A fazenda 1#

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 3351 palavras
Data: 25/12/2024 22:57:26

Era uma manhã clara e ensolarada, com os raios do sol filtrando-se pelas cortinas finas da cabana de Bárbara. A jovem, com seus cabelos curtos e cacheados dançando ao ritmo do vento, ajeitava com cuidado o vestido floral que usava. A tranquilidade do campo, marcada pelo cantar distante dos pássaros e pelo cheiro de terra fresca, era um conforto familiar, mas algo novo havia mexido com sua rotina.A fazenda, que por anos parecia adormecida, recebera uma nova moradora. Bárbara sabia pouco sobre ela – apenas o nome: Meire. Era uma mulher de meia-idade que havia se mudado para a casa principal há poucos dias. A curiosidade de Bárbara, sempre aguçada, foi o suficiente para motivá-la a preparar uma torta de maçã, sua especialidade, como uma forma de boas-vindas. Após verificar a perfeição da torta e deixá-la esfriar em uma grade de madeira, Bárbara embrulhou-a com um pedaço de tecido delicado e partiu para a casa principal. O caminho, ladeado por árvores imponentes, era um convite à reflexão, e ela não pôde deixar de imaginar como seria sua nova vizinha.

Ao chegar à porta da imensa casa, Bárbara hesitou por um momento. A fachada era imponente, com detalhes de arquitetura que pareciam antigos, mas bem cuidados. Tudo ali emanava um ar de elegância controlada, quase opressor. Respirando fundo, ela bateu duas vezes na porta pesada de madeira.

A resposta foi rápida. A porta abriu-se com um leve rangido, revelando Meire. Alta, com pele morena reluzente sob a luz do sol e cabelos longos e lisos que desciam até a cintura, seus olhos castanhos escuros fixaram-se em Bárbara com uma intensidade desconcertante.— Olá — disse Bárbara, com um sorriso tímido e segurando a torta nas mãos. — Eu sou Bárbara, moro na cabana ao final da propriedade. Quis trazer essa torta para dar boas-vindas.Meire manteve o olhar fixo por um instante que pareceu durar uma eternidade, antes de curvar os lábios em um sorriso enigmático.— Que gentil da sua parte. Entre, querida.Sem esperar por uma resposta, Meire deu um passo para o lado, deixando espaço para que Bárbara entrasse. A jovem, hesitante, cruzou o limiar da porta e foi imediatamente envolvida pelo aroma de café recém-preparado e tabaco. O interior da casa era tão impressionante quanto o exterior. Mobília de madeira escura, livros alinhados em prateleiras altas, e obras de arte abstratas preenchiam o ambiente, criando uma atmosfera de sofisticação.Meire indicou um sofá próximo.— Sente-se. Vou pegar pratos para a torta. — E, com isso, desapareceu em uma cozinha adjacente, deixando Bárbara sozinha para observar o ambiente.Ao se acomodar, a jovem notou detalhes que a deixaram desconfortável: objetos que pareciam pessoais demais para um espaço tão público – um chicote ornamentado pendurado como decoração, fotografias de mulheres em poses submissas e um espelho estrategicamente posicionado para refletir quem estivesse no sofá. Bárbara engoliu em seco, sentindo o calor subir pelo rosto.Meire voltou pouco depois, trazendo uma bandeja com duas xícaras de café fumegante e pratos delicados.— Então, Bárbara, o que a trouxe à minha porta além da torta? — A voz de Meire era profunda, quase hipnotizante, e ela se sentou de forma que sua presença dominasse o espaço.— Bem, achei que seria educado… sabe, dar boas-vindas — respondeu Bárbara, tentando ignorar a forma como os olhos de Meire pareciam avaliá-la.Meire inclinou-se levemente, cortando um pedaço da torta e provando-o com uma expressão deliberadamente lenta, quase teatral.— Hum, deliciosa. Você é cheia de talentos, não é?Bárbara sorriu, desconcertada. A conversa continuou em tons leves, mas Bárbara não conseguia ignorar a sensação de que havia mais por trás das palavras de Meire. Algo na maneira como ela se movia, como seus olhos percorriam cada detalhe, fazia parecer que aquela mulher estava sempre no controle, como se cada gesto fosse calculado.Quando a torta terminou e as xícaras estavam vazias, Meire levantou-se, marcando o fim da visita.— Foi um prazer conhecê-la, Bárbara. Espero que possamos nos ver mais vezes. — Ela abriu a porta, como se encerrasse não apenas o encontro, mas um ciclo de inocência.Ao retornar para sua cabana, Bárbara sentia-se estranhamente exausta, como se a simples presença de Meire tivesse drenado parte de sua energia. Ainda assim, algo dentro dela, uma curiosidade inata, ansiava por saber mais sobre a mulher misteriosa. Naquela noite, enquanto o vento frio agitava as árvores lá fora, Bárbara olhou para a casa principal iluminada à distância. Sentiu que sua vida, tão tranquila e previsível até então, estava prestes a mudar para sempre.

O dia amanheceu nublado, e uma brisa fresca atravessava as janelas abertas da cabana de Bárbara. Ela estava no ateliê improvisado que havia montado ao lado da sala principal, uma área onde a luz natural se derramava generosamente sobre suas telas e tintas. O aroma do café fresco preenchia o ambiente enquanto ela fazia os primeiros traços em um quadro que vinha idealizando há semanas.Era um campo de girassóis, inspirado pela paisagem ao redor da fazenda, mas com toques surreais que só existiam em sua imaginação. As flores gigantes pareciam dançar sob um céu verde-esmeralda, e Bárbara trabalhava com cuidado para capturar os detalhes delicados das pétalas.Porém, a concentração começava a escapar-lhe. Uma dor incômoda latejava em suas costas, irradiando dos ombros para a base da coluna. Bárbara sabia que sua gigantomastia exigia mais cuidado com a postura, mas, imersa em seu processo criativo, ela frequentemente se esquecia disso. Parou por um instante, pousando o pincel e levando as mãos às costas, tentando aliviar a tensão.— Preciso de um chá depois desse café… ou talvez um banho quente, — murmurou para si mesma, pressionando os dedos contra os músculos doloridos.Enquanto tomava um gole do café e alongava o pescoço, seus olhos vagaram involuntariamente para a casa principal, visível da janela do ateliê. Algo chamou sua atenção. Havia movimento no andar superior, atrás de uma das janelas.Ela franziu a testa. A cortina estava apenas parcialmente fechada, mas era possível distinguir uma figura, talvez feminina, caminhando de um lado para o outro, de forma agitada. Bárbara inclinou-se para observar melhor.A mulher parecia estar usando uma roupa incomum, algo que lembrava uma camisola antiquada. Seus movimentos eram erráticos, quase desesperados, e em certo momento ela parou abruptamente, segurando o rosto com as mãos. Bárbara ficou congelada, o pincel ainda em sua mão, enquanto assistia à cena.De repente, outra figura apareceu, desta vez claramente reconhecível: Meire. Sua postura era rígida, sua expressão grave. Ela parecia estar falando com a mulher, mas Bárbara não podia ouvir nada do que era dito. O diálogo parecia unilateral; a outra mulher mantinha os braços cruzados, encolhida, como se estivesse sendo repreendida.A jovem sentiu uma pontada de desconforto. Algo naquela interação parecia errado, mas ela não conseguia identificar o quê. Antes que pudesse desviar o olhar, Meire ergueu os olhos para a janela, direto na direção da cabana. Bárbara recuou instintivamente, escondendo-se atrás da cortina, embora soubesse que era tarde demais.Seu coração batia acelerado. Era impossível dizer se Meire havia realmente a visto ou se fora apenas uma coincidência, mas o olhar da mulher ficaria gravado em sua mente: direto, intenso, como se tivesse atravessado a distância entre as duas casas e invadido sua privacidade.Ela respirou fundo, tentando se acalmar. “Talvez seja melhor não pensar nisso”, disse a si mesma. Tentou voltar à pintura, mas a concentração havia desaparecido.Mais tarde, já no final da tarde, Bárbara decidiu dar uma volta pelo terreno da fazenda, na esperança de aliviar o incômodo nas costas e distrair sua mente. Os campos estavam serenos, o cheiro de grama fresca ajudando-a a relaxar, mas sua curiosidade a conduziu, involuntariamente, para mais perto da casa principal.À medida que se aproximava, ouviu um som peculiar vindo da parte de trás da casa – algo que parecia um choro abafado. Bárbara parou, o coração batendo mais rápido. Tentou se convencer de que poderia ser apenas sua imaginação, ou talvez o vento passando pelas janelas.Mas o som continuava, irregular, como soluços desesperados.— Alguém está machucado? — Bárbara sussurrou para si mesma, incapaz de decidir se deveria se aproximar mais ou voltar para a cabana.Foi então que uma porta na lateral da casa se abriu. De onde estava, Bárbara podia ver claramente Meire saindo, com um cigarro entre os dedos e uma expressão de calma quase inquietante. Ela ficou parada ali por alguns momentos, tragando lentamente, antes de voltar para dentro e fechar a porta com um ruído pesado.O silêncio voltou, mas o desconforto de Bárbara permaneceu. O que estava acontecendo naquela casa? Quem era a mulher na janela? E o som de choro…Sentindo-se confusa e preocupada, Bárbara decidiu que precisava descobrir mais sobre sua nova vizinha. Meire não era apenas uma mulher excêntrica; havia algo mais sombrio, algo que escapava à superfície polida que ela apresentava ao mundo.Ao retornar à cabana, as dores nas costas haviam piorado, mas o incômodo físico era ofuscado pelas questões que ocupavam sua mente. Sentou-se na poltrona próxima à lareira, um chá quente entre as mãos, tentando juntar as peças de um quebra-cabeça que ainda não fazia sentido.Naquela noite, enquanto a escuridão envolvia a fazenda, Bárbara permaneceu acordada, olhando para o teto e revivendo cada detalhe daquele dia. Uma sensação persistente de que algo terrível estava por vir pairava sobre ela, como uma nuvem pesada que se recusava a dissipar.A noite era fria e pesada, com o som do vento uivando entre as árvores ao redor da cabana de Bárbara. Deitada em sua cama, envolta nos lençóis, ela sentia-se inquieta, incapaz de pegar no sono. A dor em suas costas, resquício de um dia tenso, persistia, dificultando ainda mais o descanso.A imagem de Meire, seus olhos fixos na cabana durante o dia, não saía de sua mente. Algo sobre a mulher era profundamente perturbador, e a sensação de estar sendo observada parecia persistir mesmo agora, no silêncio da madrugada.Depois de virar-se várias vezes, o cansaço finalmente a venceu, e seus olhos começaram a se fechar. Porém, o alívio foi breve.Uma sensação gelada a percorreu, como se algo invisível a tivesse tocado. Bárbara abriu os olhos de repente, mas percebeu que não podia se mover. Tentou levantar os braços, mexer as pernas, mas seu corpo permanecia rígido, como se estivesse preso por forças que não conseguia compreender.

Seu coração disparou quando ouviu passos. Lentos, calculados, aproximando-se de sua cama. Um cheiro familiar – uma mistura de café forte e tabaco – invadiu o quarto. Bárbara tentou gritar, mas nenhum som saiu de sua garganta.A porta do quarto, que ela tinha certeza de ter trancado, abriu-se suavemente. Meire apareceu, elegante e autoritária, com um sorriso enigmático no rosto. Seus olhos escuros brilharam na penumbra, fixando-se em Bárbara com uma intensidade que fez a jovem sentir-se ainda menor e mais vulnerável.— Você é perfeita, Bárbara, — disse Meire, com a voz baixa e firme, cada palavra carregada de uma certeza que a aterrorizava. — Perfeita para o papel que falta na minha família.Bárbara queria responder, queria pedir explicações ou implorar para que a deixasse em paz, mas a paralisia não lhe dava escolha. Apenas seus olhos podiam se mover, e ela os fixava em Meire, buscando entender o que estava acontecendo.Foi então que sentiu algo na cama. Um peso, primeiro leve, mas que logo aumentou. Algo subia lentamente pelas laterais, aproximando-se de seu corpo. Com um esforço extremo, Bárbara conseguiu virar os olhos para o lado.Eram Bruna e Sofia.As gêmeas estavam rastejando sobre a cama, seus movimentos desumanos, quase animalescos. Vestiam roupas simples, como camisolas finas, e seus rostos estavam cobertos por uma expressão de vazio inquietante. Nenhuma das duas falava; em vez disso, rosnavam baixinho e soltavam latidos curtos e baixos, como cães domesticados, mas claramente ansiosos.Cada uma usava luvas de látex preto, que brilhavam à luz fraca do quarto. Uma delas inclinou-se e cheirou profundamente o ar ao redor de Bárbara, como se tentasse capturar seu aroma. A outra começou a pressionar suas mãos contra os seios de Bárbara, movendo-as com lentidão calculada, quase como se estivesse testando sua textura e peso.Bárbara sentiu um misto de desconforto e terror. A pressão era firme, mas não machucava – o que a deixava ainda mais angustiada. A outra gêmea, enquanto isso, debruçou-se ainda mais sobre ela, lambendo os lábios e soltando um latido abafado, os olhos fixos em sua presa.Meire observava a cena ao pé da cama, com os braços cruzados e um sorriso de satisfação.— Elas gostam de você, Bárbara, — disse Meire, sua voz cortando o ar como uma lâmina. — E eu sabia que seria assim. Você nasceu para isso.A jovem tentava gritar, mas sua garganta parecia incapaz de obedecer. Lágrimas começaram a escorrer de seus olhos enquanto as gêmeas continuavam. Uma delas agarrou os lados de seu corpo, enquanto a outra se dedicava aos seios, apertando-os de maneira firme e rítmica.O som dos latidos misturava-se ao peso opressor da presença de Meire. — Basta, — ordenou Meire, com um tom que era ao mesmo tempo calmo e implacável.As gêmeas pararam imediatamente, recuando para os cantos da cama. Bárbara as observava pelo canto dos olhos, ainda aterrorizada. Elas ainda rosnavam baixinho, mas mantinham-se imóveis, como se esperassem o próximo comando.Meire aproximou-se da cama, inclinando-se sobre Bárbara. Seu rosto estava tão próximo que a jovem podia sentir o cheiro de cigarro em sua respiração.— Aceite seu lugar, Bárbara, — sussurrou Meire, os olhos cravados nos dela. — É mais fácil assim.Bárbara fechou os olhos com força, desejando desesperadamente que aquilo terminasse. Ela sentiu seu corpo estremecer, como se uma corrente elétrica percorresse seus membros. De repente, tudo ficou em silêncio.Quando abriu os olhos novamente, era manhã. A luz fraca do amanhecer iluminava o quarto. Bárbara estava sozinha em sua cama, os lençóis desarrumados e sua respiração pesada. Levou alguns segundos para perceber que conseguia se mexer novamente.

Sentou-se lentamente, o coração ainda disparado. Tocou seu rosto, tentando confirmar que estava acordada. Teria sido um sonho?Os seios ainda estavam sensíveis, como se ainda sentisse o toque das mãos cobertas por látex. E, embora o quarto parecesse normal, o cheiro de tabaco persistia no ar.Sentindo um calafrio percorrer sua espinha, Bárbara desceu da cama. Cambaleou até a janela e olhou para a casa principal. Estava quieta, como sempre.Mas, no fundo, ela sabia que algo estava errado. A sensação de invasão, de ter sido exposta e manipulada, não a abandonava.

Os dias que se seguiram ao estranho sonho – ou pesadelo – foram marcados por um esforço constante de Bárbara para manter sua mente ocupada e longe da casa principal. Ela se dedicava às pinturas, passava mais tempo cuidando de seu jardim e caminhava pela fazenda, tentando convencer a si mesma de que tudo não passava de fruto de sua imaginação.Entretanto, a dor nas costas persistia, piorando a cada dia. Era uma pressão crescente, uma sensação de que algo estava errado em seu corpo. Por vezes, Bárbara mal conseguia terminar uma pincelada antes de precisar se sentar e massagear os ombros e a base da coluna.Certa noite, quando o cansaço e a dor atingiram o limite, Bárbara decidiu que não poderia mais ignorar sua condição. Levantou-se da cama, ofegante, e vestiu um casaco sobre o vestido de dormir. Suas pernas estavam trêmulas, e cada passo parecia um esforço monumental, mas ela se dirigiu à casa principal com a intenção de pedir ajuda a Meire.Chegou à porta quase cambaleando, apoiando-se na moldura de madeira para não cair. Bateu fraca, mas desesperadamente.A porta se abriu, revelando Meire. Sua expressão de surpresa foi rapidamente substituída por um sorriso enigmático, e ela segurou Bárbara pelo braço antes que ela caísse.— O que aconteceu, querida? — perguntou Meire, a voz cheia de uma preocupação convincente.— Eu… eu preciso… — Bárbara mal conseguia falar. Sentia a visão turva, a dor nas costas se intensificando a cada segundo. — Por favor, preciso ir à cidade… médico…Antes que pudesse terminar, seu corpo cedeu. Bárbara desmaiou nos braços de Meire, que a segurou com facilidade, um brilho predatório nos olhos.Bárbara acordou em um lugar completamente estranho. O teto, pintado com molduras decorativas, era iluminado por uma luz fraca e amarelada. O quarto tinha uma aparência antiga, quase como uma cena saída de um filme de época. As paredes eram cobertas por papel floral desbotado, e a cama onde estava deitada era grande, com cabeceira e pés de ferro ornamentado.Mas o que mais chamou sua atenção foi sua própria condição. Ela estava vestindo apenas uma camisola fina e curta, que mal cobria seus seios, deixando-os dolorosamente expostos e pressionados. Seus pulsos estavam presos por algemas metálicas que a seguravam firmemente à cabeceira da cama.Bárbara tentou se mover, mas os grilhões impediram qualquer movimento significativo.— O que está acontecendo? — gritou, o pânico tomando conta de sua voz. — Me ajudem! Por favor, alguém me ajude!Ela começou a se contorcer, puxando os braços com força, mas as algemas eram resistentes. O tecido da camisola roçava contra sua pele, aumentando sua sensação de vulnerabilidade.A porta do quarto rangeu, e Bárbara parou de gritar ao ver uma figura entrar. Era uma senhora idosa, com os cabelos brancos presos em um coque frouxo e um sorriso gentil nos lábios. Ela segurava uma bandeja com uma xícara de chá fumegante, e sua presença, apesar de inesperada, emanava uma sensação reconfortante.

— Oh, minha querida, você está tão agitada… Não precisa ter medo. — A voz da senhora era doce, quase maternal, e ela se aproximou da cama com passos lentos e cuidadosos.Bárbara tentou falar, mas a confusão e o medo a impediram de formar palavras coerentes.A senhora sentou-se à beira da cama, colocando a bandeja sobre a mesa de cabeceira próxima.— Tome, minha querida. Isso vai ajudar a acalmar sua mente. — Ela levou a xícara aos lábios de Bárbara, que hesitou antes de tomar um pequeno gole. O sabor era suave, com notas de ervas e mel, e trouxe uma leve sensação de calor ao corpo da jovem.Enquanto Bárbara bebia, a senhora começou a murmurar palavras em um tom baixo e rítmico, como um canto.— Respire fundo, minha querida… Pense no campo, na liberdade… Tudo o que você precisa fazer é se entregar.A cada repetição, a mente de Bárbara parecia se esvaziar um pouco mais, como se estivesse sendo envolvida em um véu de calma artificial.— Vacas são tão serenas, não são? — disse a senhora, ainda sorrindo. — Elas não têm preocupações, não têm responsabilidades. Apenas seguem seus instintos, felizes em servir.— O quê? — Bárbara tentou reagir, mas sua cabeça estava pesada, como se a lógica escapasse de seus pensamentos.

A senhora acariciou os cabelos de Bárbara com ternura.— Não se preocupe, minha querida. Logo tudo fará sentido.Meire assistia à cena de uma sala escura, sentada confortavelmente em uma poltrona de couro. Diante dela, Bárbara estava presa a uma cama ajustável, com um óculos de realidade virtual cobrindo seus olhos e fones de ouvido envolvendo suas orelhas. Seu corpo tremia levemente, reagindo aos estímulos do programa projetado.— Fascinante, — murmurou Meire, observando as telas ao redor da sala, que exibiam as ondas cerebrais de Bárbara. O sistema estava ajustado para misturar alucinações vívidas com uma sensação de vulnerabilidade, levando a jovem a acreditar completamente na experiência.Ao lado de Meire, Dra. Jennifer fazia anotações meticulosas em um tablet. — Ela está respondendo exatamente como esperado, — comentou a doutora, sem tirar os olhos da tela. — A resistência inicial está se dissipando, e ela já demonstra sinais de aceitação.

Meire sorriu, satisfeito.— Ela será perfeita, — disse, com um brilho de triunfo nos olhos. — Assim que terminar o condicionamento, Bárbara não terá mais dúvidas sobre o papel dela.Jennifer ajustou algumas configurações no programa.— A introdução está quase concluída. Sugiro reforçar as imagens de segurança e calma associadas à senhora no próximo módulo. Isso deve eliminar quaisquer resquícios de resistência.— Faça o que for necessário, doutora, — respondeu Meire, cruzando as pernas com elegância. — Eu quero que ela esteja pronta.E, enquanto Bárbara permanecia imersa em sua alucinação, Meire observava, com a certeza de que estava moldando mais uma peça perfeita para sua "família".

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