O Parquinho dos Sonhos
Marta sempre fora uma mulher reservada, trabalhando como bibliotecária na pequena cidade de Vila das Flores. Suas noites eram preenchidas por livros e chá, enquanto sonhava com uma vida menos monótona. Foi então que ela descobriu um clube chamado "O Parquinho dos Sonhos".
Curiosa, Marta decidiu visitar o clube em uma noite de sexta-feira. Ao chegar, foi recebida por um ambiente aconchegante e acolhedor, decorado com almofadas macias e iluminação suave. Ela notou várias pessoas vestidas de maneiras diferentes, algumas com orelhas de gato, outras com coleiras. Marta foi recepcionada por Ana, a organizadora do clube.
Ana explicou que "O Parquinho dos Sonhos" era um espaço seguro onde as pessoas podiam explorar suas fantasias e desejos de forma consensual e respeitosa. Marta ficou intrigada, mas também um pouco nervosa. Ana a tranquilizou, dizendo que ninguém era obrigado a participar de nada que não quisesse e que o consentimento era a regra de ouro ali.
Ao longo das semanas, Marta foi se sentindo mais à vontade no clube. Fez amigos, como Pedro, que adorava se fantasiar de cachorro e correr pelo jardim do clube, e Laura, que preferia o papel de gata e passava horas ronronando ao lado de seus companheiros.
Marta descobriu que se sentia confortável como uma raposa. Comprou um par de orelhas e uma cauda felpuda e se juntou aos outros no parquinho. Para ela, vestir-se de raposa era uma maneira de liberar a tensão do dia a dia e se reconectar com um lado mais lúdico e espontâneo de si mesma.
Com o tempo, Marta desenvolveu uma forte amizade com João, que adorava brincar de seu cuidador. Ele era gentil e sempre respeitava os limites dela. Juntos, exploraram várias atividades, desde caminhadas pelo jardim até brincadeiras com brinquedos de borracha.
Uma noite, durante uma festa no clube, Marta e João decidiram dar um passo adiante. Sentaram-se e conversaram sobre seus desejos e limites, certificando-se de que ambos se sentiam confortáveis. A partir desse momento, a relação deles se aprofundou, tornando-se uma expressão de confiança e carinho.
Marta percebeu que "O Parquinho dos Sonhos" era mais do que um clube. Era um lugar onde ela podia ser ela mesma, sem julgamentos, e encontrar pessoas que a aceitavam e respeitavam. Seu mundo, antes limitado a livros e chá, agora era preenchido por aventuras e amizades que ela nunca imaginara ser possível.
E assim, Marta continuou a explorar e viver suas fantasias, sabendo que, no "Parquinho dos Sonhos", sempre encontraria um espaço seguro e acolhedor para ser exatamente quem ela queria ser.
