Ela foi até onde ele já cortava alguns limões e conversou com ele, chamando a sua atenção para a churrasqueira. Ficaram de papo por lá mesmo que, dada a distância, eu não conseguia ouvir, mas certamente devida estar bom, pois ela sorria a todo o momento, isso quando não deixava escapar uma risada mais alta. A minha atenção seguia dividida entre a partida e a minha esposa, o que, naturalmente, prejudicava o meu rendimento na jogatina. Eu observava os dois se entrosarem mais e mais a cada momento, porque ela já não me procurava com o olhar há um tempinho, e isso fazia eu me sentir mal. A Adriana entendeu de imediato o que se passava comigo e colocou a sua mão sobre a minha, puxando-me para perto dela e cochichando no meu ouvido um simples:
- Relaxa, amigo. Ela não deixará de ser a sua esposa e irá amá-lo ainda mais depois de hoje.
[CONTINUANDO]
Nada respondi porque os meus argumentos sumiram. Apenas levantei a minha sobrancelha como se dissesse “Espero que sim”. Presenciei quando eles começaram a se tocar, ainda que de leve, brincando, insultando um ao outro. Vi quando os toques começaram a se tornar mais carinhosos do que jocosos. Vi quando ele se aproximou de frente para ela, tentando colher os seus lábios, mas ela, talvez num rompante de lucidez, virou o seu rosto, entregando-lhe a face. Apenas nesse momento o seu olhar cruzou com o meu e ela deve ter compreendido a loucura de tudo aquilo, pois eu assistia tudo o que acontecia, ainda assim leal a minha própria palavra em permitir que ela fosse além. Mas que nada, ela apenas cochichou algo ao ouvido dele que também me olhou de soslaio. Então, ele lhe ofereceu a sua mão e a levou para fora do ranchinho, seguindo em uma direção qualquer atrás da churrasqueira. Instintivamente, o meu corpo se inclinou para seguir os passos dela, um a um, até que, de repente, o Celão segurou a minha cadeira que já ia virando. Encabulado agradeci a gentileza e por um breve momento, voltei a minha atenção à mesa, mas que nada durou, pois pouco depois eu já a estava procurando novamente, olhando naquela maldita direção.
Mais perdido do que um cego em um tiroteio, fiz menção de me levantar, instintivamente querendo trazê-la de volta para mim. Entretanto, a Adriana segurou a minha mão e disse:
- Calma, Túlio, respira! Amigo, deixa ela… aproveitar... um pouquinho! Só um pouquinho, cara. Ela já vai voltar e muito mais sua do que antes.
Até o Celão pareceu sentir a minha tensão naquele momento e com uma voz suave que não parecia a dele, falou baixinho para mim após me dar um toque no joelho:
- Joga aí, cara. Eles foram só ali olhar… a lua.
- Então, tem um poeta debaixo dessa casca grossa, Celão? - Brincou o Alvarenga.
- Um homem que se preza a ser macho tem que ser meio multi… multi… é… tem que saber fazer um monte de coisa para conquistar uma mulher. - Explicou com um largo sorriso no rosto e olhou para mim: - Relaxa, amigo! A primeira vez é sempre complicada. Depois, vira uma curtição só. Bebe uma aí comigo, já, já que passa.
Claro que eu não consegui mais me concentrar no jogo e logo perdemos a partida. Eu sentia um aperto no peito que nunca sentira antes. Nada me acalmava. As palavras deles, todos os, argumentos, ao invés de me acalmaram pareciam facas em brasa entrando na minha carne. Nada, nem ninguém me acalmava, talvez um certo alguém conseguisse, mas nem mesmo essa certeza eu tinha naquele momento. Avisei que iria ao banheiro, mas na verdade eu não tinha vontade, eu só queria sair dali. Talvez eu quisesse acabar com aquela loucura toda, ou me certificar de que a Andressa estivesse bem, ou quem sabe assistir e sofrer a dor da perda de uma vez, nem eu sabia ao certo!
Eles tentaram me manter ali, mas desistiram quando eu levantei o meu tom de voz. Entretanto, eu estava errado: eles simplesmente viram o que os meus olhos ainda não podiam, mas que logo eu sentiria na pele, não de uma forma ruim, pois a suavidade do toque de duas mãos femininas nos meus ombros era familiar, aconchegante, acalmadora… Isso me fez tão bem e melhorou ainda mais quando elas envolveram o meu pescoço, abraçando, me apertando, enquanto uma boca se aproximava do meu ouvido e sussurrava numa voz que eu conhecia como ninguém:
- Eu te amo, seu bobo! Nunca… duvide… disso! - Falou Andressa, pausadamente, confessando algo que eu desejava foss3 uma verdade absoluta naquele momento.
Olhei de canto de olho e vi que ela me encarava com uma certa ansiedade, mas também havia uma leveza, uma satisfação, uma gratidão por eu ainda estar ali, cumprindo a minha palavra, sendo fiel ao meu sentimento, sendo fiel a nós. Após ela fazer um carinho típico nosso, o de esfregar a ponta do seu nariz na minha orelha, deu-me um beijo no lóbulo e me pediu:
- Preciso falar com você. Vem comigo, por favor…
Eu apenas anui com um movimento de cabeça e avisei a todos que precisava dar uma saída. Agora ninguém tentou me segurar. Certamente, eles entenderam que o casal precisava confirmar suas intenções, ou os seus votos, antes daquela noite seguir adiante. A Adriana ainda disse que nós poderíamos usar a casa se nos sentíssemos mais confortáveis, mas a Andressa apenas sorriu, sem nada responder. Levantei-me e ela segurou forte a minha mão, como se tivesse medo de me perder, levando-me justamente para o mesmo local para onde fora com o Valentim minutos antes. Só então vi que havia uma hortinha atrás do rancho da churrasqueira e mais à frente um laguinho com três simples banquinhos de madeira. Aproximamo-nos de um e nos sentamos.
O Celão estava certo: realmente a lua brilhava forte, criando um cenário sem igual com as estrelas que pipocavam num céu límpido. O cenário impressionava e clamava por um romance. Tudo estava simplesmente perfeito e isso me doeu no fundo da alma, porque bem lá no fundo tudo o que eu não queria era que ela se impressionasse com o tal do Valentim ou romantizasse o momento, mas até a natureza resolveu me contrariar; a natureza ou São Pedro, vai saber…
- Você está bem? - Perguntou-me.
Pigarreei duas vezes porque a voz me faltou novamente. Na terceira, soltei tudo o que consegui:
- Sim…
- Não parece.
- Impressão sua. - Resmunguei, tentando parecer forte para ela ou para mim mesmo, talvez ainda revestido no machismo que aprendi com o meu pai, e ele com o dele, e o dele com o dele.
Ela suspirou, calando-se por um momento, enquanto olhava para o reflexo da lua sobre a água do laguinho e sem me encarar, perguntou:
- Assim… hipoteticamente… até onde eu posso ir?
- Poxa, Andressa! - Exaltei-me por um instante, mas consegui me recuperar a tempo, calando-me e respirando fundo, mas não ao ponto de controlar exatamente as minhas próximas palavras: - Está claro que já passamos da fase das hipóteses, não acha?
- Você está certo... - Ela concordou, com calma e suavidade, certamente para não me assustar ainda mais: - Além de conversar e paquerar, que você viu eu fazer com ele ali no ranchinho, e de beijar, que você não viu porque aconteceu aqui, eu… posso ir além?
Um calafrio e um sentimento de fraqueza ditaram o meu silêncio. Respirei fundo porque novamente as palavras sumiram e a voz me faltou. Eu queria dizer que estava tudo bem, mas no fundo não estava. Comecei a suar frio e ela notou, pois passou a acariciar as costas e falou:
- Calma, amor, respira fundo. Relaxa, por favor… Eu estou aqui e não vou sair do seu lado, nunca, eu prometo.
Foram minutos em silêncio em que a angústia e o medo falaram mais alto do que a razão e o tesão. No final, o meu orgulho de macho, o valor da minha palavra, fizeram eu dizer o que não devia ser dito, pelo menos, não naquele momento:
- Eu bem que queria que fosse assim… - Pigarreei novamente e concluí: - Vamos em frente! Eu preciso superar isso, afinal, é apenas uma vez. Vai acabar logo, não é?
Ela me olhava e afagava sem parar as minhas costas. Então, sorriu para mim e disse:
- Claro que não, amor! Você sabe que eu não gosto de rapidinhas.
- Ah!... - Fiz um meneio de cabeça concordando, totalmente devastado.
Um novo silêncio surgiu, mas logo uma risada gostosa dela ecoou antes dela falar:
- Bobo! Eu nunca faria isso com você. Não vou ficar com ele, nem com ninguém, não até a gente ter certeza do que quer. Você é o meu amor, o meu homem, o meu amigo, o meu tudo. Enquanto isso não for legal para nós dois, ficamos só entre eu e você.
- Mas…
- Túlio, Túlio, para! Escuta… Está tudo bem, tudo mesmo, amor! Num outro dia, quem sabe… Mas hoje, meu bobinho ciumento que eu amo demais, vou ficar só com um homem e… Olha só que coincidência!? Ele está bem aqui!
Aquilo me deu uma leveza, uma paz de espírito, parecia que o peso do mundo havia sido retirado das minhas costas. Suspirei aliviado quase ao ponto de chorar e ela riu novamente, dizendo:
- Meu bobão ciumento!
Virei-me em sua direção e a puxei para um beijo, trazendo-a para o meu colo. Aquele beijo era mais que necessário naquele momento para nos dar a certeza de que ainda estávamos juntos. Assim que nossos lábios se desgrudaram, minha insegurança falou mais alto:
- Vocês… se beijaram mesmo?
Sua expressão encabulada respondeu antes dos seus lábios que também não se furtaram em assumir o inadmissível:
- Sim! Isso… realmente aconteceu, amor. Desculpa. - Ela suspirou por um instante, olhando nos meus olhos e continuou: - A gente estava aqui e a conversa estava tão legal, tudo tão perfeito que quando dei por mim a gente já estava se beijando, mas foi nesse momento que eu me toquei que algo não estava certo. Eu… sei lá… acho que tentei me imaginar no seu lugar e me doeu. Então, me desculpei com ele e voltei correndo para você.
Foi a verdade mais dolorosa e deliciosa da minha vida. A dualidade de saber que ela havia beijado outro me atingiu fortemente, mas saber que foi isso que a despertou para a realidade, por sua vez, me trouxe uma imensa satisfação. Ainda assim eu precisava confirmar:
- Você tem certeza de que não quer “deixar rolar”, amor? - Perguntei.
- Olha… Querer, eu até acho que quero! Não vou negar que eu esteja curiosa com esse negócio de vida liberal, mas, como me disse a minha terapeuta, para viver isso eu não preciso necessariamente te excluir da experiência e…
- Peraí! - Eu a interrompi de imediato: - Terapeuta!? Que terapeuta? Que história é essa?
- É, ué!? Você sabe que eu faço terapia com a Virgínia há algum tempo e acabei comentando sobre essa história dos nossos amigos e de como você estava reagindo. Foi ela que me disse que pode realmente ser uma experiência enriquecedora, mas também pode ser traumática. Então, numa de nossas últimas sessões, ela me disse um tanto e guardei bem uma frase que ela me disse quando comentei do Valentim, foi mais ou menos assim: “Ele pode ser perfeito, maravilhoso, um amante excepcional, mas ele é só UM DE VÁRIOS machos que você poderá ter se fizer tudo bem combinadinho com o seu marido, enquanto que o Túlio, ele é o SEU homem. Valorize o que é realmente seu!” - Falou frisando as palavras que lhe marcaram.
- Nossa! - Falei surpreso e de olhos arregalados: - Por essa eu não esperava...
- Você conhece ela, amor! Lembra daquela vez que a gente discutiu porque o sua ex te mandou aquelas mensagens bestas e eu falei que queria fazer terapia de casal senão a gente terminava? Então… Gostei tanto dela que continuei. Tenho feito terapia umas duas vezes por mês. Depende do tamanho da crise.- Ela falou e deu uma risada: - E haja crise... Inclusive, ela me falou que o fato de você ter me convidado para o clube de swing, mostra o tamanho do esforço que você tem feito para tentar suprir algo que nem eu mesma ainda entendo direito. Ela só pediu para eu nunca te excluir ou mentir para você, porque a confiança tem que ser a base de tudo.
Abri um imenso sorrisão de felicidade por ela ter tomado aquela atitude e após ela me convidar para acompanhá-la na próxima sessão que teria na próxima semana, dei-lhe um novo e apaixonado beijo, confessando na sequência:
- Desculpa! Eu… Eu só não sei… É algo que eu não consigo controlar. Me dá um aperto no peito, uma dor sem doer mas que dói mais que tudo. Eu… Ah, desculpa, Andressa. Eu sei que disse que você podia, mas eu… ainda não estou pronto.
- Amor, está tudo bem. De verdade! Acho que eu entendi a sua agonia e não estou chateada, nem um pouquinho mesmo. Para falar a verdade, adorei ver o tanto que você me ama, isso me faz sentir tão bem, tão segura. - Falou também sorrindo.
Antes que eu pudesse dizer algo, ouvimos a voz da Adriana bem próxima da gente:
- Tá tudo bem aí, casal? Cês sumi...
Tomamos um baita susto, aliás, ele foi tão grande que a Andressa se levantando rapidamente e eu acabei, num pulo, perdi o equilíbrio jogando o meu corpo para a frente, empurrando-a. Resultado: a Andressa foi parar dentro do laguinho. Por sorte, a margem era rasa, não alcançava o seus joelhos sequer e ela molhou apenas a barra do seu vestido. Eu e a Adriana resgatamos aquela sereia de seu quase reino submarino e, às gargalhadas, a acompanhamos até a casa para que ela pudesse se trocar.
A Adriana me convenceu a voltar para o rancho, afinal, faltava um para completar a mesa de carteado e ela daria todo o suporte para a Andressa se arrumar novamente. Voltei ao rancho e os três conversavam animadamente. O tal Valentim, desaparecido até então, me olhava agora meio ressabiado, talvez imaginando que eu pudesse criar caso, mas como nada fiz, ele logo relaxou. Começamos a jogar uma partida rápida, para passar o tempo e ele ficou sendo o meu parceiro. Eu ainda pensei rapidamente “Parceiro sim; sócio não!” e sorri sozinho, feliz com tudo o que havia acabado de acontecer:
- Já pulei no mato. Fugi! - Falou o Celão para Alvarenga e apontou para mim: - O cara tá rindo sozinho, Alvarenga. Deve tá com a mão cheia.
Olhei para ele e gargalhei, afinal, o seu erro me deu um ponto, um mísero ponto, mas muito significativo para mim. Logo, as duas retornaram, caminhando lado a lado. A Andressa agora vestia um short-saia de academia, revelando suas lindas e longas pernas, e uma blusinha leve e solta sobre a sua pele, comprida a ponto de cobrir parte da peça inferior. Ela se sentou ao meu lado e grudou em meu braço, dando-me um beijo no rosto. Foi quando reparei que ela não usava sutiã, o que ficou mais evidenciado quando uma leve brisa a fez se arrepiar, fazendo as aréolas de seus seios ficaram pontudos e muito mais evidentes por baixo do tecido. “Tu de novo, São Pedro? Qualé!? Aí tu me fode!”, pensei, voltando o meu olhar para a mesa e notando que os três jogadores haviam visto o mesmo que eu, rapidamente disfarçando os olhares para as suas respectivas cartas:
- Amor, cê me ajuda aqui um pouquinho? - Pediu a Adriana.
- Joga aqui no meu lugar rapidinho, Andressa? - Ele pediu, cedendo o lugar para ela, agora parceira provisória do Celão.
Ele não iria perder a oportunidade e começou a piscar um olho sem parar para a Andressa, mas foram tantas as vezes e tão descaradamente que ela precisou confirmar comigo:
- Amor… Piscar é sinal de Zap, não é? - Confirmei com um movimento de cabeça e ela encarou o Celão: - Quantos Zap’s você tem, Celão? Você não para de piscar.
- Ah! É que entrou um cisco no meu olho, moreninha, ou fiquei apaixonado, não sei bem ainda… - Resmungou o danado, coçando o olho e rindo.
Com ele era assim: paquera na lata! Mas sempre com a vantagem de ser algo leve, divertido, travestido de piada. Jogamos umas quatro rodadas enquanto a Adriana e o Alvarenga conversavam e cuidavam dos comes e bebes. No final, ele voltou e pediu a minha ajuda, inventando uma desculpa qualquer que eu relevei e pedindo para a Adriana assumir o meu lugar como parceira do Valentim. Em frente a churrasqueira, olhando as carnes sem sequer tocá-las, ele falou:
- A Adriana ficou chateada com você, mas eu acho que vocês estão certíssimos em dar um tempo para respirar. Não há prazer onde há dúvida ou medo! Se um dos dois não tem condições de aproveitar, nenhum dos dois deve fazer.
- Obrigado, Alvarenga, eu penso assim também! Ah, e a decisão, no final, foi da Andressa, não minha.
- A Adriana acha que a culpa é sempre do homem. Não adianta tentar mudar. No seu caso, ela culpou a sua falta de apoio, mas eu te entendo, afinal, é tudo muito novo e diferente do que estão acostumados. - Deu-me um abraço meio de lado e continuou: - Fica tranquilo e curta, mas não deixe de aproveitar para conhecer melhor os meus amigos, aliás, seus também! Não vai faltar oportunidade, cara.
- Obrigado mesmo. - Agradeci, enquanto pegava dois filés de picanha e já partia para picá-los.
- Agora, se me permite um conselho, o Valentim é sim o cara certo para vocês iniciarem: ele é gentil, mas também intenso, bem servido sem ser exagerado, tudo na medida certa. Ah! E ele já tem uma certa experiência, saúde em dia e é vasectomizado, além de ser de confiança. Ali, cara, é só alegria!
- Vou levar isso em consideração, Alvarenga, vou mesmo!
- O que você vai levar em consideração? - Perguntou a Andressa, já me agarrando pela cintura e pegando um pedaço de carne e se justificando: - Não resisti. O cheirinho está muito bom.
Antes que o Alvarenga repetisse o que havia me falado, o Valentim passou por trás da gente e foi até a caixa térmica, falando em alto e bom som:
- Vai uma cerveja aí, Túlio? Alvarenga?
- Claro! Manda aí, vacilão! - Disse o Alvarenga.
Ele veio com três latões e nos entregou dois. Então, encarou o Alvarenga e perguntou:
- Por que vacilão!? O que foi que eu fiz?
- É o que você não fez, mané! Você não conquistou a confiança do Túlio e perdeu a chance de se tornar ainda mais amigo da Andressinha, talvez até de ficar com ela como o Celão está com a minha agora. Olha lá!
Olhamos na direção da mesa e a Adriana já estava sentada de lado no colo do Celão, travando uma batalha de línguas sem pudor algum enquanto ele lhe massageava um seio. O Valentim deu de ombros, meio encabulado, abriu a sua lata e me encarou:
- Posso perguntar onde eu errei?
- Não é você, sou eu! Só não estou pronto para isso… - Indiquei a direção do Alvarenga que seguia assistindo a esposa com um largo sorriso no rosto.
O Valentim tomou uma golada, olhou para mim novamente, depois para a Andressa e disse:
- Tudo ao seu tempo. Se para ganhar a confiança do casal, eu tiver que levar mais um dia, uma semana, um mês ou um ano, que assim seja. O importante é que tem que ser legal para todos, não é isso, Alvarenga?
- Ô… - Resmungou o amigo, sem tirar os olhos da esposa.
Concordei com as suas palavras e levantei o meu latão como que brindando a sua colocação, fazendo ele o mesmo. A Andressa olhou para os três e reclamou:
- E eu, que deveria estar sendo tratada como uma rainha, estou sem bebida! Será que eu mesma terei que preparar uma caipirinha para mim?
Nós nos entreolhamos e sorrimos encabulados pela inesperada invertida. Olhei para o Valentim e perguntei se ele podia preparar, afinal, eu estava com a mão nas carnes. Ele passou a preparar a bebida e a Andressa me deu um beijo, mas, ansiosa, foi ficar ao seu lado. Ali, às claras, começaram a conversar, ele, a princípio, num tom inaudível, mas ela normalmente, para que não pairasse dúvida alguma sobre a sua honestidade:
- Claro que falei do beijo! Não escondo nada do meu marido.
- E ele ficou de boa?
- Sim.
- Mas então… O que aconteceu?
- Aconteceu que ainda não é a hora de acontecer. Só isso!
Assim que ele preparou a caipirinha, pegou um pouco numa colher, dando na boca da minha esposa que experimentou e aprovou. Ele então entregou uma jarrinha com alguns canudos para ela que voltou a ficar do meu lado, encarando-me com um sorriso no olhar. O Alvarenga deu um alto assobio e falou:
- Se vocês dois não se separarem, eu vou jogar um balde de água fria aí. Tô só avisando, hein?
Só então o Celão e a Adriana nos encararam com sorrisos maliciosos e ela se levantou do seu colo, ajeitando a barra da saia ao corpo novamente e vindo na direção do marido. Entretanto, antes de alcançá-lo, mudou o seu percurso ao ver a Andressa segurando a jarrinha com caipirinha que a minha esposa vinha tomando de canudo. Agora, de frente para nós dois, após dar uma longa chupada num canudo sem tirar os olhos de mim, ela falou:
- Chato!
- Não é não! - Retrucou a Andressa, fazendo-me encará-la e me dando um beijo na boca antes de dizer: - E se for, é o meu chato e amo de montão!
- Pois você é chata também! Trouxe dois amigos legais para você se soltar e você decide ficar grudada nele… - Retrucou a Adriana, brincando de puxar a minha esposa: - Solta! Solta já!
- Solto nada! - Andressa falou, gargalhando enquanto era chacoalhada: - Para que eu vou passar mal, Adriana.
Nesse instante o Celão gritou algo sobre onde estaria um certo pendrive de músicas e o Valentim respondeu que estava com ele, tirando-o do chaveiro de chaves e jogando para o amigo que imediatamente o plugou num aparelho de som que começou a tocar uma seleção de forró:
- IHHÁÁÁÁÁ! - Gritou o Celão, tremelicando jeitosamente para o nosso lado: - E aí? Quem vai ter o prazer de me dar um cheiro primeiro?
Ninguém se manifestou e ele foi perdendo o brilho:
- Ninguém!? Dri? Dressinha? Porra! Ninguém mesmo!? Caralho, hein? Turminha mais frouxa…
A Andressa deu uma forte chupada na sua caipirinha, empurrou a jarrinha na Adriana, simulou estar arregaçando as mangas de uma camisa imaginária e falou:
- Volto já, amor.
Ela já chegou rebolando perto do Celão que abriu os braços para recebê-la, mas me olhou antes e levantou os ombros, procurando a minha permissão. Gostei da sua atitude e anui com um movimento de cabeça. Ele pegou na mão da minha esposa, rodopiando-a duas vezes, e a abraçou apertado, colocando uma perna entre as delas e passando a se roçar descaradamente nela ao som da música. Voltei a concentrar minha atenção no corte de algumas linguiças trazidas pelo Alvarenga e a Adriana não perdeu tempo:
- Tá vendo? Não tira pedaço.
- Dançar, realmente não. O problema é o que vem depois. - Retruquei.
- Mas que problema, Túlio!? Transar não tira pedaço, só dá prazer e diversão.
- Adriana, eu ainda não consigo aceitar esse negócio de separar sexo do amor. Talvez eu seja o errado realmente, mas isso só com o tempo para eu resolver comigo mesmo.
O Valentim que estava passando ao nosso lado para pegar um pedaço de carne, entrou na conversa:
- Acho o seguinte: vocês já sabem que nós somos do meio, estão dispostos a aprender, ela parece que quer participar… Vai rolar quando tiver que rolar! Forçar não é legal, Dri. Quando eles se sentirem seguros, será mágico para os dois. Vamos ter paciência.
- Tá vendo!? O meu comedor… - Ela apontou com o indicador para o meio dos seus seios: - O cara que me fode, está dando razão para o cara que não quer deixá-lo foder a mulher dele... Porra! Não tô entendendo mais nada! Cê tá do lado de quem, afinal, Valentim?
- Agora? Do meu amigo Túlio! - Disse ele, colocando a mão sobre o meu ombro: - Vamos só curtir, vamos? Aproveitar esse churrasquinho que está cheiroso demais, porque a noite tá só começando.
Começamos a comer e logo a Andressa voltou para o meu lado, descabelada de tanto ser chacoalhada e vermelha igual um tomate maduro. Perguntei o que havia acontecido e ela começou a rir de uma forma nervosa. Depois de tomar um pouco de água, deu uma rápida olhada para o Celão que girava a Adriana e cochichou no meu ouvido:
- Aquilo não é de Deus, amor! Parece que ele tem uma garrafa de cerveja dentro da calça. Deus me livre!
- Ah, o safado estava de pau duro?
- Duro!? Duraço! - Ela falou e sorriu novamente, explicando: - No começo até que não. Tinha um volume, mas nada rígido, só que depois de um tempo dançando, o negócio começou a endurecer, me cutucando, forçando, até que pedi um tempo. Quero mais não…
- Ué!?
- Não mesmo! Bem que a Adriana falou que não seria legal começar com ele. Agora eu entendi!
Passamos a beber, comer e conversar, interagindo entre todos, mas logo os quatro passaram também a se revezar para dançar com as duas. O Celão era o pé de valsa e se não fôssemos até ele e tomássemos a mulher de volta, ele não devolvia. Foram horas assim, no final, elas estavam descalças, descabeladas, amassadas e claramente exaustas, afinal, tiveram que dar conta de quatro. Fomos para os nossos quartos quase às 2:00 da madrugada, digo “quase” porque pouco depois de nos deitarmos, começamos a ouvir uma gritaria meio abafada e logo o som de uma foda forte e bem dada. A Adriana certamente ainda teve que atender aos anseios dos seus convidados e a trepada durou quase uma hora. Só conseguimos pregar os olhos quando eles se calaram.
Por volta das 6:30 fomos acordados por um grito estridente, acompanhado de um xingamento da Adriana. Logo, a fudelança recomeçou:
- Como ela consegue? - Resmungou a Andressa.
- Oi!?
- Como ela consegue dar conta de três, a noite toda? Isso não é normal…
- Como assim a noite toda? Eles não dormiram?
- Acho que só cochilaram! Acordei várias vezes com os gemidos dela no quarto ao lado. Quase não dormi.
- E aposto que queria estar lá com ela, não é? - Brinquei para ver sua reação.
- Engano seu! Se fosse rolar, seria exclusivamente com você e com o Valentim. Nós três apenas e bem fechadinhos aqui, sem fazer esse berreiro aí... - Ela me olhou inconformada e gritou na sequência: - VAI MATAR ESSA SAFADA DESSE JEITO, CARALHO!
- AHHHHHHH! - Gritou a Adriana, gargalhando na sequência: - PERDEU, BOBAAAAAAHHHH!
Ouvimos o som de um tapa violento e um berro assustador dela:
- AAAAAAIII! VAI BATER NA SUA MÃE, SEU PRETO FILHO DA PUTA!
Vários tapas se seguiram e a voz chorosa da Adriana surgiu:
- Desculpa, neguinho safado, macho tesudo… Me fode gostoso agora, fode, fode! FOOOODEEEE!
Quando dei por mim, estava com o pau duro e a Andressa tinha a respiração meio entrecortada. Tirei rapidamente a sua roupa e caí de boca na sua buceta, fazendo ela gemer alto:
- AHHHHHH! Isso… Ai! Assim, assim! Gostosuuuuiii…
Passei a chupá-la com vontade, embalado pelo som da foda dos nossos vizinhos, e logo fui para cima dela, penetrando-a até o fundo. Novamente a Andressa deu um gemido alto e passei a fodê-la com gosto, alternando a profundidade e velocidade dos movimentos. Estranhei porque, assim que começamos a transar, eles pareceram se calar, talvez querendo ouvir o que acontecia no nosso quarto. Isso pouco me importava, porque eu queria mais era foder a delícia da minha esposa e segui descendo a madeira nela num papai e mamãe bem embalado até ouvir a maçaneta da porta do nosso quarto fazer barulho. Parei e me virei para trás para ver a Adriana surgir:
- Gente! Desculpa interromper. Posso entrar? Já entrei! Desculpa. Não sei porque perguntei…
Nós a encaramos sem nada falar, mas após os acontecimentos da noite passada, isso era quase nada. Fui sarcástico:
- Bom dia, Adriana. Está precisando de alguma coisa?
- Tô… - Respondeu, se sentando na beirada da nossa cama e mordendo levemente seus lábios inferiores: - De companhia…
A Andressa deu uma gargalhada rápida e a encarou meio invocada, dizendo:
- Sério!? Não foi o que a gente e toda a fauna da região ouviu A NOITE TODA?
- Então… Desculpa, amiga, mas eu gosto de tratar bem os meus convidados, principalmente os meus amigos.
- Pau amigo, cê quer dizer, né? Ai, amor! - Ela deu uma gemida por uma forçada leve que lhe dei.
A Adriana suspirou e franziu a testa levemente, olhando que eu seguia penetrando suave e lentamente a Andressa. Após alguns segundos de contemplação, ela falou:
- Nossa, gente… Então… Vocês não querem ir transar com a gente?
- Eu já te expliquei a situação, Dri, por enquanto, não! - Falou a Andressa.
- Não! Não estou falando de você transar com os meninos. Falei da gente transar no mesmo quarto. Você e o Túlio, eu e os meninos e o Alvarenga… bem… o meu maridinho entra, assiste um pouco, sai, dorme, volta… Ele é sempre uma incógnita.
Eu e a Andressa nos entreolhamos e sorrimos. Eu tinha as minhas ideias, mas deixaria a Andressa decidir e ela tomou a dianteira:
- Melhor não!
- Não!? Tem certeza? - Perguntei.
- Como assim!? - Ela me perguntou.
- É! Como assim? - Insistiu a Adriana.
Dei uma boa risada e ela fez uma carinha invocada antes de olhar para a Adriana e dizer:
- Sinto muito, amiga, mas acho que você está sobrando aqui.
- Ahhhh… Chatos! Vocês são uns chatos, sabia? - Disse a Adriana saindo do nosso quarto e fechando a porta atrás de si.
Nós nos encaramos novamente e demos algumas risadas voltando a embalar as penetrações, quando, de repente, ela fala bem baixinho, de forma quase inaudível:
- Acho que teria sido legal transar com você na frente deles.
- Se for só eu e você, não vejo problema. - Falei e ela arregalou os olhos, me encarando: - Túúúúlio! Eu estou brincando...
- Qual é o problema? Seremos eu e você, com o “plus” de assistirmos um pornozinho amador ao nosso lado.
- Tem certeza disso?
- Certeza, certeza, assim… eu não tenho, mas antes você comigo do que você com qualquer um deles.
A Andressa seguia surpresa e desconfiada. Não era para menos depois de toda a insegurança que eu havia demonstrado, mas eu também tinha a curiosidade de ver até onde eu conseguiria ir num ambiente mais liberal, com pessoas nos assistindo, e achei que transar no mesmo ambiente que eles poderia ser um bom teste. Ainda assim quis deixar claro:
- Só nós dois, eu e você, entendeu?
- Se você quiser mesmo, eu topo!
Levantamos e fomos para o quarto vizinho, cuja porta estava entreaberta. Só que antes de entrar, eu a puxei para mim e caprichei no beijo, tentando aquecer ainda mais o nosso tesão:
- Vai ser a minha putinha? - Perguntei.
- Vou, vou! Só sua…
Foi rápido e eu já a peguei no colo, encaixando o meu pau em sua buceta, levando-a a gemer alto. Entramos já dando trombada na porta, na Adriana que parecia vir abri-la e no Celão que estava por ali e que aparentemente sem querer, encostou uma pica meia bomba monstruosa na minha perna. Dei um pulo para trás, mas encaixado na minha esposa, deixei passar. Olhei para a primeira cama vazia, uma de solteiro, e praticamente joguei a Andressa, passando a bombá-la com vontade.
Não sei se era o medo de falhar, ou de não satisfazer a minha esposa, ou ainda por saber que estávamos sendo observados, mas eu estava elétrico e tarado. Naquele momento, eu enfiava o meu pau na minha mulher parecendo uma britadeira, sem cessar, fazendo ela dar gritinhos de prazer. Após algum tempo assim, sem sequer olhar de lado, coloquei-a de quatro, na beirada da cama e me ajoelhei, enfiando o meu rosto entre as bandas da sua bunda até alcançar a sua buceta, que passei a lamber e chupar do jeito que sei que ela gosta:
- Tú-ú-lio!? Ai! Caraaaaalho! Aiiiii… - Gemeu alto e resmungou, rangendo os dentes: - Devag… Ai… ISSO! AÍ! BEM AÍ! Mete a líng… Lambe, lambe! Ai, DELÍCIA!
Levantei-me e lhe dei um tapa na bunda, só então observando a Adriana e o Celão nos encarando surpresos. O tapa não havia sido tão forte como os que vinha acontecendo naquele quarto, mas o suficiente para excitá-la ao ponto dela falar:
- Ai, seu gostoso! Bate na sua esposinha safada, bate!?
Dei mais dois tapas, mais fortes, dando-lhe a chance de xingar um pouco e voltei a penetrá-la de surpresa. Após um grito mais alto dela, voltamos a foder forte e rápido. A minha vontade de mostrar ser bom o suficiente para ela era tanta que a cama começou a andar, sendo necessário a Adriana sentar numa ponta e o Valentim que até então eu nem tinha notado, noutra. Ainda assim as estocadas faziam reverberar o som de madeira se chocando contra a parede:
- Caralho, mermão! Tu é forte na pegada, maluco! - Disse o Celão, se abaixando para apreciar o meu pau entrando e saindo da buceta da Andressa: - Posso sentir o peitinho dela, só um pouquinho?
Antes que eu respondesse, a própria Andressa se adiantou:
- Não, não… Isso não! Ai! Não! Hoje não! Nã… Aaaaaiiii! Ai… que… DELÍCIA! - Falou rangendo os dentes: - Fode, seu safado! Fode a tua putinha, fode! Mostra pra todo mundo quem é o meu macho. Mostra quem é o meu DO-OOO-NO! Ai, eu vou gozar… Eu vou… Não para, não para, não para… Aaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiii… AAAAAHHHHHHHH!!
A delícia da minha esposa começou a tremer inteira, dos pés à cabeça, gemendo, urrando enquanto tinha um orgasmo maravilhoso, digno de aplausos. Os três seguiam assistindo admirados a cena e eu todo orgulhoso do meu próprio desempenho, mesmo assim não diminui a intensidade, fazendo com que ela alcançasse outro em questão de segundos, só então parei. Após este último, a sua buceta escorria tanto que imaginei que tivesse se mijando, mas a consistência era diferente, meio pegajosa, lembrando um lubrificante. Não resisti e enfiei a minha boca na buceta dela novamente, sugando todo aquele mel e ela se jogou para a frente, tentando fugir de mim naquele momento. A Adriana, que tampava a boca com uma das mãos, não resistiu:
- Ai, amiga… E você escondendo ele de mim todo esse tempo!? Covardia isso!
- Nã-não… en… Ahhhh! Não… en-encosta… Ai! Nele! Não… - Gaguejou a Andressa, ainda de olhos fechados.
O interessante é que o meu pau continuava em riste, forte, duro, parecia que nada o derrubaria naquela noite. Subi pela cama, por cima dela e o encaixei entre as suas nádegas. Ela abriu os olhos de imediato e me olhou por sobre o ombro:
- Túlio!? Ai! Não… Calma! Senta aqui um pouco. Por favor… Só um pouquinho…
- Sério!?
- Só um pou-quinho… - Resmungou quase sem forças.
Sentei-me na cama, recostando-me à parede e ela alcançou o meu pau com uma mão, acariciando-o. Naturalmente, eu reclamei, meio invocado:
- Qualé, né!? Vou ganhar só uma punhetinha depois de ter feito você dar uma gozada gostosa?
Ela abriu os olhos, me encarou e na sequência, abriu um imenso, grande e malicioso sorriso. Então, se arrastou para cima do meu colo, ficando novamente de quatro sobre a cama e abocanhou o meu pau, sugando-o como se a própria vida dependesse daquilo:
- Ai! Cace… Devagar, mulher!
Ela tirou o meu pau da boca, lambendo-o de baixo até a cabeça, quando me olhou novamente. “Malícia, esse deveria ser o seu nome e não Andressa!”, pensei, nesse momento:
- Cara! Olha esse rabo… - Resmungou o Valentim que havia se sentado na beirada da outra cama.
O Celão, que de bobo não tem nada, foi se posicionar junto do amigo e franziu a testa, como se estivesse sentindo alguma dor muito forte. Notei que ambos passaram a manipular os próprios paus sem tirar os olhos da minha mulher. A Adriana, por sua vez, se deitou de lado na mesma cama em que estávamos, apoiando a própria cabeça com a mão, ficando a centímetros do meu pau, enquanto olhava diretamente para ele e para a Andressa que dava o seu melhor:
- Túlio, eu posso… só passar a mão? Fazer um carinho? - Perguntou o Valentim.
Eu não queria quebrar aquele clima, mas também tinha medo de liberar, perder o controle da situação e me arrepender depois. Fiquei em silêncio tentando bolar uma estratégia, a melhor resposta, mas nada me ocorria. A própria Andressa falou:
- Hoje não! Mas deixo vocês verem…
- Ver?
- É! Bem de perto, de pertinho mesmo… - Ela disse e foi abrindo as bandas da sua bunda, exibindo sem medo algum a sua intimidade para aqueles dois.
- Nossa senhora! Puta que pariu! Vou ter inspiração para bater punheta por um mês! - Disse o Celão.
O Valentim seguia perdido, quase babando, e vez ou outra, movia a mão na direção da bunda dela, na esperança de eu concordar, mas sem o meu aceite, ele se retraía. Fez isso várias vezes até que praticamente implorou:
- Gente, por favor! Eu só quero sentir a pele dela!
A Andressa me encarou, sorriu e depois de dar uma chupada que estalou quando seus lábios soltaram a cabeça do meu pau, disse:
- Meu marido decide: o que ele falar, tá falado!
[CONTINUA]
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NÃO SER MERA COINCIDÊNCIA.
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