Amigos, é com grande satisfação que apresento a vocês meu primeiro conto.
Eu o estava escrevendo para ser lançado como um livro, mas decidi trazê-lo até vocês para que possam avalia-lo, lê-lo, sugerir melhorias, enfim, é feito para vocês, então fiquem a vontade para se manifestar.
Conta o início de minha fantasia, como foi apresenta-la a minha esposa e como ela vem se desenrolando desde então.
Dividirei em capítulos menores para não cansá-los e no começo não haverá tanto sexo, mas com o tempo...
Aproveitem.
Aliás, qual deve ser o limite de um casal entre quatro paredes? O que não significaria abuso ou ofensa a essa relação? Como saber o que pode ser suficiente para se alcançar a felicidade? A educação tradicional que recebemos é resposta para uma vida plena?
Não sei, e nenhuma resposta que eu possa dar será suficiente para solucionar essas questões, pois dependem da experiência de vida, hábitos e educação de cada um.
Depende especialmente da busca que cada um de nós faz pela felicidade que, por si só, não é necessariamente a mesma para todos, inclusive e mesmo para um único casal.
A única certeza que tenho é que essa busca deve ser incessante e deve ser comum do casal para que ambos possam se realizar.
A estória que lerão a seguir tenta desmistificar um pouco sobre o universo dos relacionamentos ditos liberais e se eles podem ou não servir como um caminho para a busca da felicidade. Algumas pessoas poderão se identificar, outras irão se espelhar, outras irão odiar, mas que sirva para que cada um possa tirar algo de bom para investir em seu próprio relacionamento.
E o mais importante: sejam felizes!
Grande abraço.
Mark.
O INÍCIO - SE DESCOBRINDO
Somos um casal convencional, homem e mulher, casados há mais de dez anos e posso dizer, sem sombras de dúvidas, que nossa atividade sexual sempre foi bastante variada na cama. Aliás, na cama, no sofá, banheiro, em diversos cômodos e móveis diferentes de nossa casa.
Entretanto, de uns tempos para cá e parece que é uma regra nos casais que conseguem conviver por muito tempo, nossa libido diminuiu e junto dela a frequência de nossas relações.
Minha esposa nunca teve outro homem além de mim, apenas alguns namoricos sem maior importância ou mesmo longa duração. Era virgem quando nos conhecemos e se entregou a mim antes de nos casarmos, e para ela parecia estar tudo bem em ter sido dessa maneira.
Não havia um culpado nesse "esfriamento" ou talvez fossemos ambos culpados, não sei. Na verdade, acho que ela havia se acomodado com a rotina do dia-a-dia e isso me incomodava um pouco, porque eu não queria viver assim até o resto dos meus dias. Apesar de eu não ter sido nenhum santo, nunca fui um safado de carteirinha, mas tive outras mulheres e realizei algumas safadezas legais quando solteiro, e aceitar esse marasmo em nosso casamento não me parecia justo, para nenhum de nós.
Passei a buscar na internet meios de "esquentar" nossa relação novamente. Comprei vários "brinquedinhos" em sex-shops, cremes, loções, etc. Não posso negar que melhorou nossa disposição, mas ainda estava longe de ser como no início de nosso relacionamento. Ainda sentia falta de algo, mas não sabia o quê.
E foi também na internet que conheci algumas variantes do chamado relacionamento liberal, tais como o "cuckold", "swing", "BDSM", etc.
De início pareceram um pouco estranhas, porque fugiam totalmente ao tipo de educação que havíamos recebido de nossos pais, principalmente porque, por sermos do interior de Minas Gerais, nossa educação sempre seguiu uma linha mais tradicional, rígida e até mesmo repressora em alguns aspectos. Para ela então muito mais que para mim pois tem um pais que sequer aceitava que ela tivesse amigos do sexo masculino.
Essa "educação" é uma questão complicada porque cria distinções entre homens e mulheres desde cedo: homens podem sair com várias mulheres quando solteiros e continuam respeitados na comunidade, pois são viris, verdadeiros “garanhões”; mulheres que tentam viver da mesma forma passam a ser "faladas" e a serem vistas como “galinhas”.
Com o tempo fui me aprofundando nos temas e fiquei curioso em saber como minha esposa reagiria especialmente a do "cuckold". Será que ela toparia a experiência? Será que ela teria uma vontade oculta, que talvez ela mesma ainda não conhecesse?
Numa noite estávamos transando em casa, até que bem animados, e perguntei para ela se nunca sentiu falta de ter experimentado o cacete de outro homem. Ela me disse que não, que me amava e que eu a satisfazia plenamente na cama. Fiquei ao mesmo tempo feliz e triste com a resposta.
Noutro dia, saímos para um barzinho com amigos, onde ela se divertiu muito, mas acabou bebendo um pouco além da conta. Ao voltarmos para casa, notei que ela estava com um fogo diferente, maior, e ainda quis beber um pouco mais. Ficou literalmente de pilequinho e me atacou na sala. Fomos agredindo as paredes do corredor até chegarmos no quarto. Os quadros de família forraram o chão.
Ela estava uma fera nesse dia. Fez de tudo e um pouco mais. Em certa hora resolvi novamente perguntar se não sentia falta de ter experimentado outro pau, já que somente tinha experimentado o meu. Ela, entre gemidos e sussurros, respondeu com um simples "talvez". Insisti uma vez mais enquanto a penetrava profundamente e perguntei se ela não gostaria de experimentar outro pau agora, mesmo depois de casada, e qual não foi minha surpresa quando ela fincou suas unhas em minhas costas e afirmou, em alto e bom som, que queria não somente um, mas dois ou até mais, e ao mesmo tempo.
A resposta me pegou de surpresa. Fiquei sem reação e até parei por um momento. Acho que ela percebeu e, arrependida, quase que imediatamente após, disse que não queria, que era brincadeira, que ela não sabia o que estava dizendo, que eu coloquei palavras em sua boca, enfim, "desdisse" o que havia dito. Nem quis terminar a transa, pois se fechou no banheiro, envergonhada, nem comigo falando que estava tudo bem: só saiu tempos depois quando eu mesmo já havia adormecido.
Mas aí já não importava, porque eu sabia que no fundo ela tinha uma curiosidade inata a sua condição de fêmea. Ela queria experimentar outro homem. Aliás, lembrei-me na hora de um ditado popular que diz “vinho e medo descobrem segredos”.
Nos dias que se seguiram senti que ela ficou um pouco arredia. Não queria transar nem conversar sobre a noite em que ela havia se revelado. Decidi dar um tempo para ela e passei a não procurá-la também.
Aproximadamente uma semana depois ela me procurou e pediu desculpas pelo que havia dito. Disse que não sabia o que havia dado nela e que o que dissera fora da boca para fora. Disse que não queria que nosso casamento acabasse e que se sentia culpada pelo episódio. Por fim, me pediu que a perdoasse e que estaria disposta a fazer qualquer coisa para consertar tudo.
Eu ouvi tudo com muita atenção e semblante sério. Assim que ela terminou, disparei:
- Tudo mesmo?
- Tudo mesmo! - ela me respondeu.
- Então eu quero que você realize seu desejo e transe com outro cara, mas com uma condição: eu quero assistir. Terá que ser na minha frente.
Ela ficou branca, muito mais do que já é naturalmente. Acredito que ela não esperava aquela resposta e condição. Ficou pensativa por um momento e disse:
- Você só pode estar louco! - ela me respondeu.
- Será!? - disse, nada dizendo.
- Tudo bem. Eu até faço. Mas só farei porque você quer. - ela complementou.
Então, eu expliquei para ela que estava brincando e que em sexo nada pode ser forçado. Deve ser desejado para que possa ser prazeroso. Expliquei também que não tinha ficado ofendido com o que ela me disse naquela noite e que só tinha ficado mais afastado dela naqueles dias porque ela própria havia se afastado depois daquela noite.
Como já havíamos começado uma "DR", resolvi tomar coragem e falar o que achava de nosso relacionamento. De como havia esfriado e que eu já estava, há dias, procurando na internet idéias para esquentá-lo novamente. Falei de tudo que havia lido sobre "cuckold", "ménage à trois", "swing", etc.
Dessa vez, ela me ouviu atentamente. Não discordou, nem concordou com nada, mas disse que pensaria a respeito. Após a conversa um clima estranho mas gostoso surgiu entre a gente: parecia que estávamos novamente nos descobrindo. Nos beijamos e naquela noite tivemos uma transa deliciosamente romântica, como há tempos não tínhamos.
No outro dia, ela me indagou sobre o que havíamos conversado. Queria entender melhor aquelas novas modalidades de relacionamento que fugiam totalmente a nossa realidade. Perguntou-me qual a que me havia interessado e se eu realmente aceitaria vê-la transando com outros homens e se eu teria coragem de também participar. Por fim, perguntou-me se isso não poderia acabar com nosso casamento, pois ela entendia isso como uma traição aos votos que fizemos na igreja.
Respondi que por eu já ter tido outras parceiras e ela não, achava até justo que ela experimentasse, pelo menos uma vez, outro homem para saber como é. Serviria até para ela ter um parâmetro sobre nosso próprio desempenho e, se houvesse clima e se ela não se incomodasse, eu também participaria. Ainda brinquei dizendo que seria uma oportunidade para ela experimentar uma dupla penetração de verdade, sem o uso de "brinquedos".
Também lhe expliquei que não via nenhuma traição, pois seria a realização de uma fantasia consentida por mim e no meu ver só há traição quando se faz algo escondido do parceiro. Por fim, falei que não via risco disso abalar nosso casamento, porque eu só faria uma proposta como essa se realmente confiasse nela e a amasse de verdade.
Ela me ouviu atentamente e disse que precisava pensar a respeito, mas que me daria uma resposta.
Pedi que antes de responder, ela também procurasse na internet maiores informações sobre os assuntos, inclusive relatos de outros casais. Assim teria melhor compreensão e argumentos para decidir.
A vida seguiu e após umas semanas, ela mesma voltou a tocar no assunto. Disse que estava feliz e satisfeita comigo e que poderíamos esquentar nosso relacionamento juntos, sem a participação de terceiros. Eu perguntei como. Ela disse que não sabia como.
Ainda assim, ela me disse que se sentia insegura em colocar outra mulher no relacionamento, pois era muito ciumenta e não queria me dividir. Mas me perguntou como faríamos caso ela topasse minha fantasia de vê-la transando com outro: Quem seria esse outro? Um conhecido ou desconhecido? E como evitar o risco de DST's e mesmo o HIV?
Disse que se ela topasse, a única exigência que eu faria seria pelo uso de preservativo em todos os atos sexuais, seja no sexo oral, vaginal ou anal, justamente para evitar o risco de contaminação por doenças. Quanto à pessoa, deixaria que ela escolhesse para quem iria se entregar. Afinal, ela seria a "vítima", ou "beneficiária", sei lá, então era óbvio que deveria partir dela essa decisão. Inclusive, se ela quisesse, poderíamos contratar um garoto de programa para ela.
Ela me fitou nos olhos em silêncio por uns segundos e então me perguntou:
- E depois? Você ainda vai me amar no outro dia de manhã?
- No outro dia e cada vez mais nos outros que ainda virão. - respondi.
Ela me beijou e disse que toparia realizar minha fantasia. Confessou que a proposta a havia deixado curiosa desde que eu falei pela primeira vez e que até havia se pegado se tocando no banho pensando sobre. Até me disse que realmente naquela noite em que ela disse que queria dois ou até mais, ela não sabia o que havia acontecido, mas que poderia ser seu subconsciente se revelando.
Passamos a refletir como e com quem seria a melhor forma de realizarmos isso. Inicialmente, pensamos em um ex-namorado dela com quem chegou a ter uns "amassos" mais quentes, um safado que foi o mais longe possível nela antes de mim. Longe, mas nada demais também, porque só havia conseguido chupar seus seios e colocado sua mão em seu pau para receber uma punhetinha. Porém, ela o descartou, dizendo que ele não era de confiança e que poderia espalhar a estória para toda a cidade depois.
Partimos então para a idéia dela usar algum amigo mais íntimo, mas ela disse que não tinha nenhum de confiança, a não ser um muito próximo com quem ela não gostaria de tentar, justamente para não colocar em risco a amizade entre eles.
Quanto aos garotos de programa, ela disse que não conseguiria se entregar, pois achava muito impessoal.
Depois de muito pensar chegamos à conclusão que seria melhor deixar a coisa acontecer naturalmente, não importando com quem, mas apenas criando facilidades para a aproximação de um terceiro, que na verdade seria o seu “segundo”.
Assim começamos a sair mais sozinhos à noite e em finais de semana, bem como em realizar viagens curtas em cidades próximas. Devo admitir que isso, direta ou indireta, consciente ou inconscientemente, fez com que nossa relação melhorasse absurdamente: primeiro, porque ela começou a se cuidar mais e se produzir melhor para chamar a atenção de possíveis interessados e com isso chamava a minha própria atenção; segundo, porque nossas noites sempre terminavam em transas quentíssimas, fantasiando ou não a presença de um outro em nossa cama.
Não estávamos desistindo de realizar a fantasia, mas já começávamos a questionar se ela realmente seria necessária, porque tudo tinha melhorado. Talvez, seria necessário apenas aprimorar o que já vinha dando certo para nós. Já nem procurávamos um outro. Havíamos, talvez, encontrado o equilíbrio e isso nos bastava.