Notas do autor:
Antes de tudo gostaria de agradecer quem leu até aqui, o conto já estava todo escrito, por isso não quis responder os comentários, alguns ansiosos, outros com boas críticas que levarei para frente e uns que acharam ruim.
Para explicação, o conto é real, de fictício tem os nomes, os locais e o MMA, o Freitas real não é lutador de MMA, mas é atleta de alto nível, a história saiu em todos os jornais da época, e para proteger a identidade foi preciso mentir qual esporte ele praticava, mas esse lhe proporcionou uma boa vida, viagens e uma equipe que seu traidor fazia parte.
Vale dizer que o tempo também foi alterado para proteger os envolvidos.
Já estou escrevendo outro e espero vocês lá para ler, só começarei a postar quando estiver completo, odeio contos que param pela metade e não quero que vocês também tenha essa experiência ruim.
Vamos ao final.
Yago era bom em Judô e Greco Romana, na trocação eu ganharia dele facilmente.
Armei a guarda e parti para cima dele, ele tentava me esfaquear, um dos golpes cortou meu anti braço que começou a sangrar, porém aquele corte fez ele se distrair e com a direita acertei um direto que fez ele cambalear para trás, antes que ele pudesse reagir acertei um chute na cara que o fez perder os sentidos, caído no chão dei uns tapas na cara dele enquanto meus joelhos prendiam seus braços.
- Eu te amava seu filho da puta, você era família e fez isso comigo ? Disse puxando ele pela gola
- Você tinha tudo que era para ser meu, as lutas, a mulher mais linda de todas, era para ser meu e você tirou tudo de mim quando chegou naquela academia. – disse ele ainda tonto.
Nessa hora eu soquei a cara dele, e fui socando enquanto minha mão enchia de sangue, até que me tiraram de cima dele. Chamaram a polícia, mas nem eu e nem ele estávamos mais lá. Eu iria mata-lo se não o tivessem tirado. Tomei 30 pontos, um corte de 15 centímetros o médico me falou.
Agora faltava só Taís me revelar a verdade, eu já não odiava ela, mas não passava pela cabeça voltar.
Com adrenalina ainda daquela luta, eu estava na porta dela, quando abriu eu já agarrei e comecei a beijar apertando sua bunda, ela retribuía e quando os lábios se afastaram eu disse .
- Hoje você vai ser minha e eu só teu – falei cheio de desejos
Yasmin (eu sei o que você pensou leitor rs) não teve nem tempo de recusar eu já estava tirando a roupa dela e ela pulou no meu colo com as pernas trançadas na minha cintura, levei ela para o quarto dela, fui beijando o pescoço e descendo pelos seios que eram perfeitos,
Cheguei enfim até aquela buceta, raspada de Presto barba, com os pêlos já crescendo e cai de boca com vontade e alegria.
Yasmim gemia e se contorcia, subi até ela e estocava enquanto a gente se beijava como um casal apaixonado, sem tirar de dentro eu levantei ela agarrada no meu pescoço com as pernas na minha cintura e estoquei forte, que esquecia até da dor no braço cortado, ela gemia forte, nossos gemidos se misturavam, que encaixe perfeito.
Sentei com ela ainda encaixada, ela foi cavalgando, puxei ela pra um beijo e meti de baixo pra cima, anunciei o gozo, ela saiu de cima de mim e engoliu toda a minha porra.
- Nossa, que isso Freitas? Que tesão é esse? Disse ela ofegante
- Eu não aguentava mais ficar nos amassos contigo, quero te comer sempre – disse respirando fundo
- Ainda não estou preparada para um relacionamento sério, termina seus problema com a Taís e conversamos sobre isso. – disse ela na sua ampla sabedoria e eu no meu completo descontentamento.
Um tempo depois chegou a notícia da morte do Yago, todos acharam que eu estava envolvido, inclusive tive que que dar explicações a polícia, mas a verdade era que Yago estava com pneumonia, as pancadas ajudaram acelerar a morte, mas não foram elas que fizeram, concluiu a investigação.
Eu fui ao enterro do Yago, olhava para o caixão em um misto de tristeza e raiva, eu pensei o que teria acontecido se eu não tivesse cruzado o caminho dele? Não saberei nunca resposta, me despedi dele e fui ao encontro da Taís.
Cheguei na Taís com o braço enfaixado e contei tudo o que aconteceu, esperei agora dela a verdade.
A seguir vou relatar o que ela me contou, não é possível escrever uma versão da história da Taís porque ela não vai escrever e hoje em dia esse assunto é tabu.
Estávamos sentados na varanda daquela casa que um dia foi nosso refúgio de amor, ela começou a relatar tudo o que aconteceu.
- Tudo começou com a sua depressão, foram dias difíceis você sabe, eu não conseguia me conectar com você, estava triste e distante, eu passei a reclamar disso com os nossos amigos, entre eles o Yago.
- Ele começou a me induzir acreditar que você me traia, mostrava fotos suas sorrindo depois da luta, sociais com mulheres em volta, eu caí naquela armadilha, e para me vingar de você eu transei com ele.
- Porra Taís! – Eu gritei
- Me deixa contar tudo por favor, só te peço essa chance.
Acenei com a cabeça e aquela angústia voltava com tudo, já não sabia se queria ouvir aquilo.
- Você voltou da luta machucado eu me apavorei te vendo assim, e perguntei a José o que aconteceu, ele me contou que você apanhou porque quis, para esquecer a dor, foi então que entendi que cai na armadilha dele, não me entenda mal, não estou me redimindo de culpa, só relatando tudo.
Eu processava tudo, reviver essas memórias me doía, mas agora eu queria saber tudo.
- Eu me desesperei e me afastei de você, estava fria a distante consumida pela culpa, então conheci as meninas, que ajudaram a me animar.
- O Yago me perseguia a todo tempo, eu estava decidida a nunca mais ver ele, porém o escroto me gravou, você viu as fotos e os vídeos, e ele usou para me chantagear, disse que isso iria acabar com a sua carreira e a nossa vida, disse que eu tinha que dar pra ele sempre que quisesse, nesse dia não rolou nada porque a Aline me pegou com ele em casa.
- Aline é esperta e desconfiou de tudo, eu então tive que usar a carta que tinha, é algo que nunca vou me perdoar, eu sabia que ela era apaixonada por você e usei isso a meu favor, dizendo que ela tava criando coisas porque queria dar pra você.
Nessa hora eu pensei, “Ah como queria” me lembrando da noite que transamos. Dei leve sorriso que Taís percebeu.
- Vocês não né ? ... – Disse ela me olhando
- Não o que ? Te traímos ? Fica tranquila, nunca te trai – não menti, mas também não contei depois do término.
- Continuando, eu decidi terminar nosso casamento, assim Yago não teria como me chantagear, e se ele vazasse tudo, eu diria que foi depois de terminar, as meninas então deram a ideia de deixar elas dormirem com você, assim você não ficaria muito magoado.
- No início cogitei, mas quando vi elas dando em cima de você eu desisti, não tinha como aceitar aquilo, meu ciúme me consumiu, só me restava terminar. Porém eu descobri a gravidez.
Nesse momento lágrimas saiam dos olhos da Taís e ela enxugava esfregando as mãos, mas não parava de chorar.
- Contei tudo para Taísa que me convenceu que você me perdoaria, que me amava, que seria muita burrice terminar por causa das chantagens do Yago, aceitei aquilo e comecei a planejar uma surpresa para você, contando do filho.
Nessa hora pensei em perguntar se era realmente meu, mas não quis ser deselegante, mas acho que Taís me conhecia tão bem, que parecia que lia minha mente.
- O filho era seu Freitas, eu só transei uma vez com ele e de camisinha, quando engravidei eu não tinha transado com ele, é seu, nosso.
Ela voltou a chora mais forte dessa vez, esperei ela se recuperar e continuar a contar.
- No fatídico dia que você me pegou com ele, Yago apareceu aqui e voltou a me chantagear, mas dessa vez ele me entregaria as fotos e vídeos e eu podia seguir minha vida se eu transasse com ele uma última vez, eu aceitei.
- Eu não vi que ele deixou a porta aberta, você pegou a gente e tudo aquilo aconteceu. Quando você saiu eu estava em prantos e o Yago disse que me assumiria, que eu seria a mulher da vida dele, que tudo ia ficar bem, eu percebi que tudo era um plano dele.
- Eu expulsei ele daqui aos socos, disse que chamaria a polícia e ele foi embora, soube depois pelo Rafael que ele fez de tudo pro Rafael te contar que éramos amantes e conseguiu.
- Você sumiu e eu nunca senti uma dor tão grande, (Taís chorava de soluçar contando) foram os piores dias da minha vida, eu achava que você tinha se matado, e eu só não tirei a minha por causa do Alceu, vontade e coragem não me faltava.
- Fui a delegacia dar parte do teu sumiço e quando eles me ligaram falando que te acharam, eu tive um alívio tão grande que fiquei tonta, corri para o hospital onde disseram que te acharam, mas você já tinha ido embora, eu entendi que você não queria me ver, então parei de ligar e mandar mensagem.
- Entrei em uma depressão profunda, Alceu salvou minha vida, e esse filho que eu esperava, era o que me mantinha viva, até teu advogado me ligar. Em vez de ficar triste eu vi oportunidade de te encontrar e contar minha versão.
- Logo veio o duro golpe, as fotos e os vídeos, a imprensa em cima, ali eu perdi as esperanças, a traição pública foi o golpe final, fui para casa do meu pai para fugir deles, achando que seria acolhida por causa do Alceu.
- Ele me trancou no quarto e começou a discutir comigo, até me dar um tapa na cara, eu fui revidar então ele me deu um soco e cai no chão, ele pegou um pedaço de ferro e tentava me bater eu me defendia com os braços, quando tentei gritar pedindo socorro ele acertou um chute na minha cabeça que me fez desmaiar, então só acordei no hospital, provavelmente ele me chutou várias vezes e bateu com o ferro comigo desacordada .
Agora quem chorava era eu, aquele relato me despedaçava.
- Quando te vi naquele quarto eu só queria pedir perdão, nunca quis te fazer sofrer, sou a culpada por tudo, até por essa surra que levei, a morte do nosso filho.
Eu a interrompi com um abraço e disse para não se culpar mais, que estava tudo bem, ia ficar tudo bem.
- Eu soube o que fez com meu pai, aquilo me deixou feliz me senti segura e também sabia que ainda me amava, não estou te pedindo para me perdoar ou voltar, foi só o meu sentimento.
- Tem mais alguma coisa que queira saber? Perguntou ela.
- Porque? – Fui curto
- Eu não sei, eu te amo muito, eu peso os motivos e nenhum deles explica, porque eu imaginei que você me traia? Mas eu podia te confrontar e colocar as coisas limpo, porque fui manipulada? Não justifica.
- Poderia dizer que foi só sexo, que não sinto nada por ele, mas não foi só sexo, foi ódio e vingança por algo que você supostamente me fez– disse ela triste
- Você me perdoa?
Respirei fundo olhando aquele fim de tarde alaranjado, parecia que Deus pintava o cenário para a gente.
- Eu te perdoei no dia que pensei que você morreria e nunca mais fosse te ver, eu te amo Taís, e acho que nunca vou deixar de te amar. Você foi, é e será o grande amor da minha vida, uma pena acabarmos assim aqui. – Disse com lágrimas, mas sem dor, era alívio por dizer aquilo.
- Você sempre será a mãe do meu filho, a mulher que me deu a maior alegria do mundo, e vou sempre estar aqui pra você, mas aquela traição matou algo em mim, em nós.- Eu disse como se encerrasse um capítulo da minha vida, para começar outro.
- Eu fico feliz que ao menos possamos conviver, você também é o grande amor da minha e nunca me perdoarei por esse erro que me fez perder marido, resta o pai e o amigo – Disse ela também aliviada
Ficamos ali sentados olhando pro nada, Taís continua morando naquela casa, eu e Yasmin passamos a namorar, Davi e Alceu parecem irmãos e estão sempre juntos. Eu me aposentei e sempre que posso sento naquela varanda com a Taís para falar da vida.
Ela é uma mulher muito inteligente e me conhece muito bem, nossas conversas são boas e entre a gente restou o amor e a amizade.
Alguns anos se passaram e Taís me contava sobre seu novo namorado, e disse que não sabia se o amava, certamente não como me ama, então eu perguntei.
- Da para separar amor de sexo?
Essa resposta eu deixei para Taís e para todos que leram esse conto até o final. O amor ele é maior que o sexo, então qualquer resposta parece pequena diante dele.
Fim...
O próximo conto se chamará "Nunca é só sexo" baseado no livro de psicanálise do mesmo nome. Espero vocês lá.
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