Leonardo lamentou ter que dispensar os ensinamentos e conversas com Idalina, mas já era hora de agir por impulso. Aliás, fora ela própria que disse que somos animais instintivos antes de tudo, então a vingança seria por puro instinto primitivo: “Me fudeu? Vou te fuder também, sua biscate!”, pensou. Discou um certo número e uma voz já conhecida o atendeu:
- Fala, meu querido. Eu já tinha imaginado que estivesse bravo comigo e nunca mais fosse me ligar.
- Eu estava resolvendo algumas questões aqui, cara, e cheguei a pensar que não precisaria mais da sua ajuda.
- Ah é!? Se resolveu com a patroa? Vai curtir junto?
- Não! Curtir!? Com aquela filha da puta? Nem em sonho! Vou fuder de vez com a vida da biscate, mas vou precisar de você novamente.
- Ué! Se eu tiver a chance de fuder aquela boca e a bucetinha de novo, eu topo fácil. Tô dentro, nos dois sentidos… - Respondeu Francisco, gargalhando do outro lado da chamada.
- Vamos além. Se ela quer tanto trepar, está na hora de estourar o rabo da vadia!
(CONTINUANDO)
Francisco, um dominador experiente, sentiu que no tom de voz de Leonardo havia algo muito maior e muitíssimo mais perigoso do que ele estaria disposto a topar e foi sincero:
- Escuta, Leonardo, eu não vou partir para violência crua. Te expliquei como eu costumo agir e você concordou. Dentro do meu ramo de atuação, eu domino e faço miséria com uma mulher, mas se a sua intenção é partir para violência apenas, eu…
- Fica tranquilo, Francisco! Segue a tua linha, mas torture o máximo que puder a Vivian. Ela está precisando de uma lição de verdade.
- Então, está bem, mas você entendeu que eu vou torturá-la para fazê-la gozar ainda mais, né? E você vai participar novamente? Vai querer assistir?
- Sei lá, cara. Realmente eu não sei. Bem, me surpreenda. - Leonardo disse e se corrigiu: - Aliás, surpreenda ela.
- Certo e quando vai ser?
Leonardo explicou que nesse final de semana viajaram para São Paulo, pois Vivian participaria de um simpósio na quinta, sexta e sábado, sendo que no último dia, após o evento, haveria uma grande festa temática praiana, passando as informações do local e horário para o Francisco:
- Joia! Já estou imaginando umas coisas aqui.
- Capricha e vai me informando, ok? - Pediu Leonardo.
- Pode ficar tranquilo. Vamos nos falando.
Desligaram e Leonardo sentou-se à mesa de jantar para, novamente, comer sozinho. Já havia terminado sua refeição e agora curtia a terceira taça de vinho chileno que ele gostava muito, escolhido especialmente para a ocasião, quando Vivian entrou em casa. Ela, ao ver o jantar que ele havia preparado, sentiu um aperto ainda maior no peito, talvez como há muito tempo não sentia, talvez até maior do que quando o traiu pela primeira vez. Ela lembrou-se rapidamente daquele dia e como fora único: o gosto do proibido, o gozo nos braços de outro, o olhar inocente do marido quando ela chegou em casa, sua saudade por abraçá-la e recebê-la bem, tudo voltava mais forte agora. Seus olhos chegaram a se encher de lágrimas com o olhar de decepção que ele lhe lançou e ela se aproximou já choramingando:
- Eu… Eu… Poxa, desculpa, amô. Eu juro que não queria, só que… - Suspirou e enxugou uma lágrima: - Poxa, eu tenho minhas obrigações. Eu só não podia…
Vivian tentou abraçar o marido em meio a suas próprias lágrimas, mas ele a recusou, friamente, esticando um braço e colocando uma mão entre seus seios para conter a proximidade. Depois ele pegou o seu prato e foi até a pia, lavando-o em silêncio e o colocando num escorredor de louças. Fez o mesmo com os talheres, sua taça e só então lhe dirigiu a palavra:
- A comida está aí. Sirva-se e guarde o restante na geladeira, por favor.
- Poxa, Leonardo, eu já pedi desculpas… Não fiz por mal.
O sangue de Leonardo ferveu e suas vistas chegaram a escurecer com a desfaçatez da mulher. Chegou a olhar para uma faca no escorredor e uma ideia torta chegou a passar por sua mente, mas ele não era assim e não se deixaria cegar por um instinto tão primitivo, este talvez até mais que o outro que Idalina lhe explicara. Ele enxugou suas mãos num pano de prato e saiu em direção ao seu quarto. Ali ele trocou de roupas, pegou seu celular, seu travesseiro, um lençol e foi dormir no quarto de hóspedes, trancando a porta. Naquela noite, Vivian não teria sua companhia, ele havia decidido.
Minutos depois, ouviu Vivian subir as escadas e ir até a suíte do casal. Naturalmente, ela não o encontrou e chamou o seu nome, talvez o correto seria dizer “chorou o seu nome” pois o tom indicava lágrimas entre as palavras. Depois ela saiu da suíte e só então, vendo a porta do quarto de hóspedes fechada, tentou abri-la, sem êxito. Ela entendeu nesse momento que a crise criada com o seu marido era maior do que ela mesmo imaginava, mas ainda assim menor do que se ele soubesse da verdade de seu sumiço:
- Léo, amô, abre a porta. A gente precisa conversar.
Leonardo não só não a abriu como sequer se dignou em respondê-la, ficando em silêncio absoluto:
- Leonardo, por favor. Não faz assim! - Ela insistiu, chorando ainda mais alto.
O pior de tudo é que as lágrimas não pareciam ser de fingimento. Leonardo quase fraquejou, imaginando que ela pudesse estar sendo acometida por um repentino lampejo de honestidade. Ainda assim ele decidiu permanecer firme e onde estava, ignorando-a:
- Leonardo Bustamante, fala comigo! Sou sua mulher, eu mereço um mínimo de respeito.
O sangue de Leonardo ferveu novamente porque respeito era tudo o que ela não vinha tendo com ele. Mas como o choro dela não cessava, ao contrário, aumentava imensamente, sendo agora acompanhado de tapas e socos na porta, ele decidiu testá-la uma última vez:
- Tudo bem, Vivian, quero a verdade! Fala!
Vivian parou de chorar no mesmo instante, tomada por um desespero de possivelmente ter sido descoberta. Ela chegou a cogitar rapidamente contar toda a verdade para o marido, mas a que custo? Será que ele a perdoaria se soubesse tudo o que ela fizera? E com todos com quem fizera? Ela chegou a sentir uma leve tontura com a pressão do momento, mas se recuperou em seguida. Fingir ainda parecia ser a melhor saída:
- Eu já contei, amor! Eu estava trabalhando, não consegui sair antes, me desculpa, mas não foi minha culpa.
- Também não foi minha culpa que tenhamos chegado nesse ponto, Vivian. Vá dormir! Não quero ver sua cara hoje.
- Leonardo, o que é isso!? Vai mesmo brigar comigo por eu estar trabalhando, salvando uma vida?
Ele se calou porque se fosse responder, explodiria e jogaria um verdadeiro balde de merda no ventilador, sujando a tudo e todos, afinal, provas de sua infidelidade ele já tinha aos montes: vídeos, fotos, testemunhas. Só lhe faltava coragem de expor a adúltera, mas essa aumentava mais e mais a cada dia de uma nova mentira de sua esposa.
Vivian ainda chorando se recolheu à suíte deles e lá ficou. Se dormiu ou não, isso já não era mais problema dele. O pior de tudo é que eles teriam que viajar no dia seguinte para o Simpósio. Ele já cogitava desistir, mas se fizesse isso, não conseguiria dar sequência ao seu plano de vingança.
No dia seguinte, ambos acordaram cedo: Vivian primeiro, Leonardo depois. Ela já havia adiantado o café para o casal e tentou relativizar seu atraso no dia anterior novamente, contando a mesma ladainha com olhos marejados. Ele a ouviu para não piorar o que já estava horrível, entretanto sem olhar em sua direção e, ao final de sua explanação, disse um simples e seco “Tudo bem”, levantando-se em seguida para novamente lavar as louças que utilizou, deixando-a só na cozinha.
Ele foi até a suíte para se arrumar e viu que ela já havia feito as malas de ambos, cuidadosa, zelosa, carinhosa com os menores detalhes, parecendo a Vivian do início do relacionamento. Ela veio logo depois e também se arrumou, mas preferiu não tentar uma aproximação novamente com ele, pelo menos não naquele momento. “Um tempo. Isso! Ele precisa de um tempo em silêncio.”, ela pensou e se convenceu que, com isso, ele a perdoaria: “Vou ser a Vivian de antes e ele vai me perdoar. Vai sim.”
Viajaram, chegando a São Paulo no meio da tarde. Tomaram um café juntos e Vivian explicou toda a rotina que ela teria naqueles dias. Leonardo disse que ela poderia aproveitar tranquilamente os ensinamentos que ele, por sua vez, descansaria como há muito tempo não fazia. Ela se arrumou e no horário previsto, despediu-se do marido com um beijo no rosto, pois ele fez questão de virá-lo e ela desceu para o hall do hotel, para interagir com os colegas de profissão antes do início do simpósio. Leonardo não descansou, não mentalmente, pelo menos, e isso atrapalhou qualquer descanso físico, pois seu corpo se mantinha tenso, teso, com toda a situação.
No horário previsto para o término do primeiro dia do simpósio, Vivian não retornou, fazendo-o somente dez minutos depois, tempo provável para se despedir dos colegas e voltar pelo elevador. Ela pensava que poderia convencer o marido a saírem para jantar, mas Leonardo, depois de um lanche rápido pedido à cozinha do próprio hotel, já fingia dormir e sua atuação foi impecável, digna de um Oscar, até roncar, ele roncou. Vivian ficou ainda mais abalada, chegando a chorar em silêncio, mas decidiu não criar um novo caso. Banhou-se, vestiu uma camisola preta de cetim e um roupão macio por cima, pediu também um lanche e, depois de comê-lo, deitou-se ao seu lado, dormindo pouco tempo depois.
Na sexta-feira, o simpósio se desenvolveria durante a manhã e à tarde. Vivian pensou que finalmente poderia convencer Leonardo a saírem para um jantar romântico, afinal, ela devia uma consideração para ele que não estava tendo nos últimos tempos. Chegaram a tomar café da manhã juntos no restaurante do hotel e trocaram poucas palavras. Assim que ela saiu para o simpósio, Leonardo saiu do hotel e passeou o dia todo num shopping não muito distante dali, onde recebeu uma chamada de Francisco e acertaram os últimos detalhes da próxima fase de seu plano. Leonardo retornou somente por volta das vinte e uma horas e se jogou de roupa e tudo na cama, alegando uma dor de cabeça. Vivian que estava para explodir com ele, acreditou na desculpa e ainda tentou tratá-lo, mas ele disse que já havia se automedicado e só precisaria descansar. Dormiu, agora de verdade, estranhamente não roncou.
No sábado, a rotina de sexta se repetiria, acrescida da confraternização que seria feita à noite. Vivian acordou muito mais amiga, carinhosa, realmente muito melhor do que no melhor dos dias que tiveram. Novamente tomaram café e ela fez questão de tornar-se ainda mais próxima dele do que sempre fora. Tentou porque tentou o perdão de Leonardo e ele se viu tocado pela forma como ela agia, “aceitando” suas desculpas. Vivian deu um sorriso tão lindo que quase amoleceu de vez o coração do marido, mas uma pulga atrás de sua orelha gritava: “Fake! Ela é mais falsa do que uma nota de três reais, mané. Acorda, caralho!”. Ele, talvez pela convivência com ela, estava se esmerando em mentir e ela não notou o sarcasmo atrás de seu sorriso.
Assim que Vivian saiu para o simpósio, Leonardo ligou para Francisco que o atendeu no segundo toque. Explicou que já estava em São Paulo e havia conseguido uma entrada com um conhecido para a confraternização:
- E o que você vai fazer lá?
- Vou te surpreender. Só que você vai ter que confiar e fingir aceitar. É tudo parte do meu plano, para a cartada final. Confia que você vai gostar.
Desligaram. Leonardo descansou como há tempos não fazia, pois queria aproveitar ao máximo tudo o que ele aprontasse com ela naquela noite. No meio da tarde, Vivian retornou e começou a se aprontar. Depois ele fez o mesmo e no horário combinado, foram até o local da confraternização. Era um salão enorme, elegantemente decorado com motivos florais, havaianos, uma típica festa “sunset”, praiana, no coração da metrópole paulistana, coisa que só o dinheiro dos endinheirados pode fazer. Eram quase dezenove horas quando chegaram e já havia alguns conhecidos de Vivian ali. Ela apresentou o marido a vários médicos e médicas, inclusive a um tal de Vítor, loiro, alto e forte, charmoso por natureza, mas com pouca bagagem cultural além dos conhecimentos médicos que detinha. Leonardo não entendia como sua esposa podia ter se enamorado daquele merda, afinal, ele era muito mais maduro, inteligente e se julgava também bom de cama.
Vivian estava vestida de uma forma e se insinuava tanto para o marido que ele chegou a acreditar que ela estaria afim de uma noite de sexo com ele novamente, depois de tudo o que aconteceu na casa de swing. Ele vira no quarto que ela colocara uma calcinha vermelha fio dental que ele adorava, transparente e bem pequena na frente, e que mal cobria sua bucetinha que estava depilada, presa por dois fios pequenos que ligavam a parte da frente à de trás da calcinha. Por cima, ela usava um vestido preto colado que ia até metade das coxas, com um decote não tão escandaloso, mas que realçava seus seios, que já estavam empinados devido ao sutiã. Ela calçou saltos altos que a deixavam empinadinha e quase mais alta que ele. Ele tinha que reconhecer que sua esposa estava muito gostosa e era, sem dúvidas, uma das mulheres mais belas daquele evento, talvez até a mais bela.
Após um tempo interagindo com seus colegas de profissão, menos o tal Vítor, que saiu de perto, mas não deixou de manter uma certa proximidade e contato visual, decidiram beber. O tempo começou a passar com Vivian estranhamente dando atenção exclusiva ao marido. Logo, o local ficou bem cheio, com muita gente bonita de idades variadas.
Ao som da música que uma banda tocava, Leonardo e Vivian começaram a balançar timidamente, lado a lado, até que ela decidiu virar-se frente para ele. Bebiam demasiadamente, entretanto, ele permeava suas doses com água para os efeitos do álcool não se potencializarem. Ela se insinuava discreta para ele, mas sem cessar, olhando-o no fundo dos olhos de uma forma maliciosa. O tempo ia passando e, às vezes, eles eram interrompidos por alguns colegas dela que interagiam rapidamente, conversando, rindo, mas nem sinal do tal doutor Vítor. Depois de dançarem mais um pouco, decidiram descansar um pouco.
Sentaram-se a sós numa mesa de canto. Ambos já estavam alegres pelo álcool, ela muito mais que ele, mas ainda assim ele, movido pelo tesão instintivo de ver aquela linda mulher à sua frente, começou a passar uma mão em suas coxas. Vivian se surpreendeu, sorriu, olhou para os lados e apertou o seu pau por sobre a calça. Ela estava muito safada e o olhava com malícia, não, melhor dizer cara de puta: sorrindo, mordendo os lábios, acariciando-o. Ela achava que conquistaria o seu perdão e já havia se decidido fazer de tudo para consegui-lo naquela noite, quando, de repente, ela para, fica pálida e fecha a cara como se tivesse visto um fantasma.
Leonardo, imaginando ser o tal doutor Vítor, perguntou o que ela tinha, mas Vivian desconversou, dizendo não ser nada, apenas um mal estar passageiro, fazendo questão de provar que estava bem entornando o seu drink num único gole e o beijando em seguida. Leonardo não acreditou de imediato e, disfarçando, procurou olhar o que poderia tê-la incomodado, mas nada viu.
A natureza fez sua parte e chamou Leonardo para uma merecida mijada. Ele se levantou e ela, mais estranha que o normal, o segurou pelo braço, com um olhar de medo:
- Calma, Vivian, só vou no banheiro. Volto já.
- Poxa! Tá… Só não demora, por favor.
- O que está acontecendo, caramba!?
- Nada! Eu só… só estou com saudade. É que está tudo tão gostoso, tão perfeito, que eu não queria perder nem um segundo da sua companhia.
Leonardo ficou assombrado com tamanha dedicação e o pior é que não parecia ser falsa. Ele acenou positivamente com a cabeça, dando um sorriso em seguida e saiu sem olhar para trás. Aliás, nesse momento, ele se lembrou de que não havia visto Francisco em lugar algum e já imaginou que o “amigo” poderia ter furado com eles, e, sinceramente, isso já nem fazia mais diferença, porque ele tinha Vivian de novo para si, somente para si.
Na mesa, uma Vivian extrema e visivelmente nervosa, tilintava as unhas numa taça de drink vazia. Vítor viu a presa dando moleza e começou a se aproximar, mas antes que ele chegasse à mesa um moreno alto, forte, meio gordinho e mal encarado chegou chegando e se sentou onde antes estava Leonardo. Vítor estranhou e parou onde estava, observando curiosamente a conversa entre os dois que pareciam já se conhecer:
- O que você está fazendo aqui, Francisco? Esse é um evento fechado! - Vivian falou de imediato, tão logo se deu conta de quem ali estava.
- Tenho meus contatos, querida. - Falou, antes de tomar um generoso gole de seu uísque: - Além do mais, uma loirinha gostosinha como você, assim, desprotegida… Ah, não posso deixar, não é?
- Pode e vai, some daqui. O Leonardo foi ao banheiro, mas já deve estar voltando. Eu não quero problemas com o meu marido. Sai, Francisco!
- Tá bom, eu saio, mas só vou fazer isso porque assim que o Leonardo chegar, você irá dizer para ele que vai ao banheiro, onde eu estarei esperando você para… bem, para matarmos a saudade.
- Não vou!
- Vai, vai sim! E sabe por que você vai? Porque se não fizer o que eu estou mandando, volto aqui e sento com vocês dois. Olha que beleza, não é!? Velhos amigos se reencontrando num local como esse… Quem sabe a gente não repete nossa última “noitada”? - Falou, encarando-a com o olhar do mais cafajeste dos cafajestes.
Vivian se sentia trêmula, a voz daquele homem realmente mexia com seu equilíbrio. Ela não queria, mas não conseguia, ou talvez não quisesse, resistir:
- Mas a entrada dos banheiros é muito aberta. - Resmungou.
- Não aquele, né, biscatinha! Vou estar esperando você no banheiro perto das escadas laterais. Tem uma área mais, digamos, discreta ali e podemos conversar melhor…
Ela acenou positivamente com sua cabeça e Francisco saiu. Vivian ficou cabisbaixa, olhando sua taça e sem saber o que fazer, mas o tesão que ela já estava sentindo pelo marido, somado às lembranças que aquele homem lhe causara, atingiram em cheio sua buceta que inundou imediatamente. Ela temeu até que sua calcinha não desse conta e transbordasse, o que não seria muito difícil.
Perdida em seus pensamentos, ela nem viu Leonardo se aproximar e se sentar onde há pouco Francisco estava. Aliás, ela já virou cheia de raiva e ia enxotá-lo, parando ao ver que era seu marido quem havia chegado. Ele sorria, amigavelmente e conversaram besteiras rápidas. Então, ela disse que também precisava ir ao banheiro e ainda o avisou:
- Não devo demorar muito, mas também não serei tão rápida como você. Sabe como é banheiro de mulher, né? Filas intermináveis e ainda tem o blá-blá-blá e mi-mi-mi de costume. Vou lá e já volto, ok?
Leonardo confirmou saber a informação e não exigiu maiores detalhes. Ela se levantou e fez questão de lhe dar um selinho caprichado. Depois saiu em direção ao banheiro de onde ele veio, deixando Leonardo com seu drink. Como orientada, Vivian deu a volta pelo salão, margeando as paredes e logo se aproximou das escadas, onde Francisco já a esperava. Vivian só não havia notado que, atrás dela, à distância, vinha Vítor em seu encalço, curioso com a situação que presenciara. Quando ela se prostrou à frente de Francisco, este não perdeu tempo e a puxou pela cintura para colher um beijo. Ela refugou no início, mas isso não durou mais que dois ou três segundos, seguidos de leves tapas em seu ombro. Depois, foi ela que o agarrou e o beijo que já era intenso, tornou-se ainda mais. De olhos arregalados, um boquiaberto Vítor presenciava tudo e sacava o celular para registrar o momento. A vida de Vivian tomaria um rumo ainda mais complicado a partir daquele dia.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.
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