~Como assim você também tem culpa? Você sabia do que Henrique fazia?
Sara perguntou meio que sem pensar.
~Não!!! Eu não fazia ideia mas eu tenho culpa nessa história sim. Vou explicar a vocês.
Continuando;
Duda:
Quando eu vi os vídeos além do colar eu notei outra coisa entre aquelas 8 mulheres, todas são ex -funcionárias minhas. Achei aquilo muito estranho. Comecei a me lembrar de cada uma delas e outra coisa me chamou a atenção. Todas elas tiveram problemas graves nos seus casamentos e todas me contaram esses problemas e eu contei para Henrique.
Eu olhei as datas que os vídeos foram salvos mas era a mesma data, aí me lembrei que Henrique estava com aquele celular a poucos meses. Mas eu sabia onde descobrir as datas. Fui na nuvem do celular e lá eu consegui ver as datas de cada vídeo. Não tenho certeza de todos mas de alguns sim e foram feitos meses após essas mulheres terem desabafando comigo e eu ter contado ao Henrique.
A maioria daqueles relacionamentos estavam com os dias contados, não é atoa que a maioria nem existe mais, cinco das oito se divorciaram. Ali tinha mulheres que apanham do marido, que o marido vivia na zona, uma que o marido estava traindo ela com outra mulher, sinceramente alguns maridos mereceram os que elas fizeram mesmo eu não achando correto isso. Tinha uma ali que o marido contraiu uma dívida de jogo muito grande e isso afetou o casamento deles. Havia vários problemas conjugais diferentes que aquelas mulheres passavam.
Eu sempre procurei ser mais amiga que patroa das minhas funcionárias porque a maioria na verdade eu conheço a muito tempo. Todas essas mulheres se sentiram seguras em dividir seus problemas comigo e eu fui e contei todos para Henrique. O desgraçado usou isso para se aproximar delas, usou seus problemas para levá-las para cama. Eu acabei traindo a confiança de todas elas antes delas traírem a minha.
Até mesmo Raquel e Cláudia que não estavam ali nos vídeos, mas passaram pela mesma situação não foi diferente. Cláudia não estava aguentando mais passar as noites sozinha enquanto o marido passava a noite na zona ou nos bares bebendo, Raquel achando que você estava escondendo algo dela durante meses e não fazia ideia do que era.
Não estou dizendo que elas agiram certo ou estou tentando justificar seus erros. Estou dizendo que fui eu que dei todas as informações que Henrique usou para manipular e seduzir cada uma delas. Então eu também tenho minha parcela de culpa nessa história.
Raquel mais uma vez resolveu falar.
~Eu posso falar por mim e não pelas outras, mas eu não me senti traída por você. Henrique era seu marido então para mim não foi uma surpresa tão grande quando ele disse que você tinha comentado sobre meus problemas. Eu até conversei com vocês dois juntos depois. Eu também não te pedi segredo, até porque sabia que não seria algo que você sairia contando para os outros, mas ter contado para seu marido para mim não foi uma traição da sua parte. Nem te culpo por nada, nem você nem ninguém.
Raquel dessa vez levantou a cabeça e falou aquilo olhando para Duda.
~Você não pediu segredo mas outras sim, e eu mesmo assim contei para o Henrique. Claudia foi uma delas que pediu para eu guardar segredo e não contar principalmente para Henrique que era muito amigo do seu marido e mesmo assim eu contei por confiar e achar que Henrique não trairia minha confiança. Provavelmente Henrique usou isso também para deixar ela com raiva de mim e ter mais chances de conseguir o que queria. É só uma suposição, mas é bem possível.
O que Duda falou de Cláudia podia mesmo ser verdade já que Henrique não tinha nenhum escrúpulo.
~Sabe o que eu acho, que vocês não deviam ficar se culpando por nada. Isso tudo começou por causa do Henrique. Ele que deu início a tudo isso. Mentiu, enganou, manipulou, traiu mas pagou com a vida por tudo que fez. Se você errou Duda eu não sei, não cabe a mim julgar. Você cunhado também no meu ponto de vista errou sim, por um motivo nobre mas errou. Você Raquel nem se fala, desculpe amiga, mas você agiu da forma mais errada possível, foi burra e se deixou ser manipulada da forma que foi. Porém eu acho que vocês ficarem aqui se culpando não vai resolver nada. A história basicamente já foi toda esclarecida, vocês deviam era se perdoar e seguir a vida de vocês, não sei se com os mesmo relacionamentos que vocês tinham antes, mas seguir a vida.
Todos olhando para Sara que falou aquilo e foi se levantando e antes de sair ainda disse outra coisa.
~Nem adianta ficar me olhando com essa cara, vocês sabem estou certa. ficar se culpando não vai resolver nada. Eu só acho que Henrique não deveria sair ganhando no final. E enquanto vocês ficam aí se culpando ele vai estar ganhando. Sejam fortes, sigam em frente, tentem buscar a felicidade de vocês. Mostrei para aquele babaca que apesar de tudo vocês conseguiram ser felizes enquanto ele queima no meio do inferno.
Sara se levantou e saiu lá para fora.
~Desculpe gente, ela é meio impulsiva às vezes.
Meu irmão foi atrás da esposa. Duda começou a rir do jeito que meu irmão falou.
~Raquel não vou abrir a loja na semana que vem. Não vou estar com cabeça para isso e provavelmente nem você, sem nós duas lá fica meio complicado, mas te espero lá na outra semana se ainda quiser trabalhar comigo.
Provavelmente Raquel não esperava aquelas palavras da Duda
~Você ainda quer que eu trabalhe para você? Mesmo depois de tudo que eu fiz?
Duda respirou fundo e pareceu pensar no que ia dizer.
~Eu não sei se vamos voltar a ser amigas como antes. Isso o tempo vai dizer, mas você sempre foi uma ótima funcionária. É da minha confiança e praticamente meu braço direito na loja. Não sei o que vai ser da minha vida talvez eu resolva sair daqui por uns tempos, quem sabe começar uma vida nova em outro lugar. Tenho muitas coisas para pensar mas a loja não pode parar. Então realmente eu gostaria de sua ajuda lá.
Raquel abriu um pequeno sorriso, acho que ela viu ali uma ponta de esperança de recuperar a amizade de Duda.
~Pode contar comigo. Prometo que não vai se arrepender e obrigado por ainda confiar em mim como sua funcionária.
Duda disse que precisava ir mas que a gente se falava depois. Ela saiu e Raquel perguntou se era para mandar o Júnior de volta ou podia deixar ele com ela. Eu disse que podia deixar ele lá se ele quisesse ficar, agora se ele quisesse vir para casa podia deixar também. Ela disse que tudo bem e foi sair, aí eu pedi para ela esperar um pouco que eu precisava conversar com ela. Ela se sentou novamente.
Eu fui lá fora e Duda ainda estava lá conversando com meu irmão e Sara.
Fui até eles e disse que ia conversar com Raquel a sós rapidinho e já voltava. Duda disse que precisava mesmo ir e se despediu de nós. Meu irmão disse que já estava na hora deles irem também. Nós despedimos, eu agradeci eles por terem me apoiado. Sara correu até dentro da minha casa e foi se despedir da Raquel. Depois eles se foram e eu voltei para dentro
Raquel estava sentada no mesmo lugar me esperando. Eu sentei e disse a ela que eu achava que ela deveria marcar uns exames para ver se ela não tinha pegado nenhuma doença de Henrique, já que transaram sem camisinha e ficou claro que ele não tinha relações só com Duda. E que ela deveria conversar com Duda sobre isso e talvez as duas poderiam até ir juntas. Ela disse que ia fazer isso.
Perguntei se dava para ela ficar na sua mãe por uns tempos até a gente resolver nossa situação. Que assim nosso filho poderia ver nos dois todos os dias, se caso ela quisesse podia voltar para casa e eu iria para casa dos meus pais. Ela disse que poderia ficar na sua mãe sem problemas.
Falei mais umas coisas que eu queria fazer. Por exemplo de que era melhor evitar falar para nosso filho o que está acontecendo antes da gente decidir o que fazer definitivamente. De não comentar sobre isso com ninguém além das pessoas que já sabia. Ela concordou com tudo. Aquilo me incomodou. Raquel sempre foi do tipo que dá sua opinião sobre as coisas, mas ali ela só estava aceitando tudo que eu falava sem reclamar ou dar sua opinião.
~Você não vai dizer nada? O que você pensa? O que você quer? Vai só ir concordando com tudo?
Ela me olhou com um olhar triste.
~Eu não posso ter o que eu quero. Não posso fazer o que eu quero. De que adianta falar?
Eu questionei o que ela queria.
~Eu queria poder voltar no tempo e reverter tudo de ruim que eu fiz para você. Queria poder voltar a ter a vida que eu tinha antes de eu estragar tudo. Queria poder continuar casada com você e voltar a ser feliz como a gente era. Mas não posso fazer nada disso, pelo menos não agora e talvez nunca vou poder. O que eu quero não importa agora porque não vai acontecer e a culpa é minha.
Ela tinha razão, o que ela queria não tinha como acontecer, não no momento. Como ela mesmo disse, talvez nunca mais tivesse. Eu não tinha nem o que dizer para ela então fiquei calado. Ela se levantou da cadeira e disse que já estava indo embora e saiu. Eu fiquei ali sem saber o que fazer.
Eu a amava e muito, mas eu estava muito magoado, a dor que eu sentia era muito grande. Eu naquele momento já sabia que ela realmente tinha se arrependido e a raiva que eu sentia dela nem existia mais. Mas a raiva do que ela fez sim estava muito viva dentro de mim. Resolvi tomar um banho e tentar relaxar um pouco, eu tinha que tomar uma decisão mas eu iria pensar com calma. Essa decisão iria afetar a vida do meu filho também. Era melhor eu por tudo na balança antes de resolver o que fazer.
Tentei voltar a minha rotina normal na segunda, abri a minha oficina e fui trabalhar. Raquel continuou na casa da mãe e Junior com ela. Ele ia na oficina todo dia depois da escola, claro que me perguntou porque ele e a mãe estavam ficando na casa dos avós, eu disse que eu e a mãe dele tivemos uma pequena discussão e estávamos morando em casas separadas para esfriar a cabeça. Ele pareceu acreditar mas não gostou muito de saber daquilo. Deu para perceber que ele ficou triste. Assim que ele saiu mandei uma mensagem para Raquel avisando da nossa conversa.
O tempo foi passando e algumas pessoas vieram perguntar se eu estava bem, que tinha visto Raquel meio triste. Que notou que ela estava morando com a mãe. Eu sabia que algumas daquelas pessoas realmente estavam preocupadas, mas alguns só queria especular para sair fofocando. Eu disse o que eu e Raquel já tinha combinado, que a gente teve uma pequena briga e ela estava na mãe dela até as coisas se acalmarem.
Eu fui tocando a vida e o tempo foi passando. Minha indecisão acabou virando meio que um esquecimento e eu já nem pensava muito mais em separação nem em reconciliação. Nisso já tinham se passado três meses. Eu raramente via Raquel mas me comunicava com ela sempre que precisava pelo celular. A mágoa foi passando e a dor diminuindo. Mas o amor que eu sentia por ela não diminuiu nem um pouco.
Duda vendeu o terreno onde ficava o Rancho, vendeu a fazenda que era do seu pai. Comprou um apartamento e um cômodo de comércio bem grande na cidade vizinha onde meu irmão morava. Ela decidiu abrir outra loja e morar na mesma cidade que meu irmão. A gente se falava sempre e ela me contou que a convivência com Raquel estava boa e tinha a perdoado mas que a amizade ainda estava muito estremecida.
Sara e meu irmão sempre vêm nos finais de semana para ver meus pais e me ver também. Sara disse que levou Raquel na ginecologista dela e Raquel fez todos os exames e não foi encontrado nada de errado mas que uns ela teria que repetir para ter certeza. Todas as pessoas que sabiam da traição tinham a mesma opinião. Eu deveria dar uma segunda chance a Raquel, ela me amava e tinha se arrependido. Até meus pais achavam isso. Eu concordava que ela realmente tinha se arrependido e me amava, mas eu não poderia voltar com ela no momento, não era orgulho, era o medo de não conseguir ter uma relação saudável com ela depois de tudo que aconteceu.
Nesse meio tempo meu padrinho apareceu algumas vezes na oficina, não contei a ele o que houve mas a vontade foi grande.
O fim do ano chegou e na virada do ano era costume reunir toda a família na casa dos meus pais. Logo que cheguei já estava quase todo mundo lá. Duda veio com meu irmão e Sara que acabou virando sua nova melhor amiga. Duda me viu e já me puxou para me apresentar seu namorado. Seu nome era Jorge. Pareceu ser um cara legal. Era médico e se conheceram através do meu irmão. Fiquei ali com ela conversando e bebendo umas cervejas. Logo vi meu filho chegar com seus avós maternos, mas Raquel não estava. Fui até eles e perguntei à minha sogra o porque ela não veio. Minha sogra disse que ela ficou com medo de me chatear, mas que achava que na verdade o medo era de me ver com alguém.
Eu sai para fora da casa e liguei para Raquel, pedi para ela vir que não tinha problema algum, que ela não precisava passar o ano longe das pessoas que ela gostava por minha causa. Ela falou que estava tudo bem, que iria dormir cedo. Aí pedi por favor para ela vir, que ficaria muito triste se ela não viesse. Ela disse que iria então, que logo chegaria. Voltei para dentro e fiquei conversando com o pessoal.
Raquel apareceu depois de uma meia hora, fazia algum tempo que eu não a via, mas fui lá falar com ela e a tratei muito bem. Evitei falar qualquer coisa sobre nossa situação. Não queria estragar a noite dela e nem a minha. Não deixei de notar que apesar do esforço que ela fazia para parecer bem, na verdade ela não estava nem um pouco bem. Dava para ver que aquela mulher alegre é de riso fácil não existia mais, seu olhar era triste até mesmo quando saía um sorriso meio forçado do seu rosto.
Quando voltei para perto de Duda comentei com ela sobre isso e ela disse que a vida de Raquel não estava fácil. Que ela não falava mas dava para perceber que ela estava cada vez mais triste, que o tempo não a fez melhorar, ao contrário, parecia que cada vez ela estava pior. Duda falou para eu reparar o quando ela estava mais magra, eu olhei na direção dela e realmente ela tinha emagrecido bastante. Duda disse que aconselhou ela a ir em psicólogo mas ela não quis.
Sara ouviu nossa conversa e disse algo que me quebrou. Ela falou que Raquel chorava toda vez que elas tocavam no meu nome. Que ela que às vezes perdia o sono pensando que a qualquer momento um advogado poderia chegar e trazer com ele os papéis do divorcia. Que não sabia o que fazer, se me procurava e me implorava outra chance, se ia embora para algum lugar antes de me ver com outra. Que a vida dela estava um inferno e era tudo culpa dela.
Eu realmente fiquei triste com aquilo.
~Otávio aquela mulher te ama mais que tudo na vida dela, não sei o que você vai resolver e quando vai resolver, mas de uma coisa eu tenho certeza. Você nunca vai encontrar alguém que te ame mais do que ela e nem uma mulher que vai te respeitar daqui para frente, muito menos fazer de tudo para te fazer feliz do que Raquel. Ela errou, se arrependeu e muito, se ela tiver uma segunda chance ela não vai desperdiçar.
As palavras de Sara faziam sentido.
~Eu a perdoei e lhe dei uma segunda chance, ela tem me provado a cada dia que fiz a coisa certa. Nós conhecemos a Raquel a muito anos, sabemos que aquela Raquel que fez aquela merda toda não é a Raquel que conhecemos. Ela se perdeu e fez merda e das grandes mas sabemos que a Raquel é uma boa pessoa, boa mãe, foi uma ótima esposa durante 15 anos. Não deixa aquele erro apagar tudo isso.
Duda falou aquilo, passou a mão no meu rosto em um gesto de carinho e saiu puxando Sara junto com ela.
Fiquei pensando naquilo tudo e estava na hora de pôr um fim na minha indecisão. Procurei Duda e perguntei se ela poderia dar 15 dias de folga para Raquel. Duda disse que Raquel era sua gerente, seria complicado mas daria um jeito. Eu fui até onde Raquel estava e chamei minha sogra para conversar, depois chamei meu filho que não gostou muito da conversa mas concordou.
Raquel só olhava, fui até ela e disse que depois da virada eu queria falar com ela. Ela disse que tudo bem e eu voltei para onde eu estava. Fiquei ali com meus amigos durante a virada de ano, mas quando terminou a contagem eu olhei para Raquel que estava me olhando. Mas ela abaixou a cabeça quando eu a olhei.
Chamei meu irmão e contei o que eu iria fazer e pedi para ele avisar as meninas depois que eu saísse para evitar que as duas arrumassem um escândalo ali.
Saí e fui até Raquel e chamei para a gente ir na minha casa, quando chegamos eu a levei para dentro, e seguimos para meu quarto. Peguei uma mala e fui até o guarda roupas e comecei a pegar umas roupas. Raquel estava parada na porta me olhando sem entender nada.
~Me ajuda aqui por favor
Ela veio
~O que você vai fazer?
Eu sorri e disse que ia viajar.
~Como assim viajar? Vai para onde?
Eu sorri e disse.
~Vou para praia. Provavelmente em Guarapari, mas no caminho a gente decide. Me ajuda a fazer minha mala e depois a gente faz a sua. Já avisei sua mãe e Junior. Duda te deu 15 dias de folga.
Ela foi saindo de perto de mim andando de costas com as mãos no rosto até chegar na nossa cama e se sentar. Ela começou a chorar do nada. Eu fui até ela e perguntei se ela tinha achado tão ruim assim de ir para praia comigo. Ela não conseguia responder. Seu choro foi ficando cada vez mais forte e eu comecei a me preocupar. Ajoelhei na sua frente e pedi para ela se acalmar. Ela praticamente se jogou em cima de mim e me abraçou e continuou a chorar muito forte. Eu percebi que ela tentou me dizer algo, mas não saia nada além do choro. Não sei quanto tempo ela chorou, mas foi muito tempo. Por fim ela parou mas não soltou meu pescoço. Ela começou a dizer obrigado e foi repetindo várias vezes. Não vou negar que também me emocionei naquele momento. Quando ela me soltou eu procurei seus lábios e nos beijamos. Como eu senti falta daquele beijo
Terminamos de arrumar minha mala e fizemos a dela deixando espaço para ela pôr as coisas que estava na casa da mãe dela e ela iria levar. Arrumamos tudo e entramos no carro. O sorriso dela estava enorme, dava para ver que a felicidade tinha voltado. Eu também estava muito feliz de ter ele ali do meu lado de novo
Passamos na casa da mãe dela onde ela trocou de roupa, terminamos sua mala e saímos, decidimos ir para Cabo frio em vez de Guarapari. Depois de horas de viagem chegamos. Foi meio difícil encontrar vaga em um hotel decente fora que foi bem caro a hospedagem. Nem saímos naquele dia. Estávamos mortos e dormimos bastante. Quando acordamos fizemos amor e ficamos namorando o resto do dia é da noite.
Acho que nunca escutei tanto eu te amo na minha vida. No outro dia aproveitamos a praia e ligamos para conversar com nossos amigos e família. Os dias foram passando e aproveitamos muito a praia e a cama do nosso quarto. Nunca fui tão feliz na vida, aqueles dias marcariam nosso recomeço e depois delas nosso casamento se tornou até melhor. Raquel se tornou mais amorosa e mais carinhosa que antes.
Aquelas férias também renderam frutos, ou melhor, uma frutinha linda. Depois de nove meses nasceu Clarissa, uma menina linda que só trouxe mais felicidades ainda para nossa vida.
Não sei o que teria acontecido se eu não tivesse a perdoado e me divorciado. Talvez hoje eu estaria feliz também com outra pessoa, eu não sei. Eu só sei que não me arrependo em nenhum momento das decisões que tomei. Se eu pudesse voltar atrás eu faria tudo de novo porque hoje tenho do meu lado a melhor esposa que eu poderia ter!
Uma cena que aconteceu na praia que eu nunca vou esquecer, estávamos sentados na areia tomando água de coco quando um vendedor ambulante chegou atrás de nós com várias bijuterias e veio nos oferecer.
~O casal não se interessa em olhar algumas peças não, tenho belas peças para oferecer como esse lindo colar de pérolas
~Nãoooo!!!
~Nãoooo!!!
FIM
[ ~Obrigado a todos que acompanharam a história! Sei que não é o final que muitos queriam mas espero que tenham gostado!
Não sei quando volto a escrever outra, talvez nem volte, como disse escrevo por diversão e quando isso vai acabando por causa de algumas situações é hora de respirar um pouco e pensar se vale mesmo apena escrever. Mas de qualquer forma nós vemos por aí nos comentários da vida. Rsrs ]