Quando vi a face da criança, nem DNA seria necessário para provar que o filho era meu, tamanhas as nossas semelhanças. Inclusive, ele tinha uma mesma manchinha de nascimento sobre a mãozinha direita. Eu olhava para as fotos sem saber o que dizer, mas sabia bem quem atacar:
- Você me afastou do meu filho por três anos, Lúcia? Quem você pensa que é para ter feito isso?
- Por favor, Gê, agora não. Eu… Eu já tomei pedrada de meio mundo, não sei mais a quem me socorrer. Só pensei em você…
- Bom, pelo menos você tomou uma decisão correta dessa vez! - Eu a interrompi e também a mim mesmo, pois minha raiva podia esperar, mas o meu filho aparentemente não: - Ok. A gente conversa sobre isso outra hora. O que está acontecendo? Do que você precisa?
(CONTINUANDO)
Ela começou a me explicar a doença do nosso filho e quando disse o nome, um calafrio da pior espécie me percorreu a espinha: hepatite do tipo C. Devo ter ficado branco, pois me perdi em pensamentos horríveis e só voltei ao ar quando notei que ela estava me abanando e um cara me balançando na cadeira:
- Oi, oi! Já tô aqui. Já voltei. - Disse para que o cara parasse de me balançar.
- Gervásio, você não pode enfartar agora. - Disse a Lucinha, ainda me abanando, preocupada.
Não consegui evitar uma risada gostosa com sua preocupação a meu respeito e ela acabou sorrindo também, embora nervosa. Naquele momento só uma coisa me interessava: salvar o meu filho:
- Tá e… O que a gente precisa fazer? Por onde a gente começa?
- Ele vai ter uma consulta amanhã de manhã com um médico especialista que o prefeito de Itú arrumou para a gente por intermédio do meu pai. Seria bom se você pudesse ir e…
- É claro que eu vou! Sem dúvida alguma! - A interrompi e no ato a informação caiu como uma bomba: - Ele… Ele está aqui, em São Paulo?
Ela me encarou e mordeu o lábio de uma forma que eu conhecia bem, estava nervosa, mas foi honesta:
- Ele está aqui, no shopping, num parquinho com a minha mãe. Quer… Quer conhecê-lo?
- Aqui!? - Perguntei e sorri: - Se eu quero conhecê-lo? É o que eu mais quero na minha vida!
- Você, talvez, note que ele está meio abatidinho… Amarelinho…
Ouvir aquilo me doeu na alma, pois eu sabia que o “amarelo” da pele poderia indicar que a doença já estava num estágio avançado. De qualquer forma, naquele momento, eu só queria conhecer o meu filho:
- Vamos lá, eu quero vê-lo, pegá-lo, abraçá-lo, sei lá… - Pedi já me levantando e indo até o garçom para pagar a conta.
Ela se levantou e me indicou a direção. Caminhava ao meu lado, tensa, abatida, cansada, e plenamente justificável estar naquelas condições. Um lado meu não queria, mas o outro precisava e eu a abracei. Surpresa, ela não recusou:
- Obrigado! Obrigado por ter cuidado dele até agora, mas já é hora de eu te ajudar e eu vou. Fica tranquila.
Por que eu disse isso? Ela desabou a chorar e descarregou no meu peito toda a tensão que estava carregando. Não era justo puni-la por seu erro, ainda mais usando o nosso filho. Mesmo atrasado, era hora de eu ajudá-la, aliás, ajudá-los. Eu só torcia para não ser tarde demais.
Ela se recompôs algum tempo depois e seguimos pelos corredores. Chegamos rapidamente ao parquinho e já na portaria ela me indicou onde ele estava. Vi de imediato a minha sogra que não havia mudado nadinha. Ela brincava numa piscina de bolinhas com um menininho, o meu menininho, o meu filho. Nesse momento, quem não conseguiu se segurar fui eu e chorei ao vê-lo. Não que ele estivesse tão ruim quanto eu imaginava, até não estava, sua cor parecia boa, ele estava bem corado, mas feliz e brincando bastante. Minhas lágrimas foram de emoção mesmo, por saber que eu era pai. Impressionante como a gente consegue se ligar tão rapidamente a alguém, naquele momento eu já o amava como nunca amei ninguém em minha vida:
- Está tudo bem, Gê?
- Hã? Ah, tá… Tô sim! - Falei, enxugando uma lágrima na barra da minha camisa: - E vai ficar ainda melhor quando eu conhecer aquele mocinho ali.
Ela foi até a atendente de balcão que chamou um monitor que, por sua vez, foi até a minha sogra. Logo, eles começaram a vir até a direção da saída. Minha sogra parecia ter a paciência de Jó, porque ele vinha resmungando e mostrando os brinquedos, certamente nada feliz por estar saindo dali:
- O nome! Qual o nome dele, Lucinha? - Perguntei, ansioso, sem tirar os olhos dele que se aproximava aos trancos e barrancos da portaria do parquinho.
- Não é Juninho! - Ela disse e riu: - Desculpa, Gê, mas o seu nome é muito feio. Então, decidi chamá-lo de Gustavo.
- Gustavo… - Repeti quase que no automático: - Gustavo, Gustavo, Gú… É! Eu gostei!
- Assim que eles chegarem, deixa eu conversar rapidinho com ele, ok? Só para prepará-lo.
- Tá! Claro, claro…
Eles saíram pela portaria e eu tentei me adiantar, esquecendo-me do pedido da Lucinha, mas sendo contido gentilmente por ela que me segurou pelo braço. Ela foi até o filho e o levou até um banquinho ali do lado. Cumprimentei a minha sogra, dona Helena, e recebi um abraço de gratidão que me encheu o coração de paz. Não sei o que ela pensava, mas ela me ver ali certamente lhe fez um bem danado. Lucinha agora conversava com o Gustavo:
- Mãe, brinquedo… - Falava e gesticulava em direção ao parquinho: - Não tô com fome.
- Calma, Gú! Você vai poder brincar o quanto quiser depois. - Ela tentava controlar a própria emoção e procurar a melhor forma de nos apresentar: - Lembra que eu te falei que um dia o seu papai voltaria daquela viagem para te conhecer? Então…
O menino era esperto e pegou no ar a insinuação dela, me olhando dos pés à cabeça. Acho que ele nem mais estava prestando atenção no que ela falava e sinceramente nem eu:
- É ele? - Perguntou para ela, indicando a minha direção com um dedinho esticado.
- É sim, amor. Esse é o seu papai Gervásio…
Ele me olhou de novo enquanto eu já me aproximava e me sentava ao seu lado. Então, soltou a pérola:
- Pensei que fosse mais alto…
Não consegui conter uma risada de sua tirada, aliás, nenhum de nós. Apenas ele permanecia sério, me olhando. Quando consegui me conter, ele, provando ser um ótimo observador, soltou outra:
- Ah, cê também tem sujeirinha! - Disse e mostrou a mancha de nascimento sobre a sua mão: - Mamãe diz que é para eu não esquecer de lavar as mãos depois de fazer pipi…
Começamos a rir novamente dele e agora ele também se divertiu, alisando a minha mancha de nascimento. Não resisti e fiz um cafuné em sua cabeça, depois me inclinei e beijei sua cabeça sem saber o que falar. Minhas risadas logo foram abafadas por lágrimas de algo que me tomou. Eu sabia que era de felicidade, mas também havia um medo enorme de perder o meu “benzinho” mais precioso. Consegui me controlar rapidamente e notei que ele agora dava leves tapinhas sobre a minha perna, olhando incessantemente para o parquinho:
- Cê quer brincar, né? - Perguntei.
Ele apenas sorriu e balançou sua cabecinha afirmativamente para mim. Eu olhei para a Lucinha e sem saber exatamente a gravidade de seu quadro, perguntei:
- Podemos? Quero dizer, ele pode?
- Pode sim. - Ela respondeu, sorrindo, mas o advertiu: - Mas sem exagero, ok, Gú?
Ela concordou e pegou na minha mão, me puxando para ir junto. Pela primeira vez, senti o calor de sua mão e naquele momento decidi que seria para sempre. Entramos no parquinho novamente enquanto Lucinha e dona Helena ficaram do lado de fora, nos olhando. Pode parecer clichê, mas nós viramos aquele parquinho de ponta cabeça. Brincamos em todos os brinquedos e só paramos quando ele reclamou de fome. Lucinha e dona Helena não arredaram o pé dali e fomos os quatro jantar na praça de alimentação. Bem educado, ele preferiu comer um prazo de carninha com batatinha frita e salada ao invés de lanchinhos industrializados:
- Onde vocês estão ficando, Lucinha? - Perguntei.
- Num hotel nos Jardins, próximo à clínica em que ele tem consulta.
- Vou ter que tirar sangue de novo? - Ele perguntou.
- Acho que não, amor.
- Eu não moro tão longe. Vocês poderiam ficar no meu apartamento, no quarto de hóspedes. Tem espaço suficiente para a gente.
A Lucinha olhou para a dona Helena, talvez receosa em aceitar minha proposta. Eu insisti:
- Lucinha, seria mais fácil para todos nós estarmos num ambiente familiar. - Falei e virei para o Gú: - Sabia que eu tenho uma coleção de carrinhos de brinquedo? Acho que você ia curtir.
Ele não disse nada, mas o sorriso que deu para a mãe respondia tudo. Lucinha foi honesta:
- Não quero dar trabalho, Gervásio, mas…
- Não tem essa de “mas”, Lucinha, estou oferecendo de coração. - Insisti, interrompendo-a.
- Pode ser melhor assim, Lucinha. - Sua mãe concordou: - Ter mais espaço e conforto para o Gú seria bom nesse momento.
- E tem playground, pracinha, até piscina tem no meu condomínio, sabia? - Falei olhando para o Gú: - Já sabe nadar?
Ele balançou a cabeça negativamente, com os olhos arregalados e falou:
- Mas o Bambi sabe!
- Bambi? - Olhei para a Lucinha.
- Nosso cachorro… - Ela explicou, sorrindo.
- Mas Bambi!? - Insisti, sorrindo, meio invocado pelo nome um tanto quanto sugestivo.
- Ah, um dia eu te conto essa história… - Ela complementou, rindo de alguma lembrança: - Então, ok, Gervásio, a gente aceita, mas iremos só amanhã, afinal, a diária já está paga e eu não sei como está o seu…
- Está tudo certo e pronto para recebê-las! - Eu a interrompi novamente, ansioso por ter o meu filho mais tempo ainda comigo: - Quarto arrumado, limpo, cheiroso. É só esticar um lençol e dormir gostoso.
- Tá, mas a diária já está paga.
- E daí!? Eu pago te restituo do valor. - Insisti e olhei para o meu filho: - E meus carrinhos estão louquinhos para ganhar um novo dono…
A Lucinha olhou para a mãe e ela deu de ombros, certamente já tendo entendido que eu não queria mais me separar do meu filho. Terminamos nosso lanche e o Gustavo naturalmente queria voltar para o parquinho, mas notei que a Lucinha e a dona Helena tentavam convencê-lo do contrário, aparentemente preocupadas com algum exagero pela sua condição física:
- Eu tenho uma ideia! - Falei com um dedo em riste, chamando a atenção de todos eles: - Sempre tive vontade de comprar um videogame. Por que não vamos agora na loja e escolhemos um bem legal? Mas naturalmente eu vou precisar de um parceiro bem esperto para jogar comigo…
- Há… - Gustavo resmungou com um sorriso no olhar.
- Acho que já encontrei o meu parceiro. Vamos? - Insisti, esticando a mão para ele.
Não precisei dizer mais nada. Ele grudou na minha mão e fomos seguindo por um corredor até uma loja de rede que vende esse tipo de eletrônico. Ali comprei um bom videogame e alguns jogos para a faixa etária do Gustavo. Fomos até o hotel e ele estava mais que ansioso, ao ponto da Lucinha propor que já fôssemos para o meu apartamento que ela e sua mãe iriam depois de Uber. Adorei a ideia de ficar um pouco a sós com o meu filho e, para ele pouco importava, porque estava mesmo era a fim de começar a jogar videogame. Passei então o meu endereço e disse que já deixaria a entrada delas autorizada e fui para o meu apartamento com o meu filho.
Chegamos e fiz todo o procedimento na portaria. Subimos para o meu apartamento, instalei o videogame e ele escolheu um jogo qualquer. Os olhos dele brilharam com as luzes, os movimentos e o som, mas ele ainda não tinha a idade necessária ou destreza para dominar o jogo. Descobri que eu, apesar da minha idade, também não tinha, mas acabamos nos entretendo tanto que só nos demos conta do passar do tempo quando a campainha do meu apartamento tocou. Fui atender e era Lucinha com a dona Helena, auxiliadas em sua mudança pelo Seu João, um dos porteiros do condomínio.
Levei-as até o quarto, mas notei que eles ficariam muito mal acomodados em uma única cama de casal:
- Já sei! Você e o Gustavo ficam na minha suíte, sua mãe no quarto de hóspedes e eu me viro na sala. - Falei.
- Tá louco, Gervásio!? É claro que não! - Retrucou a Lucinha.
- Relaxa, Lucinha. Meu sofá é um sofá cama e muito confortável. Eu vivo dormindo aqui quando tem algum filme que me interessa.
- Você quer dizer que vive dormindo aqui porque não consegue terminar de assistir ao filme que te interessa, não é? - Ela perguntou já sabendo que eu realmente não conseguia terminar de assistir nenhum filme praticamente.
- Éééé, então… - Concordei com uma coçada na minha cabeça: - Já comprei um bem confortável justamente por isso.
Gustavo estava alheio a tudo e todos, encantando com um personagem que se assemelhava a um porco espinho que pulava na tela da televisão. Pedi licença para ele que não esboçou movimento e a Lucinha o pegou, sob protestos. Estiquei o sofá, transformando-o numa baita cama e ela o colocou em cima dele. Ele não queria saber onde estava, apenas queria o controle do videogame nas suas mãos e eu fiz sua vontade.
Fiz questão de mostrar tudo para elas e autorizá-las a usar tudo o que quisessem e se precisassem de algo que eu não tivesse, era só me avisar que eu providenciaria. Meu guarda roupas estava bem cheio e organizado com minhas coisas, então a Lucinha foi se organizar no do quarto de hóspedes. Depois, ela e sua mãe foram tomar banho, revezando-se. Na vez do Gustavo, novos protestos, mas ele acabou aceitando a ideia de tomar um banho na minha hidromassagem. Lucinha sumiu com ele para o banheiro da minha suíte e eu fiquei papeando com a dona Helena:
- Até hoje eu não me conformo com o que a Lúcia fez com você, Gervásio.
- Eu sei, dona Helena, acredito na senhora, mas acho que é um assunto que não faria bem a ninguém nesse momento. Vamos apenas nos focar em ajudar o Gú a superar esse momento porque a luta dele não será fácil.
- Não mesmo, Gervásio, não tem sido nada fácil, a Lucinha que o diga.
- É. Eu a achei meio abatida…
- Abatida!? Hoje, ela até que está bem apresentável, mas teve dias que eu temi que ela não fosse conseguir sair da cama.
Eu não sabia o que falar e, naquele momento, entendi que seria melhor deixar que ela desabafasse:
- Quando ela te ligou e você aceitou se encontrar com ela, eu a vi sorrir como há muito não via. Seus olhos voltaram a brilhar e ela até se arrumou bem melhor, fez uma maquiagem, uma escova… - Disse e seus olhos se marejaram: - Você pode não acreditar, mas essa menina te ama demais, muito mesmo.
Eu realmente não tinha o que falar. Por mais que eu estivesse reconstruindo a minha vida, rever a Lucinha mexeu comigo, ainda mais por saber que tínhamos um filho em comum. Quando pensei em falar algo para mudar de assunto, um gritinho da Lucinha, seguido de risadas foram ouvidas da sala. Curiosos, fomos até o banheiro da suíte e vimos que a Lucinha havia começado um segundo banho, de roupa e tudo, pois, numa malandragem do Gustavo, ele havia puxado sua mãe para dentro da hidro, molhando tudo em volta, especialmente sua mãe. Caímos numa risada espontânea com a cena e logo dona Helena se impôs:
- Bom, preciso de pano, rodo e balde, Gervásio, e paciência…
Falei que ela poderia pegar o que precisasse na área de serviço e ela se foi. Gustavo e Lucinha já estavam terminando seu banho e ela me pediu para ajudar a secá-lo. Quando peguei o meu filho e o levei até um tapetinho próximo, não me contive:
- Cara, que é isso!? Que peruzão que você tem aí, hein?
O moleque safado, mas cheio de inocência, começou a chacoalhar sua cintura de um lado para o outro, só para mostrar que o “peru” era grande mesmo, chicoteando-o de um lado para o outro, enquanto ria. O enrolei numa toalha e dei a mão para ajudar a Lucinha a sair da hidro. Suas roupas, uma calça de ginástica e uma camiseta básica, estavam ensopadas, mas a imagem que se formou de seus seios sob o tecido me deixaram desconcertado por um instante. O instante talvez não tenha sido tão instantâneo assim, porque ela teve tempo de notar e me encarar. Não pude deixar de notar que ela ruborizou por um instante. Acredito que eu também.
Ela continuou enxugando o Gustavo e dona Helena retornou. Lucinha pediu que a mãe providenciasse alguma roupa para ela vestir e achei melhor sair dali. Voltei para a sala e fiquei perdido com a imagem da minha ex pipocando na minha cabeça mais que o personagem do videogame na tela. Decidi me distrair preparando alguma coisa leve para lancharmos. Logo, Lucinha e o Gustavo retornaram, ele para a sala e ela para a cozinha:
- Precisa de ajuda?
- Ele pode comer de tudo ainda?
- Poder, pode, mas, por indicação médica, uma alimentação mais saudável, natural e, se possível, com ingredientes integrais, seria o ideal.
- Ah, tá… - Resmunguei e fui olhar minha despensa.
Por sorte, minha ficante Iara era enfermeira e me obrigou a assumir hábitos alimentares bem saudáveis, muito mais do que eu próprio gostaria. Então, de alimentos integrais eu tinha de tudo um pouco: arroz, macarrão, pão, farinha, etc. Verduras e legumes, eu sempre gostei de tê-los, então, poderia vir bem. Comecei a preparar um macarrão com molho de tomate natural, fiscalizado de perto pela Lucinha:
- Pouco sal, por favor, ok? Pode até separar um pouquinho para ele sem nada que eu tempero depois.
Preparei um bom jantar com uma carne grelhada e comemos. O cansaço e as emoções do dia abateu o meu filho e Lucinha foi levá-lo para a cama. A dona Helena, depois de limpar o banheiro e se alimentar, logo se retirou para dormir. Fiquei apenas eu e as lembranças desse dia inesquecível em minha vida naquele momento, só na sala, mas agora mais bem acompanhado que nunca.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.
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