Leon, tive que maratonar a série para poder me posicionar.
É o seguinte: Gui e Lucinha não são um casal liberal "livre".
A relação deles com o tio é viciada e vou explicar porque:
- Gui é dependente moral do tio: há diversas passagens no texto que deixam clara o respeito paternal dele pelo tio.
- Lucinha é dependente sentimental do tio: várias passagens dão a entender que ela já possui um sentimento por ele que limita as próprias decisões dela. Gui chegou a pedir para ela reservar o cu para ele, mas na primeira oportunidade que ficou com o tio, liberou o anel para ele, sob a desculpa de que o Gui liberou. Só que o Gui pediu para ela não extrapolar. Por isso, a Nanda entendeu ter havido uma traição e eu concordo.
- Gui e Lucinha são dependentes materiais do tio: moram de favor, são beneficiados com mimos (viagens, saídas, presentes).
- Gui é submisso a Lucinha: o texto deixa claro que ele faz muitas concessões não por querer, mas para não desagrada-la. Além disso, se ele se indispuser com o tio, há também o medo de decepcionar a esposa tanto com a quebra do "pacto" sexual, quanto com uma mudança no nível de vida, pois teriam que sair do quintal e ter despesas normais com uma nova moradia.
Isso tudo tira a liberdade deles dizerem não e havendo vício de vontade, o negócio jurídico sentir a viciado (fiz a amiga necessária a legislação agora!).
É a minha opinião.
* o negócio jurídico se torna viciado
* fiz a analogia necessária
Mas essa Lucinha é apaixonante... Vou lhe mandar um vídeo com uma gata que me inspirou para descrever a ela, de cabelos ao vento... Depois me diz se gostou. Abraço
Quero esse video tbm rss
Muito simpática a moçoila que você me enviou, Leon.
É conhecida sua?
Mark, infelizmente não é minha conhecida. Eu recebi esse vídeo enviado pelo meu amigo aí de cima, o Edu e Silvana, que nem lembrava que foi ele quem enviou. Nem sei a origem do mesmo. Mas logo que eu vi, talvez embevecido pela imagem idealizada da Lucinha eu na mesma hora a associei com ela. Hoje mandei o vídeo ao Edu que se lembrou que foi ele que me enviou. Ficamos nessa.
Eu até teria uns vídeos para enviar, mas a Jaque rouba todos e depois apaga do meu Cel. 😂😂😂😂
Isso é que é abuso não é mesmo Mark? Hahahaha
🤣🤣🤣
Falo nada!
A Nanda já anda meio amiga da Jaque. Vai que ela começa a dar essas idéias para a minha.
Mark, a sua leitura é bem feita, e a análise está perfeita. Eu sentia isso desde a primeira versão da história, onde a submissão e o abuso do tio eram ainda mais fortes. Como essa não é uma história real, mas uma história criada a partir de outra, eu tentei ir mudando um pouco todos esses vínculos e elementos opressores, e tento conduzir a história, sem contudo mudar o curso dos acontecimentos. Ou seja, tento melhorar o que não me agrada, mas sem quebrar o roteiro original criado nas 18 partes publicadas na versão que eu peguei para criar com o olhar da Lucinha. Pois é ela que pode nos dar a dimensão de todos esses aspectos e refletir sobre isso. Agora, a partir do próximo capítulo, como eu assumo os rumos da história e vou criar o que nunca existiu, tentarei fechar a temporada de uma forma mais cúmplice e de total liberdade. É uma coisa delicada, não pode soar falsa. Mas não podia fazer isso antes senão mudava tudo o que já estava publicado dessa história. Entendido? Agradeço a sua análise e comentário. Obrigado.
Você ao meu ver fez uma análise perfeita destes personagens Mark...eu não encontraria palavras melhores...👏👏👏👏
Mark, eu li a versão anterior (escrita pelo JulioePatricia) e realmente o Leon amenizou um pouco a submissão do Gui. Já estava querendo comentar essa versão escrita pelo Leon, mas me faltava tempo para escrever um comentário coerente com o que penso, mas sem criar nenhum tipo de polêmica desnecessária, pois gosto muito dos textos do Leon (apesar de não ser muito adpto da linha de pensamento dele - isso não tira a qualidade dos seus contos, tanto que leio todos). Atualmente, no site, tudo é motivo para ofensas desnecessárias...
Mas voltando ao assunto do conto, ratifico tudo que vc disse acima e acrescento o seguinte:
Apesar do Gui gostar da sacanagem e talvez viesse a liberar a Lucinha para transar com o tio no futuro (o que não vejo mal nenhum) a escolha nunca foi dele, caindo por terra a cumplicidade alardeada implicitamente pelo trio. Vejamos, a primeira vez que a Lucinha transou com o tio, o ato já estava sacramentado quando o Gui viu. Só teve que aceitar... No dia do hotel, o tio e a Lucinha não sabiam que o Gui estava acordado, mas mesmo assim foram em frente... mesmo que ele tivesse ficado calado e excitado no momento da transa, houve, ao meu ver, um desrespeito ao Gui. Outra situação que extrapola o limite do aceitável é a atitude do tio, usando seu "poder" de dependência do casal à ele, para apresentar a Lucinha como sua namorada em festas da empresa... Já aconteceu quase a mesma coisa entre o Mark e a Nanda, mas foi em uma situação totalmente fora do círculo de convivência do casal. Mas aqui, o Gui trabalha na mesma Empresa que o tio. Inclusive já fez amizade com a filha de um dos diretores. Já foi promovido. Daqui a pouco pode estar frequentando um círculo acima do tio dele (se estudar). Como ficaria a situação? O tio continuaria sendo o namorado da mulher dele? O Gui como solteiro e abordado pela filha do diretor poderia sair com ela? Complicações a vista. Estou muito curioso para saber como o Leon vai tratar essas situações. Está ficando muito bacana a expectativa. Uma coisa que o Leon acrescentou e que eu não deixei passar despercebido, foi no momento em que o Gui enquadrou o tio e, por tabela, a Lucinha, quando afirmou que não aceita que eles façam mais nada sem.a sua permissão EXPRESSA ou que ele não estivesse presente. Se para ele não estiver bom, o acordo acabaria ali. Noto que o Leon (me corrija se estiver errado Leon) leva alguns personagens ao extremo para se libertar e aceitar a vida liberal. Depois mostra o outro lado da moeda, verificando se a recíproca é verdadeira... ou seja, acho que ainda vai chegar a vez da Lucinha aceitar o Gui saindo com outra... isso já está para acontecer em outro conto do Leon... o Leon não dá ponto sem nó... Essa filha do Diretor não foi inserida na história de graça...
Enfim, aguardemos os próximos acontecimentos.
PS: entendo o conceito do Leon sobre o termo "corno" ou "corninho", mas tô com a Nanda, se eu entrasse no mundo liberal, não iria gostar que usassem comigo. Me soaria "humilhação", mas é uma percepção minha, muito particular. Apesar de já ter lido em contos de alguns autores "liberais" o mesmo entendimento.
Alexandre33, eu entendo e aceito que cada leitor recebe os detalhes de uma história ao seu jeito, e na sua maneira de interpretar o que está ali contado. Faz parte, e suas análises são muito bem estruturadas, sempre. A resposta que eu dei ao Mark serve também para você, é uma história que já existia, e que eu tento aprimorar. Os problemas existem mas não são tão problemáticos, nem diferentes de tantas outras histórias reais que acontecem pela vida real. As alterações que vou tentando incluir, visam aperfeiçoar, ou melhorar o conto. Mas não estou tão preocupado em ser tão correto e equitativo, Não vou escrever o conto perfeito, nem o casal liberal perfeito, tão justo e compensador. O casal que eu retrato talvez não chegue nem perto do casal que muitos dos leitores gostariam que eles fossem. Faz parte. Obrigado por sua análise.
Sabe o que eu vi muito nessa história, e que a acabei vendo alguns casais passarem por isso ao longo dos meus 10 mais de vida liberal: o teste dos limites. Eu entendo e até consigo aceitar tudo o que foi dito pelos debatedores. Mas eu acabo conseguindo enxergar o lado da Lucinha. Claro que precisei de uma pequena explicação de minha esposa sobre como funciona a mente feminina.
Desde o começo, Lucinha sempre foi honesta com o Gui e o preparou para tudo o que poderia acontecer. Ela sempre deixou claro que se ele não estivesse se sentindo bem com alguma coisa, era só ele se posicionar que seria respeitada a sua vontade. Independente de algumas situações terem os seus limites excedidos, o Gui sempre acabou concordando e demonstrando uma aceitação sadia. O próprio fazia as chamadas telefônicas para atiçar o desejo na esposa. Como reagir a isso? De que forma toda essa liberdade poderia acabar? Eu também acho que o tio passou do ponto em algumas situações, mas quem não teria passado? Em todos os momentos, Gui teve a oportunidade de cortar ou acabar com a brincadeira. Eu, sinceramente, não consigo enxergar nenhuma sacanagem com o Gui. Até quando se posicionou de forma mais incisiva, deixou bem claro que não era para acabar com o que acontecia, mas somente para se sentir senhor da situação.
Mas essa é apenas uma visão da situação e eu ainda sou um homem mais novos que alguns de vocês aqui. Talvez eu ainda não tenha vivido ou passado por situações ruins que me façam ser mais cauteloso. Eu ainda tenho um pé no acelerador pela inexperiência. Deixo bem claro que entendi a visão de todos e respeito todas elas. Um abraço a todos vocês.
Como já foi dito e redito Max, em vários contos e comentários anteriores, cada casal tem sua forma de levar a relação, o certo e o errado são medidas diferentes para cada casal. É muito comum nos contos, que em algumas situações os personagens não façam como a gente gostaria, na maioria dos melhores contos aqui publicados, nós vemos isso várias vezes. Mas é o conto daquele casal, e é a forma que eles fizeram, gostemos ou não. Estou aprendendo a aceitar muitas situações e personagens que eu não gosto do que fazem, ou da forma como fazem, mas é essa a história. Já disse. Faz parte. A visão diferente dos leitores nos enriquece muito na avaliação do conto. Agradeço a todas as contribuições. Não tenho a pretensão de ter o conto das condutas perfeitas. A mim interessa a cumplicidade, a parceria, a harmonia e a não sacanagem maldosa. O resto a gente dá um jeito.
Existe uma diferença entre concordar e aceitar, Max.
Quando o Gui e a Lucinha concordam previamente sobre uma aventura, beleza! Mas quando ela faz e depois o força a aceitar pelo tesão que ela planta nele, existe uma situação de abuso.
Tanto existe o abuso que muita vezes em que ela extrapolou ficou com medo da reação do Gui depois.
Não sou melhor que ninguém para julgar, mas esse modelo da história em que ela decide e deixa o parceiro fingir que manda, não me serve.