Depois de uma longa espera, finalmente, a continuação de "A Submissão de Thiago"! Como o conto acabou ficando muito longo, tive que dividir o texto em duas partes. A segunda será postada muito em breve ;)
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Assim que acordei, tudo o que eu ouvia era o barulho do ventilador de teto. Tinha dormido tão pesado que seria capaz de jurar que já era manhã do dia seguinte. Por isso estranhei quando percebi, por uma frestinha da janela, o sol se pondo no horizonte. Tentando me situar, olhei ao meu redor.
Definitivamente, aquele não era o meu quarto.
“Porra, será que capotei na casa de alguma mina?”, me perguntei, zonzo, enquanto bocejava. Nos meus tempos de solteiro, tinha semanas que eu dormia na quinta na casa de uma, na sexta na casa de outra, e por aí vai.
Mas não, aquela não era a casa de nenhuma mina da facul. Nem a república de algum amigo do fut. Quando enfim me dei conta onde eu estava, foi como se um soco acertasse em cheio minha cara. Aquele era o quarto da pessoa que eu mais detestava na face da Terra, o Yuri. E eu estava dormindo na cama dele, completamente pelado. De bruços, com a bunda jogada pro alto.
“Não, não…isso não pode ter acontecido! Eu tô sonhando, só pode ser!
Sentindo algo viscoso no meu cu, decidi passar meus dedos por ali. “Por favor Deus, faz com que isso seja só um sonho!”, eu implorava em silêncio, enquanto tateava meu corpo. Tentava me convencer de que eu estava confundindo imaginação com a realidade. Quando tomei coragem de meter os dedos, até prendi o ar de tão nervoso. Caralho, que coisa gosmenta era aquela? Sem falar no meu cu, que estava alargado de um jeito que nunca tinha visto na vida.
“Mano, NÃO!”. Além daquele lance grudento na bunda, também estava sentindo algo úmido no lençol, bem na altura da virilha. Me levantei um pouco, para que pudesse colocar a mão na minha pica. Que como eu sabia muito bem há mais de uma semana, estava presa naquela porra de cinto de castidade
Passei então a ponta dos dedos no metal gelado da gaiola. Mais uma sensação melequenta. Apesar da escuridão do quarto, a fraca luz que vinha de fora era o suficiente para que eu visse o brilho prateado da jaula que prendia minha pica.
E claro, da lagoa de porra formada no lençol branco!
Meu corpo não mentia. Sim, a minha primeira gozada depois de uma semana não foi metendo na bucetinha da Ju. Nem batendo uma pensando na Amandinha mamando minha pica depois de um jogo. Foi obra daquelas dedadas furiosas do Yuri, que pareciam ter arrancado cada mililitro de porra que tinha ficado guardada no meu saco naquela semana.
“Ah mano, caralho!”. Tinha mesmo acontecido!
Ainda em choque, senti um puxão no lençol embaixo de mim, me fazendo rolar pela cama:
-Porra Thiago, troquei o lencól ontem e você já deixou ele assim!
Quando me virei, encontrei apenas uma sombra gigante, mas aos poucos fui reconhecendo quem estava ali. O Yuri, que estava usando uma regata preta, deixando um pouco do peitoral peludo à mostra, parecia maior ainda no escuro .Uma chavinha brilhante caía bem no meio peito dele. Não tinha uma vez que não olhava para aquela chave sem vontade de chorar.
Mas bom, pelo menos valeu a pena, né? Tu apagou mesmo! Ah, toma aí suas coisas!- meu rival disse, despejando qualquer jeito minhas roupas por cima da cama.
Parti desesperado para recolher tudo, querendo logo tirar as peças do avesso e me vestir:
-Mano! O q-q-que…o que você fez comigo?- perguntei gaguejando, enquanto botava minha cueca.
-O q-q-q que eu fiz com você, bonitão?- o Yuri, óbvio, não iria perder uma oportunidade de me zoar. - nada que você não tenha concordado, Thi Thi! Aliás, deixa eu te falar: tua gaiola fica da hora assim na cueca! Parece que você tem um piruzinho!
Ele riu da própria piada, aproximando o dedo indicador e o polegar, naquele gesto comum que se faz para indicar que algo é pequeno. Fiquei com uma raiva absurda de mim mesmo, por ter me colocado em uma situação tão humilhante:
-SEU LIXO! Mano, eu já conheci cara arrombado na minha vida. Agora, sabe gente mal caráter, filha da puta mesmo? Você é de longe o pior de todos, Yuri! V--v-você…- eu bem que tentei, mas eu estava tão nervoso que ainda gaguejava de vez em quando- Você armou essa porra toda com o Bernardo, mas na real sempre foi uma armadilha pra chegar até mim, usando aquela merda de foto com a Ju no cinema! O-o-olha só o que você fez comigo, Yuri!
-“Hmmpf, olha só o que o Yuri malvadão fez comigo, mamãe, hmpff”- ele repetiu em uma voz de criança, tirando onda comigo- ah Thiago, corta essa, vai. Tu não me pediu minha ajuda pra se aliviar? Pois então, e não conseguiu? Eu hein, gozou pra cacete e depois reclama que nem uma velha!
Enquanto caçava minhas roupas pela cama, reconheci que o Yuri tinha razão. Aquele filho da puta tinha me dado exatamente o que eu estava procurando:
-E digo mais…arrombado aqui não sou eu, né? Já viu como o seu cuzinho ficou? Ah, aliás, cuzinho não é o nome, né?- ele deu uma pausa irônica antes de continuar- acho que o jeito certo de falar é…
Eu estava vestindo meu shorts na beirada da cama, de costas para ele, quando o troglodita se aproximou das minhas costas e sussurrou no meu ouvido:
-Buceta!
-Porra Yuri, já falei para não falar assim! - estava a ponto de perder o controle- Só deixa eu ir embora, mano! Eu cumpro minha parte no trato e a gente esquece que já se cruzou na vida, firmeza?
-Que foi Thi Thi, tá nervoso?- ele não saiu do meu cangote- ah, vai me dizer que você não gostou nem um pouquinho? Tu precisava ver a sua cara quando eu te dedava: juro pra você, devia ter tirado uma foto!
-Mano…- tentei sair do lugar, mas estava encurralado entre o Yuri e a cama- eu tô te avisando..
-Sério, eu sempre soube que você levava jeito pra coisa, mas desse jeito? Tu parecia até uma dessas loiras burras de pornô, sabe? Gemendo alto, com o olho revirando e a linguinha de fora!
-YURI!- caraca, que moleque escroto!- caralho, me deixa ir embora!
-Sabe que eu fiquei pensando?- ouvi ele molhando os lábios antes de continuar- se com umas dedadas você já ficou louquinha assim, imagina só com um pau de verdade? Já pensou, uma vara dura, grande, pulsando nessa xota? Capaz do viadinho aqui ter um ataque do coração!
Mal tive tempo de revidar. Logo senti aquela mãozona enorme dele segurar meu pau preso:
-Eu sei que é isso o que você quer…- e chegando mais perto- Vai Thi Thi,se entrega! Libera esse cuzinho pra mim, vai!
Falar essas merdas e agarrar no meu pau enjaulado já seria o suficiente. Mas claro, o Yuri tinha que ultrapassar qualquer limite. Senti aquele idiota encostar a virilha atrás de mim. Nunca vou esquecer a sensação. O pau dele estava duro como rocha! E roçando na minha bunda, como se eu fosse uma mina com que ele tivesse dançando em uma balada!
-MANO, CAI FORA!
Até hoje não sei como consegui fazer aquilo. Fechei os olhos e dei uma cotevelada com toda força que eu tinha na barriga do Yuri. Pela primeira vez na vida peguei aquele cara desprevenido. Dei um sorriso de vitória quando ele se encurvou e deu um grito de dor. Atgé que enfim eu tinha conseguido meter uma bola dentro no jogo contra aquele imbecil! Com a confiança lá em cima, virei o corpo e lasquei um soco de direita na fuça dele:
-CACETE YURI! Eu falei para você para você deixar quieto!
Modéstia à parte, o soco que eu tinha dado seria capaz de derrubar qualquer um. Mas o Yuri não se abalou. Claro, ele foi pego de calça curta, então deu para ver que ele sentiu o golpe, colocando a mão no rosto e se apoiando na parede. Mas em questão de segundos, o cara endireitou a postura e se virou na minha direção, me encarando.
Eu nunca tinha visto o Yuri- ou qualquer pessoa, na verdade- com uma expressão daquela. As narinas bufando feito um touro, a boca grossa dura, que pareciam represar as palavras na garganta. Mas o mais sinistro foi ver o brilho daqueles olhos escuros, transbordando de puro ódio. Ali sim eu vi um olhar de predador, pronto para devorar cada partezinha da presa.
Engoli em seco. Sabia que tinha feito merda. Meu rival foi se aproximando. Era nítido o controle que ele estava se impondo para não quebrar cada osso do meu corpo. Estando a um passo de mim, me obrigando a olhar para cima, me senti quando era criança e estava prestes a apanhar do meu pai.
Para minha surpresa, o Yuri deu uma risadinha antes de falar com a voz baixa:
-Ai Thiago…você sabe que eu me amarro de ver você assim, com essa marra toda? Impressionante, o cara tá com o pau preso em uma gaiolinha, e ainda sim não perde a banca!- - ele chegou ainda mais perto. O peito estufado batia quase no meu queixo- mas vou te falar um negócio: eu tenho pena de você, sabia? Eu sei bem que tu tá desesperado. Desesperado porque sabe que tem alguma coisa aí mexendo com você…um tesão novo, não é não? Um tesão que aquela tonta da tua namoradinha não pode te ajudar em nada…aliás, como é que tem sido as últimas semanas, hein? No vestiário do futebol, nas festas da faculdade? Já começou a manjar o pau dos caras por aí?
Mano, como é que ele sabia de tudo isso? Até tentei bolar alguma resposta à altura, mas fui surpreendido quando Yuri colou seu corpo contra o meu. Senti então aquele odor forte que vinha dele. Um odor natural, misturado com o cheiro forte de desodorante masculino. Um cheiro de vestiário, tão normal para mim, mas que estava começando a despertar outras sensações:
-Sabe Thiago…tem coisas na vida que por mais que a gente tente, não tem como fugir. Você corre, corre, corre, mas o destino te alcança. E marca bem o que eu tô te falando: você ainda vai se entregar para mim!
De repente ele então pegou mais uma vez no meu pau preso, por cima do meu shorts:
-Na real eu poderia te comer agorinha mesmo. Tu tá na minha mão até o final do mês, moleque. Por mais que você fale, eu sei que tu não ia mancar com o Bernardo. Além disso, as fotos com a Ju não iam pegar nada bem com a Amandinha, né?- ele deu aquele sorriso de demônio mais uma vez- Mas não, isso seria fácil demais! Eu tenho tesão na caça, sabe? Ainda quero ouvir você implorando…. ouvir a tua voz afinando de tanto desespero!
-Yuri…- finalmente tive colhão para tentar me impor-- se tem uma coisa que eu nunca, mas nunca vou fazer na minha vida, é transar com você! Isso eu te prometo!
Ele só levantou as sobrancelhas como resposta, parecendo lançar um desafio.
-Veremos, Thi Thi. Tá dispensado por hoje.
E sem mais nem menos, ele soltou meu pau e deu um passo para trás, fazendo sinal de passagem. Queria aproveitar a deixa para sair o mais rápido que podia dali. Mas antes que pudesse fugir, senti a mão enorme do Yuri me pegar pelo pulso e me fazer virar na direção dele:
-Tu vai pagar muito caro por esse soco, moleque.
-Vai me deixar ir embora ou mão?- falei tentando me desvencilhar daquela mão. Quis parecer pronto pra briga, mas minha voz saiu aguda por conta do nervosismo.
-Vai, vaza- ele disse enfim me largando- até breve, Thi Thi…
Atrapalhado, saí correndo rumo à rua. Enquanto subia no ônibus, o peso do meu saco e do pau preso pareciam maiores ainda. Minhas bolas estavam inchadas.
Pra variar, eu tinha ficado excitado!
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“Pronto Thiago, passou!”, pensei assim que cheguei em casa. No caminho fiquei me lembrando de cada momento. Das palavras que o Yuri usava, pensadas sob medida pra aniquilar meu orgulho masculino. Do toque áspero das mãos dele explorando meu corpo. E claro, daqueles dedos me invadindo, violando uma parte de mim até então era intocada. Se eu fechasse bem os olhos, eu ainda conseguia sentir o calor daquela sensação nova: o “pá, pá, pá” ritmado na minha próstata, aquela onda de prazer se espalhando pelo meu corpo. E eu ficando cada vez mais leve, relaxado. Entregue.
Mas ao relembrar esses detalhes, tudo que eu sentia era ódio. Do Yuri, por ter me humilhado daquele jeito. Mas principalmente de mim. Porque, no fundo, eu tinha gostado.
Mas ah não, eu não podia me entregar para o desespero. Faltavam ainda três semanas com aquele cinto pela frente. Se eu já tinha chegado até ali, não dava para dar pra trás! E na verdade, tinha até ganhado um estímulo a mais: provar pro Yuri que eu não ia cair na dele. Imagina a cara de trouxa que aquele bandido faria quando chegasse o dia de libertar minha pica e eu não tivesse topado a proposta sem noção dele. Meu pauzão balançando em liberdade, e meu cu bem longe daquele filho da puta!
Ah, naquelas semanas eu vivia pelo dia que meu pau ia ficar livre novamente. Ficava horas acordado à noite pensando no tanto que eu ia farrear. Não ia perdoar uma mina naquela facul, por mais zoada que fosse. A Ju, então, iria tirar o atraso daquela bucetinha com gosto! E a Amandinha também que se preparasse. Minha primeira coisa com o pau livre seria mandar uma fotinho, pra ela não esquecer quem era o Thiago aqui!
“Um dia a menos”, pensava antes de dormir, enquanto levantava a cueca e via o “Thiagão” preso pela jaulinha de metal. “Logo tu sai da reserva!”.
Para me ajudar a não perder o foco, voltei com tudo na academia., passando a malhar 5x na semana. Toda a energia que eu não liberava no sexo, deixava ali no treino. Quanto mais aumentava o peso, quanto mais eu corria na esteira, melhor eu me sentia. E mais importante, mais eu conseguia me esquecer, nem que fosse por alguns segundos, daquele peso insuportável no meio das pernas. E da falta desesperadora de gozar.
Além disso, tinham os treinos do fut, que costumavam ocupar totalmente minha cabeça naquela fase do ano. A primeira copinha do ano já tava chegando, e como a gente tinha ganhado no ano anterior, a pressão tava do nosso lado. Mas naquele ano, eu e os moleques estávamos voando. O clima era de total confiança no time!
Mas apesar de estar segurando bem a onda, não era fácil. Por mais que estivesse 100% comprometido com o esforço de aguentar aquele mês de castidade, por alguns segundos, quando menos eu esperava, subia um calor que parecia ser capaz de pôr todo o meu trabalho a perder. Meu corpo estava cada vez mais sensível, e qualquer contato durante um jogo do fut, por mais leve que fosse, já me fazia ficar excitado.
E porra, porque eu estava cada vez mais reparando nas picas dos meus amigos? Toda vez que eu encontrava o Bernardo, ficava manjando o volume da calça dele, tentando descobrir se o pau dele era tão gigante como eu tinha visto daquela vez depois do bar. E o Otávio, que ainda por cima tava com uma mania de ficar andando pela casa com bermuda de futebol sem cueca? Direto eu tinha que me controlar pra não deixar tão óbvio que estava vendo aquela tromba de elefante, chacolhando prum lado e pro outro!
Mas o pior de tudo era no meio da noite, quando aquela sensação indescritível de prazer que senti com o Yuri insistia em me visitar. “Aqueles dedos fortes me alargando, macetando o travesseiro da próstata. Enquanto minha imaginação me fazia viajar, meus próprios dedos iam massageando meu corpo, como se estivessem sondando o lugar certo, o toque certeiro que seria capaz de aliviar minha tensão e me fazer entrar no céu. Uma vez ,um deles chegou na portinha do meu cu, e como se tivesse vida própria, fez menção de passar pela entrada. Era como se um imã estivesse atraindo ele pra dentro. Ele foi entrando, entrando, entrando, até que abri os olhos em um susto.
“NÃO, THIAGO!”. Vi pelo visor do celular que eram 5h30min da manhã. Hora de treinar!
Assim, aos trancos e barrancos, os dias foram passando. Menos uma semana, menos duas semanas… O dia da libertação estava cada vez mais perto. Até que finalmente, depois do que honestamente parecia uma pena na cadeia, faltavam só dois dias para eu ter meu pau livre de volta!
“Dois dias, Thiago”, eu pensava. Faltava pouco. Era questão de tempo até aquela palhaçada toda de cinto de castidade se tornar algo que eu lembraria no futuro por poucos segundos e depois esqueceria. Nada mais que uma história doida e engraçada dos meus anos na facul. Em pouco menos de 48 horas, eu ia voltar a ser quem eu sempre fui. E ia esporrar gostoso na bucetinha da Ju!
Era final de tarde, e eu estava arrumando minha mochila da academia. Passei a ficar tão rato de academia que tinhas vezes que chegava a treinar duas vezes no dia, Quando estava prestes a pôr o pé pra fora de casa, ouvi o interfone tocar.
Era o porteiro, avisando que tinha acabado de chegar uma encomenda no meu nome. Achei esquisito, porque não me lembrava de ter comprado nada naqueles últimos dias. Mas o porteiro insistiu que o pacote estava endereçado para mim. Fui até a portaria, peguei a caixa com ele e voltei pro apê, curioso para ver o que era.
Um cartão escrito à mão caiu da caixa assim que eu abri o pacote:
“Parabéns Thi Thi! Quem diria, você tá quase lá! Merece até um presentinho pra celebrar o fim da castidade! Achei a tua cara…”
Ele nem precisava assinar. Quando abri a caixa e tirei o que tinha ali de dentro, meu queixo caiu.
“Arrombado!”. Como o Yuri conseguia ser tão filho da puta?
O primeiro “presente” era um tubo enorme de lubrificante. Amarrado na tampa, encontrei mais um papel com um recado escrito:
“Seu novo melhor amigo a partir de agora ;)”
Mas o tubo de lubrificante não me deixou com um décimo da raiva que senti quando tirei o segundo “presente”. Era simplesmente um pau de borracha, da cor rosa. Ergui o consolo na direção da luz. Como eu não estava familiarizado, fiquei besta de ver como ele era realista. O formato da cabeça, que tinha uma pequena abertura, as veias saltando nas laterais. Até tinha um saco, pesado como um de verdade!
Amarrado naquela rola de plástico, mais um papelzinho:
“Pra você ir praticando, enquanto toma coragem pra experimentar uma de verdade!”
Arremessei com raiva a pica de borracha na cama. Peguei o celular, pronto para tirar satisfação com o cara que tinha armado aquela brincadeira. Mandei mensagem, aproveitando que ele estava online:
“MANO, que PORRA é essa que vc me mandou?”
A resposta não demorou muito para chegar:
“Gostou, Thi Thi? Eu sei, você queria um consolo maior, né? Mas calma, 15cm é até grande demais para uma iniciante”
“Yuri, VAI TOMAR NO SEU CU.”
“Esse é seu departamento! Depois me conta como foi”. Emoji piscando.
Que puta babaca! Hoje em dia, vejo como era óbvio que tudo aquilo não passava de uma artimanha pra me desestabilizar na reta final da aposta. Mas se no gramado conseguia ler uma partida com uma mão amarrada nas costas, o Yuri estava muitos passos à frente nesse outro tipo de jogo!
Com raiva, meti todos os “presentes” de volta na caixa. Estava a ponto de ir até a casa do Yuri e jogar toda aquela porra na cara dele! Mas, de repente, ouvi o barulho da porta se abrindo. Era o Otávio chegando.
Era só o que me faltava. Imagina se meu melhor amigo do fut e colega de apê me pegasse com uma caixa daquela? E ainda me perguntasse o que tinha dentro? Quando ele enfim chegou no meu quarto, mal tinha acabado de jogar o pacote por baixo da cama, em um gesto apressado para evitar o flagra:
-Tudo certo por aí, Thi?- ele parou no batente da porta. Pareceu olhar de relance para baixo da cama.
-Tá sim, mano! E aí, qual é o rolê de hoje?- desconversei, logo saindo do quarto.
-Nada demais, eu a galera do fut vamos sair pruma resenha no bar do Cristóvão. Topa?
-Putz, eu tava pensando em ir treinar hoje…
-Aff Thi, para!- o Otávio me falou com aquele jeitão de surfista malandro- resolveu virar maromba do nada, é? Bora tomar uma, tu merece!
Apesar de não estar no clima de ficar interagindo com os moleques, fui convencido pelo meu amigo. Afinal, uma brejinha nunca era uma má ideia. E depois, no dia seguinte, eu teria tempo de sobra pra acertar as contas com o Yuri.
Mal sabia eu então que eu passaria o dia seguinte de uma forma muito diferente do que estava imaginando…
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