A punheta no banheiro tinha sido um alívio rápido, mas insuficiente. Cassiano precisava de mais. O corpo pedia por algo que as próprias mãos não podiam dar: o peso de um macho de verdade, uma vara que o arrombasse sem piedade. Lembrou de alguém que poderia ajudá-lo e como uma boa puta, não perdeu tempo.
Vestiu o short preto mais justo que tinha, uma camiseta branca simples, que mal escondia o corpo musculoso e um All Star preto de cano alto. O crucifixo de ouro reluzia contra a pele escura do peito. Pegou a mochila e saiu, o sol de Cuiabá já queimando o asfalto, mas Cassiano mal registrou o calor. A mente estava focada.
Na academia. Em Marcos.
Aquela academia pela manhã tinha um ritmo diferente. Menos gente, mais silêncio. Apenas o som dos pesos batendo e os sussurros de quem se cumprimentava. Cassiano gostava do ambiente assim: vazio o suficiente para se concentrar, mas hoje não tinha vindo para treinar. Hoje, tinha vindo buscar outra coisa.
Ao entrar, Marcos estava lá, como sempre. Encostado no balcão de recepção, braços cruzados sobre o peito largo, falando qualquer coisa com um funcionário. A regata branca esticava sobre os músculos monstruosos, os ombros largos brilhando levemente sob o ar-condicionado. A barba grisalha bem cuidada dava ao rosto um ar de autoridade, mas eram os olhos que prendiam Cassiano. Olhos de predador. Fixos nele desde que entrou.
Cassiano manteve a compostura. Passou direto, cumprimentando com um aceno seco, sem desviar o olhar para baixo. Postura firme. Cabeça erguida. Mas por dentro, o coração batia mais rápido. Sabia o que queria. Sabia onde aquilo ia dar.
No vestiário, ele jogou a mochila no armário. Se olhou no espelho do banheiro que refletiu o rosto tenso e o corpo pronto para explodir. As mãos tremiam de leve ao ajustar os tênis, enquanto respirava fundo, tentando acalmar a mente. Mas não adiantava. Aquela necessidade latejava no fundo do corpo, impossível de ignorar.
Cassiano seguiu para os pesos. Pegou dois halteres e começou a série. Supino, remada, agachamentos. Movimentos firmes, o suor escorrendo pela têmpora, mas a concentração não vinha. Ele sentia os olhos de Marcos queimando suas costas, mesmo sem olhar. Sempre ali, como uma presença inevitável.
Quando parou para beber água, Marcos se aproximou.
— Tá cedo hoje, professor. Tava com pressa pra vir puxar ferro? — A voz grave veio baixa, quase um rosnado, mas carregada de intenção.
Cassiano engoliu seco. Não olhou diretamente, mas respondeu, mantendo o tom neutro.
— A rotina manda.
Marcos soltou um riso baixo, debochado. Aquele tipo de som que parecia dizer: "Eu sei o que você tá fazendo aqui."
— Rotina boa. Mas tem coisa melhor pra descarregar, né?
Cassiano não respondeu. Bebeu mais um gole, os dedos apertando a garrafa como se fosse possível controlar o que o corpo queria. Virou-se e voltou para o haltere, mas na terceira repetição, o peso escapou das mãos. Não dava mais.
Ele largou os halteres no chão, o som ecoando seco pelo salão quase vazio. Passou a toalha pelo rosto, respirou fundo e caminhou em direção ao vestiário. Devagar. Sem olhar para trás. Antes de entrar, fez questão de virar ligeiramente o pescoço, só o suficiente para encontrar os olhos de Marcos. O recado estava dado. Segue.
O vestiário estava vazio, como Cassiano sabia que estaria. O silêncio só tornava tudo mais intenso. Ele entrou, jogou a toalha sobre o banco de madeira e parou no centro da sala, o peito subindo e descendo. Não precisava esperar. Sabia que Marcos viria.
O som da porta se fechando veio logo atrás dele. O trinco girou com um estalo pesado, e Cassiano fechou os olhos. A respiração firme, o corpo já preparado.
— Cedo demais pra desistir do treino, professor. — A voz grave de Marcos ecoou pelo espaço, acompanhada de passos lentos. Cassiano não respondeu. Apenas caminhou até o banco comprido no meio do vestiário, abaixou os shorts e ajoelhou-se sobre ele e se inclinou para frente. As mãos agarraram firme a madeira e ele desceu o peito até o banco, revelando o rabão enorme, empinado e suado, reluzindo sob a luz fria do vestiário.
Marcos parou atrás dele. O silêncio foi quebrado por uma risada baixa, carregada de satisfação.
— Porra... olha isso. Pronto pra ser usado. Veio buscar vara, né, professor?
Cassiano permaneceu em silêncio, arqueando ainda mais as costas, oferecendo-se sem vergonha alguma. A resposta foi o cuspe quente que Marcos soltou entre as nádegas. A saliva escorreu devagar, e Marcos espalhou com a mão áspera, apertando a carne com força, sem cuidado. Cuspiu de novo.
— Cadela bem treinada. Já vem empinada desse jeito.
A calça de Marcos desceu até o meio das coxas. O pau grosso, duro, pulsando, tocou a entrada apertada do rabo oferecido. Cassiano mordeu o lábio, a respiração entrecortada. Era isso. O que ele precisava. O que o corpo pedia.
Marcos segurou firme nos quadris e afundou de uma vez. Sem dó. Sem cerimônia. A vara entrou inteira, rasgando e preenchendo como Cassiano queria. Seus olhos reviraram. Um gemido abafado escapou de sua boca enquanto Marcos começava a socar com força, as estocadas rápidas, violentas, fazendo o banco ranger sob o peso dos dois.
— Tá laceado, professorzinho? Porra nenhuma. Apertado assim parece até que tava se guardando pra mim.
Cada palavra de Marcos vinha entre grunhidos, cada tapa na nádega exposta arrancava um gemido mais alto. O barulho de pele batendo em pele preenchia o vestiário, misturado aos gritos abafados de Cassiano e à respiração pesada de Marcos.
— Vai, aguenta. Não para. É isso que você quer, não é? Ser arrombado, tratado como nada.
Cassiano apenas empinava mais, o sorriso safado no rosto afundado na madeira. Era isso. Exatamente isso.
Marcos continuava implacável, as estocadas cada vez mais fundas, violentas, ritmadas como golpes certeiros. O barulho de pele batendo em pele ecoava pelas paredes frias do vestiário, abafado apenas pelos gemidos abafados de Cassiano, que tinha o rosto colado na madeira do banco, as mãos apertando firme a lateral como se pudesse se segurar.
— Porra... Olha como você geme. Parece que nasceu pra isso. — A voz de Marcos saía entre dentes cerrados, grave, um grunhido de puro prazer. Ele puxou Cassiano pelos quadris ainda mais para trás, forçando a vara até o limite. — Rabo apertado desse jeito... Vai fingir que não queria?
Cassiano não respondeu. Não precisava. O corpo falava por ele: empinado, entregue, implorando por mais. As palavras morreram na garganta, substituídas por um gemido sufocado. A dor misturada ao prazer fez os olhos se revirarem inúmeras vezes, a mente se perder. Ele sorria, um sorriso torpe, como o de um homem que finalmente estava recebendo exatamente o que precisava.
— Arreganha mais, porra.
O comando veio junto com um tapa forte na nádega exposta, deixando a pele marcada, ardida. Cassiano obedeceu sem hesitar: com as mãos, puxou as próprias nádegas para o lado, abrindo-se ainda mais, oferecendo o rabo pulsante para o macho atrás dele.
— Isso... Boa cadela.
Marcos cuspiu de novo, a saliva quente escorrendo direto na entrada já alargada, enquanto continuava a socar sem piedade. Ele inclinou o corpo para frente, o peito largo colado às costas suadas de Cassiano, a barba áspera roçando na nuca exposta.
— Diz o que você é, professorzinho. Vai, fala.
Cassiano tentou responder, mas a voz não veio. Marcos o puxou pelo pescoço com força, levantando a cabeça até os olhos se encontrarem no reflexo do espelho do vestiário. O olhar de Cassiano estava perdido, entregue.
— Fala, porra. O que você é?
— Sua cadela, Marcos... Sou sua cadela. — A voz saiu rouca, falha, entre um gemido e outro.
— Porra nenhuma. É só um buraco. Um rabo pra ser arrombado. Não serve pra mais nada.
Marcos acelerou os movimentos, cada estocada mais brutal, os quadris batendo com força nas nádegas grandes de Cassiano, fazendo o banco ranger sob os dois. O corpo inteiro de Cassiano tremia com o impacto, mas ele não reclamava. Ele pedia por mais. Sempre mais.
— Tá gostando, né, safado? — Marcos rosnou contra o ouvido dele, a respiração quente queimando a pele.
Cassiano assentiu, os olhos quase fechados de prazer.
— Amo, senhor... Me arrebenta.
Marcos soltou um grunhido alto, um som animalesco que reverberou pelo vestiário, e, com um último empurrão brutal, gozou fundo dentro dele. O corpo inteiro de Marcos se retesou, o pau pulsando, preenchendo o rabo de Cassiano com tudo que ele tinha.
— Toma, porra. Caralho.
Permaneceu ali por alguns segundos, o peso do corpo ainda pressionado contra o de Cassiano, a respiração pesada, quase ofegante. Então, finalmente saiu, o pau escorregando devagar, deixando para trás um vazio que fez Cassiano gemer baixinho.
Marcos riu, um som grave e satisfeito, enquanto batia de leve no rabo marcado à sua frente.
— Bom garoto.
Cassiano desabou sobre o banco, os braços frouxos e a cabeça caída, o sorriso safado ainda colado no rosto. Estava exausto, o corpo inteiro latejando, mas por dentro, a sensação era de plenitude. Era isso. Era isso que ele precisava.
— Levanta essa porra. — Marcos ajustou o short, o tom de voz firme, mas quase divertido. — Lava a cara e volta pro treino. Não quero ver você bancando o fraco. E não esquece: isso aqui não acabou.
Cassiano não respondeu. Apenas riu baixinho, arfando, enquanto Marcos se afastava com passos lentos, os ecos reverberando no vestiário vazio.
Quando finalmente se levantou, sentindo o corpo inteiro tremer, Cassiano arrumou o short e caminhou até a pia. Encarou o reflexo no espelho: o rosto marcado, suor pra todo lado, o sorriso satisfeito. Ele estava exatamente onde queria estar.