Olá, meu nome é Dom Gab, moro em São Paulo, tenho 42 anos, desde os 19 estudo e prático BDSM com responsabilidade sem "redflags" entendo a prática como um estilo de vide discreto em que minha única preocupação em sessão é humilhar, escravizar e fazer minha sub de objeto, fora de sessão é cuidar da melhor daquilo que me pertence e está com usando uma coleira com minha inicial. Fisicamente sou tatuado, 1m78, barba por fazer o olhos azuis. Recentemente, escrevi uma série de contos sobre BDSM (leia em meu nick) recebi alguns contatos e muitas subs ficam em dúvidas em relação aos termos, e foi justamente uma dessas subs, ou melhor, aprendiz que ofereci uma sessão inicial, mas antes de tudo, escrevi o significado dos principais termos.
O BDSM é praticado por pessoas normais que todos conhecemos.
O seu médico, a professora dos seus filhos, um colega na empresa ou senhora que vende jornais na papelaria, qualquer uma destas pessoas pode praticar BDSM e, provavelmente, você nunca o saberá. O BDSM é praticado por pessoas perfeitamente normais que têm vidas muito semelhantes à sua. No entanto, nos momentos íntimos, gostam de fazer as coisas de maneira um pouco diferente. Não há nada de tarado ou depravado em gostar de ser amarrado durante o sexo e ter essa preferência não torna a pessoa diferente socialmente. As pessoas que praticam BDSM são indivíduos perfeitamente normais que encontraram uma forma eficaz de explorar os seus fetiches.
BDSM para principiantes: pequeno dicionário sadomasoquista
Baunilha – Do inglês, vanilla. A pessoa que não pratica BDSM. Vem de uma referência ao sabor mais neutro (sem graça) do sorvete. Muitos praticantes que não assumem publicamente seu envolvimento com o BDSM se referem à sua vida pública como “vida baunilha”.
Cena – Forma de se referir a uma interação BDSM. Pode ocorrer na frente de outras pessoas, como em festas e clubes noturnos. A palavra indica que há um elemento performático nos encontros BDSM, no qual os envolvidos assumem papéis de forma voluntária, em uma espécie de interação ou jogo erótico.
Coleira – Às vezes, é só um acessório usado nas cenas para marcar a submissão ao dom ou à domme, mas pode ser um símbolo equivalente à aliança de um casamento baunilha. Quando um dominador e um submisso oficializam a relação, diz-se que o submisso recebeu a coleira (e há mesmo um ritual em que a coleira é colocada no submisso). Em muitos casos, após receber a coleira, o sub passa a ser referido como escravo. Quando um dominador ou dominadora tem mais de um submisso ou submissa, os subs se chamam uns aos outros de “irmãos ou irmãs de coleira”.
Dom e domme – Formas de se referir a um dominador e a uma dominadora, respectivamente. O dom e a domme assumem o controle do submisso em uma cena, atividade ou relação, claro, sempre de forma consentida.
Escravo – Alguém que concorda em dar total controle a alguém com quem vive um relacionamento.
Master e mistress – Em português, usa-se muito frequentemente senhor e senhora. Muitas vezes, essas palavras significam o mesmo que dom e domme, mas costumam indicar que há um relacionamento mais profundo com o submisso e não apenas encontros esporádicos.
SSC – São, seguro e consensual. Essa sigla é uma espécie de mantra repetido por todos os praticantes conscientes do BDSM. Significa que nenhuma prática ou relação deve ocorrer sem levar em conta a saúde, a segurança e o consentimento dos envolvidos. BDSM não consensual não é BDSM, mas abuso, ressaltam.
Safeword – Os praticantes usam muito o termo em inglês, mas também podem usar expressões em português, como senha ou palavra de segurança. É um termo combinado entre os parceiros para que o submisso use quando quiser interromper qualquer prática. Uma vez dita, quem está dominando deve parar o que está fazendo imediatamente. É uma forma de garantir que a regra SSC seja mantida e permitir que pedidos como “pare” e “por favor, não” possam ser usados como parte do jogo erótico sem ser uma solicitação de verdade. Em inglês, uma safeword muito comum é red (vermelho). Em português, muitos parceiros usam a palavra água.
Sub – É a pessoa submissa, homem ou mulher.
Switcher – Do inglês, aquele que troca. Refere-se à pessoa que gosta tanto de exercer o papel de dominador quanto o que submisso.
Top e bottom – Top é a pessoa que, em uma cena ou atividade, exerce o papel dominante. Bottom é quem se deixa controlar.
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