Após a longa e dolorida noite de recepção naquela prisão, Raquel e suas filhas acordaram com o Sol escaldante no rosto, presas em cruzes de madeira, em meio a um pátio de grama, entre dois prédios, onde existia um fluxo contínuo de prisioneiras sendo levadas de um lado para o outro, e também de guardas que passavam a todo momento. As 3 novatas estavam em pânico com o que viam, as prisioneiras estavam todas nuas, algumas eram forçadas a andar de 4, outras estavam algemadas de forma muito desconfortável, algumas cobertas de hematomas, outras com cabelos raspados, todas magras, pálidas e com olhar triste e distante, que refletiam o tormento que era aquele lugar, que agora seria a nova morada daquela família. Elas perceberam que haviam ali muitas prisioneiras, todas brancas, e que elas seriam apenas mais um número naquele lugar.
Após um tempo sob o forte Sol, com sede e entorpecidas pela dor, alguns guardas pararam sob elas, e vieram com uma escada para retirá-las daquelas cruzes, que elas nem lembram de terem sido presas ali. Míriam foi a primeira, que logo que caiu no chão, começou a chorar, e rapidamente foi algemada com as mãos para trás, e recebeu uma coleira no pescoço. Em seguida o mesmo ocorreu com Mónica, que também caiu da cruz, e foi levantada pelos cabelos por um guarda, que algemou ela com as mãos para trás, e colocou uma coleira igual a de sua irmã. Raquel foi libertada da cruz, caiu, mas diferente das filhas, ela teve um ataque de fúria, e partiu para cima de um dos guardas, com tapas, mordidas e arranhões, precisando ser contida, a base de cacetete, que fez ela cair no chão se contorcendo de dor. Suas filhas tentaram uma reação para proteger a mãe, mas foram pisadas pelos guardas, forçadas a ficar de joelho.
- Vadias, inúteis, quem vocês acham que são para reagir? Disse um guarda. Vocês não passam de lixo, e vão pagar caro por essa rebeldia, disse ele enquanto batia em Raquel.
- Socorro!!! Gritava Monica, logo abafada por um forte tapa no rosto, que fez sua boca sangrar.
Míriam apenas chorava, não conseguia falar, e fechava os olhos para não ver sua mãe sendo espancada.
- Como castigo por essa rebeldia, disse o guarda mais velho, provavelmente o chefe, levem as duas garotas para os muros, elas precisam arejar a cabeça. Já a velha, levem ela para o quinto andar, lá ela vai ter tempo para refletir sobre o erro que cometeu agora. Mas quero tratamento vip para ela lá.
Foi então que um guarda ordenou que Míriam e Monica começassem a andar, e foram sumindo atrás de algumas árvores, seguindo em direção a um canto isolado do muro daquela prisão. Raquel pode ver o rosto de suas filhas, que iam cabisbaixas em direção ao desconhecido. Foi então que ela foi levantada, e outros dois guardas obrigaram-na a andar na direção do prédio, para a entrada dele.
- Por favor, me perdoem, deixem eu ir com minhas filhas, não castiguem elas por minha causa. Dizia Raquel aos guardas.
- Quieta vadia! Elas são ser castigadas, muito castigadas, e você também vai, mas de forma diferente. Elas vão ficar no castigo apenas alguns dias, você para sempre talvez.
Raquel chorava, e um frio macabro percorria sua espinha, e suas pernas estavam bambas de medo, mas ela era arrastada para dentro do prédio da prisão. Ela percorreu o lugar a noite quando chegou, mas não tinha ideia real de como era aquele antro de maldades, pois era muito escuro a noite. De dia, ela pode ver como aquele lugar era cruel, pois logo na entrada, viu uma loira toda marcada de chicotadas, pelo sangue, percebeu que eram recentes as marcas.
Enquanto isso, Miriam e Monica chegavam a uma muralha de pedra, alta, cheia de grilhões, onde já tinham duas outras mulheres penduradas. Essas duas mulheres foram retiradas de lá, elas não conseguiam andar de tão exaustas e desidratadas, queimadas de Sol e magras. E no lugar delas, foram colocadas as duas irmãs, que ouviram do guarda a seguinte sentença:
- Como são rebeldes, vão passar uma semana nesse muro, presas, sem poder mexer-se, serão alimentadas apenas uma vez ao dia, e apenas beberão água da chuva ou do orvalho. Como é um lugar isolado, não serão amordaçadas, mas recomendo fazerem silencio, pois não vão querer atrair os animais da floresta ao redor da prisão.
Quando os guardas se foram, as duas irmãs apenas se olharam, e caíram em um choro profundo, não emitindo nada além de soluços e gemidos de dor.
Enquanto isso, Raquel ia subindo as escadarias da prisão, rumo ao seu suplício, ela viu o sofrimento das prisioneiras do primeiro e segundo andares, viu a dor das presas do terceiro andar, que estavam praticamente imobilizadas por diversas ferramentas de tortura macabras, que faziam questão de causar dor e humilhação. No quarto andar, ela viu como era terrível ser emparedada viva, ficando pregada a uma parede, e viu também como era cruel ser escolhida para cuidar daquelas prisioneiras, pois viu como as presas trabalhavam de forma humilhante, com a boca no piso imundo, misturadas a nojeira das presas emparedadas.
Chegando ao tão temido quinto andar, ela viu um enorme salão, repleto de mulheres presas por barras de metal enferrujado presos por entre suas pernas, todas na ponta dos pés, algumas a tanto tempo ali, que estavam com os pés deformados pela posição constante. O olhar daquelas mulheres era vazio, como sem vida, e seus corpos ostentavam marcas horríveis de queimaduras, chicotadas, cicatrizes e hematomas imensos com as bordas verdes e o meio roxo.
Ela percorreu todo o salão junto de seu guarda, até que viu lá no final, no canto a última fileira, uma barra livre, toda enferrujada, grossa como um cano de água, que estava abaixada. Ela foi então colocada na marca, e aquela barra foi introduzida em sua vagina, forçada ao limite, machucando o cólon de seu útero, e então o guarda com uma chave allen apertou a regulagem. Raquel tinha que ficar na ponta dos pés, senão a dor da barra dentro dela era insuportável.
- Bem vinda ao inferno vagabunda. Disse o guarda que prendeu sua barra dentro dela. Eu vou apimentar ainda mais sua estadia aqui, pode ficar tranquila, que vai ser inesquecível, continuou ele.
Então ele pegou um fio, que tinha uma presilha jacaré na ponta, e prendeu na barra de Raquel, e o outro fio, preto, com a mesma presilha, ele colocou no mamilo esquerdo dela. Que deu um gemido alto quando o metal cortou seu seio.
- Por favor, não faz isso comigo, eu prometo obedecer. Disse ela.
- Tarde demais vadia, agora é tarde.
- Esse fio vai te dar um choque elétrico a cada 10 minutos, e ele vai ficar ligado em você sempre. Disse o guarda.
Foi então que ele amordaçou Raquel com uma mordaça de borracha, que tinha um pau enorme na parte de dentro, que entrava fundo em sua garganta. E para finalizar, pegou dois anzóis, furou os mamilos de Raquel, e pendurou neles dois saquinhos com pedras, que forçavam ela a se inclinar para frente, fazendo a barra entrar ainda mais dentro dela, e causando dor tanto nos seios, quanto nas costas dela. Isso sem contar a dor e o desconforto da barra.
Raquel foi deixada lá, e ela entorpecida com tudo que estava acontecendo, ficava olhando aquelas outras mulheres, imaginando o que elas fizeram para estar ali, até que logo uma forte contração percorreu seu corpo. Era o primeiro de muitos choques que ela iria levar.
- Hummmmmm. Resmungou ela ao receber a descarga elétrica.
Logo ela percebeu que nem todas as prisioneiras levavam choques, apenas algumas, como forma de castigo. Ela também viu que todas, sem exceção, apanhavam naquele lugar, ela só não sabia se essa surra era dada com elas nas barras ou fora dela. Mas sabia que sua vez iria chegar.
Enquanto isso, suas filhas estavam penduradas na grande muralha, cheias de dor nos pulsos, e sedentas por água e sombra.
(No próximo capítulo continuamos a contar como é a vida no quinto andar)
contato com a autora: @eumesmasim (Tele)
