(parte 5)
No dia seguinte, quando acordei, a Maize ainda dormia. Fiquei ali olhando aquele lindo corpo de mulher, que ainda tinha algumas marcas avermelhadas dos tapas que levou nas nádegas. Ela dormia serena, de bruços, nua, e era mesmo de admirar aquela beleza sensual de formas perfeitas. Minha esposa era uma mulher muito bela e sensual e eu ficara admirado com a sua volúpia e disposição sexual na noite da casa Cuba Livre. No silêncio do quarto, fiquei imaginando o que teria se passado na mente dela, na noite anterior. E me recordei de alguns detalhes, que na hora, muito excitado e envolvido pela situação, não tivera tempo de analisar.
O primeiro aspecto, era relativo ao que a Luciene havia me dito, quando dançávamos. Ela dera a entender que percebera em Maize, uma mulher quente e sensual que se reprimia. Eu não me recordava em qual momento do nosso primeiro encontro, no restaurante do Sarutti, que ela havia notado aquilo. Sabia que elas haviam trocado mensagens, mas não imaginava que a Luciene pudesse ter falado algo com ela a respeito da vida liberal. Na hora, me lembrei que quando entramos na S.U.V. do Sarutti, a Luciene havia falado uma brincadeira picante sobre nós, e o Sarutti ainda provocou a Maize com a fala de que a esposa estava de olho em mim. Depois houve o passeio dela com a Maize por dentro das instalações da casa, e o primeiro contato físico entre as duas. O que fizera minha esposa voltar para a mesa muito mais descontraída, antes do show de sexo. E depois do show, com as provocações da Luciene, quando elas duas foram à toalete se limpar, a Maize retirou a calcinha, e elas trocaram beijos. Durante toda essa evolução, eu sabia que as caipirinhas que ela havia tomado, ajudaram a quebrar sua timidez e vergonha, mas Maize ficara muito excitada mesmo, a ponto de assumir declaradamente que tinha vontade de dar para o Manolo. A isso, se somava uma resposta dela ao Manolo, quando perguntou se era a primeira vez, e ao contrário do que eu pensava, ela disse que não. Restava saber com ela, do que se tratava. E finalmente, a performance dela no sexo. Ela tinha sido totalmente devassa e liberada de uma vez.
Mesmo eu sabendo que a Maize era uma mulher fogosa, que adorava sexo, jamais eu poderia imaginar que iria ter um desempenho daqueles.
Me lembrava dela se entregando ao prazer e a três machos muito tarados. A única conclusão que eu tirava era a de que precisava saber mais sobre tudo aquilo. As lembranças que eu estava ali pensando, não me faziam ter nenhuma reação contrária a ela, nem deixava de gostar profundamente dela, não desconfiava da paixão que ela também nutria por mim. Mas eram questões que me despertaram a curiosidade.
Sem acordar a Maize, me levantei silenciosamente da cama, fiz minha higiene no banheiro, e depois coloquei um calção e fui para a cozinha preparar um café da manhã para nós dois.
Quando o café completo ficou pronto, com pães quentes, torradas, manteiga, geleia, frutas, queijo fresco e ovos mexidos, café fresquinho passado na hora, eu fui ao quarto acordar a Maize. Mas quando entrei ela estava saindo do banho. Me beijou e disse que acordou com o cheiro do café que se espalhou pela casa. Vestiu um baby-doll e fomos para a cozinha do tipo americana, com a copa anexada, num mesmo ambiente. No sábado nossos filhos acordam tarde quando estão em casa. Estávamos ali tomando o café e reparei que a Maize tinha uma mancha mais escura na base do pescoço, e outra na parte lateral interna de um dos seios, que o decote da blusinha do baby-doll não cobria. Eu disse:
— Ma, você ficou com marcas na pele, que estão aparentes. Tem que tomar cuidado pois as crianças podem ver.
Maize sorriu, e sem mostrar muita preocupação, respondeu:
— Não tenho que me preocupar. Quem mandou eu me casar com um marido tarado? Eles já são grandinhos e espertos. Nem vão falar nada, e se falarem, eu digo que você estava endiabrado ontem na volta da boate.
Na hora eu achei graça, da espontaneidade dela, mas, logo a seguir percebi que ela tinha fácil uma explicação que não correspondia à verdade. Aquilo, mesmo sem eu ser um marido desconfiado, me deu a dimensão de que eu estava vendo Maize de forma diferente de antes. Reparava detalhes que antes não notava. Então, sem mudar o tom da conversa, eu sorrindo, falei:
— Nossa! Você é rápida na resposta. Estou descobrindo um lado seu que eu nem imaginava.
Maize não sorriu. Ficou me olhando atentamente, e depois de uns segundos perguntou:
— Isso não era o que você queria?
Percebi pelo jeito de responder que ela estava mais abalada do que eu. Parecia tensa, e séria. Resolvi aliviar:
— Querida, relaxa. Não estou questionando nada.
Maize entendeu, fez que sim com um aceno de cabeça, e depois de engolir o que estava mastigando, perguntou novamente, como na noite anterior, agora de modo mais suave:
— Está satisfeito amor? Não era isso que você sonhava? A sua esposa bem safada, se soltando, dando para outros na sua frente, a assumindo todas as fantasias e desejos?
Eu, novamente, fiz que sim, mas nada disse. Estava intrigado com a reação dela. Sentia meio que um desabafo. Foi quando reparei que duas lágrimas escorriam de suas faces. Maize relutava para não se entregar. Ao ver aquilo, tomei um susto. Nem sabia o que dizer ou fazer. Fiquei ali olhando para minha esposa, lutando para se controlar. Decido que não ia questionar.
Maize terminou o desjejum, na verdade, ela simplesmente parou de comer, e ficou me olhando atenta, para ver a minha reação. Eu me levantei e cheguei ao seu lado, e dei um beijo no seu rosto, bem afetuoso:
— Ma, relaxa. Está tudo bem. Melhor que isso, quero saber, está tudo bem?
Maize se levantou, me abraçou, me deu um beijo e disse:
— Amor, eu amo você. Obrigada por tudo. Se pudesse, eu gostaria de não falar do que fizemos, por um tempo, até que a gente possa processar tudo com calma. Pode ser?
Eu queria era conversar, trocar impressões, analisar, perguntar, e com aquela atitude ela fechava a porta para isso, pelo menos por um tempo. Antes que eu respondesse ela disse:
— Você queria ser meu corninho, e foi, foi até demais, espero que esteja feliz por isso. Foi uma mudança muito intensa para mim, e eu gostaria de dar um tempo nesse assunto. Ainda não estou à vontade para conversar, e lembrar de tudo. Não foi ruim, não se trata disso, eu estava consciente e foi ótimo. Mas representa uma rotação de 180 graus em tudo que eu havia traçado para ser a nossa relação.
Eu concordei. Estava muito admirado, sem entender direito, mas era um pedido legal, sincero, e eu achei que deveria acatar.
Beijei a Maize nos lábios e falei:
— Tudo bem, Ma, eu concordo. Não esquente. Com calma, outra hora conversamos.
Maize disse baixinho:
— Se você quiser eu posso chamar você de corninho na nossa intimidade. Sem problema, eu adoro você e sei que só deseja o meu bem.
Trocamos mais beijos e eu disse:
— Se você gosta, pode chamar.
A Maize foi para a pia lavar a louça e os talheres utilizados. Eu disse para ela deixar as comidas na mesa para quando os filhos acordassem. E fui para nossa suíte, tomar uma ducha e esfriar a cabeça. Confesso que fiquei preocupado com a minha esposa. E sobre as dúvidas que eu tinha, resolvi guardar e esperar.
No final de semana os filhos chamaram amigos para ficar em nossa casa e o movimento nos manteve atentos no que acontecia, prestando assistência para a garotada. Maize cozinhou no sábado e eu cozinhei no domingo. Assistimos filmes, descansamos, e tomamos banho de piscina e sauna, mas com a casa cheia de adolescentes, não tivemos nenhum momento de maior intimidade. E de noite, no sábado, notei que a Maize queria dormir, e não fazer sexo. Aceitei numa boa. No domingo, a garotada amiga dos filhos foi cada um para sua casa, e depois do lanche, nossos filhos se recolheram para seus quartos. Fiquei na sala com a Maize. Ela estava calada, amorosa, mas quieta e eu não forcei a barra, embora quisesse muito ter intimidade com ela. Mais tarde, enquanto eu lavava as louças usadas no lanche, a Maize foi tomar banho, me deu boa noite, me beijou carinhosa, e foi para o quarto. Quando eu fui para lá uns quarenta minutos depois ela estava dormindo. Dormi também, um pouco preocupado, mas nada poderia fazer.
A semana seguinte nos colocou novamente na rotina, mas eu notei que o esfriamento da Maize, indicava que ela estava abafando algum trauma. Eu havia prometido não tocar no assunto. Mas na quarta-feira à noite perguntei se a Luciene havia dito alguma coisa e a Maize respondeu:
— Troquei umas mensagens com ela, desde o sábado, mas nada muito importante. Agradeci por tudo e disse que ainda estávamos sob o impacto das emoções. Ela riu, falou uma besteira qualquer, pediu para a gente relaxar, e não tocou mais no assunto. Depois de terça ela não falou mais nada.
Estávamos no nosso quarto, deitados, e eu achei que dava para puxar o assunto e arrisquei:
— Ma, sei que você não queria falar nada do que fizemos, mas eu senti que você está mais fechada, e meio triste. Não quero deixar isso passar em branco. Vamos falar um pouco? Aceita?
Maize me olhou, um pouco assustada, mas logo desfez a expressão, ficando mais sorridente, e pediu:
— Tudo bem, podemos falar. Mas antes eu quero fazer sexo com você, sinto falta, e senti que você também esfriou um pouco.
Tratei de demover aquela visão:
— Nada disso, Ma, eu estava evitando provocar algum incômodo a você, pois achei que você estava meio sensível, nem queria falar nada.
Eu a abracei e beijei. Ela me acariciou o rosto, e disse:
— Ah, amor, você queria ser meu corninho, e foi. Mas eu fiquei meio abalada depois.
Eu retribuí os beijos enquanto tentava despir minha esposa, mas notei que eu não estava excitado como normalmente ficava, logo estaria de pau duro, mas meu pau não reagia. Deixei rolar um pouco mais de beijos e carícias, mas, mesmo com minha deliciosa esposa nua, me beijando e me acariciando no peito e na virilha, quando pegou no meu pau, estava mole. Era como se eu tivesse desligado a chave do tesão. Continuei trocando beijos e vi que a Maize estava começando a ficar mais excitada, sensível às minhas carícias. Eu passei a beijar, a chupar seus seios, ela suspirando, aquecendo e sua respiração ofegante, eu desci beijando pelo seu corpo, passei pela barriga, umbigo, ventre, fazendo com que ela gemesse cada vez mais intensamente. Até que eu cheguei em sua xoxota, lambi, senti o cheiro delicioso que ela tinha, e para minha surpresa, eu não tinha ereção, meu tesão nem acendia, eu estava neutro, como se meu sistema nervoso tivesse sofrido um apagão. Mas eu prossegui, beijando minha esposa que já abria as pernas e se expunha para ser lambida e chupada. Maize exclamava:
— Ah, corninho, que gostoso, isso, me chupa toda! Sua putinha safada. Delíciaaa...
Eu segui chupando, me entregava com tudo, mas na minha cabeça rolava um filme estranho, que misturava lembranças da noite na casa de swing, de sexo intenso e grande explosão de tesão, e aquele estado de amortecimento e falta de libido, meu pau que parecia anestesiado.
Maize teve dois orgasmos bastante próximos um do outro, com as minhas chupadas, o segundo quando eu enfiei o dedo indicador na sua xoxotinha e o dedo do meio pressionando a entrada do cuzinho. Maize se revirava deliciada, rebolava na minha boca, e vertia fluidos da lubrificação pela xoxota. Então, ela pediu:
— Vem, corninho, vem, mete seu pau na minha xoxotinha, come sua esposa safada!
Eu continuei a chupar e foder com o dedo, pois meu pau estava mole e naquela altura a minha cabeça não entendia nada do que acontecia.
Até que a Maize desesperada, me empurrou para ficar deitado de costas e veio cavalgar minha virilha. Ela queria ser fodida, e não acontecia nada ali. Ela então, notou e perguntou:
— O que houve amor? Está mole?
Eu exclamei:
— Não sei o que houve. Estou sem reação. Tenho vontade, mas meu pau não reage.
Na mesma hora ela se ajoelhou e se prontificou para me lamber e chupar, acariciou a pica, o saco, lambeu, sugou a cabeça, mamou no pau, e nada acontecia. Até que ela parou e ficou me olhando admirada. Eu disse:
— Desculpe, não sei o que houve.
Eu estava bem confuso, incomodado, e sem graça. Maize se deitou ao meu lado, fazendo caricias em meu peito, e perguntou:
— O que você sentiu? O que houve?
Eu não sabia:
— Não houve nada, não houve reação, meu pau não se conectou, mesmo que eu tivesse vontade. Não sei explicar. Nunca aconteceu antes.
Nunca havia acontecido mesmo. Então eu realmente estava perdido.
Maize notou que eu parecia sem graça e chateado, e tentou ajudar:
— Amor, será que eu fiz alguma coisa errada? O que aconteceu? É algo comigo?
Eu não achava que fosse e falei com sinceridade:
— Não, nada é com você. Você está perfeita e eu queria muito poder transar muito gostoso. Mas aconteceu alguma coisa no meu psicológico, ou no físico, sei lá.
Maize estava mesmo intrigada, e ainda insistiu mais umas duas vezes, para saber se ela tinha falado ou feito algo que me afetasse, mas eu a tranquilizava. Ela finalmente ficou calada e eu continuei abraçado, fazendo carícias. Então, ela disse:
— Será que é alguma coisa que eu fiz na Cuba Livre e que você não gostou?
Resolvi falar com ela do que me havia intrigado:
— Olha, não me lembro de nada que você tenha feito que possa ter me afetado, eu senti muito tesão naquela noite. Pode ser qualquer outra coisa, que hoje talvez a gente não descubra. Relaxa amor. Mas já que falou naquela noite, eu me lembro de uma coisa que você disse ao Manolo, que eu não entendi.
Maize me observava intrigada. Eu esclareci:
— Quando eu entreguei você para ele no quarto coletivo, ainda de pé, ele abraçou você por trás, e perguntou se era a primeira vez, e você disse não.
Maize demorou alguns segundos como se estivesse tentando se lembrar, até que respondeu:
— Ah, claro, ele perguntou se era a primeira vez que eu tinha sexo com outro. Foi o que eu entendi.
Eu argumentei:
— Eu tinha entendido que ele perguntou se era a primeira vez que nós fazíamos aquilo, eu permitir que você fizesse sexo com outro homem. Ia falar sim, e você disse não.
Maize explicou:
— Eu não casei virgem com você, tive outros parceiros antes, então não era a minha primeira vez com outro, além de você.
Naquele momento eu entendi a resposta dela, e tratei de esclarecer:
— Entendi. Agora sim, ficou claro. Veja como é fácil confundir.
Maize continuava intrigada e questionou:
— Amor, me diz, alguma coisa que eu fiz afetou você? Pode falar. O que se passa?
Eu comentei:
— Não, eu só fiquei curioso sobre alguns aspectos. Mas não me afetou. Só falo isso, porque me lembrei depois e fiquei pensando melhor no que ouvi.
Maize me olhava ainda intrigada, me esperando continuar, então comecei:
— A primeira questão é relativa ao que a Luciene me disse quando dançávamos. Ela deu a entender que percebeu logo que a conheceu, que você é uma mulher quente e sensual que se reprimia. Eu não me recordei se no nosso primeiro encontro, no restaurante do Sarutti, você falou algo que ela pudesse entender isso.
Maize sorriu e respondeu:
— Você estava comentando o seu orçamento com o Sarutti, e ela me disse que você era um homem muito bonito e charmoso, e perguntou se eu deixava ela tirar uma casquinha. Eu sorri, achando que ela estava brincando, uma forma de elogio, disse que sim, que eu não era ciumenta. E que você do jeito que gosta de novidade ia adorar. Foi quando ela se animou e perguntou se nós éramos liberais e eu confirmei, mas sem saber exatamente do que ela estava falando. Ela ficou muito contente e disse que se a gente aceitasse, ela ia adorar fazer um swing com a gente. Aí, eu me fechei um pouco, e expliquei que eu não queria arriscar despertar as minhas feras. Naquela noite foi isso.
Eu ouvi a explicação e comentei:
— Eu sei que vocês depois trocaram mensagens, mas não imaginava que a Luciene pudesse ter falado algo contigo a respeito da vida liberal.
Maize fez que sim, e esclareceu:
— Ela, pelo celular, disse que no jantar não podia falar, mas queria saber melhor sobre nossa, relação, se éramos ciumentos e se já tínhamos experimentado sexo com outros. E contou que ela e o Sarutti praticavam trocas, muito discretamente.
Maize deu uma parada para respirar e continuou:
— Eu fui sincera com ela, pois me inspirou sempre confiança, então falei que você era cheio dessas ideias, de vontade de experimentar, mas eu não queria dar chance de despertar as minhas feras.
Eu perguntei:
— Que feras são essas Ma?
Maize fez um gesto vago com a mão, e respondeu:
— Espera, deixa eu contar. Depois falamos sobre isso.
Eu aproveitei para dizer:
— Me lembro que no dia que fomos na Cuba Livre, quando entramos na S.U.V. do Sarutti, a Luciene fez a brincadeira picante sobre nós, e ele ainda provocou você, com a brincadeira de que a Luciene estava de olho em mim.
Maize esclareceu:
— Ela não me contou que a boate era casa de swing, talvez se ela tivesse contado, eu teria evitado de ir. Mas eu sabia que ela tinha aquele jeito dela provocador, e não imaginei que pudesse passar disso. Parecia ser só provocação. Mas quando eu fiz o passeio com ela por dentro das instalações da casa, e soube da atividade do swing, eu já estava excitada, pelo que estava vendo e sabendo, tinha bebido um pouco, e foi quando ela me beijou. Aquele primeiro contato físico entre nós duas me despertou uma excitação enorme. Acho até que na caipirinha havia algum tipo de estimulante da libido, pois fiquei quase sem controle. Um tesão louco. Meu corpo fervia. Ela me disse para ficar sossegada, e me deixar excitar que a noite prometia emoções. E depois do show, com as provocações da Luciene, quando fomos à toalete nos limpar, eu já tinha visto que você estava muito animado com tudo, confirmava que sua vontade era mesmo experimentar, então resolvi deixar rolar. As bebidas ajudaram e eu baixei a guarda. E ela me provocou bastante, falou que você queria ser meu corninho, igual o Sarutti, e eu devia ficar com outro macho. Eu fui me deixando levar pelo desejo, até assumir declaradamente que tinha vontade de dar para o Manolo. Fiquei com tesão. Mas eu sabia que se me soltasse ia ser fora de controle.
Eu concordei com ela e comentei:
— De fato, você estava muito tarada, e a sua performance no sexo foi incrível. Totalmente devassa e liberada de uma vez. Mesmo eu sabendo que é uma mulher fogosa, que adora sexo, eu jamais poderia imaginar que iria ter um desempenho daqueles.
Maize, então, me olhando seriamente, perguntou:
— Foi isso então, amor? Eu assustei você? Ficou chocado?
Eu não achava que tivesse me chocado, nem assustado. Respondi:
— Não, não me assustou. Só me surpreendeu, você sempre foi tão travada, evitava até falar nessas coisas, negava fantasiar.
Maize passou a mão nos cabelos, indicando que estava tensa, e exclamou:
— Eu sabia que se eu me soltasse, ia ser daquele jeito. Você não sabe a safada que eu já fui. Ou que eu sou. Estava lutando para nunca voltar a despertar essa fera que eu havia aprisionado, como já disse.
Eu achei que precisava saber melhor sobre aquilo e comentei:
— De fato, nunca imaginei que iria ver você tão solta e devassa. Foi mesmo uma loucura. Soltou a fera com tudo!
Maize parecia mais tensa ainda, estava séria quando falou:
— Eu já falei. Tinha medo disso, amor. Se eu deixasse, minhas feras do meu passado iam tomar conta. Você não me conheceu antes da gente se encontrar. Agora, viu um lado bem devasso da sua esposa que não conhecia.
Eu não ia mais deixar passar a oportunidade:
— Vai, então me conta. A hora é essa. Eu sempre quis você mais solta.
Maize suspirou, meio resignada, e resolveu falar:
— Você não conhecia a puta safada que eu escondia não é mesmo? Eu fui uma menina muito safada, desde a adolescência. Eu já tinha perguntado. Quer falar sobre isso?
— Claro, agora sim. Eu quero.
Maize continuou:
— No colegial eu tive um namoradinho, meio inocente, mas eu já era curiosa e tarada. Meus pais se separaram quando eu era muito nova, nunca mais soube dele. E minha mãe era uma mulher jovem e bonita. Tinha muitos namorados, nada fixo com nenhum, e ela era muito sexy, e eles frequentavam a minha casa. Eu cresci nesse ambiente de liberdade, e conforme fui ficando mocinha, mais atraente, passei a ser assediada, e não demorou para eu ter, em segredo, alguns casos íntimos com os amigos da minha mãe. Com eles, sem que ela soubesse, aprendi a fazer sexo de todo jeito. Minha mãe trabalhava muito, era corretora de imóveis, vivia ocupada, e eu ficava em casa muito à vontade. E aprendi com os homens a ser muito tarada e devassa. Foi quando eu tive esse namoradinho no colégio, já no terceiro ano, e o pai dele era um homem lindo, malhado, esportista, muito safado. O menino era meio inocente, e com isso o pai deu um jeito de me pegar. Eu adorava ter aquele homem lindo e maduro tarado por mim. E ele era um sujeito muito dotado, tinha um pau lindo, como o Sony, e tivemos um caso secreto, por mais de um ano. Transávamos escondidos em toda as oportunidades.
Maize fez uma pausa, mas eu estava tão admirado que nem interrompi, esperando que ela prosseguisse.
— Naquela cidade de interior, nada fica muito tempo escondido e um dia, eu me encontrava na casa dele, transando com ele na sala, enquanto o namorado ia na academia de Judô, quando a esposa apareceu e nos flagrou no sofá. Ela filmou e fotografou. Foi um escândalo. A mulher surtou, quebrou um monte de coisas, nos expulsou, ligou para minha mãe, e mandou imagens para ela e para a família do marido. Ela ficou tão desesperada, era ciumenta e amava muito o marido. Ela saiu dirigindo desarvorada para a casa da mãe dela, numa cidade vizinha, e na estrada, falando ao celular, bateu o carro na traseira de um caminhão que seguia em baixa velocidade, e morreu.
Fiquei ouvindo aquela história muito admirado. Não tinha palavras para dizer. Maize estava decidida a revelar tudo:
— Minha mãe ficou apavorada, fechou a casa, pegamos nossas coisas e saímos da cidade no mesmo dia. Aquilo mudou toda a nossa vida. Ela se culpava por ter criado uma filha devassa, como ela mesma era. Eu acabei vindo morar aqui nesta cidade, com a minha avó. Minha mãe trocou o meu nome, pois antes era outro. Ela era advogada também e tratou das questões burocráticas. Queria apagar as pistas daquele passado. E demorou um bom tempo para minha mãe voltar a ter uma boa relação comigo. Mas eu nunca mais fui uma menina santinha no sexo, embora entendi que tinha que mudar e reprimir o meu lado devasso. Quando a gente se conheceu, pouco tempo depois, eu tinha feito terapia, havia resolvido mudar, consegui descobrir em você um lado tão bom e sem repressão moral, sem ciúmes, e sem puritanismo, que me apaixonei. O resto você já sabe. Sempre fui muito feliz no nosso casamento, nossos filhos são maravilhosos. Foi o que me fez jurar que nunca mais ia voltar a ser como era.
Eu ainda não sabia o que deveria dizer, fiquei muito assustado com aquela narrativa. Maize mexera num trauma forte do passado e agora estava novamente encarando o seu lado mais safado, tentando conter seus impulsos.
Eu analisava tudo. De certa forma tinha sido eu o principal provocador daquela nova situação. Mas Maize, até parecia estar lidando bem com aquilo. O que trouxera um dado novo, foi a minha reação anômala, de ter ficado sem libido e sem excitação. E ela de certa forma se sentia culpada.
Abracei minha esposa, beijei e disse:
— Amor, vamos descansar. É natural que você ficasse meio abalada depois do que fizemos. Não se preocupe comigo. Logo devo estar normal outra vez.
Maize nada disse, mas me beijava carinhosa. Aos poucos ela foi relaxando. Ficamos calados, cada um com seus pensamentos. Ela dentro de uns dez minutos acabou adormecendo. Eu tinha perdido o sono completamente. Eu queria falar mais, ouvir mais, saber mais, mas tinha que controlar a minha ansiedade, e esperar, para não dar a impressão de que eu estava abalado com tudo aquilo. Não queria traumatizar minha esposa. Quando finalmente o sono me pegou já era alta madrugada. Teria que esperar um outro momento mais propício. Eu não sabia que iria começar ali um período muito crítico de nossa relação. Mas contarei isso mais detalhadamente numa próxima parte.
Continua.
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