Muitos libertinos me procuram por conta da minha penetração neste universo, cheios de dúvidas sobre se devem ou não viver suas fantasias. Hoje vou falar da psicologia do casal libertino e principalmente do cuckold.
Se não existe uma “normatividade” no comportamento sexual, então o cuckold é só um dos muitos fetiches bizarros que existem. Mas, por outro lado, se existe (veja bem: “se”) uma normatividade e ela é medida com termômetro chamado “dignidade da vida sexual” que por sua vez usa como referência a abertura para vida na relação sexual, a monogamia etc.. então, o cuckold está no mais degradante e baixo degrau da “escala”.
Minhas últimas duas relações foram liberais e de caráter cuckold, terminaram por razões que não se relacionavam com a prática, e se por algum tempo eu tentei não sucumbir ao cockoldismo, agora admito: não consigo!
Depois que aceitei a verdade, de que sou “um manso”, as coisas melhoraram muito porque não fiz nenhuma mulher triste: se querem relacionamento comigo já sabem que terão grande liberdade sexual, não são obrigadas a libertinagem, mas devem ao menos saber que existe essa possibilidade para elas.
Nunca saí do universo liberal apesar da solteirice, razão pela qual posso falar tudo com muita propriedade e ajudar vocês a se compreenderem melhor.
Mas também conheci muitos casais que se deram muito mal na empreitada.. o que aconteceu com eles? Bem, o fetiche não existe necessariamente para ser vivido; um relacionamento desgastado não se conserta com outros parceiros ou parceiras, a liberdade sexual é fruto de uma cumplicidade que só existe em relacionamentos muito bons e respeitosos.
1- Amor não é sexo: Realmente um ponto que sempre foi muito claro para mim é que amor não necessáriamente tem sexo e sexo não necessáriamente tem amor. O amor existe mesmo quando não há mais sexo. Existem, podem acreditar, casais que se unem justamente em função de um voto de castidade mutuo, e amando-se profundamente não fazem sexo. Por outro lado, a banalização do sexo faz com que, para muitos, ele não passe de uma “punheta” com outra pessoa, portanto, quem está nesse segundo caso, não está disposto a trocar o amor da sua vida só porque se entregou a um momento de prazer com outra pessoa. É bom que o sexo e o amor se confundam, e acho que no cuckoldismo isso é significativo.
2- O ciumes é diferente para homens e mulheres: Quando se tem bem claro que amor e sexo são coisas diferentes, os conjuges conseguem separar em campos diferentes o que cabe ao prazer do seu parceiro ou parceira, e o que é o amor da rotina do relacionamento.
O homem, não adianta reclamar, é muito menos sentimental que a mulher. A razão disso bem pode ser a função biológica da maternidade, mas nisso aí é melhor eu não me aventurar.
A mulher NÃO lida bem com o ciúmes MESMO quando tem vontade de manter intercurso sexual com outros parceiros. Muito da vida libertina de uma mulher se deve ao amor que sente pelo marido, vendo que isso é o que ele precisa para ser feliz: vê-la transar com outros homens. Mas elas não necessariamente gostam ou aceitam bem, MESMO quando pensam que sim, o marido com outras mulheres.
Por isso, no cuckoldismo que dá certo de verdade, o marido é fiel. Ele não tem intercurso sexual com outras mulheres, nem papinho, nem “troca de idéias” e nem é voraz consumidor de pornografia, como vocês acham que conheci a “casa dos contos eróticos”? Meu máximo permitido.
O homem compreende melhor que seu ciúmes no que concerne a ver a esposa sentindo prazer com outros é meramente material, enquanto o amor é metafísico e por isso distinto, então, ele não julgará a mulher na primeira briga, aliás, não julgará por isso nunca.
Claro que como todo casal, nos meus relacionamentos, tinhamos divergência de opinião, nunca me passou pela cabeça usar o fato da minha mulher ter sexo com outros, para insulta-la… Quando ficavamos com tesão, já passava a mão no telefone e ligava para o comedor. Minha mulher entendia perfeitamente que fazia sexo comigo através de outros.
3- Cuckold é uma prática sexual digna? Isso não tem nada haver com dignidade! Enquanto pensar assim só vai sofrer. Tem haver com bem-estar e felicidade; se você compreender bem que NADA tem haver com a moral institucionalizada, com a opinião dos outros ou mesmo com sua fé religiosa, então será muito feliz e tranquilo.
Como eu disse na introdução, numa escala “moral”, você, casal cuckold está no mais baixo patamar… Adianta reclamar? Você é o que é… E os impulsos elétricos dos seus neurônios os faz ter prazer assim e ponto. Não adianta vir falar “ah, tem uma tribo da polinésia na pqp que oferece às mulheres aos visitantes e portanto “é cultural ""...
Não minta para você mesmo; a cultura deles não é “sentir prazer” em ver a mãe dos filhos deles sentando no pau de outro, isso só existe para você. É diferente do voyeur porque ele gosta de ver sexo dos outros também, você não, você gosta da humilhação, razão pela qual você está próximo do BDSM e do sadomasoquismo etc.
4- Sou gay? De modo algum. Eu, por exemplo, não sinto atração por homens. Nunca senti. Mas o fato é que especificamente você faz do pênis de outro uma parte essencial do seu cenário sexual e de prazer. É comum que cuckold achem transsexuais atraentes, não porque elas “são homens” mas porque são mulheres com penis. Mas o cuckold gosta da feminilidade, por isso, já vi alguns namorarem com transsexuais, mas eles sentiam falta da vagina no momento de prazer, e suas namoradas trans eram extremamente femininas.
Eu por exemplo, não teria o menor problema em namorar uma trans, mas, só se fosse tão feminina que isso exigiria que fosse uma mulher com um pau, então, para que me enganar: não sou gay, a presença do pau alheio só é importante durante relações sexuais com sua esposa ou namorada.
5- O cuckold não quer ter contato com outro homem: isso é um erro que muitas mulheres cometem quando começam a vida cuckold. Fazer seu marido, que só se punheta, por exemplo, vendo-a, no final do intercurso sexual consumir o esperma do comedor, não é pura frescura, excentricidade, ou apenas mais uma degradação consensual… Não…Na verdade é a garantia de respeito!
Fazer o esposo consumir o esperma do amante é subordiná-lo a algum nível de interatividade com o comedor que crie automaticamente na mente dele um bloqueio para julgá-la com premissas morais depois que o tesão passar.
Se quer ser chamada de “vagabunda, puta e biscate” sem o menor tesão nisso na primeira briguinha, fique transando sem a presença do marido, só mandando vídeos… essa é a modalidade do cuckoldismo que sempre notei que dá muito errado mesmo.
Como se trata da modalidade mais frequente no cuckoldismo (a mulher transar sozinha e só mandar vídeos), não tenha dúvida… recolha o esperma do amante no preservativo e em casa, quando o marido estiver com tesão, despeje na boca dele ou em alguma parte sua e faça-o lamber… Não é mero “tesão”! É garantia de que ele sempre te compreenderá na base da cumplicidade, o que ele mesmo te pede para fazer. Ele nunca te julgará ou falará desrespeitosamente se souber que ele próprio participou.
Se o seu marido sugere que “não é importante” ele consumir o esperma do cara que ele esta deixando você dar a SUA boceta, provavelmente só esta te usando para sanar um fetiche rápido e está pronto para te dar um belo pé na bunda com terríveis xingamentos, no fundo ele te considera uma vadia (e aqui não há uma conotação positiva) e provavelmente te queimará com muita gente, te causando os mais terríveis transtornos.
Você pode barganhar “se não quer esperma vai ter que chumpar pau”. Alguns preferem. Eu não, porque o esperma na minha mulher ainda é algo meu e dela. Chupar o pau de outro cara acho muito invasivo; o importante é não ficar sem “a garantia de respeito e cumplicidade”.
6 - Cuckold não é apenas o sexo: Ponto fundamental. Não é verdade que você vai só deixar outro cara comer sua mulher e “ponto acabou” nas três ou mais gozadas. Muitas vezes o comedor passa muito mais tempo com vocês do que parece. Muitas vezes o comedor viaja com vocês e você precisa conversar com ele, conviver com ele, e aceitar ver ele e sua mulher de beijinhos e carinhos quando você está sem tesão, e isso nem sempre cai bem, entretanto, é natural e não pode haver mínima chance ou espaço para chilique de “corno arrependido”.
Arrumar comedores é sempre uma tarefa delicada, que deve procurar descrição. Não é bom comedor que quer ser marido. É bom que a mulher escolha os comedores que ela preferir, não é o marido que vai dar para eles. É bom que exista limites: se a esposa quer passar mais tempo com o comedor, o marido precisa estar junto. Só isso é bem válido. Eu nunca proibi que ela conversasse com os comedores pela internet, sempre achei até bom, gostava que ela tivesse intimidade com eles.
7- Cinto de Castidade masculino: Como disse antes, o homem no cuckoldismo não deve trair jamais. Sua mulher deve ser sua única fonte de prazer. Isso deixará não apenas ela segura mas também, e principalmente você. O cinto é a garantia de que você não debandará na primeira crise de consciência. Porque o controle do tesão te fará sucumbir suficientes vezes para a conformação total, chegará o dia que com ou sem cinto, você é um corno e gosta. Mas no começo recomendo muito… Porque o caminho é simples: ou entra para viver mesmo o negócio por muitos anos… talvez para o resto da vida.. ou simplesmente terminará muito mal.
8- Vale a pena arriscar o relacionamento? O relacionamento é sempre 80% vida adulta, compromissos, companheirismo, apoio mútuo, amor, carinho, dedicação, batalhas, ombro amigo e muito, muito respeito e motivação. Só 20% é sexo. Eu vivia meu cotidiano com o cinto de castidade e cumprindo certos rituais não obrigatórios para vida cuckold, como tomar o xixi da minha mulher, em completa naturalidade. Se queriamos viajar, levamos muitos acessórios e costumávamos planejar sempre tudo para três se não tínhamos certeza de encontrar algum comedor no lugar de destino.
Era completamente normal, o dia-a-dia, por grandes períodos de três. Às vezes eu estava trabalhando no escritório e ouvindo minha mulher beijando o comedor no corredor etc. Acordava com eles fazem sexo ao meu lado. A três, ela sempre dormia entre mim e o comedor, e nem sempre eu participava de alguma forma do sexo. Ela tinha autonomia para pequenos passeios, idas ali ou aqui, com o comedor e sozinha. Não era nada “forçado”, ela não me “ignorava”, era natural. As primeiras vezes é importantíssimo estar sempre juntos e cumprir o protocolo, mas depois não é tanto. Se você entender o que eu já disse: sua mulher te ama, ela faz SEXO COM VOCÊ apenas através do comedor, então você será feliz.
Visitamos parentes, amigos, íamos para lugares. E evitamos que os próximos tivessem conhecimento das nossas práticas. Não precisamos “fingir” para os amigos e parentes, apenas omitimos, ninguém acha que seu parente ou amigo é um “corno manso”. íamos para o trabalho e sempre levavamos tudo com seriedade, compreendendo sempre essa nossa condição sexual diferenciada . Discutíamos o dia-a-dia, pagávamos contas, adquirimos bens e nada disso implica qualquer coisa no cuckoldismo.
Por isso, é preciso saber que o relacionamento é muito mais do que sexo. Se minhas namoradas com quem vivi o cockold tivessem querido parar, eu nunca teria objetado, não sou maluco, o relacionamento e o respeito é mais do que isso. Mas como era algo que nós dois gostávamos muito, nunca foi colocado em questão. Depois de uma briga, mas de uma vez eu chamei um comedor que nos reconciliou, ela mesma, quando queria alguma coisa, não vinha fazendo manha, só esperava eu chegar do trabalho com outro na cama. E até hoje nos falamos, mesmo que uma more em outro país agora, ela diz que a vida sexual dela não existe se comparar com a que teve: se você tiver um relacionamento cuckold sexo para você será outra coisa.
A cumplicidade atinge um patamar maravilhoso, a primeira vez que você baixa a calcinha da sua mulher para outro homem penetra-la, você será ou o homem mais feliz do mundo ou o mais infeliz, importa a maturidade além de conduzir bem a situação, cumprindo, por exemplo os pontos 5 e 7.
A mulher do cuckold está sempre linda, porque o cuckold gosta de exibi-la, ela tem uma auto-estima gigantesca! Está sempre radiante. Geralmente é uma mulher cheia de conquistas porque todos os inibimentos foram rompidos. Já o homem, que entra numa espiral descendente e destrutiva quando trai, justamente por não trair, entra numa evolução no que se refere ao amor e ao carinho, se realizando também.
9- A mulher pode liberar o marido? Cuckquean são raríssimas. Como eu disse, mulher sente ciúmes bemmm diferente, então não recomendo. Nos meus dois relacionamentos cuckold, uma delas curtia mesmo inversão, e gostava e pedia que eu entrasse em contato com o comedor às vezes. Mas no segundo, que foi muito melhor, minha mulher preferiu arrumar uma parceira trans com quem eu podia me relacionar sem penetra-la, “o pau era só da minha mulher” assim, tivemos a Nick, que é linda até hoje. Ela chegou até a morar conosco por um bom tempo. Assim, com uma mulher sem vagina, minha namorada não se sentia traída e também desfrutava. Acho uma ótima opção, e não recomendaria nada além disso.
10- Comedor amigo? Não recomendo que amigos e colegas de trabalho sejam comedores da sua esposa. Uma vez minha mulher começou a se emperiquitar para dar para um colega meu, ela insistiu muito. Ele era meu amigo e era discreto… Para isso dar certo, tivemos que preparar todo um teatro, fomos para um hotel fazenda, ele foi convidado, lá bebemos e eu fingi que bebi muito e fui para meu quarto que era bastante longe. Minha mulher chegou horas depois rindo, cheia de porra, e dizendo que convenceu o cara de que eu quando bebia “já era”, como era ainda no primeiro ano de relação, tive que limpa-la. E assim: meu amigo nunca soube que eu sabia, e nunca me difamou, mas sempre perguntava da minha mulher naquele “E fulana está bem?” E algumas vezes foi muito solícito para ir na minha casa. Nunca desconfiei que ele tenha falado para alguém da empresa, e até hoje vejo-o às vezes e ele não sabe que sei. Sempre falo que amo minha mulher e ele completa “sim você tem sorte, ela é uma mulher ótima”. Mas lembro de uma coisa péssima: gastamos muito para tornar isso possível.
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