Capítulo 1 - A espera acabou - A Escolha - Escola da Submissas VOl 1

Um conto erótico de Kaylly Sublim
Categoria: Heterossexual
Contém 1481 palavras
Data: 03/09/2022 20:30:06

Fernando

Se fechar os olhos eu consigo lembrar daquele dia a 17 anos atrás....

Meu pai me levou a sala de reuniões no prédio principal da empresa, ao chegar lá estavam dois jovens advogados, dos quais não lembro o nome e o senhor Augusto Zennit, meu pai ordenou que eu sentasse ao lado dele e logo a reunião teve início. Logo após os cumprimentos iniciais, um dos advogados me entregou uma pasta esverdeada com o logotipo da empresa, dentro dela havia um contrato e nenhuma outra pessoa naquela mesa recebeu. Eu fiquei imensamente surpreso e isso deve ter ficado aparente, pois o silêncio na sala reinava, virando para o meu pai eu perguntei:

- O que é isso, meu pai?

- Um contrato de negócios que nós iremos assinar, você é parte importante nesse acordo e precisa ser o primeiro a ler. Leia, não diga nada antes de acabar, pois lhe explicaremos tudo.

- Tudo bem - dediquei-me a leitura do contrato por alguns minutos, enquanto todos na sala observavam em silêncio, conclui aquela leitura com os olhos arregalados.

- Muito bem, acredito que pela sua expressão tenha concluído a leitura. Augusto, pode explicar a ele o que acaba de ler?

- Claro, Antonio. Trata-se de contrato de negócios com compromisso de casamento entre você Fernando e minha filha Atenna - ele me entregou a foto de uma criança recém-nascida.

- Isso eu entendi, mas casamento com ela?

- Obviamente vocês não vão casar agora, o contrato será cumprido no futuro. Isso servirá para assegurar o futuro dela e também da minha empresa que precisa do empréstimo expresso no contrato para se reerguer.

Eu sabia que a empresa dele estava passando dificuldades, mas não a ponto de precisar de um empréstimo de milhões. Olhei para o meu pai buscando sua aprovação para aquilo e minha reação foi de surpresa ao observar a calmaria em seus olhos.

- Porque eu e ela precisamos passar por isso?

- Porque os dois são os herdeiros únicos das duas empresas e precisamos de uma garantia filho.

- Tudo bem, mas porque a cláusula n° 15 me obriga a estudar na Olympian School of Dominators por 3 anos? E o que escola é essa?

Augusto assumiu uma postura diferente, de repente ele parecia mais austero que o normal e começou a me falar. Os dois advogados que documentavam tudo, pareciam ter ficado menores em relação ao homem.

- É uma escola preparatória para líderes e dominadores. Você irá para lá logo após terminar seu curso de Administração e será treinado por meus antigos Mestres e também por mim. Nós ficamos sabendo que você tem frequentado escondidos alguns clubes SM. O único motivo pelo qual sua identidade falsa não foi revelada é que o dono do clube é um dos professores da OSD e me contou que você estava lá. Inclusive seu desempenho com a jovem Scarletty foi elogiado não apenas por ele mas por todos os outros membros do clube. Sendo assim, presumo que queira levar adiante seus gostos por BDSM e se vai casar com a minha filha, ela terá de ser sua submissa, e para que eu concorde com isso terá que ser muito bem treinado.

- Vocês me espionam desde quando ? Eu não fiquei com Scarletty no quarto exibicionista! Como viram meu desempenho com ela? - falava com toda a calma que consegui manter, mas não acho que minha raiva tenha ficado oculta de meus olhos - E o Senhor não tem vergonha de estar falando de BSDM e da sua filha na mesma frase?

- Na verdade, não, você não á tocará antes do permitido.

- Por Deus, acha mesmo que eu sequer pensaria em tocar antes disso? Eu sou jovem, mas não sou louco!

- Cuidado com o tom no qual fala com o Augusto meu filho - meu pai colocou a mão no meu peito - Quero ajudar o meu amigo, mas preciso de uma garantia e ele não tem nada a oferecer. Além disso, não tem nada melhor do que unir nossas duas famílias.

Fechei meus olhos, desvencilhei de meu pai, levantei-me e fui até a janela. Respirei fundo várias vezes e pensei no que estava prestes a fazer. Meu pai só queria ajudar um amigo, ele nunca falhou comigo e seu discernimento não parece estar alterado nesse caso. Não, o que eu estou pensando? Ela não sabe de nada, e aquele contrato não deixa margem para que ela decida nada. Volto a mesa assumindo uma postura diferente, a mesma que costumo usar no clube.

- Senhores, se por algum momento acham que assinarei um contrato em que ela não terá direito algum de escolha, estão enganados. BDSM é consensual e nenhum de vocês poderá me assegurar de que ela gostará disso ao crescer. Nesse caso, quero que alterem as cláusulas do contrato que obrigam ela a se submeter e todas as demais que tratam do BDSM. Na alteração coloquem que ela terá o direito de escolher ser ou não submissa, caso não queira permanecerei fiel à promessa do casamento e me afastarei do BDSM. Caso não façam essas alterações, não haverá acordo - dito isso, sentei e aguardei fitando os rostos incrédulos dos advogados.

- Fernando, eu farei todas as alterações e amanhã assinaremos o contrato de acordo? - disse meu futuro mestre com a mão estendida.

- De acordo. Alguma objeção, pai?

- Claro que não, meu filho. Eu não poderia estar mais orgulhoso da sua atitude - me pai levantou e me abraçou - obrigado filho.

- A diretoria da OSD ficará sabendo dessa sua atitude, você ficará famoso por lá

- Mestre.... - a palavra saiu com dificuldade - com todo respeito, não gostaria de chegar na OSD contando vantagem. Prefiro ser reconhecido após chegar lá, já será vantagem demais tê-lo como professor.

- Tudo bem, mas que fique claro não use novamente o tom com o qual fez essas exigências hoje, pois mais louvável que seja essa atitude, se quiser ter o mesmo nível de respeito que tenho com o seu pai e outros terá de conquistar.

- Espera ai, o Senhor também, papai? - olhei pra ele surpreso, imaginando se ele traiu minha mãe.

- Sim, eu me formei na OSD na turma número 15, junto com o Augusto. Mas já não prático BDSM a anos, depois que você nasceu sua mãe decidiu que não queria mais ser submissa e eu aceitei.

- Já chega de surpresas por hoje, vejo vocês amanhã.

Abro os meus olhos e estou de volta ao presente, diante do espelho arrumo a gola da minha jaqueta e acerto os últimos detalhes do meu cabelo, coloco o meu perfume e me preparo para sair. Tomei a liberdade de me vestir mais casualmente para o evento dessa noite, não quero me apresentar para ela como um homem de negócios. Durante os últimos 17 anos e 6 meses, todo dia 21 um nova caixa era entregue na casa de Atena, deixada a porta do seu quarto antes do amanhecer. Desde quando lhe enviei a primeira caixa, senti que foi a única forma de me manter por perto e ao mesmo tempo a uma distância segura para não enxerga-la como uma filha. Eu era jovem, recém emancipado, era um jovem que havia acabado de entrar na faculdade e tive uma responsabilidade enorme jogada nas costas. Nossos destino foram traçados e ela ainda nem sabia dizer papai. O que eu não esperava é que a medida que ela crescesse, eu desenvolvesse desejo por ela, ao ponto de ansiar pelo dia do nosso casamento.

Eu estou sempre ocupado com a liderança da empresa, desde que o meu pai decidiu se aposentar e agora curte férias ao redor do mundo com a minha mãe, que eu suspeito voltou as velhas práticas. Mas nunca deixei que isso me impedisse de olhar por Atenna, sempre fiquei de olho na sua educação, saúde e quase surtei quando ela pegou pneumonia. Hoje ela está completando seus 18 anos e ontem a noite seu pai deve ter conversado com ela a respeito do evento de hoje. Não é apenas o seu aniversário de 18 anos, mas se a conversa correu bem com o seu pai ontem a noite, será a oficialização do nosso noivado. Eu não vou força-la a nada, mas tenho a esperança de que ela me aceite. Pego a pequena caixa cor de rosa que deixei sobre a cama, combina com a caixa maior que deixei na sua casa essa manhã, confesso que independente do resultado sentirei falta de organiza-las a cada mês. Imagino que ela ficou surpresa ao descobrir que eu preparei cada uma delas. Guardo a caixa com cuidado no bolso interno da minha jaqueta, desço as escadas cruzo o salão e passo pela porta para o jardim, onde encontro minha Ducatti pronta. Subo na moto na esperança de que essa noite a minha espera de fato chegue ao fim e acelero em direção a sua casaFiz algumas modificações para conseguir por esse capítulo no Ar. As regras do CCE são muito claras e eu precisava mexer.

Até a próxima postagem queridos leitores

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Comentários

Foto de perfil de Morfeus Negro

Excelente! E com interessante mudança de ponto de vista. Ansioso e aguardando continuações desta que promete ser uma história com alta dose de erotismo. Parabéns Kaylly! Só não demore muito com os próximos capítulos.

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