[...]
Ele visualizou a mensagem, mas não respondeu nada no momento. Melhor assim, ou aquilo iria viria uma verdadeira “DR” e eu não tinha nenhuma relação que valesse a pena discutir com ele. Eu continuava preocupada com o Mark, ele não entrava na sala. Daí me ocorreu que ele havia entrado pela porta de trás e ao me virar o vi lá, sentado sozinho, triste, cabisbaixo, olhando na minha direção, mas sem expressão alguma.
Juntei minhas coisas como consegui, jogando tudo na minha bolsa e fui em sua direção. Ele estava apático, não me viu levantar, me aproximar, nada. Só deu conta de que eu estava do seu lado, quando eu me sentei e segurei sua mão. Eu o encarava e não sabia o que falar, mas quando ele me perguntou se eu o estava traindo, eu soube que precisava fazer alguma coisa. Só não sabia o quê.
Um silêncio tomou conta de nós. Eu não sabia o que falar e ele não falava nada. Eu via dor em seus olhos e isso me doía mais que tudo. Tentando sair daquele lugar nenhum, e na esperança de não ter ouvido direito aquela dúvida, perguntei:
- O quê?
- Você está me traindo? - Ele insistiu.
- Mark… Pelo amor de Deus. Eu te amo!
- Responda minha pergunta. - Insistiu novamente.
- É claro que não! Eu nunca faria isso. Você me conhece.
- Será!? Será que eu te conheço mesmo?
- Mark, me escuta. - Pedi segurando a mão que ele tentava tirar de mim, mas eu afirmei minha vontade, ficando as unhas nele.
- Ai, Nanda! Minha mão, caramba. - Ele reclamou.
- Você vai me escutar. - Insisti, já brava e só então aliviando a pressão das minhas garras: - Olha nos meus olhos e escuta bem o que vou te falar: Eu… não tenho… nada… com o… Edinho! Nem com nenhum outro! Eu te amo! Eu menti pra você naquela vez, mas foi por medo ou insegurança, sei lá… Eu juro que não existe mais nada de nossa vida que você não saiba.
Ainda assim, eu via que ele estava a ponto de explodir. Havia uma raiva crescendo dentro dele e não acreditava que fosse só por aquela cena. Já estava com medo que ele pudesse ter um treco, ou um troço, um trem talvez, sei lá. Era óbvio que tinha mais alguma coisa que o incomodava, mas ele não parecia disposto a se abrir:
- O que está acontecendo? Não pode ter sido só aquela ceninha lá fora.
Ele me encarava bravo, mas de repente seu semblante mudou como se ele tivesse ligado o botão do “foda-se” e me pediu para soltar sua mão que ele iria me mostrar o que o incomodava. Soltei. Tirou então seu celular do bolso e acessou uma pasta de fotos, me mostrando algumas em que o Edinho aparecia abraçado a mim, mas as que me chocaram, e certamente a ele também, foram duas: uma em que eu entrava numa SUV vermelha, que eu sabia que era do Edinho, e outra dessa mesma SUV entrando num motel, coincidentemente no caminho entre a faculdade e o hotel em que eu estava hospedada.
Eu fiquei horrorizada! Devo ter ficado branca, minha pressão deve ter caído, porque minha visão ficou turva por um momento, mas eu decidi naquele momento que tinha que ser forte, porque era o meu casamento que estava em risco. Firmei minha visão e realmente era eu entrando naquele carro:
- Mor, isso foi numa quinta-feira. O tempo estava feio e ele me ofereceu uma carona. - Expliquei tentando me controlar: - Mas ele me levou direto para o meu hotel. Para não dizer que foi direto, nós passamos num drive-thru para comprar dois lanches, mas eu fiquei no hotel logo depois e ele foi embora. Eu não fui para o motel com ele.
O Mark respirava pesado, tentando não explodir comigo. Vi que ele tentava entender tanto quanto eu o que estava acontecendo, mas eu não parecia conseguir convencê-lo. Se não fosse por aquela mentira besta tempos atrás no rodeio, ele não duvidaria de mim, mas hoje eu tinha que também derrotar a maldita desconfiança que habitava em seu coração:
- Eu quero acreditar em você, Nanda, mas… - Ele se interrompeu para não me magoar com alguma palavra indevida.
- Foca comigo! Você é um estrategista, aliás, você é um dos caras mais inteligentes que eu já conheci. Eu vou te ajudar e a gente vai descobrir quem está armando isso. Só não se fecha pra mim. - Pedi, com os olhos cheios de lágrimas.
- Eu já tentei entender de todas as formas, Nanda. Eu não queria duvidar, mas… Porra!
- Você já tentou, mas sozinho. Nós dois, juntos, ainda não tentamos. Me deixa provar minha inocência. - Agora eu frisei bem: - Você é um advogado, sabe o valor que isso tem.
- Inocência não se prova. No direito, somos todos inocentes até prova em contrário. - Então me mostrou a foto do SUV entrando no motel: - E o problema é esse!
- Mark, eu não fiz isso! Eu nunca faria isso com você. Eu só menti uma vez para você no passado e me arrependo disso. Você me conhece melhor que ninguém. Não faz assim comigo.
Ele se apoiou no braço da cadeira, coçou o queixo por um momento e me perguntou:
- Que horas essa palestra vai terminar?
- Já está no final... - Respondi no automático ainda olhando aquelas fotos e me revoltei com ele: - E eu lá estou preocupada com a palestra, Mark! Tão querendo foder nossa vida e você tá pensando em palestra?
Ele pensou mais um pouco, se levantou para sair e eu o olhei preocupada que fosse me deixar, mas ele esticou a mão e me convidou para sairmos dali, juntos:
- Vamos embora daqui!
Quando eu estava me levantando, o último sinal soou e começou aquela verdadeira muvuca nos corredores de alunos tentando fugir da faculdade. Ele me olhou e esboçou um sorriso:
- Até sinto falta dessa bagunça…
Eu correspondi com um sorriso nervoso e agarrei seu braço. Ele não me rejeitou e ainda encostou sua cabeça na minha. Fiquei feliz com seu aparente voto de confiança e decidi que não iria desperdiçá-lo:
- Estou com fome! Tem algum restaurante, ou lanchonete perto daqui? - Me perguntou, em seguida.
- Tem o drive-thru. - Ele torceu o bico imediatamente para mim, pois odeia aqueles lanchinhos padronizados: - E tem alguns restaurantes, mas eu não conheço nenhum.
- Restaurante não, mas motel, né!?... - Insinuou sem me olhar.
- Mark!? - O repreendi chateada e ele começou a sorrir, dizendo ser brincadeira: - Brincadeira muito sem graça! Péssimo momento, não acha?
- É mesmo muito ruim, né!? - Respondeu, agora sério e me encarando, jogando na minha cara o que eu própria havia feito com ele.
- Tá bom! Já entendi… Desculpa por aquilo.
- Tá desculpada. Você tem todo o direito de brincar comigo. Eu acho que não estava num bom momento e agora você sabe o porquê. - Ele riu baixinho: - Mas não resisti. Me desculpa também.
Acabei rindo também. Minha risada acabou potencializando a dele e ficamos rindo como bobos um para o outro. Até que Sabrina veio em minha direção, sorridente, alheia aos problemas que enfrentávamos:
- Nanda, vamos jantar? - Nos convidou, olhando para o Mark.
- Ah, Mark, essa é a Sabrina, namorada do Rubens, aquele que…
- Aquele que me passou o trote sem graça! - A interrompi, fazendo ela ruborizar.
- É… Já te pedi desculpas.
- E eu já as dei. - Me respondeu e se voltou para a Sabrina: - É um prazer, Sabrina.
- O prazer é meu. - Sabrina, respondeu e já emendou: - Espero que não tenha ficado muito chateado, Mark.
- Ficar, eu fiquei, mas já passou… - Ele disse.
- O Rubens já deve estar chegando e nós vamos sair para jantar. Vem com a gente? - Ela insistiu.
[...]
Sabrina insistia para acompanhá-los, mas eu, embora com fome, tentava convencê-la de que não seríamos uma boa companhia. Ficamos nessa lenga-lenga por algum tempo, aguardando a muvuca diminuir e nisso o tal Rubens, um mulato de quase um metro e noventa surge na porta traseira do auditório. Ela foi até ele para beijá-lo e ele teve que quase se curvar para alcançá-la. A diferença de altura entre ele e a Sabrina, se destacava de longe, mas como um antigo professor meu de química do colegial falava, no horizontal é que resolvemos nossas diferenças. Depois ela conversou algo com ele e ambos vieram até a gente:
- Prazer, Mark. Sou Rubens. - Rubens me esticou sua mão: - Desculpa por hoje mais cedo.
- Tomá no teu cu, Rubens! - Falei, surpreendendo a todos e fazendo Nanda quase ter um treco, mas já pegando a mão dele: - É um prazer, seu filho da mãe.
Ainda surpresos, eles me encaravam sem reação. Nós continuávamos presos no cumprimento, com Rubens me encarando. Não me aguentei e sorri, ele caiu numa risada gostosa e me puxou para um abraço:
- Filho da puta! Esse é dos meus! - Falou, gargalhando: - Vamô beber. Vamô tomar todas hoje!
Agora eu tinha ele também para convencer de que não seríamos uma boa companhia e não estava conseguindo:
- Mark, para com isso, meu! Vamos jantar, beber, dar risada. Talvez vocês estejam precisando justamente disso: se afastar dos problemas, esquecer um pouco para enxergar melhor. - Insistiu.
Nanda estava entregue a qualquer decisão que eu tomasse. Ainda assim perguntei e ela, como eu já esperava, disse que o que eu decidisse, estaria decidido. Como eu estava com fome, e ela provavelmente também, concordamos em sair com eles. No estacionamento, entretanto, Rubens faz uma nova proposta:
- Gente, e se fôssemos na Inner? Lá tem um cardápio legal de porções e a gente pode aproveitar para dançar. Vocês estão claramente precisando desestressar…
- Ah… Não tô com cabeça para Inner hoje, Mor. - Nanda resmungou para mim em alto e bom som.
- Rubens, não estamos no clima para isso. - Falei também.
- Gente, cês não vão fazer nada que não queiram. A Nanda me falou mais cedo que vocês sempre tiveram vontade, mas nunca deu certo. Então!? Hoje é o dia! - Insistiu.
Olhei para Nanda e ela balançava a cabeça negativamente. Eu também não estava afim, mas lembrando do conselho dele de agora há pouco, de nos afastarmos de nossos problemas, aquela poderia ser uma boa ideia:
- Vamos, Nanda!? - Perguntei e ela me olhou surpresa: - Acho que a gente está precisando desestressar mesmo.
- Mas eu nem tô vestida pra isso. - Respondeu, dando a entender que até poderia topar.
- A gente vai para o hotel, eu deixo o carro no estacionamento, você se arruma e depois vamos de Uber para a Inner. - Propus.
Ela me olhava desconfiada e insisti:
- Eu estou te convidando, numa boa, sem neuras. Quero ir com você. E, como sei que você gosta de dançar, lá é um bom lugar.
- Tem certeza?
- Vamos, vai. O que a gente tem a perder?
- Então, a gente faz diferente: vocês vão, pegam um Uber e passam no meu prédio para pegar a gente. Assim, chegamos juntos lá. - Propôs Rubens.
- Se não estiver afim, a gente não vai, Nanda. - Falei: - Mas se quiser, é uma chance da gente aproveitar.
- Eu nem sei se tenho roupa pra isso… - Ela respondeu.
- Deixa disso, Nanda. Você pode usar qualquer roupa, um vestidinho, saia, blusa, o que você quiser. - Falou Sabrina agora: - Eu já fui até de macaquinho, mas não aconselho, porque se você quiser brincar, mesmo que uma coisinha mais leve, tem que praticamente ficar pelada. Foi uma bosta!
Rubens riu nesse momento, dando a entender que concordava com ela. Nanda, enfim, concordou e saímos cada qual em um carro. Fomos para o hotel e, acertada minha situação na recepção, onde tive que provar ser marido da minha esposa e ainda pagar um extra pela pernoite, fomos para seu quarto. Ela foi tomar uma ducha rápida e eu fui fuçar em suas roupas para sugerir uma opção: havia apenas lingeries comportadas para o dia a dia, dois vestidos não muito curtos, uma saia longa, calças jeans, algumas blusinhas igualmente normais, sandálias rasteiras, de salto médio e uma Anabela completavam sua mala.
Comecei a me culpar por ter duvidado dela. Embora não tenha sido essa a intenção, sua mala realmente não condizia com alguém que pudesse estar tendo um caso. Ela não parecia preocupada em impressionar alguém. Realmente ela não estava preparada para uma noitada com estilo, mas um vestido azul, de frente única, pouco acima do joelhos, poderia vir a calhar. Quando saiu do banho, mostrei minha sugestão e ela concordou, mas começou a reclamar não ter levado nenhuma lingerie para usar:
- Vá sem! - Falei.
- Pelada!?
- Você vai estar de vestido e, por ser frente única, acredito que já não usaria soutien. Então, ir sem calcinha não parece nada demais… - Expliquei.
- Nem trouxe meia calça…
- Grande coisa! Vai sem também…
Ela colocou o vestido e, como eu já esperava, lhe caiu bem. Experimentou a sandália Anabela, mas acabou optando pela outra de meio salto preta. Fez um penteado preso, passou uma maquiagem e um batom mais vibrante, e se culpou por não ter levado nenhuma joia. Ainda assim, estava linda:
- Tem certeza que quer ir comigo? - Me perguntou.
Peguei meu celular e procurei um nome qualquer na minha lista de contatos. Fingi discar e esperar que me atendesse. Ela me olhou curiosa:
- Estou ligando pra Denise. Talvez ela queira ir no seu lugar… - Respondi, sorrindo.
- Filho da mãe! - Disse, vindo me beliscar e acabamos nos beijando.
- Desculpa. - Falei.
- Por essa brincadeira!? Besteira, Mor.
- Não. Desculpa por ter duvidado de você. Eu não tinha esse direito.
Ela me olhou com uma ternura que, aí sim, me cortou o coração. Acabamos nos beijando novamente e não fosse o adiantado da hora, teríamos aproveitado uma noite de amor daquelas. Acabamos nos recompondo e ela foi retocar o batom. Pedimos um Uber e, cinco minutos depois, estávamos a caminho do apartamento do Rubens, em que chegamos em não mais que quinze. Sabrina estava muito bonita, com um vestido vermelho e um batom “vermelho biscate” que contrastavam ainda mais com seus cabelos ruivos. Pulei para o banco de trás, com a Nanda e Rubens quis protestar por ter que ir na frente:
- Sou visita! - Falei, rindo: - E você me deve pela sacanagem de hoje.
Sabrina riu, se sentou ao meu lado, abraçando meu braço também e disse:
- Verdade! Hoje ele pode…
Nanda, quieta até então, começou a interagir com ela. Primeiramente, brincando que ela já estava querendo abusar de mim, depois dizendo que poderia exigir direitos iguais, olhando para o Rubens que pegou no ar e comemorou. O motorista perguntou então para onde queríamos ser levados e Rubens deu o destino. Notei o sorriso malicioso na cara do motorista. Mais quinze minutos e chegávamos ao Inner Clube.
Descemos e ficou impossível não notar a diferença de altura entre nosso casal de amigos. Eu e Nanda temos uma altura próxima, praticamente anulada pelo sapato que ela calçava. Neles a diferença era gritante ao ponto de exigirem documento dela para provar ser maior de idade. Rubens ria a todo o momento, pedindo para chamar o “Conselho Tutelar” para sua namorada. Nós já estávamos mais tranquilos e pouco depois entrávamos no ambiente. Por ser nossa primeira vez e como sei que é costume de casas desse tipo, pedi para um funcionário fazer um tour com a gente. Rubens e Sabrina foram arrumar uma mesa, dizendo para não nos perdermos.
A casa é imensa e possui diversas temáticas para satisfazer as mais variadas fantasias. Não vou especificar tudo o que há lá dentro, mas para um casal disposto a experimentar, é um verdadeiro parque de diversões sexual. Numa das cabines de “Glory Hole”, entrei com a Nanda só por curiosidade mesmo e logo um pau entrou quente por um dos buracos, fazendo com que ela pulasse, dando um gritinho de surpresa. Saímos rindo e o funcionário esboçou um sorriso. Ao final, voltamos para o “salão social” e, depois de um tempo, encontramos nossos amigos que já estavam acomodados numa mesa com uma garrafa de whisky, refrigerante e um balde de gelo:
- Pensei que não fossem voltar mais. - Falou Rubens.
- Nanda andou tropeçando num pau no meio do caminho. - Respondi.
- Tropecei nada! Ele que foi entrando de abusado naquele buraquinho… - Ela retrucou.
- Mas já no buraquinho, Nanda!? - Disse Sabrina, caindo numa gostosa gargalhada em seguida.
Rimos enquanto nos sentávamos e Rubens já veio nos servir. Whisky com gelo para mim e com gelo e refrigerante para Nanda. Voltamos a papear diversos assuntos e começamos a reparar no ambiente e no movimento que era bom e aumentava cada vez mais. Alguns casais transitavam pelas mesas: maduros, jovens, mistos, gordos, em forma, magros. Havia para todos os gostos. Nós nos permitimos, mesmo que por um momento, esquecer de nossos problemas e passamos a aproveitar a noite. Não foram poucas as vezes em que fomos cumprimentados por verdadeiros estranhos, mas essa é a dinâmica do lugar: pessoas procurando conhecer pessoas!
Depois de um tempo, Sabrina disse precisar ir ao banheiro, convidando Nanda que aceitou e lá se foram, uma morenona e uma ruivinha. Rubens se sentou mais próximo de mim para conversarmos melhor:
- Cara, espero que não haja ressentimentos. - Começou.
- Fica tranquilo! A ideia não foi sua e, de qualquer forma, eu já a desculpei também.
- Cês sabem que não são obrigados a nada aqui, né?
- Sim. Já frequentamos outras baladas como essa e estamos meio por dentro das regras.
- Beleza! E vocês pensam em fazer alguma coisa? - Tomou uma golada em seu copo: - Tipo, sei lá, uma troca de casal?
- Rubens, hoje eu não te garanto nada, mas se rolar um clima, quem sabe. - Agora eu o encarei: - Já tá dando em cima da minha mulher, maluco!?
- Não! Claro que não. - E agora sorrindo maliciosamente: - Mas se ela der corda e você concordar, também não fujo da raia.
Ri da brincadeira dele, mas é claro que também entendi a sutileza de suas palavras. Havia um fundo de verdade e ele quis deixar isso bem claro. Continuamos a conversar e agora comentávamos sobre uma loira descomunal que praticamente engolia seu parceiro num beijo, algumas mesas à frente. Acho que estávamos tão vidrados que nem nos tocamos quando eles pararam de se beijar e ela nos fez um “tchauzinho”:
- Foi pra mim! - Já falei.
- Pra você, o caralho! Foi pro negão aqui. Loirinha curte um negão. - Falou e gargalhou, mandando um beijo para ela e batendo no peito, todo cheio de si.
Nisso, ele até podia ter razão. Eu já tinha ouvido o mesmo. Só que ele caiu do cavalo, pois ela recebeu o beijo, mas apontou para nós dois. A safada queria uma suruba. Começamos a rir e logo as meninas voltaram, gargalhando:
- O que foi? - Perguntei para elas.
Nanda se sentou do meu lado e ainda apoiado em meu ombro, chorava de tanto rir. Sabrina deitou na mesa e estava roxa, praticamente sem ar, de tanto gargalhar. Depois de um tempo, elas se acalmaram:
- Ainda bem que eu já tinha ido ao banheiro, senão me mijava ali mesmo. - Nanda já começou.
- Eu não saio mais com ela, Rubens! - Rebateu Sabrina ainda rindo.
- Cês vão falar, ou como é que é? - Rubens agora também perguntou.
- Então… A gente estava indo para o banheiro e dois carinhas chegaram na gente. - Começou a Sabrina: - Meio molecotes ainda. Um deles chegou perguntando quanto era a hora, porque não acreditou que eu fosse comprometida e a Nanda praticamente esfregou a aliança na cara dele. Eles ficaram sem jeito e já foram saindo, porque viram que não iria rolar nada. Daí um senhor que estava perto, não sei se ouviu ou não, ou se não entendeu, se aproximou e disse que pagaria o triplo do valor, se ela fosse mesmo casada. Que era um fetiche dele, mas que o marido tinha que estar junto para ele humilhá-lo.
Eu ouvi e, na hora, já me lembrei do filho da mãe do Caio da praia, mas preferi não comentar nada com ninguém, nem mesmo com a Nanda para não quebrar aquele clima de descontração:
- E daí? E daí? - Perguntou Rubens.
- Daí Nanda se aproximou dele, com uma cara de vagabunda e uma voz sensual, e perguntou se ele tinha ideia de qual era o valor dela para ele fazer aquela proposta. - Sabrina começou a rir novamente: - Ele perguntou: “Qual? Fala morena. Eu cubro!” e ela soltou um quinhentos mil reais na cara dele.
- Foi! Aí essa bisca da tua namorada, Rubens, soltou a pérola da noite: “Por quinhentos mil reais, eu vou de brinde.” e caiu numa gargalhada tão gostosa, que eu acabei rindo também e quase caímos na porta do banheiro. - Nanda completou.
Eu até ri da historinha, mas sinceramente não vi tanta graça assim. Talvez lá tivesse sido diferente, mas ali não tinha nada demais. Pessoalmente, acredito que elas estivessem mais bêbadas do que aparentavam e viram na brincadeira algo que eu não enxerguei:
- E olha… - Nanda mostrou um cartão com a mão: - Ele disse que pagava, mas se fosse por um final de semana inteiro, com as duas.
- Compra pomadinha pra mim Rubão, porque se a Nanda topar, eu volto assada, mas montada na grana. - Sabrina ria como uma louca.
Rubens não curtiu a última parte da piada, obviamente. Parou de rir e somente ficou sorrindo, meio que constrangido. Peguei o cartão da mão da Nanda e só tinha um nome “Paulo” e um telefone celular, que mostrei para o Rubens, mas como eu, não significava nada. Devolvi para Nanda e ela simplesmente o jogou em cima da mesa. Depois, ela vendo que nós não ríamos com a mesma intensidade delas, também se acalmou, e, me encarando, perguntou:
- Fiz algo de errado?
- Não. Não vejo nada demais. Agora se estiver pensando em tocar essa história para a frente…
- Lógico que não, né, Mor! Imagina… - Me interrompeu, falando séria, e já retrucou: - Se bem que esse dinheiro daria pra gente fazer tanta coisa…
- Dava, né… - Respondi contrariado e ela caiu na gargalhada.
- Meu ciumento, bobo! - Disse e me beijou, o que correspondi, pois sabia ser uma brincadeira dela.
- Vamos dançar! - Disse, já me puxando pelas mãos.
Olhei para o lado e Sabrina estava sentada no colo do Rubens e o beijava com vontade. Nem os incomodei e fui com a Nanda para o meio da pista. Tocava uma música eletrônica e ficamos nos chacoalhando no meio daqueles “tuti-tuti-tuti” por algum tempo. Daí o louco do DJ mudou para um “rock universitário” sem qualquer aviso. Alguns vaiaram, outros aplaudiram e ele manteve o repertório. Dançamos mais um pouco e acabamos nos beijando novamente. Logo, um casal com uma morena tão alta quando a Nanda se aproximou de nós e ela perguntou se queríamos “trocar”. Nem sei se a proposta foi para swing ou apenas troca de parceiros na dança, porque Nanda já foi agradecendo e dispensando o casal. Olhei para o casal se afastando e fiz um biquinho lamentando para Nanda:
- O que foi? Quer, eu vou lá e trago aquela safada de volta. - Falou, simulando estar brava: - Aproveito e já dou um chá de boceta naquele carinha que ele nunca mais vai levantar da cama…
- Hummm! Que ideia tentadora… - Respondi em seu ouvido.
- Filho da puta! - Xingou e tentou se livrar de mim.
Se eu não conhecesse ela e as brincadeiras que faz em situações como aquela, diria que ela estava realmente brava, mas ali era só charminho. Então, continuei:
- Adorei a ideia do chá de boceta. Vou querer uma dose dupla, doutora!
- Depois eu te dou uma ou duas doses bem caprichadas. - Falou já me abraçando forte e rindo: - E sem moderação…
Ficamos dançando mais um pouco e depois resolvi contar para ela sobre a insinuação do Rubens. Ela me olhou e não parecia surpresa, afinal, quem frequente um clube de swing, no mínimo deve estar preparado para ouvir uma proposta daquela:
- Ah, Mor, eu não estou afim hoje, não. - Falou, meio que constrangida.
- Sem problemas. Vamos curtir só a gente, então. - Respondi e a beijei forte, fazendo ela amolecer em meus braços: - Só não acho certo deixá-lo na esperança de rolar algo.
- Depois eu falo com a Sabrina.
Dançamos mais um pouco e decidimos voltar para a mesa. Antes de chegarmos, vimos que eles já haviam engatado uma conversa com outro casal e o assunto parecia ser legal, porque eles estavam bem entrosados. Vendo nossa aproximação, Rubens já se levantou e nos apresentou a Marquinhos (maldito nome!) e Isa. Eles se levantaram e vieram nos cumprimentar: ele bastante cordial, mas contido; ela lascou um selinho na minha boca e outro mais caprichado ainda na da Nanda. Acredito que tenhamos ruborizado, porque Rubens começou a caçoar da gente. Como estávamos numa mesa para quatro, não haveria lugar para todos. O jeito foi improvisar: Nanda sentou em meu colo e Sabrina no do Rubens. Nosso novo casal, para não ficar para trás, também fez o mesmo.
Ficamos papeando e o assunto logo partiu para sexo. Sabrina, apesar do pouco tamanho, demonstrava ser uma baita duma safada. Parecia aqueles frascos de perfumes francês, pequenos e concentrados. Quando a conversa chegou num nível de trocarem confidências bastante mais íntimas e invasivas, senti Nanda dando um pulinho e me olhando. Quase imediatamente senti uma perna roçando na minha e compreendi que Isa parecia disposta a partir para um embate mais físico com a gente. Como Nanda já havia “fechado a porteira” para o casal anterior, tão ou senão mais bonito que eles, a deixei à vontade para negar novamente:
- Vamos dar uma volta? - Me perguntou e concordei.
Avisamos todos na mesa que, a princípio, lamentaram, mas Rubens logo foi falando para eles que era nossa primeira vez e estávamos curiosos para conhecer um pouco de tudo. Não sei se ele disse isso para despistar, sabendo que ainda não estávamos bem de fato, mas de qualquer forma confirmamos. Saímos andando pelos ambientes e, naquela altura, a ferveção já corria solta. Não havia mais cabines disponíveis. Todas estavam ocupadas por um ou mais casais. Numa delas, uma loira estava ajoelhada e se esbaldava com três caras num oral alucinado. Nanda, safada de carteirinha, olhou aquilo horrorizada, com a mão na boca:
- Podia ser você. - Falei, brincando e ela mordeu o lábio inferior, mas não me convenceu, pois riu em seguida.
Continuamos nossa via sacra e chegamos em um quarto com uma imensa cama e várias pessoas em cima numa suruba. O legal dessa parte foi ver o pau de um cara ser desfrutado por três mulheres. O cara era “o cara”, eu nunca tinha visto um pau daquele tamanho e Nanda ficou de boca aberta quando o viu, hipnotizada. Como estávamos próximos à cama, uma das mulheres nos notou e nos convidou para entrar na brincadeira, mas não respondemos nada. Ela então, observando como a Nanda olhava para o pau do cara, veio até nós, pedindo licença, e a puxou até a cama, pedindo licença também para as outras para a novata experimentar, e colocou sua mão no pau do cara. Nanda arregalou ainda mais os olhos quando segurou aquele mastro, mas logo o soltou e voltou correndo para mim. Elas riram dela e continuamos nosso passeio:
- É um jegue usando roupa de homem! Aquilo não cabe dentro, não… - Ela me falou, rindo: - Nem com um litro de vaselina.
- Olha a baba escorrendo no canto da boca, cachorra louca! - Disse e passei minha mão pelo seu queixo, fazendo-a gargalhar agora.
O labirinto ela não curtiu muito, porque acabou soltando minha mão e quase nos perdemos um do outro. Saímos com a mesma pressa que entramos. Ainda havia outros lugares para conhecermos, mas decidimos voltar para a mesa, beber e descansar um pouco.
Chegamos e estranhamos porque os casais estavam trocados. Sabrina estava sentada no colo do Marquinhos e Isa no do Rubens. Me sentei e antes que Nanda se sentasse em meu colo, Isa protestou:
- Não! Pode parar. Troca!
- Oi!? - Perguntou Nanda sem entender.
- Estamos brincando de troca-troca de colo aqui na mesa. - Piscou para ela: - Você não vai ser a chata da vez, né, Fernanda?
Nanda me olhou e dei de ombros. Então, Marquinhos e Rubens passaram a questionar quem seria agraciado com a bunda de minha mulher. Vendo que não chegariam a um acordo, Isa determinou que as mulheres decidiriam e acabou Nanda com Rubens, Isa comigo e Sabrina continuou com Marquinhos. Ficamos assim um tempinho, mas logo Isa passou um dos braços por meu pescoço e praticamente enfiou os peitões siliconados em minha cara. Eu olhava sorrindo para Nanda que fazia aquela carinha inconformada que eu conheço bem. Conversávamos e nos divertíamos à beça. Isa também era uma safada de carteirinha. Vez ou outra rebolava sua bunda sobre meu pau que, a essa altura, já dava sinais de vida e descaradamente esfregava seus seios em meu rosto. Seu marido curtia a Sabrina, aninhada em seu colo, e Rubens bolinava de leve a Nanda, que correspondia educadamente, mas aparentemente sem muita vontade de intensificar os toques.
Depois de um tempo, Sabrina propôs de trocarem os colos, mas antes que decidissem algo, o DJ avisou que as apresentações de strippers iriam começar. Isa propôs mantermos os parceiros, mas Nanda não concordou e veio me pegar. Isa ainda quis resmungar, mas eu concordei com a Nanda porque era o nosso combinado: se um não queria, os dois não fariam! Voltamos aos casais originários e fomos assistir as apresentações.
Logo, uma bela stripper feminina, uma loira alta e com o corpo trabalhado em academia subiu num palco com “pole dance” e começou uma dança sensual. Nanda a encarava ávida, curiosa porque sempre teve vontade de aprender a dançar num “pole dance”, mas em nossa cidade ninguém ensinava tal modalidade. Após sua performance, que terminou em uma minúscula calcinha, foi a vez de um stripper masculino subir ao palco. De cara, reconhecemos o pauzudo do quarto coletivo. Ele fez toda sua evolução e, ao final, vestido somente com uma sunguinha que mal segurava seu pau, veio para a plateia procurar uma mulher para auxiliá-lo na próxima parte de sua apresentação. Circulou duas vezes em volta do palco e a escolhida: Nanda! Não sei se ele a reconheceu do quarto, mas veio dançando todo sensual e a convidou, pegando sua mão e me pedindo permissão:
- Se ela quiser, quem sou eu para negar. - Falei e ela me olhou, sorrindo timidamente.
- Não! Não vou. Seu show vai ser curtinho. Estou só de vestido, sem nada por baixo. - Ela rebateu.
- Relaxa, morena! Vai ser legal… - Ele insistia.
Sabrina e Isa começaram a dar um falso “apoio moral” para que ela fosse, mas ela não queria me largar. Elas começaram a falar: “Nanda! Nanda! Nanda!” e logo um coro era ouvido próximo ao palco. Então, falei que se ela quisesse ir, estaria tudo bem, se não, estaria tudo bem também. O stripper pediu uma salva de palmas e ela, que já estava tímida, ficou roxa. Me encarou mais uma vez e eu reafirmei o que havia dito antes, tranquilizando-a. Então, ela se voltou para o stripper e impôs:
- Só uma dança, ok!? Nada de sexo e eu posso parar quando eu quiser, certo!?
- Só vamos brincar, coração! Vem comigo. - Ele retrucou e a conduziu pela mão ao palco.
[...]
E lá ia eu para o palco fazer não sei o quê, com o senhor mister “tora-tora”. No palco, o DJ soltou uma música sensual e ele começou a evoluir ao meu redor, dançando, se insinuando e eu, que gosto tanto de dançar, estava travada. Olhei para o Mark e vi um sorriso dos bons tempos em seu rosto e isso ajudou a me soltar um pouco. Comecei a me balançar suavemente e logo ele pegou minha duas mãos e as envolveu em seu pescoço, se esfregando cada vez mais acintosamente em mim. Começou a cheirar meu pescoço e um arrepio gostoso percorreu minha coluna. Devo ter gemido porque ele logo me encarou e vi malícia em seu rosto. Ele então me virou de costas para ele e colocou minhas mãos no pau, digo, no “pole dance”, passando então a se esfregar em mim por trás. Nesse esfregar, meu vestido começou a subir e logo me senti com a bunda descoberta. Puxei meu vestido para baixo e ele voltou a colocar minhas mãos no “pole dance”, agora segurando-as com sua mão enquanto voltava a esfregar seu corpo em mim e sua mão por meus seios:
- Relaxa, morena. Vamos dar um show que o seu maridinho corno nunca irá esquecer… - Me falou ao ouvido.
- Não fala dele assim! - Praticamente gritei, o empurrei para trás e falei, naturalmente gesticulando muito: - Você não tem direito algum de falar isso dele. Ele é meu marido, meu homem e você não é nada perto dele.
Ia descendo do palco, mas ele me segurou pela mão e me girou de volta a ele, pedindo mil desculpas pelo exagero, dizendo que realmente não tinha aquele direito e que se equivocou sobre nosso relacionamento. Ainda meio brava, acabei aceitando e deixei que voltasse a me envolver na dança. Acredito que a plateia tenha entendido como parte do show, sei lá:
- Então, corrigindo: vamos dar um show para marcar a história da Inner. - Falou ao meu ouvido.
- Sem sexo! - Insisti.
- Fica tranquila.
Voltou a me colocar naquela posição no “pole dance” e passou a se esfregar em meu corpo novamente. Logo, senti meu vestido subir novamente e voltei a puxá-lo para baixo. Agora ele me pediu ao pé do ouvido:
- Posso tirar sua roupa? Só para mostrar sua lingerie para a plateia.
- Eu estou só de vestido, sem calcinha, sem soutien, sem nada! - Expliquei: - Se você tirá-lo, fico pelada.
- Deixa vai!? Você vai ser a mulher mais desejada da noite. Te garanto.
- Pede pro meu marido. Se ele deixar, eu deixo. - Falei.
- Continua dançando aqui que eu já volto. - Disse e se foi.
Me virei e fiquei de frente para o Mark e vi que ele havia ido mesmo em sua direção. Eu me esfregava no “pole dance”, dançando sensualmente e olhava para eles conversando. Vi que o Rubens, Sabrina e os demais ficaram eufóricos com algo e o Mark me encarou por um instante. Não sei o que ele pensava, mas eu já estava ficando excitada com tudo aquilo e devo ter transparecido isso no rosto, pois logo ele me devolveu um sorriso malicioso e disse algo para o stripper, que voltou se esgueirando todo eufórico para cima de mim, me prensando de frente no “pole dance”:
- Ele disse que você está “liberada” e você entenderia o que isso significa. - Falou com uma voz rouca em meu ouvido: - Mas me disse que se eu forçar alguma coisa, ele corta o meu pau e me bate com ele na cara.
Não me aguentei e ri gostoso com aquele comentário. Era realmente coisa do Mark dos bons tempos: a típica piada inteligente que ele faria! Ele voltou a se esfregar em mim, cheirando meu pescoço, dando um beijinho vez ou outra e eu me arrepiava toda. Já sentia minha xaninha molhada nesse momento. Esperava mesmo que o Mark estivesse curtindo tudo, porque ele teria que dar conta de mim depois e hoje eu iria acabar com ele na cama. O stripper voltou a levantar meu vestido e eu já me sentia praticamente nua:
- Não faça isso! Eu tô pelada. Todo mundo vai ver. - Pedi novamente para ele.
- Fica tranquila. Vou usar meu corpo para te esconder. Quero deixar todo mundo curioso, mas na vontade. - Ele me disse.
Acabei deixando me levar e logo senti ele desabotoando a gargantilha de meu vestido, desnudando parcialmente meus seios. Ele já havia levantado a barra dele, mas, aparentemente experiente em despir uma mulher, entendeu que ele também sairia por baixo e o deixou escorregar aos meus pés. Quem nos assistia, via meu corpo nu de perfil, com a frente protegida pelo corpo do stripper e minha bunda pelo “pole dance”. Olhei para o Mark e ele me comia pelos olhos. Adorei! Me arrepiei só de imaginar o que estaria se passando por sua cabeça e, aparentemente, o stripper pensou que fosse com ele.
De repente, me dei conta de algo cutucando minha barriga. Dei um jeito de olhar para baixo e vi que seu pau já escapava pelo elástico de sua sunguinha. Aliás, mais da metade já havia escapado e ele estava praticamente se masturbando em meu corpo. Instintivamente, meu corpo se esgueirava pelo dele e ele se desmanchava num gostoso e malicioso sorriso. Pouco depois, ele me virou de frente para o “pole dance” e voltou a se esfregar ainda mais forte enquanto eu rebolava sutilmente em seu pau, desnudando-o ainda mais no rego da minha bunda. Chegou a se afastar e batê-lo em minha bunda, mas nessa hora, apesar de tentada, preferi não olhar para o Mark. Decidi aproveitar e o fiz por pouco tempo, pois, logo depois, comecei a ficar confusa e fiz menção de me desvencilhar dele, mas ele me segurou forte e firme, dando uma nova cheirada em meu pescoço e me arrepiei toda novamente:
- Deita, gata! - Mandou e eu instintivamente obedeci, ficando com a barriga para cima.
Cobri meus seios naquele momento e ele se sentou sobre minha púbis, sempre se esfregando. Seu pau passava do meu umbigo! “Impossível isso caber dentro de alguém!”, pensei comigo mesma. Estranhei sua posição, mas deixei seguir. Ele então pegou minhas mãos e as colocou, juntas, acima de minha cabeça, escondendo meus seios, como pode com seu próprio corpo. Passou então a simular um “papai-mamãe” comigo: primeiro, com minhas pernas fechadas, esfregando seu pau em minha barriga e umbigo, e depois o introduzindo por baixo de minha xereca, bem no “Y” entre ela e minhas pernas, fazendo eu sentir toda sua potência em meu clítoris. Gemi alto e ele sorriu mais ainda. Depois de um tempo, abriu minhas pernas e passou a esfregar toda a extensão de seu pau, aliado a seu peso corporal, em meu clítoris. Nessa hora não aguentei e gemi ainda mais alto, rebolando meu quadril em seu pau:
- Para! Assim não aguento… - Lembro de ter resmungado, entre os gemidos.
Sempre sorrindo, me soltou e se esgueirou até meus pés. Voltou então me lambendo dos pés até a parte interna de minhas coxas. Eu mordia o dedo de minha mão, tentando segurar meus gemidos e, sem esperar, ele enfiou a boca na minha xereca, me fazendo encolher e, instintivamente, abraçar sua cabeça com minhas pernas. O miserável parou bem na hora que eu estava quase gozando e subiu novamente, voltando a esfregar seu pau em meu clítoris:
- Meu Deus, para! - Pedi, quase chorando.
- Você é muito gostosa, gata. Só relaxa!
Aumentou então a velocidade de seus movimentos e não aguentei, gozando aos berros, tremendo, gemendo, gritando e enfiando minhas unhas em suas costas sem dó, nem piedade. Ele voltou a se sentar sobre minha púbis, rebolando, enquanto eu ainda tentava controlar minha respiração, com os braços cobrindo meus olhos. Uma vergonha sem tamanha me abateu na hora: eu havia gozado na frente de não sei quantas pessoas e nas mãos de um cara que eu nem sabia o nome! Busquei meu marido com os olhos e quando o encontrei, Mark estava com uma mão sobre a boca, atônito. Gelei e já pensei que tinha feito merda novamente. Então, ele sorriu maliciosamente e me fez uma expressão de surpresa com aquele gozo. Acabei relaxando um pouco. O stripper não parava de se esfregar em mim e quando o olhei, ele se deitou novamente sobre mim:
- Pronta? - Me perguntou.
- Pelo amor de Deus! Ainda não acabou!?
Ele sorriu e me virou de bruços. Senti sua cabeça passear pelo meu cu e logo se encaixando na entrada da minha grutinha. “Travei” as bandas de minha bunda e ele entendeu o recado, recuando. Passou a esfregar forte o pau no rego de minha bunda. Acho que ele estava se masturbando na verdade! Pouco depois ele me juntou pelos cabelos e foi me puxando para trás, até me colocar de quatro e passou a esfregar seu pau em minha bunda. Nessa posição, eu conseguia ver bem o Mark e o encarei de boca aberta, excitada com tudo o que estava acontecendo. O safado do stripper passou a esfregar a cabeça daquela jeba em meu clítoris me fazendo gemer outra vez, mas quando senti sua cabeça forçar a entrada em mim, me encolhi e ele recuou. Durante todo esse tempo, ele simulava estar me dando tapas na bunda e chocava seu corpo no meu, como se estivesse me comendo. Numa hora que ele encaixou seu pau no rego da minha bunda, decidi ser mais ativa e dei uma rebolada selvagem em seu pau, com duas bundadas fortes para trás, fazendo-o soltar meu cabelo e recuar, surpreso e sorridente. O olhei por cima de meu ombro e sorri de volta. Ele veio para cima de mim e se deitou sobre meu corpo, prensando-me no chão com seu pau sobre minha bunda. Então, com minha cabeça meio virada para a esquerda, enfiou sua língua em minha boca, que acabei chupando por instinto. Pouco depois, ainda se esfregando em mim, me perguntou:
- Não é praxe nas apresentações, mas posso gozar sobre sua bunda? Depois te levo para tomar um banho nos camarins.
- Isso vai dar problema…
- Seu marido?
- Não sei!
- Eu converso com ele. Eu explico, te garanto. Só não corta meu clima… - Insistiu, quase implorando.
Não disse nada e comecei a rebolar suavemente sob ele e ele entendeu como um sim, acelerando seus movimentos. Pouco tempo deles, ele se levantou e, por sobre os ombros, vi que batia uma punheta rápida para gritar logo depois, jorrando uma boa quantidade de porra sobre minha bunda e parte das costas. Ele se sentou pouco abaixo de minha bunda e nela repousou seu pau. Passado aquele frenesi, aquele tesão do momento, me toquei que havia extrapolado novamente. Busquei o Mark e sua expressão não era exatamente de excitação. Ele não sorria mais como antes, nem havia malícia em seu rosto, apenas surpresa e, talvez, decepção!? Notei que algumas pessoas da plateia chegavam a encará-lo e ele parecia meio constrangido agora. O DJ anunciou alguma coisa relacionada a uma apresentação do século e o stripper se levantou, me levantando em seguida. Quis ir em direção ao Mark, mas o stripper me segurou:
- Vem, os camarins são para cá. - Falou.
- O meu marido… - Falei, aflita, querendo ir ao seu encontro.
- Você está suada, gozada… Vem tomar um banho! - Ele insistiu: - Depois a gente busca ele para você.
Olhei para o Mark e ele me encarava, mas nessa hora, não consegui decifrar seu semblante. Fiquei com um medo terrível de ter acabado de vez com meu casamento e, embora quisesse ir até ele, tive medo que ele me rejeitasse de vez. Acabei me deixando conduzir para o camarim e, numa última olhada para ele, vi que ele havia se virado e saía pela direção contrária a minha, enquanto nossos amigos o olhavam. Já nos camarins, fui recebida com uma salva de palmas, mas tive uma crise nervosa e comecei a chorar. Todos se assustaram com minha reação. O stripper não sabia o que fazer:
- O que você fez com ela, Anderson? - Uma loira alta e bonita, acho que a stripper anterior, lhe perguntou.
- Nada! Só fizemos uma evolução no palco e gozei nas costas dela - Tentava se justificar, nervoso: - Mas eu pedi antes e ela deixou, não deixou, morena?
Eu só chorava e consegui falar uma única coisa:
- Meu marido… Ele viu! - E desandei a chorar mais ainda.
- Ela estava acompanhada do marido e você faz isso com ela, seu animal! - Gritou a loira, ensandecida: - Alguém faz o favor de buscar o marido dessa mulher e me traz uma água com açúcar!
Logo, alguém chegou com um copo de água e eu tremia igual vara verde. Não queria bebê-lo com as lembranças de meu passado, mas a loira me empurrou aquele líquido goela abaixo. Nem rapadura era doce como aquela água:
- Gente, o que é isso!? - Perguntei depois de bebê-lo todo, com uma cara de poucos amigos e ainda chorando.
- Moça, fica calma. Já foram buscar seu marido… - Ela me falou.
Comecei a chorar novamente e o Anderson, o stripper, veio tentar me consolar:
- Fica tranquila, moça. Ele não vai te bater. Eu não vou deixar… - Disse como se isso pudesse me controlar.
- Ele nunca bateria em mim, seu filho da puta! - Respondi, agora gritando com ele: - Ele é meu marido, o melhor homem que já conheci na minha vida!
- Calma, moça! Ele vai entender… - A loira tentava me acalmar.
- Entender o quê? Era só pra ser uma dança, no máximo, eu ficaria pelada. Eu te falei que não queria sexo e você se masturbou em mim, seu desgraçado! - Continuava gritando com o Anderson.
Nessa hora, todas as mulheres fuzilaram o Anderson com os olhares e eu estava pouco me lixando para ele. A loira acabou se compadecendo de mim e pediu para outra moça ficar ao meu lado que ela iria tentar encontrar o meu marido também. Me perguntou o meu nome e o dele, saindo em seguida atrás do Mark que, agora, era a única pessoa que me importava.
[...]
Dançar com um stripper era algo que ela tinha vontade de fazer, já havia me confidenciado uma vez em outro clube de swing. Por isso, não vi mal algum dela realizar isso naquele momento. Uma dança sensual, algumas esfregadas que obviamente o cara iria fazer nela, talvez até ficar nua. Aliás, vi que ela o impediu de tirar seu vestido uma ou duas vezes e, sinceramente, não entendi o porquê: aquilo fazia parte do show. Me surpreendi quando, no meio da apresentação, o próprio stripper veio conversar comigo:
- Amigo, é um strip-tease, mas ela está receosa em me deixar tirar seu vestido. Falou que até toparia se você deixasse. Posso? - Me perguntou.
Rubens e a galera do meu lado, mais que imediatamente decidiram que sim, fazendo uma verdadeira algazarra ao meu redor. Naturalmente, ele os ignorou e ficou aguardando uma resposta minha. Olhei para Nanda e ela me encarava em dúvida sobre o que fazer, mas eu via a excitação estampada em seu rosto. Para quem permite que a esposa transe com outro, exibi-la não seria nada demais. Sorri para ela e encarei o stripper, tentando ser o mais claro possível:
- Ela está liberada, cara, e ela sabe bem o que isso significa, mas se você forçar alguma coisa ou abusar da minha mulher, corto o teu pau e dou uma surra na tua cara com ele! - Falei.
- Fica tranquilo, irmão! Garanto que ela vai curtir… - Falou, me dando um toque no ombro e voltando na direção dela.
Vi quando ele voltou a se esfregar nela, agora de uma forma ainda mais forte e decidida. Não demorou muito, levantou a parte de baixo de seu vestido e sua nudez já era visível, ocultada apenas parcialmente pelo corpo dele. Logo, seu vestido escorregava por suas pernas e agora ela estava ali, nua e exposta para quem quisesse vê-la. De onde eu estava, conseguia vê-la bem de perfil, mas qualquer um, com um pouco mais de atenção e sorte, veria também sua linda bunda, seios e até mesmo sua boceta.
Aquela dança esquentava cada vez mais. Aliás, não era apenas dança, era nítido que o cara estava se aproveitando para se masturbar no corpo da Nanda e isso ficou escancarado quando ele a virou de frente para o “pole dance” e passou a esfregar o pau nu e duro no rego da bunda da minha esposa, mais ainda quando ele se afastou e passou a batê-lo em sua bunda.
Logo depois eles se deitaram e pelo brilho dos refletores que passeavam por seu corpo, tive a impressão de ver sua boceta molhadinha, aliás, por conhecê-la eu sabia que estava. Passou a se esfregar nela, como que num “papai-mamãe” e a vi se retorcer com o contato de seu pau. Ele desceu até seus pés, os beijando e depois voltou lambendo-a inteira até sua boceta, cravando a boca com vontade nela. Ela encolheu e acredito que tenha gozado nessa hora. Depois subiu e se esfregou com mais vontade ainda, fazendo com que ela gozasse novamente. Ela então me encarou assustada consigo mesma e, apesar de eu também estar surpreso, e não exatamente esperando aquilo, acabei sorrindo para ela.
Depois ele a virou de bruços e voltou a se masturbar em sua bunda, levantando-a para deixá-la de quatro e passou a simular sexo com ela novamente. Após um tempo, se deitou novamente sobre ela e tive a impressão de terem se beijado e conversado algo. Voltou a se esfregar freneticamente nela e logo explodiu numa gozada sobre a bunda e costas da Nanda. Nessa hora, eu confesso, não me senti bem, porque nunca havia assistido isso em outras apresentações e acho que estava certo, por notei que várias pessoas começaram a me encarar. Em todas as outras vezes que fomos em casas de swing, nunca vimos um stripper gozar na participante e eu fiquei confuso com tudo aquilo. Constrangido, acho que essa é a palavra.
Depois que o DJ falou alguma coisa sobre uma apresentação do século, eles se levantaram do chão, agradecendo a plateia e vi que ela me encarava assustada. Eu não podia culpá-la, porque também estava. Decidi ir até ela, mas ela literalmente me deu as costas e, depois de um aparente beijo no pé da orelha de um sorridente stripper, saiu com ele para trás do palco. Fiquei estático, sem saber o que fazer. Meu grupo também estava em silêncio, quebrado somente pelo Rubens:
- Ela deve ter ido tomar uma ducha, cara. Já que ela volta. - Disse me dando dois tapinhas nos ombros.
- É… - Respondi para ele que parecia me olhar com pena.
Foram em direção à mesa, mas decidi ir ao banheiro antes. Na volta, fui direto ao bar, onde peguei um whisky puro. Me distrai olhando para o palco, onde uma equipe fazia uma rápida faxina:
- Que show, hein!? - Me perguntou o barman.
- Foi…
- Nunca vi uma apresentação dessas e, olha que já vi até sexo, mas essa mulher… - Passou um pano pelo balcão e continuou: - Coitado do marido dela!
- Coitado!?
- Claro! Essa mulher deve dar cada surra de boceta nele…
Entreguei um sorriso amarelo por ainda estar meio confuso. Logo, uma loira chegou no balcão para pedir alguma bebida e começou a conversar comigo:
- Você não é o marido daquela morena? - Me perguntou: - A do show…
- Sou. O grande felizardo…
- Mas é mesmo cara! Que mulher é aquela!? Eu fiquei molhada com ela e olha que nem curto bi! - Veio e me deu um selinho, mostrando uma mesa: - Se quiserem brincar mais tarde, estou sentada naquela mesa com meu marido. Traz ela pra gente conversar.
A encarei surpreso, mas agradeci o convite, não negando, nem aceitando. Fiquei ali pensando e logo dois casais se aproximaram e praticamente repetiram a mesma conversa e elogios. Eu olhei para o barman e ele sorriu como que confirmando a fama repentina de minha mulher. Logo, três carinhas se aproximaram e foram querendo saber qual seria no nosso “fetiche”, porque se fosse sexo grupal, eles estariam a disposição da minha esposa. Esses eu dispensei de cara! Pouco depois, vi que uma funcionária apareceu e conversou com as que faziam a faxina do palco e, vendo a plateia dispersa, levou o vestido da Nanda para dentro:
- Acho que o coitado do marido dela, sou eu! - Acabei resmungando para o barman.
- Já notei, cara. Parabéns para você! - Repetiu o sorriso e me deu outra dose caprichada “por conta da casa”.
Pouco depois, vi uma loira alta e bonita, vestida somente com um roupão chegar no palco e conversar com as demais funcionárias. Olhou em volta como que procurando algo, ou alguém e se dirigiu até o DJ. Conversou alguma coisa com ele e a música foi suspensa:
- Por favor, atenção! Mark, favor se dirigir à mesa do DJ. Fernanda está te chamando nos camarins. Mark, favor se dirigir à mesa do DJ. - Disse.
Estranhei aquilo e me dirigi até a mesa de som. Logo, a loira fixou seu olhar em mim e, vendo minha meu rumo e decisão em me aproximar, não teve dúvidas em me pegar e já puxar pelas mãos:
- Vem! Sua mulher precisa de você. - Disse.
- O que aconteceu? - Perguntei, já assustado.
- Ela só está chorando. Ficou nervosa, achando que você tivesse ficado bravo com ela pela apresentação. - Falou, já parando na sequência: - Não ficou, né?
- Acho que não… Só achei meio intenso demais e fora do normal, não foi!? - Respondi, perguntando.
- Eu sei. O Anderson exagerou… Mas conversa com ela e resolve numa boa. - Agora me encarando, perguntou: - Eles fizeram algo que você não tenha autorizado?
Dei de ombros porque, de onde eu estava, não tinha como ter certeza se eles haviam transado. Até acreditava que não porque ele estava sem camisinha, mas isso só a Nanda poderia me confirmar:
- Acho que não, mesmo porque ele estava sem camisinha. - Respondi a encarando também: - Espero que ela não tenha feito essa besteira, porque senão…
- Calma! Não estressa, não. Se você não sabe, por que sofrer por antecipação? Deixa ela te contar e vocês resolvem com calma… - Depois, brincou comigo, rindo: - Se vocês combinarem, dou até uma “trepada da vingança” com você para descontar.
Eu acabei não rindo da piada, mas sorri para não deixá-la constrangida. Voltamos a caminhar e logo entrávamos nos camarins. Já na porta ouvi a Nanda chorando e xingando alguém:
- Esse filho da puta não podia ter feito isso comigo. Era só uma dança! Até tirar a roupa, tudo bem, mas só uma dança! Que desgraçado… - Falava entre lágrimas.
Quando entrei no camarim e ela me viu, desandou a chorar mais ainda e até me assustou. Aliás, olhei assustado para todos ali, inclusive para o stripper, para quem fiz questão de fechar o punho direito e bater de frente para a palma do esquerdo, dando a entender que iria lhe dar uma surra depois. Ele arregalou os olhos e desviou o olhar. O efeito acabou sendo mais amplo, porque vi que todas também se assustaram. Fui em direção à Nanda:
- O show não era só lá fora? - Perguntei em voz alta, me abaixando até a altura de seus olhos: - Ô! Já deu, né!
Ela foi diminuindo o choro e agora me encarava, toda borrada e ainda sem falar nada. Eu a olhava e fiz uma posição com os braços como que querendo entender o porquê de tudo aquilo. Ela não falou nada e se jogou no meu pescoço, abraçando forte:
- Relaxa, Nanda. Tá tudo bem… - Falei.
- Eu… Eu… Eu… - Gaguejava e não saía nada até que disse: - Ele… Ele… Esse filho da puta!...
Nessa hora olhei bravo para ele e ele ficou branco. Notei que alguém entrou nos camarins nesse momento, aparentemente se posicionando atrás de mim. Depois vi que eram dois seguranças da casa:
- Ele o quê? - Perguntei para ela.
- Ele gozou… em mim… - Ela soluçava.
- Vocês transaram sem camisinha? - Perguntei, já frisando o que interessava.
- Não!
- Então, não gozou dentro? - Insisti.
- Não. Nas costas, bunda, sei lá…
- Ele te obrigou?
- Não. Me perguntou e, no embalo, eu acabei deixando… - Voltou a chorar.
Eu agora já dava tapinhas em suas costas, inclusive, metendo a mão na porra do stripper e rindo para todos ali dentro. Eu já me divertia com a cena, balançando negativamente a cabeça. A stripper que havia me buscado, começou a sorrir também e dispensou os seguranças, dizendo que estava tudo bem. Comecei a rir ainda mais alto também:
- Sossega, Nanda! Não foi nada. Toma uma ducha e a gente vai aproveitar o resto da noite. - Falei.
Ela me encarou, ainda com os olhos cheios de lágrimas e perguntou:
- Você não tá bravo?
- Claro que não, sua boba! Foi uma apresentação de primeira. - Ainda brinquei: - A loira aí está até com medo de perder o emprego.
A loira agora se abaixou perto de mim, colocando uma mão sobre sua coxa e, sorrindo, a convidou para tomar uma ducha com ela, porque ela mesma ainda não tinha tomado uma após sua apresentação. Ela me encarou já sem chorar e lhe dei um beijo:
- Vai tranquila. Vou te esperar aqui. - Falei, sorrindo.
Ela se levantou comigo e se deixou conduzir pela loira até dentro daquele camarim. Logo sumiram de minha visão e notei que o stripper ainda me encarava, apreensivo:
- Relaxa, cara. Tô de boa… - Falei: - Mas você extrapolou. Cê sabe, né!?
- Desculpa, cara. Eu não aguentei... Ela é demais! Aquele jeitinho tímido do interior dela me deixou louco.
- Cê podia ter feito seu show e depois tê-la convidado para uma brincadeira mais exclusiva, né, seu animal. - Rebati: - Você não expôs só a nudez dela para a plateia…
Ele baixou a cabeça por um instante e falou:
- Foi mal mesmo, cara. Assim que ela sair, vou me desculpar com ela também.
- É o mínimo que você tem que fazer…
Uma das strippers, uma japonesinha linda de rosto e com um corpo de curvas bem brasileiro, veio até mim e me convidou para sentar num sofá de canto, já falando:
- Cara, difícil achar um marido compreensível assim…
- Difícil, nada! E eu nem teria direito de ficar bravo, ela não fez nada demais mesmo.
- Nossa! Acho que eu ovulei por você, cara.
Comecei a rir com a cantada fraca dela, que ficou me encarando, constrangida, sorrindo timidamente na sequência:
- O que foi? - Me perguntou.
- Nada, não! Só acho que você vai ter que entrar na fila. A tua colega, a loira, já disse que vai me dar uma “trepada da vingança”. Acho que foi esse o nome que ela falou…
- Denise, biscate… - Ela falou, agora rindo: - Essa não perde uma!
Acabamos mudando de assunto e ficamos papeando coisas sobre a casa, a profissão dela e, aí, soube que além de stripper ela era também um “Escort Girl”, me passando um cartão de visita, inclusive. Pouco tempo depois, a Nanda voltou acompanhada da Denise. Estava mais tranquila e obviamente desmontada: sem maquiagem, sem penteado e sem roupa, apenas com um roupão da casa. Se sentou ao meu lado e a japonesa se foi:
- Não está mesmo bravo comigo? - Insistiu.
- Não. Não estou. - Falei: - Mas vou ficar se você não virar o disco!
Ela nem teve tempo de dizer mais nada e a Denise já a pegou pela mão:
- O que foi? - Nanda lhe perguntou.
- Vem cá. Vamos te arrumar para você aproveitar o resto da noite. - Disse.
Então, levou a Nanda pela mão até uma mesa com espelho e iluminação, pedindo para as maquiadoras e cabeleireiras darem um trato na Nanda. Três mulheres passaram a trabalhar nela, enquanto a Denise veio se sentar do meu lado:
- Está tudo bem mesmo, né? - Perguntou.
- Tá, sim! Pode ficar tranquila.
- Então… A trepada da vingança subiu no telhado… Né!? - Me perguntou, piscando o olho.
- Seria um prazer, mas acho que não seria legal com ela agora.
Ela sorriu, me deu um beijo na bochecha e disse que iria se arrumar para aproveitar um pouco da noite também e acabei a convidando para tomarmos uma. Ela disse que tentaria nos encontrar depois.
A Nanda ficou pronta rápido e ainda mais bonita. Impressionante o que profissionais conseguem fazer em pouco tempo. Tudo bem que a “tela” que elas utilizaram era de muitíssima boa qualidade, mas o resultado final realmente surpreendeu e eu sorri satisfeito. O penteado, a pedido dela, fora um pequeno coque na nuca, com efeito molhado pelo gel, mas ainda assim belíssimo. Ela se vestiu por fim e eu abotoei a gargantilha de seu vestido.
O stripper que havia “evoluído” com ela no palco se aproximou e lhe pediu desculpas, aliás, nos pediu desculpas por qualquer mal-entendido. Nanda ainda estava brava com ele, mas depois de ver que eu dera de ombros, decidiu perdoá-lo. Quando estávamos saindo, quando trombamos com uma morena alta e bem vestida, que, se dizendo representante da casa, veio conversar com a Nanda e se desculpar por algum problema causado pelo stripper. Após uma breve conversa em que a Nanda novamente deixou claro não ter gostado da atitude do stripper, mas já tê-lo perdoado. A representante se desculpou novamente e nos deu um “vale night” ilimitado por conta da casa. Nanda, com abraços, ainda agradeceu a ajuda da maquiadora e cabeleireira, depois da loira que a amparou e saímos em seguida.
Já no salão, não foi difícil notar os olhares gulosos que se dirigiam para a Nanda, enquanto seguíamos para nossa mesa. Chegamos a ser abordados três vezes por casais interessados em nos conhecer (corrigindo, conhecê-la, é óbvio!), inclusive a loira descomunal que vimos eu e Rubens quando Nanda e Sabrina haviam ido ao banheiro. Agradecemos todas as abordagens e dissemos que ainda era muito cedo, mas deixamos as possibilidades em aberto. A cada abordagem mal sucedida, ganhávamos um selinho diferente, Nanda sempre levando os mais caprichados, parecia que as “pretendentes” queriam conquistá-la dessa maneira. Chegamos em nossa mesa e Nanda foi recebida com uma salva de palmas, chamando a atenção de todos em volta que começaram a aplaudir também. Ela ficou roxa e escondeu o rosto no meu peito:
- Para, gente! - Pediu mais de uma vez.
- Vamos rodar os colos novamente? - Propôs Isa.
- Não vou sair do colo do meu marido! - Nanda rebateu incisiva, até meio áspera.
Voltamos a beber e a todo momento, alguém vinha cumprimentá-la e se apresentar na intenção de conhecê-la um pouco melhor. Nanda gentilmente os cumprimentava, mas não saía daquilo. O clima e o assunto na mesa esquentava mais e mais, mas ela ainda não parecia interessada em partir para uma maratona sexual. Decidimos então sair para passear pela casa novamente. A puxei para a área das cabines, interessado em encontrar um lugarzinho para podermos brincar, mas todas estavam ocupadas. Passando novamente pelo quarto coletivo, uma mulher a reconheceu e a puxou de surpresa para a cama, anunciando a todos a celebridade do momento. Engraçado foi ver todos praticamente abrirem espaço para ela no centro e ela assustada, como um animalzinho indefeso, acuado. Fui até ela e a puxei de volta para mim, sob protestos de todos, mas deixando bem claro que uma abordagem daquela nunca acabaria em sexo. Alguém pediu desculpas e duas belas mulheres, uma mulata e uma loira, vieram conversar conosco, tentando nos convencer, mas as agradecemos e continuamos a passear.
Acabamos decidindo ir embora, porque ainda tínhamos nossos problemas e ela não parecia realmente inclinada a incluir outro alguém em uma brincadeira mais íntima. Fomos até nossa mesa e os casais, trocados, já trocavam beijos entre si. Preferimos não incomodá-los e passamos despercebidos a seu lado. Quase na saída, topamos a stripper Denise, com quem trocamos mais algumas palavras e nos despedimos. Pedimos um motorista de aplicativo e voltamos para o hotel:
- Você se importa se a gente não transar hoje? - Nanda me perguntou já no quarto.
- Você já gozou no pau do stripper, né? Pra você não faz diferença transar ou não. - Falei, simulando estar chateado.
- Ah, Mark… Você disse que não tinha se incomodado. - Ela resmungou.
- E não me incomodei mesmo, sua boba. Só estou brincando… - Respondi e lhe dei um beijo na testa.
Nos deitamos, eu na esperança de ganhar pelo menos um boquete, ela no meu peito. Eu estava com pau quase duro e coloquei sua mão sobre ele, que o segurou e apertou forte, simulando uma pequena punheta que ficava cada vez mais fraca, esvaindo minha esperança a cada momento. Uns cinco ou dez minutos depois, ela literalmente foi por água abaixo, pois ela parou e ouvi um ronronar. A balancei suavemente ainda umas duas vezes, mas, ou ela apagara de vez, ou fingia maravilhosamente bem. Sem saída, acabei me entregando ao cansaço, só não maior apenas que minhas preocupações e dúvidas quanto a minha esposa.