Ela e submissa, atraente, sedutora. Mas nas minhas mãos sofre todas as humilhações. Como alguém pode sentir tanto prazer com coisas que a maioria das pessoas simplesmente desprezam?
Camila é Gótica, sempre amou poemas de Álvares de Azevedo. De pele branca como a neve e olhos azuis, sempre vestida com espartilho ou vestidos escuros em tons vermelhos. Ela tem uma delicadeza lírica; seios lindos, em gota, e uma cheirosa vagina rosada. Como o espartilho modela, por óbvio, tem cintura fina, coxas volumosas, pés delicados. Ela é rica de berço, jamais teve que trabalhar para tirar, por exemplo, uma CNH ou ir ao cinema, mas trabalha para justificar seus ganhos. Já faz sete anos que ela tem a tatuagem no pulso. É minha mais dileta escrava, porque é muito inteligente, e paga para trabalhar para mim. Minhas escravas, esse ano, se uniram e me presentearam com outra moto, e disseram que vão providenciar um carro melhor para o clube no ano que vem.
Camila aceita a humilhação com uma submissão diferenciada. Quando as escravas se reúnem para nossos habituais encontros conjuntos, já todas nuas, bebendo, entregues a curtir uma música ambiente e conversando, Camila vai uma a uma que estão sentadas nos pufes, e afastando as pernas delas, delicadamente começa a passar sua língua pelos lábios da vagina, beijando-as como se fosse a boca mais carnuda do mundo, numa sofreguidão, que deixa-a repleta do melaço vaginal. Eu não preciso mandar, ela conhece minhas ordens pelo olhar. Eu já humilhei-a muito, mas ela já se sacrificou muito pelo clube, bebendo em troca de dinheiro, o esperma de vários motociclistas que encontramos numa casa de shows e trazendo para mim, numa bandeja, os valores colhidos.
Antes de continuar lendo, saiba que o presente conto não é para acéfalos semianalfabetos cujo movimento metal se assemelha ao movimento de uma ereção. Gosto de requinte, mesmo que busque evitá-los, não consigo fazer por completo. Se você não gosta, vá para outro conto…Sem contar: notou as CATEGORIAS do conto? Espero que sim!
Ela se comprometeu como nenhuma outra: acima da vagina, tem tatuado “VADIA”, além do Rei de Espadas no punho, e usa todos os dias uma coleira, onde o há um K dentro do símbolo de espadas. Ela usa a coleira sempre, uma indumentária rude para um corpo tão delicado, tão macio, tão alvo. Não há nada que o dinheiro não faça, então, como ela queria, um de nossos primeiros encontros, foi num cemitério famoso: mesa, vinho, saquê. Eu não tenho nenhuma admiração por isso, mas ela tinha. Eu dei-lhe muitos tapas no rosto aquele dia, forçando-a contra o meu pau, fazendo-a engolir cada gota do meu esperma.
Ela é um extremo, fez voto de lealdade a mim, então, nesse caso, se comprometeu muito. Ela é tão delicada, que quando vestida, ninguém supõe a enorme quantidade de tatuagens que ela tem, ou as humilhações que passa: nos encontros, ela está autorizada a beber o que quiser, mas para cada bebida, um terço ela deve colocar de urina, mas há uma regra: não pode ser a sua. Então lá vai ela, pedindo para as outras que urinem na sua taça, e todas, dão-lhe cusparadas e tapas antes da urina. Desobediência equivale a não pertencer mais ao grupo, e isso é a maior tragédia para uma escrava. Ela já esta em um nível de degradação carnal, portanto, ela colocou pequenos alargadores de cada lado dos grandes lábios da boceta, de modo que posso passar, como um cadarço entre eles, fechando seu orifício de penetração, pondo um lacre numerado nas pontas de cima dos “cadarços”. Aquela boceta com uma correntinha traçada como cadarço, é uma terrível humilhação, que ela mesma se propôs.
Sua dedicação ao clube, no último ano, fê-lha receber a mais notória homenagem do último encontro. Funciona assim: temos uma lógica interna, uma mística própria. Lility, é nosso amuleto, e está emoldurada nas nossas reuniões. O lesbianismo é o culto da feminilidade, mas as mulheres trans, união do masculino e do feminino, devem ser consideradas superiores às escravas, que sempre as chupam, e mantêm-nas entretidas, Camila recebeu, por votação, o cargo de escrava de Lility naquele ano. Em cada encontro é crucial que exista uma banheira na casa, sempre que alguma das escravas querem usar o banheiro, fazem-no na banheira. Ao final do quarto dia, uma congratulada fara sexo comigo ali, Camila foi a escolhida, como disse. Como punição, comigo sua vagina não foi usada, só sua boca, seu anus. Camila deitou-se primeiro, ela urrava de tesão, mergulhada naqueles líquidos, -”Abra minha boceta. Por favor Mestre! Abra” e levava tapas no rosto, beijos, lambidas, mas não abri, simplesmente ejaculei no seu cu. Enquanto eu me banhava, podia ver as trans do grupo, na banheira com Camila, todas cuspindo, humilhando, e penetrando-a pelo cu, equanto ela, em desespero, passava as mãos pelo clítoris, com força mas devagar para não se machucar. Com as luzes apagadas e apenas tons vermelhos, as outras vieram e se juntaram, ao som da música, ao sexo, entrando e saindo da banheira. Elas estavam num frenesi, graças aos líquidos que para ela são poções de humilhação. Elas fumam seus baseados, sopram a fumaça, em corrente, umas nas bocas das outras, e as que tomam porre de vinho, se querem por para fora, fazem-no em Camila, que passa amarrada o resto do rito, sendo apreciada por quem ali quiser ir.
Depois todas se lavam, tomam banho, limpam tudo. Eu mesmo dei banho em Camila; era preciso, retirar sua corrente e limpá-la bem. Cada uma tatuará, atrás da orelha, um L estilizado de Lilith, para significar que participaram deste encontro. Após o banho, elas podem descansar nuas no colchão coletivo, em frente da TV, onde assistem séries, comem, e uma ou outra volta a transa. Elas saem alegres, revitalizadas. Algumas aguardam os maridos virem pegá-las, outras vão embora sozinhas, só Camila, segue comigo.
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