Os dias se passam, a rotina da prisão continua a mesma de sempre, mas algumas sutis mudanças alertam algumas prisioneiras mais atentas, que algo diferente está acontecendo. Banhos de Sol estão suspensos, o translado de prisioneiras de um lugar para outro diminuíram, a alimentação está um pouco melhor, elas não estão sofrendo nenhum tipo de castigo que possam deixar marcas ou hematomas, ninguém mais tem os cabelos raspados, são depiladas nas virilhas e axilas com creme, não mais a seco como antes, e todas são avaliadas, enumeradas com tatuagens e suas medidas são anotadas pelas guardas.
Raquel que estava no quinto andar, junto de Martina pouco notou a diferença, pois aquelas pálidas desgraçadas raramente viam a luz do Sol, e o peso da posição vertical na barra impedia ela de ver além de uma ou duas escravas a frente. Martina vendada nem isso conseguia ver. Míriam estava ainda no meio do mato, soba tutela da velha sádica, e não tinha contato com ninguém além da velha e uma ou outra guarda que aparecia por lá. Mônica já estava no terceiro andar, presa em um cavalete de madeira, e percebia uma pequena mudança na quantidade de alimento que ganhava. Nenhuma delas tomava Sol a mais de vinte dias, exceto Míriam. Já Laiza que tinha retornado para a prisão, já não estava mais enterrada no chão daquele maldito lugar, e estava sendo obrigada a carregar coisas nas costas de um lado para o outro da prisão, materiais para preparação do evento.
Vésperas do evento:
O festival para ricos, que já haviam ocorridos outras vezes, mas que dessa vez seria muito maior e mais longo, começaria no domingo de manhã e duraria uma semana inteira, onde os milionários, militares e políticos locais iriam para realizar suas mais cruéis e sádicas fantasias as custas das pobres prisioneiras, esquecidas do mundo.
Faltando dois dias para o grande festival de maldades, tudo já estava pronto, e todos os planos estavam prontamente preparados pelos diretores daquela prisão. E dentro do prédio principal, as prisioneiras foram retiradas de suas ferramentas de imobilização e colocadas para descansar, deitadas no chão da prisão. Isso incluiu as prisioneiras do quinto andar, que puderam descansar das fálicas barras, e sentiram um pouco de aconchego, tão raro para elas. No quarto andar, onde as mulheres praticamente são emparedadas, o sentimento foi de calmaria, e um estranho carinho tomou conta das prisioneiras tão sofridas dali.
Míriam foi trazida da casa da velha, e colocada na masmorra no subsolo da prisão, junto de Laiza e outras presas usadas no transporte de mercadorias para o preparativo do evento. As únicas prisioneiras bronzeadas daquele lugar.
No pátio atrás do grande prédio, um campo gramado, longe de árvores e totalmente exposto ao Sol, temos montadas exatamente seiscentas e trinta e nove barras, todas de madeira áspera, estão estaqueadas no chão na medida exata e com o número de identificação de sua dona. Esse é o número exato de prisioneiras morando nos andares do prédio principal, e cada uma delas vai ser colocada na sua barra, empalada, onde passará toda a semana, só descendo se for escolhida por algum visitante, para ser castigada e usada por ele. Elas pegarão o Sol escaldante, e o frio da noite, Sol e poeira, orvalho, serão moradoras fixas daquele pátio por exatos sete dias. Não descendo nem para dormir. Apenas as presas que estão bronzeadas, escolhidas para trabalhar, é que não irão para aquelas barras, um total de trinta e três presas, que ganharão um tratamento especial, e servirão de decoração da prisão durante esses dias de tormento de ricos para pobres mulheres sofridas.
A última noite antes do grande dia.
Na madrugada que antecedeu o dia da abertura do festival, um silêncio sepulcral tomou conta da prisão, e uma calmaria antecedia a tormenta. Mulheres em todos os andares dormiam, relaxavam da grande e degradante vida que tinham nos últimos tempos, e nenhum guarda andava pelos corredores. Todas estavam entorpecidas com a possibilidade de uma falsa liberdade.
Já deveria ser próximo do amanhecer, a noite já estava dando sinais de ir embora, quando uma leva enorme de guardas chegou para a jornada. Nessa semana não existiria folga, e todo o efetivo da guarda estava à disposição.
Com rispidez os guardas entraram pelo primeiro andar, obrigaram todas as presas a formar uma longa fila, e levaram o andar todo para fora. Como eram presas mais novas naquele lugar, muitas não faziam ideia do que era aquilo, e o medo emanava pelo lugar. Em silêncio da fila foi em direção aos fundos do prédio, pela trilha lateral. No pátio, muitos guardas aguardavam para colocá-las nas barras de madeira, que entravam arranhando suas bucetas, e que fez um coro de gemidos das presas, que após serem empaladas, seus pés foram acorrentados, e suas bocas amordaçadas com uma mordaça aranha, uma argola com ganchos laterais, que ficavam na lateral da boca. E um gancho de nariz foi puxado entre o nariz de cada uma delas e seus cabelos.
Logo após o segundo, o terceiro e o quarto andar foram trazidos para o pátio e tiveram o mesmo destino. Aos poucos um mar de mulheres nuas, empaladas e gemendo tomou conta do espaço, em longas filas, separadas a poucos centímetros uma da outra. Elas se entre olhavam, e era visível o medo e o pavor no rosto surrado delas.
As mulheres do quinto andar, já acostumadas a barra, estavam na frente do pátio, a frente de todas as outras presas, e suas barras tinham uma surpresa desagradável para elas, era de uma madeira áspera, mas possuíam um creme amarelado banhando a ponta da madeira. Um creme de pimenta africana, com um espessante e uma cola, que arderia durante toda a semana, mas um ardor controlável, apenas para incomodar e dar desconforto a elas.
Após todas estarem nos seus devido lugares, uma placa com o número delas foi colocado no mamilo esquerdo das presas, usando um alfinete, que transpassou o mamilo. Era a identificação que os visitantes usariam para comprar o tempo com elas. Evitando erros e desagradáveis trocas para aqueles nobres ricos que ajudavam tanto a manter aquele lugar.
Quando o Sol nasceu, uma linda e pálida multidão de mulheres brancas chamava a atenção dos homens e mulheres que chegavam naquele lugar.
Decoração maligna.
AS trinta e três prisioneiras que estavam no porão, elas ficariam durante o dia todo na masmorra, onde serviriam de demonstrativo para os visitantes das técnicas usadas na prisão, cada uma delas em uma ferramenta de tortura. E durante as noites, elas eram colocadas de ponta cabeça, presas em troncos estaqueados as margens do mar de mulheres empaladas, e serviriam de iluminação para aquele nefasto lugar, com velas imensas enfiadas dentro delas.
Era uma atração importante e adorada pelos visitantes, que aproveitavam para brincar com a cera quente em seus corpos.
(Como o festival é algo que gostam, vou fazer uns 3 ou 4 capítulos dele, com bastante sadismo, pouco limite e bastante sofrimento para as prisioneiras. Um deles vou usar nossas protagonistas, e nos outros vou contar histórias aleatórias)