Liz veio se sentar no meu colo. Ela me abraçou e me beijou:
— Só tu me faz gozar pelo cu. Isso o Sil não consegue. Aquela tora só me arromba. Eu gosto porque sou tarada por sentir ele gozando no meu rabo. Mas não tenho orgasmo como tu provoca.
Eu recuperava o fôlego.
— Pelo menos levo alguma vantagem.
Liz me beijou. Sorriu:
— Corninho mais bobo. Se tu soubesse o quanto eu gosto de ti, jamais teria ciúme de ninguém.
— Sei.
Eu estava tranquilo. Não tinha mais insegurança nenhuma. Sabia que se dependesse de mim, e se ela fosse sempre sincera, estaríamos cúmplices e juntos para sempre.
Daquela noite em diante, definimos nosso equilíbrio na relação. Só faltava preparar para quando o Sil viesse passar o tal feriado.
Mas essa parte eu conto na próxima parte.
meu e-mail: leonmedrado@gmail.com
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