Avisando: esse conto envolve humilhação verbal, dominação/submissão e uso de cinto de castidade. Como são temas sensíveis, fica a critério de cada um continuar a ler ou não. Esta é uma história de fantasia erótica. Sempre importante diferenciar ficção e realidade.
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-Thi, na moral, você é muito foda! Até agora não acredito que você livrou minha cara com o Yuri!
Já tinha perdido a conta de quantas vezes o Bê repetia aquilo durante a semana. Era sexta-feira, e a gente tinha saído para beber em um barzinho depois da aula. Desde que contei sobre o acordo que arranquei do Yuri, meu amigo vacilão tagarelava sem parar, falando como eu era o melhor amigo que ele já tinha tido na vida, que me agradeceria até o final dos tempos por ter resgatado ele daquela enrascada, blá blá blá…
Enquanto o Bê falava, só via os braços se movendo agitados no ar. Por mais que eu tentasse, não conseguia prestar atenção em uma só palavra. Toda minha capacidade de concentração tinha ido pro ralo. Apenas uma coisa ocupava minha cabeça:
No metal frio do cinto de castidade, que espremia sem dó meu pau dentro da cueca.
-Mano, tá pra nascer cara mais firmeza do que você! Prometo que te pago tudo até o final do ano!
-Que isso, Bê, não foi nada…- falei sem graça, já pensando em ir pra casa.
-E porra, tem que ser muito pica mesmo pra ir negociar com o Yuri e sair com um acordo desse! Conta aí Thi, como é que você conseguiu fazer ele aceitar?
Para o Bernardo, contei que o Yuri tinha reduzido a dívida original pela metade, e que eu cobri o valor tirando dinheiro do meu próprio bolso. Só do Bê acreditar que um cara como o Yuri aceitaria um trato desse já mostrava o quão ele inocente era. Mal sabia o Bê que meu dinheiro tava parado bonitinho na poupança. O preço que o Yuri cobrou de mim foi bem diferente::
-Anda Thiago, abaixa logo a bermuda!
Não iria esquecer tão cedo aquelas palavras do Yuri, que com aquela voz grave e jeito autoritário, me fez sentir como se eu tivesse em um quartel. Sem escolha, abaixei meu calção e minha cueca bem na frente dele. “Bom, pelo menos, não tenho motivo nenhum para ter vergonha”, tentei me consolar. Certeza que o Yuri tinha aquela pose toda de mau, mas não devia ser nem de longe tão pauzudo como eu!
-Puta, não sabia que tu tava peludo assim! A gente vai precisar ir no banheiro resolver isso…- ele me disse assim que me viu pelado.
-QUÊ?- falei subindo a bermuda de novo- o cacete que eu vou me depilar!
-Thiago…- ele me respondeu, agora com um tom calmo de professor- não tem como, você pode se machucar se colocar o cinto com essa esse mato todo aí. E já pensou que tragédia caso aconteça alguma coisa com seu “amigão”? Deus me livre, as minas da facul iam ficar chorando até a formatura!
-Tá bom, eu me depilo!- me conformei, na tentativa de manter algum fiapo de dignidade- mas ó, sou eu que vou fazer!
-Fica à vontade. O banheiro é por ali- o Yuri apontou a direção, com uma expressão inabalável- Na primeira gaveta do armário, você acha um aparelho de barbear novinho. Me avisa quando você estiver pronto, pra aí eu colocar o cinto.
-E pode deixar que eu coloco essa porra em mim também!
-Nada disso, essa parte é comigo- ele deu um risinho sacana- já tenho experiência, bonitão…
Confesso que meu coração gelou quando ele disse que já “tinha experiência”. Quantos caras o Yuri tinha conseguido meter naquele cinto? Será que algum deles era da facul? Minha cabeça ficou girando ao pensar em todas essas possibilidades!
De repente, me vi trancado no banheiro da República do Yuri, usando o aparador elétrico que ele tinha emprestado. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo: eu, que me depilei ali embaixo no máximo umas três vezes na vida, tendo que fazer isso porque algum outro cara tinha mandado! Fui vendo os pêlos da minha virilha e saco caírem no vaso pouco a pouco, até eu ficar completamente lisinho.
-E aí Thiago, a gente consegue agilizar isso pra hoje?- ouvi o Turi do outro lado da porta, já tava botando pressão.
“Um mês, Thiago. Passa rápido. Depois disso, tudo volta ao normal”. Tentava criar coragem para abrir a porta e passar pela maior humilhação que eu já tinha passado na vida. Subi o shorts e a cueca. Depois de destrancar a porta, deixei o Yuri entrar. Tinha chegado a hora:
-Faz as honras, Thi Thi?
Fechei os olhos e em um gesto rápido, abaixei a bermuda e a cueca. Pensei que era como arrancar um curativo: melhor fazer isso de uma vez, para acabar logo com o sofrimento. Depois que abri de novo os olhos, me vi de relance no reflexo do espelho do banheiro. Meu pau e saco balançavam entre as minhas pernas, livres por uma última vez. Apesar de estar morrendo de vergonha, não pude deixar de sentir uma pontada de orgulho com meu dote. Eu não era o “Thiagão do futebol” à toa. E pelo menos podia mostrar isso para aquele babaca do Yuri!
Meu inimigo abriu um sorriso assim que abaixei a bermuda:
-Olha só, o famoso Thiagão aí!- na aparência o tom parecia de elogio, mas eu sabia muito bem que ele estava tirando uma com a minha cara- quantos centímetros tu falou que tem mesmo?
-Mole eu não sei, nunca medi…- respondi tentando não demonstrar o nervosismo
-Calma aí, bora saber agora!- o Yuri me respondeu, abrindo a gaveta e tirando uma fita métrica.
Como se não fosse o suficiente passar por aquela humilhação, ainda tinha que enfrentar mais aquela! O Yuri então se agachou, e puxou meu pau para poder medir com a fita. Assim que ele encostou ali, meu primeiro impulso foi me afastar e pegar aquele filho da puta no soco. Nunca que um outro moleque tinha encostado na minha pica! Ele estendeu a fita da base até a cabeça, apertando os olhos concentrado:
-10cm! Opa, na verdade um pouco mais, 10cm e meio!
Não pude deixar de sorrir. “Toma essa, babaca!”, pensei em silêncio. Mas a invertida dele veio logo em seguida:
- Cacete, grandão mesmo! Aposto que vai sentir falta dele, né Thi Thi?
E logo em seguida ele já pegou nas minhas bolas, para começar o processo de colocar o cinto. Fiquei tão angustiado que evitava olhar para baixo. Pelo o que senti, ele primeiro colocou um anel em volta da base do meu pinto e do meu saco, com a ajuda de um lubrificante que tinha trazido. O cinto viria depois, unido ao anel por um cadeado pequeno.
Como tenho as bolas grandes, foi dolorido fazer com que elas coubessem ali. Mas segurei a onda e engoli o choro. Não tinha dado nem dois minutos quando o Yuri me avisou que tinha conseguido passar meu saco e pau pelo anel. É, o maluco não mentiu mesmo quando disse que tinha experiência naquilo!
Quer se despedir dele uma última vez?- enquanto ele segurava o cinto na mão esquerda, baixei os olhos. Minha pica, meu maior orgulho, estava ali balançando livre, pela última vez em um bom tempo. Cacete, o Bê me pagaria caro por essa!
Assim que senti o frio do metal encostar na cabeça do meu pau, ergui a cabeça e voltei a fechar os olhos. O Yuri manipulava o cinto com agilidade, como se fosse um médico que já tivesse feito aquele mesmo procedimento um milhão de vezes. “Puta que pariu, acaba logo com isso!”, pensei enquanto sentia minha pica se comprimindo cada vez entre as paredes do cinto.
Até que ouvi o “click” do cadeado.
-Pronto, feito. Olha no espelho para ver como ficou.
Assim que o Yuri tirou as mãos de mim, senti um peso novo na minha virilha. Respirei fundo, engoli em seco e encarei o espelho. Fiquei em choque ao ver, pela primeira vez na minha vida, meu pau aprisionado em uma jaulinha de metal. Estava irreconhecível:
-Presta muita atenção, Thiago- inesperadamente, o Yuri ficou sério, me obrigando a olhar na direção dele- se você perceber qualquer coisa de estranho aí no seu parceiro, me liga o quanto antes pra gente resolver, beleza?
-Ah tá, como se você desse a mínima pra minha saúde, né?- devolvi seco, vestindo de novo meu calção.
-Pois é Thi Thi, por incrível que pareça, eu não sou esse monstro que você acha que eu sou- e se aproximando, ele continuou- mas como também não sou nenhum otário, vai ter umas coisinhas que você vai ter que fazer pra mim…
-Tá maluco! Ainda me vem com essa, filho da puta! - falei estufando o peito.
-Ai que gracinha ela, toda machona!- o Yuri disse, brincando com a chave do meu cinto de castidade entre os dedos- mas pode ir se acalmando, não vai ser nada demais. É o seguinte: vou pedir pra você tirar umas fotos tuas, mas só pra checar se tá usando mesmo a gaiola. Não precisa mostrar esse rostinho de galã de Malhação, não… a não ser, claro, que você faça questão…
Mano, que arrombado! Fiquei com vontade de chutar a cabeça do Yuri como se fosse uma bola e ver ela voando por cima do gramado todo:
-E ah, a checagem da gaiolinha não vai ter horário certo, pra não correr o risco de você trapacear. Se tu não me responder em 10 minutos, contados no relógio, nosso acordo vai pro saco! Sacou?
Me esforçando ao máximo para controlar minha raiva, respondi que “sim”, em um sussurro que mal eu consegui ouvir. O Yuri deu então um passo à frente. E me disse em um tom de voz tranquilo, o que deixou a mensagem ainda mais assustadora:
-Thiago, eu tô falando com um homem ou com uma menininha aqui? Responde direito, moleque!
-SIM YURI!- gritei quase que por instinto. Por que caralhos eu acabava sempre obedecendo tudo o que aquele gorila mandava?
-Olha só, tu aprende rápido mesmo!- com ele todo contente, fomos caminhando até a saída- mas é isso, qualquer coisa me avisa, hein?
-Tá legal…
Falei cabisbaixo, já parado na frente da porta. Mas de repente o Yuri colocou a mão na maçaneta:
-Mostra.
-O quê?- não tinha entendido a ordem
-Mostra pra mim mais uma vez como ficou. Anda, que eu tô mandando!
Senti meu rosto arder de ódio. Puto da vida, abaixei a cueca e a bermuda de novo. Meu pau, enjaulado no cinto, parecia despencar da virilha:
-Eu sabia que esse iria ficar bem em você- o Yuri não tirava os olhos da minha vara presa- puta que pariu, eu daria tudo pra que a Amandinha, a Ju, e todas as minas que pagam pau pra você na facul vissem isso!
Cheguei então mais perto dele, de queixo erguido. Podia estar com uma porra de cinto de castidade no meio das pernas, mas não ia deixar o Yuri brincar assim comigo!
-Escuta aqui- apontei o dedo na cara do Yuri, enquanto subia a bermuda com a outra mão- você pode tá se achando o reizão agora, mas eu juro pra você, isso não vai durar pra sempre! Um dia tu ainda cai no cavalo! Agora eu vou vazar, que já perdi muito tempo aqui nesse chiqueiro!
-Sem problema Thi Thi- ele então tocou com os dedos a chave pendurada na correntinha, acariciando o peitoral peludo. Abriu a porta e arrematou:
-Tô te esperando…
Sem nem olhar na cara dele, ganhei a rua. Na hora não quis admitir, mas senti meu pau querendo ficar duro dentro da gaiola.
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Cara, como é que eu posso descrever aqueles primeiros dias usando um cinto de castidade? Não tinha um segundo do dia em que eu não estivesse ciente da existência do meu pau: caminhando, sentando na carteira na sala de aula, correndo na esteira, eu sentia a jaula lá, um incômodo difícil de explicar na cueca. No começo fiquei neurótico achando que alguém fosse perceber um formato esquisito no meu volume. De tão pilhado, passei até a usar duas cuecas e bermudas mais largas, na tentativa de disfarçar o cinto. Mas felizmente, de calça jeans ou com uma bermuda normal não dava para notar nada, então fiquei menos noiado.
Agora, o que foi me deixando louco foi não poder bater punheta. Porra, desde os 13 anos que eu batia uma quase todo dia, era foda ter que se acostumar a passar sem! Mas toda vez que batia aquele tesão, aquela caralha de jaula espremia minha pica, apertando o aro em volta do meu saco. Sem gozar, minhas bolas começaram a ficar inchadas, roxas, querendo se aliviar.
“Thiago, é tudo sobre o mental. Lembra disso”. Repassava na minha mente. Como todo atleta sabe, a maior parte das derrotas acontece primeiro na nossa cabeça. Por isso tentava me distrair: comecei a treinar mais pesado na academia, sentindo que assim esquecia um pouco o tava rolando lá embaixo. De resto, evitava ao máximo pensar em qualquer coisa que me remetesse a sexo.
Mas falar é fácil, né? Primeiro dia, até que não tive nenhuma grande complicação. Segundo dia, em uma conversa mais quente com a Amandinha pelo Whats, o bichão já quis acordar. Tive que fazer um esforço do caralho pra desviar do assunto. Mas foi no terceiro e no quarto dia que a coisa ficou feia: eu não conseguia prestar atenção em absolutamente nenhuma aula, dobrando agitado as pernas na carteira. Tudo o que eu sentia era uma vontade doida de gozar. Quanto mais eu tentava não pensar em sexo, mais eu ficava excitado. A cada mina gostosa que passava no corredor, sentia meu pau lutando contra as paredes do cinto.
Mas se eu tivesse que escolher o pior de tudo, óbvio que seriam as “checagens” do Yuri.. O cara tinha um talento incrível para escolher a hora mais inconveniente para me mandar mensagem. E eu que me virasse para sair correndo da aula, ou achar um banheiro quando tivesse na rua. Toda vez que eu abaixava o calção pra tirar a foto, imaginava o Yuri explodindo de gargalhar quando recebia a minha “selfie” da vergonha.
-Fala aí, Thi! Como você conseguiu encurralar o Yuri- o Bê, já altinho da bebida, insistiu no assunto.
-Porra Bê, já falei que não foi nada demais!- tentei evitar, mas acabei ficando irritado- fui papeando com ele e uma hora o acordo saiu, foi só isso.
-Hmmm, entendi- meu amigo não pareceu muito convencido com minha resposta- acho que rolou mais coisa aí, mas tu não tá querendo contar…
-Que nada mano, tu tá imaginando coisa!
-Sei… mas mudando de assunto, e a Ju de ADM? Tu não me falou mais nada dela depois daquele dia no seu apartamento!
Ah, ainda teve mais essa! Se quando a Amandinha se mandou pra Espanha eu fiquei na maior expectativa de ter as minhas aventuras pela facul, com aquela porra de cinto meus planos tinham ido pro saco. Depois do convite pra Ju, inventei uma desculpa esfarrapada qualquer e mandei mensagem pra ela dizendo que não daria pra gente se ver.
“Nossa, vai perder essa chance, Thi?- ela me escreveu- “Nem parece o mesmo…”
-Ah Bê, não deu em nada, tava ocupado nessa semana que passou…
-O quê? Mano, tu tá doente? Nunca que o Thiagão calouro deixaria passar uma gostosa daquela!.
-Não enche Bê!- e matando o último gole da saideira- Agora chega desse papo furado e bora pra casa, que amanhã tenho fut logo cedo.
Pedi pro garçom fechar a conta e fui caminhando com o Bê até a casa dele. Tava nervoso só de pensar em como seria o primeiro treino do time usando a gaiola. Teria que chegar cedinho no vestiário para não correr o risco de nenhum dos outros caras me verem, e depois pensar em uma desculpa pra ter que vazar mais cedo. E como pensar em cobrar um escanteio ou acertar um passe com teu pau espremido daquele jeito? Logo as competições iam chegar e eu tinha que estar em forma. Que inferno, só queria que aquele mês passasse logo!
Perdido nos meus pensamentos, nem prestava atenção no que meu amigo tava me dizendo:
-Oi, Thi? Tá me ouvindo, mano?
-Opa, tô sim Bê- falei, caindo na Terra.
-Caralho moleque, tu viajou mesmo agora, hein? Mano, aguenta aí um segundo que vou dar uma mijada ali.
E nisso o Bê foi até uma árvore, e com toda a facilidade do mundo, tirou o pau pra fora pra mijar. É, a gente só dá valor pras coisas quando perde mesmo! Não tem coisa melhor do que mijar em pé quando dá vontade. Com a gaiola, tentei evitar o máximo que pude, mas não teve jeito: tive que passar a mijar sentado, que nem mina. Uma puta de uma vergonha! Aquele barulho forte da mijada do Bê começou a me irritar, por me fazer lembrar do que tinha perdido. Mas teve um outro detalhe que acabou atraindo minha atenção…
De canto de olho, acabei dando uma bisbilhotada no pau do meu amigo. E meu, quando vi a pica do Bê, fiquei de queixo caído. Caralho, quer dizer aquele puta nerdola escondia um calibre grosso daquele o tempo todo! Pensa em um pauzão pesado mesmo, cabeçudo, do tipo que mesmo mole já é enorme. Confesso que passei um bom tempo vendo aquele pau jorrando mijo, até o Bê terminar o serviço, dando as batidinhas no ar e devolver a rola pra cueca.
“Pera, porque eu fiquei tanto tempo olhando pro pau do meu amigo?”, pensei. Incomodado comigo mesmo, apressei o passo e finalmente chegamos na minha casa:
-Falou Thi! Se quiser marcar algo pra amanhã me avisa, beleza?
-Ok, Bê…- respondi sem ânimo, entrando no prédio.
-Boa mano, até mais irmão!- e botando a mão no peito- Tu é o melhor amigo do mundo, sério!
“Filho da puta, se mete em encrenca e depois eu que tenho que terminar com essa coisa no pau”, fiquei matutando enquanto caminhava para o elevador. Mas também né, eu sempre com essa mania de bancar o herói, o salvador de pátria…olha só onde tinha me metido!. “Quando essa porra de mês acabar, o Bê pode ser atropelado por um caminhão que eu não vou estar nem aí”, falei girando a chave na fechadura do meu apê.
Como não estava muito em clima pra papo, torci para que o Otávio não estivesse em casa. Foi um alívio quando vi as luzes todas apagadas. Mal tinha visto meu colega de apê durante a semana. Aquele lá só queria saber da nova namorada, a Andressa, que por sinal era uma tremenda de uma gostosa. Fiquei imaginando os dois fodendo loucamente naquela noite de sexta, enquanto eu nem no velho “5x1” iria poder apostar.
Para afastar as “bad vibes”, decidi dormir mais cedo. Depois de ajeitar umas coisas na cozinha, senti minha bexiga ficando cheia, resultado óbvio das brejas que tinha tomado no bar. Caralho, eu tava mijando feito um velho desde que o Yuri botou aquele maldito cinto em mim! Fui no banheiro e abaixei a bermuda, enfrentando mais uma vez a humilhação de ter que mijar sentado. Mano, a pior parte era que como não dava pra balançar o pau, tinha que enrolar um pouco de papel higiênico e passar na jaula. Feito a porra de uma garotinha limpando a buceta!
Troquei de roupa, escovei os dentes e lavei o rosto. “Pronto, primeira semana já foi. Força Thiago, você consegue”. Tentava pensar positivo pra não desanimar. Mas assim que eu deitei na cama, meu celular na mesa de cabeceira começou a vibrar.
Chamada da Amandinha.
“Puta merda, esse dia não acaba”. Passei o dia inteiro enrolando pra conversar com a minha namorada. A verdade é que não estava com a menor vontade de conversar com ela. Mas não teve jeito, tive que atender a gata:
-Oi Thi, tudo bem? Como você tá?
-Opa Mands! Tudo tranquilo por aqui!- tentei me mostrar o mais normal possível- mas nossa, aí não tá tardão não?
-Tá sim, mas você sabe que eu durmo tarde. Só queria saber como você tava, sei que o treino do futebol começa amanhã…ela me respondeu atenciosa.
-Tudo certinho, sem nenhum problema- senti meu pau especialmente pesado nessa hora, trancado pela jaula- e sim, começa amanhã mesmo! Tanto é que vou dormir mais cedo, pra chegar 100%...
-Ah tá, entendi- ela me respondeu com um leve tom de decepção, percebendo que eu já tava querendo desligar- meu Thi, tá tudo bem mesmo? Tô sentindo você estranho essa semana…
“Porra, mulher é foda”. A Amanda não era trouxa, claro que tinha já notado alguma coisa:
-Nada não, gata! Sério, só tô com um pouco de dor de cabeça. Vou dormir que passa. Daí a gente conversa com mais calma amanhã, pode ser?
-Claro, Thi! Qualquer coisa tô por aqui! Boa noite! E bom treino pra você amanhã!
-Valeu bebê! Depois quero saber de todas as novidades daí também!
E nisso ela desligou, para meu alívio. Mas logo depois, quando achei que poderia enfim dormir e esquecer que aquele dia tinha existido, recebi uma notificação de mensagem da Amanda. Fazia tempo que a gente não tinha uma conversa mais quente ou fazia uma chamada por vídeo. Pela notificação, li só a legenda:
“Saudade de você, gato. Não esquece que eu te amo”.
“Não abre a foto Thiago, só vai te deixar na vontade”, tentei me convencer antes de deitar. Mas a tentação falou mais alto, e eu fui direto abrir a nossa conversa. Mano, claro que tinha que ser de uma PUTA de uma foto gostosa, da minha mina fazendo topless na praia. De costas, só com a marquinha do biquíni aparecendo. O bundão empinadinho se esfregando na câmara.
“AAAAAAAAAAH”. Joguei o celular pra longe. “Porra, eu quero gozar, eu preciso gozar!”. Fiquei tipo um bicho selvagem, irracional, controlado por um instinto primitivo. No auge do desespero, fiquei só de cueca e comecei a roçar meu pau preso no travesseiro. Foi uma cena ridícula, parecia um cachorro quando tá excitado, trepando nas pernas de qualquer pessoa que passasse na rua. Roçava, roçava, roçava, mas tudo que conseguia era aumentar a dor do meu pau espremido na jaula. E uns fios de pré-gozo manchando a fronha. Sem prazer algum.
“É isso, já deu”. Tinha dado a conta, queria acordar daquele pesadelo:
-Alô, Yuri?
-Opa Thiago, tudo bem? Aconteceu alguma coisa?- para minha surpresa, o Yuri pareceu preocupado quando atendeu minha ligação.
-Mano, não tô aguentando!- tava ficando cada vez mais agoniado- Tira essa merda de mim!
-Calma, molecão! Não deu nem uma semana e já tá sim? O pior é o começo mesmo, depois acostuma.
-Acostumar é o caralho! Eu não tô dando conta, vou enlouquecer se continuar assim!
-Vish, mas cadê aquele machão que aguentava qualquer desafio, hein?- o tom debochado dele tinha voltado- e a situação do Bernardo, como fica?
Putz, o Bê! Confesso que nessa hora passou pela minha cabeça mandar meu amigo pra puta que pariu e ter meu pau de volta. Mas ai, ele tinha ficado tava tão feliz que tudo tinha se resolvido! Tentei dar uma segurada no desespero e pensar de cabeça fria:
-Caralho Yuri, não tem NADA que eu possa fazer no lugar disso? Me ajuda aqui, vai!
-Tô pensando aqui…- ele parecia se divertir fazendo um certo suspense- olha, até que tem algumas coisas que posso fazer pra te ajudar com seu probleminha…
-Meu, de verdade, qualquer coisa já ajuda!
-Sem problema, bonitão! Aguenta esperar até amanhã?- por mim eu iria encontrar o Yuri naquela noite mesmo, mas decidi esperar até o dia seguinte.
-Ok! Tenho treino de fut de manhã, mas na hora do almoço te encontro!
-Marcado então, Thi Thi…- e quando eu estava quase desligando, ele emendou- e mano, fica de boa, viu? Tenho certeza que a partir de amanhã vai ficar bem mais tranquilo pra você segurar essa barra…
Terminada a ligação, fui dormir mais tranquilo. “Pior do que tá, não fica!”, pensei.
Mas é claro que eu estava enganado!
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