A garota sem braços 7

Um conto erótico de ~
Categoria: Grupal
Contém 913 palavras
Data: 07/07/2024 23:22:06

7

Betisse estava encolhida no chão com as pernas dormentes e toda suja por causa da noite de parte da manhã. Ela não aguentava mais e nem para levantar conseguia.

Toda vez que tentava ficar firme nas pernas os joelhos dobravam e caía de cara no chão.

O desdentado vinha com um pano e passava no seu corpo. Ela olhava para cima esperando que o homem magro viesse mas nunca mais viera. O que fizera de errado? Não sabia.

Mas nenhum dos outros que a penetravam faziam-na sentir aquilo. O grandão era muito afobado e feroz. O gordo a machucava muito e ainda batia nela com as mãos apertando seus peitos.

O desdentado aproximou-se dela e mais uma vez começou a cerrar sua coleira. Ele disse a Betisse:

- Você vai embora hoje - e então lembrou-se que ela não entendia aquela língua disse na língua de Betisse - "Você vai embora daqui hoje".

Ela olhou para ele e suspirou. Entendera que teria de sair do navio provavelmente pra outro e pensou apenas no homem magro e em todo o pão e carne e água que ela proporcionava para ela.

- Nem que seja a última coisa que eu faça vida - dizia o homem desdentado.

Betisse estava alheia aquilo mas agradecera quando o elo que prendia seu pescoço estalou e o homem sem dentes conseguiu retirá-lo. Ele a puxou para o convés amarrando uma corda em sua barriga.

Zum sorria ao içá-la e sorria também quando a colocou no bote e a desceu para o mar. Eles estavam a alguns metros do porto. Zum não tinha um plano além de retirar a escrava e levá-la até onde conseguisse.

Quando pensou nisso já estava remando com a figura da escrava a sua frente coberta por um manto verde oliva enquanto desviava os olhos do navio que seguia em direção ao porto.

Galeão Zum se surpreendeu ao perceber na proa do navio olhando para eles, o comandante Falla que olhava para eles fixamente.

A escrava balbuciava:

- Caaaralho... caaarallho...

Galeao Zum tirou um naco de pão do bolso e passou para Betisse que negou com a cabeça e apontou para o navio.

- Caaaralho...

Eles atracaram em uma ilha que para a sorte de ambos estava coberta por neblina. O plano de Galeao Zum era voltar para o navio antes que todos estivessem de pé mas com os olhos cheios de lagrimas percebeu que seu gesto de humanidade não tinha mais volta.

- "Eu sou Xinaram mas aqui me chamam de Galeao Zum por causa do barulho que consigo fazer com a boca é como um galeão uma moeda voando" - ele disse para Betisse em língua compreensível para ela -"você sabe o seu nome?"

Ela respirou fundo e tentou juntar as palavras que queriam dizer o nome pelo qual era chamada na ilha:

- Beeetttteeesss... Beeettttiiiisss.... - ela falava com esforço.

O sorriso banguela do homem voltou a aparecer e ele disse a ela para que esperasse no barco enquanto ele saía para conferir que lugar era aquele. Ela obedeceu e deitou-se dentro do barco enrolando-se no manto.

Ouviu um estalar de madeira que lhe pareceu familiar e ao olhar para trás sem aquela fumaça toda, sem aquela neblina toda, viu a proa do navio se aproximando. Ela ergueu-se para olhar e viu que um homem no mastro a avistou e gritou para os outros.

Betisse não entendia ao certo o que estava acontecendo e não entendeu quando o homem grandão saltou para dentro do barco e fechou a mão em seu pescoço e a espancou na cara.

Ele segurava uma verga de couro e com ela a estapeou inteira e o que ele dizia para variar, Betisse não compreendia. Apenas sentia a dor.

- Tentou fugir puta! Você é uma escrava! Uma porra de uma escrava! - ele gritava e a espancava com mais força.

Os homens a prenderam novamente com um arco de ferro no pescoço e a surraram com vergas de couro. Mas o pior destino aguardava Galeao Zum que sem desconfiar do que acontecia foi pego de surpresa.

Falla não resistiu e cedeu ao fraco que tinha em obedecer o capitão e foi correndo avisar o que estava acontecendo e o desaparecimento da escrava e do roubo de Galeão Zum.

Nafthan desceu do navio com Urso e enquanto um trazia a cativa de volta ao navio, o outro ficava na responsabilidade de trazer Galeão Zum a justiça do capitão. Então, quando Galeão Zum, voltava para o barco não viu o navio porque este já havia recuado.

Apenas viu o manto oliva e o que julgou ser a escrava dormindo. Mas assim que saltou para dentro do barco Nafthan saltou de dentro do cobertor e cravou-lhe um punhal no centro do peito e caiu com Galeo Zum na água.

O homem não teve como reagir ao golpe que o derrubou. Nafthan carregou o corpo sem vida de Galeão para o navio. O capitão mandou que o homem fosse pregado na proa do navio como um sinal de sua traição.

A crueldade do capitão surgiu quando este disse:

- Enfiem uma lança no orifício que ele tinha entre as pernas até que a ponta da lança saía pela boca, e o preguem na proa.

Alexey disse isso e virou-se para verificar o estado da escrava. Falla estava mudo e cumpria suas funções sem erguer a cabeça de seus afazeres. Um estremecimento entrecortava seu corpo dos pés cabeça toda vez que olhava para Galeão Zum.

Mas aquele homem era um traidor e não merecia piedade!

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