Os corredores da faculdade estavam movimentados naquela manhã, cheios de alunos com pressa e professores esbarrando nos próprios horários. Cassiano, porém, caminhava com passos mais lentos, o corpo pesado pela falta de sono e pela inquietação que vinha crescendo nos últimos dois dias. Antônio, com seu sorriso torto e olhar penetrante, parecia ocupar todos os espaços vazios da mente de Cassiano. Dois dias sem uma provocação direta, mas as memórias do confronto no corredor ainda queimavam.
Na sala dos professores, o mesmo ritual se repetia. Conversas baixas, papéis se acumulando nas mesas, o som abafado das cadeiras sendo arrastadas pelo piso desgastado. Cassiano se jogou em uma das cadeiras próximas à janela, o olhar perdido no movimento lá fora. Tentava parecer focado, mas, por dentro, estava fodido. O rabo ainda lembrava a porra de Marcos e do caminhoneiro, e o cérebro, sem piedade, insistia em jogar imagens provocativas na cara dele.
— Tá pensativo hoje, Cassiano.
A voz grave tirou Cassiano dos devaneios. Ele ergueu os olhos e viu Jorge parado à sua frente, segurando uma caneca de café fumegante. O professor de matemática parecia saído de uma porra de catálogo, com a camisa clara bem passada, as mangas dobradas na altura dos antebraços grossos e aquela barba perfeitamente alinhada. Os detalhes de sempre, calculados como uma equação bem resolvida.
— Tô só cansado, Jorge. Semana cheia. — Cassiano respondeu seco, tentando disfarçar o desconforto.
Jorge sorriu de canto, aquele sorriso controlado que combinava perfeitamente com a aura séria que carregava. Sentou-se na cadeira ao lado, com uma calma quase irritante, e tomou um gole do café. Cassiano desviou o olhar, mas não pôde evitar de reparar no jeito como as veias dos braços ficavam aparentes quando ele segurava a caneca. Porra. Tinha algo no Jorge que era difícil ignorar, mas ele nunca tinha pensado nisso por muito tempo. Pelo menos até agora.
— Você parece esgotado. Já parou pra descansar?
Cassiano bufou baixo e passou a mão pelo rosto.
— Não tem muito tempo pra descanso por aqui. Você sabe como é.
— Pois é... mas de vez em quando, a gente precisa se desligar.
O olhar de Jorge ficou preso no de Cassiano por um segundo a mais do que o necessário. Não foi só a frase, mas o tom com que ele falou. A voz saiu grave, lenta, como se houvesse uma intenção oculta. Cassiano franziu o cenho, sentindo o estômago revirar de leve. Jorge desviou o olhar primeiro, deixando o silêncio preencher o espaço entre eles.
Cassiano se levantou, como se precisasse fugir dali.
— Vou pegar um café.
— Te acompanho.
Jorge levantou-se ao mesmo tempo e seguiu Cassiano até a pequena bancada de café no canto da sala. Os dois ficaram lado a lado por um momento, o silêncio denso como fumaça entre eles. Cassiano tentava se concentrar em encher sua caneca, mas sentia o peso da presença de Jorge ao lado. O cheiro dele – uma mistura de sabonete caro e café fresco – chegou até ele e causou um arrepio sutil. Cassiano respirou fundo, tentando manter a compostura.
Foi Jorge quem quebrou o silêncio.
— Vou ser direto. Amanhã vou fazer um jantar em casa. Nada demais, só pra aliviar um pouco o peso dessa semana. — Ele virou o rosto e olhou direto nos olhos de Cassiano. — Você devia ir. Acho que vai te fazer bem.
Cassiano sentiu a garganta secar. Por um instante, não soube o que responder. Jorge nunca tinha feito um convite assim antes, pelo menos não para ele.
— Não sei... tenho coisas pra resolver. — tentou desviar, mas a voz soou menos firme do que gostaria.
— Deixa de frescura, Cassiano. Vai ser bom. — Jorge insistiu, com aquele tom meio autoritário, meio amigável, que ele sempre usava quando falava com os alunos.
Cassiano abriu a boca para responder, mas não conseguiu. O olhar de Jorge segurava o dele de um jeito que o deixava desconfortável, como se estivesse enxergando mais do que devia. Cassiano desviou os olhos, encarando a caneca de café como se fosse a coisa mais interessante do mundo.
— Vou pensar.
— Pense. — Jorge deu um sorriso curto antes de se afastar, deixando Cassiano ali, parado, com os pensamentos ainda mais bagunçados.
***
A aula das 22h estava no fim. Os últimos alunos recolhiam seus materiais e saíam aos poucos, deixando a sala de aula cada vez mais silenciosa. As luzes frias do teto pareciam mais fortes àquela hora, lançando sombras retorcidas no chão e nas paredes desgastadas.
Cassiano, parado junto à mesa, empilhava algumas folhas de trabalhos corrigidos. O rosto sério e a postura rígida contrastavam com o cansaço evidente nos ombros. Ele só queria encerrar o dia e ir embora. Mas, do canto do olho, percebeu que Antônio ainda estava ali.
O garoto não se moveu quando os outros saíram. Sentado na última fileira, com os braços cruzados e as pernas abertas demais, olhava fixamente para Cassiano, o sorrisinho debochado no canto da boca. Cassiano tentou ignorar, focando nos papéis. Mas sabia que aquilo não ia terminar bem.
Quando a porta se fechou e o último aluno saiu, a voz grave de Antônio quebrou o silêncio:
— O senhor não tá esquecendo nada, não?
Cassiano congelou por um segundo, mas se obrigou a continuar empilhando os papéis, sem levantar os olhos.
— Seja direto, Antônio. Já passou da hora. O que você quer? — A voz saiu firme, mas por dentro ele sentia o peito apertar.
Antônio riu baixinho, o som ecoando na sala vazia. Ele se levantou devagar, como se não tivesse pressa, e caminhou até a frente da sala, parando do outro lado da mesa, bem na frente de Cassiano.
— O que eu quero? Eu quero saber o que deu na sua cabeça pra me dar essa nota ridícula no meu trabalho.
Cassiano finalmente ergueu os olhos e encarou o aluno. O olhar de Antônio era frio, direto, sem um pingo de respeito, mas carregado daquele brilho provocativo que mexia com Cassiano mais do que ele gostaria de admitir.
— Sua nota foi proporcional ao que você entregou. Se você tivesse se dedicado, talvez o resultado fosse outro.
Antônio riu de novo, só que dessa vez foi um riso mais curto, mais seco. Ele apoiou as duas mãos na mesa, inclinando o corpo pra frente, aproximando o rosto do de Cassiano.
— Então é isso? O senhor acha que eu não me dedico? — A voz saiu baixa, quase um sussurro, mas cheia de tensão. — Ou é outra coisa? Porque, sinceramente, parece que o senhor tem algum problema comigo.
Cassiano sentiu o sangue subir. A proximidade de Antônio estava fodendo com ele. O cheiro do garoto, uma mistura de desodorante barato e o suor do dia todo, chegou até suas narinas. Cassiano odiava aquilo. Odiava como o corpo dele reagia.
— Eu não tenho problema nenhum com você. Agora pegue suas coisas e vá embora. Já terminou a aula.
Antônio não se mexeu. Pelo contrário, se aproximou mais.
— Parece que tem problema sim, professor. Desde aquele dia no corredor... — Antônio deixou as palavras no ar, observando atentamente a reação de Cassiano.
O coração do professor disparou, mas ele não demonstrou. Pelo menos tentou. Cassiano segurou a pilha de papéis com força, os dedos pressionando o papel até quase rasgar.
— Eu não sei do que você está falando. Chega, Antônio. Vá embora.
— O senhor tá nervoso. — A voz de Antônio veio quase em um murmúrio, carregada de ironia. Ele deu a volta na mesa devagar, caminhando até ficar atrás de Cassiano, perto demais, como um predador cercando a presa. — Nervoso e suado... de novo. Igual no outro dia.
Cassiano fechou os olhos por um instante, sentindo o peso daquele comentário. Ele se virou bruscamente, com o olhar duro e o peito arfando.
— Você passou dos limites, Antônio.
Antônio parou, levantando as mãos em rendição, mas o sorriso não saiu do rosto. Ele sabia que tinha ganhado.
— Calma, professor. Só estou tentando entender. Não precisa ficar tão irritado. Vai ver o problema é meu mesmo. Ou... vai ver é nosso.
Cassiano ficou sem palavras. O silêncio na sala ficou ensurdecedor. Por um momento, nenhum dos dois se mexeu. Antônio manteve o olhar fixo no dele, o sorriso agora mais discreto, quase desafiador. Ele sabia exatamente o que estava fazendo.
Por fim, Antônio pegou a mochila do chão e começou a andar em direção à porta. Antes de sair, parou no batente e olhou por cima do ombro.
— A gente ainda vai resolver isso, professor. Tenha uma boa noite.
A porta se fechou devagar, deixando Cassiano sozinho no meio da sala vazia. O som dos passos de Antônio ecoou pelo corredor, desaparecendo aos poucos.
Cassiano respirou fundo, os ombros finalmente relaxando. O peito subia e descia devagar, e ele sentiu as mãos tremendo enquanto largava os papéis na mesa. Aquele moleque era um problema.
Ele passou a mão pelo rosto, sentindo a pele suada. Antônio sabia exatamente como provocá-lo, como testá-lo. Cassiano odiava aquilo. Mas, no fundo, o pior de tudo era saber que ele gostava.
— Filho da puta... — murmurou baixinho, sentando-se na cadeira e encarando o vazio à sua frente.
***
Cassiano saiu da sala de aula em silêncio, as luzes frias do corredor iluminando apenas o necessário. Àquela hora da noite, o prédio parecia mais velho, mais vazio. O único som era o eco de seus passos pesados e o bater baixo do relógio pendurado na parede.
As palavras de Antônio ainda martelavam na cabeça dele.
— "Nervoso e suado... de novo. Igual no outro dia."
A frase repetia como um mantra. Cassiano apertou a alça da mochila até os nós dos dedos arderem. A respiração saía curta, descompassada, e ele podia sentir o calor subir pelo peito, aquele calor maldito que só aumentava a raiva que sentia de si mesmo.
Chegou ao estacionamento vazio e destravou o carro. Quando se jogou no banco do motorista, soltou o ar de uma vez, como se estivesse prendendo a respiração há horas. Ficou ali, parado, olhando para o nada. O silêncio do carro parecia amplificar o turbilhão de pensamentos em sua cabeça.
Por que Antônio mexia tanto com ele?
Cassiano apertou os olhos fechados e deixou a cabeça encostar no volante. Porra. O problema não era só Antônio. O problema era ele. Sempre tinha sido ele. Ele odiava o controle que aquele moleque tinha sobre ele, odiava que seu corpo respondesse a cada provocação, a cada sorriso torto, a cada aproximação.
A mente de Cassiano o traiu mais uma vez. Ele se viu ali, naquela sala, só que com outra cena. Antônio, encurtando a distância, encostando o peito largo no dele, sussurrando aquelas palavras com a voz grave e rouca no seu ouvido.
— "O senhor tá nervoso, professor?"
Cassiano abriu os olhos bruscamente, o coração disparado. Um som baixo e frustrado escapou dos lábios. Ele passou as mãos pelo rosto, tentando afastar as imagens que não saíam da sua cabeça. Porra, ele estava fodido.
Por fim, ligou o carro e saiu do campus. A cidade estava quase vazia àquela hora, as ruas iluminadas pelos postes e pelo farol solitário do carro. Enquanto dirigia, Cassiano sentia o corpo mais tenso a cada segundo, o desejo preso como um peso no fundo do peito.
Ele sabia que precisava aliviar aquela porra. Só assim conseguiria tirar Antônio da cabeça.
A luz vermelha de um semáforo o fez parar. Cassiano olhou pelo retrovisor, as ruas desertas, o silêncio da madrugada quase opressor. O coração bateu mais forte. Ele sabia exatamente para onde ir.
Virou à direita e seguiu sem olhar para trás. O destino era um lugar que ele conhecia bem, onde ninguém perguntava nome, onde ninguém julgava. Ali, ele podia ser apenas o que era. Uma cadela no cio, precisando ser usada.
***
Cassiano estacionou o carro ao lado do prédio discreto, as mãos apertando o volante até os dedos doerem. As luzes do clube mal escapavam pelas janelas escuras, mas ele conhecia o lugar. Sabia exatamente o que encontraria lá dentro.
Saiu do carro, batendo a porta com força. O ar fresco da madrugada bateu em seu rosto suado, como se quisesse trazê-lo de volta à razão. Mas era tarde demais. Cassiano precisava daquilo. Precisava de algo que arrancasse Antônio da sua cabeça — ou pelo menos que abafasse o som da voz dele, aquela voz grave e irônica que não saía dos seus ouvidos.
O homem de sempre estava na porta. Careca, barbudo, com cara de poucos amigos. Olhou Cassiano de cima a baixo, mas não perguntou nada. Apenas empurrou a porta pesada e deixou que ele passasse.
Lá dentro, o ambiente era o mesmo: luzes baixas, cheiro de suor, couro e sexo. Os sons eram abafados, mas inconfundíveis — gemidos, tapas, ordens dadas em tons graves e implacáveis. Cassiano sentiu o pau pulsar dentro da calça só de ouvir. Ele atravessou o salão sem olhar para ninguém, direto para o vestiário onde deixaria as roupas.
Lentamente, começou a se despir. A camisa foi a primeira a cair, revelando o corpo forte, os músculos tensos. Olhou para o próprio reflexo no espelho manchado. Ali, ele não era professor. Não era Cassiano. Era só mais um rabo oferecido, mais uma cadela à espera de ser dominada.
Vestiu apenas uma cueca preta apertada e uma coleira simples que pegou em um dos armários. Não precisou mais que isso. No clube, era assim que funcionava. Ao sair do vestiário, sentiu os olhares pousarem sobre ele. Homens grandes, másculos, sentados nos sofás de couro gastos, analisando cada pedaço do seu corpo como se ele fosse um objeto — e era exatamente isso que ele queria ser.
Cassiano ajoelhou-se no colchão fino, de costas para a sala, o rabo empinado e exposto. Ele sabia o que aquilo significava: estava pronto para ser usado, sem resistência, como a cadela que era. O som de passos pesados se aproximou, e o coração dele acelerou.
— Porra, que rabão, hein? — A voz grave veio atrás dele, seguida de um riso baixo e predatório.
Cassiano não respondeu. Só arqueou mais as costas, abrindo as pernas sem vergonha alguma. Sentiu as mãos grandes do homem segurarem firme suas nádegas, puxando-as para os lados, expondo cada detalhe. O ar frio bateu na pele quente e sensível, fazendo um arrepio subir pela espinha.
— Vou começar do meu jeito. — O homem disse com desprezo antes de enterrar o rosto no rabo oferecido.
Cassiano arfou alto, os dedos buscando firmeza no colchão velho enquanto sentia a língua quente rasgando caminho entre as pregas, lambendo sem dó. O movimento molhado da língua fazia com que ele ignorasse o ambiente abafado, enquanto gemia baixinho, tentando se conter.
— Porra... — A voz de Cassiano tremeu, quase num sussurro, enquanto o corpo reagia sem controle. O homem não parava, a língua entrando, saindo, lambendo cada pedaço do cu latejado como se estivesse marcando território.
— Tá gostando, né? Se abre mais pra mim. — A voz veio abafada, a barba áspera roçando contra a pele sensível enquanto a língua continuava seu trabalho bruto e incessante.
Cassiano obedeceu sem pensar, esticando ainda mais as mãos para puxar as nádegas, arreganhando-se por completo, oferecendo tudo o que tinha. O homem riu baixinho antes de morder de leve as pregas, fazendo Cassiano estremecer.
— Isso. Puta safada do caralho.
Cassiano gemeu mais alto, a respiração descontrolada enquanto o pau pulsava embaixo dele, duro e preso contra o colchão. Ele sentia o rosto quente, as pernas tremendo, e sabia que estava exatamente onde queria estar: sendo usado sem piedade, humilhado como um objeto.
O homem afastou o rosto lentamente, deixando a saliva escorrer pelo meio do rabo de Cassiano, marcando-o como se fosse uma assinatura. Antes de dizer qualquer coisa, cuspiu uma última vez, apenas para reforçar a sujeira do momento.
— Agora sim, tá pronto. — A voz dele veio mais grave, quase um rosnado.
Cassiano soltou o ar em um gemido rouco, o sorriso safado ainda colado no rosto. Ele sabia o que vinha a seguir, e não poderia estar mais pronto.
O homem não perdeu tempo. Depois de marcar o rabo de Cassiano com a saliva e a língua, se levantou, abrindo o cinto com um estalo seco que ecoou pelo ambiente. Cassiano não olhou para trás. Não precisava. O som, o peso da presença daquele macho, o cheiro forte de suor e testosterona — tudo dizia o que estava prestes a acontecer. Seu corpo pulsava de expectativa.
Cassiano sentiu o pau grosso do homem encostar nas pregas molhadas, empurrando devagar, só pra provocar. A respiração dele veio quente contra a nuca, junto com a risada baixa, carregada de desprezo.
— Pronto pra ser arrombado, vadia?
— Sim, senhor. Me arromba... — A voz de Cassiano saiu rouca, quase num sussurro, enquanto ele empinava ainda mais o rabo, oferecendo-se sem um pingo de vergonha.
O homem segurou firme os quadris dele, os dedos grossos cravando na carne. Sem qualquer aviso, afundou o pau de uma vez, forçando caminho fundo, arrancando um grunhido alto de Cassiano que ecoou pelo salão. As correntes chacoalharam quando ele apertou as mãos nelas, os músculos do corpo inteiro tremendo. A invasão foi bruta, sem piedade, exatamente do jeito que ele queria.
— Porra, que rabo apertado... — O homem riu, começando a estocar com força, cada movimento empurrando Cassiano contra a parede.
Cassiano arfava, o rosto quente, o peito batendo contra o colchão fino a cada socada. O som da pele se chocando ecoava, misturado aos gemidos roucos que ele tentava conter e aos grunhidos do homem que o dominava sem misericórdia.
— Vai, aguenta firme. Cadela boa é assim, toma sem reclamar.
A mão do homem bateu com força na nádega exposta de Cassiano, deixando uma ardência na pele. O tapa veio seguido de outra estocada mais funda, arrancando dele um gemido longo e arrastado. Ele não se segurava mais. O corpo tremia inteiro, do pau duro latejando se via o líquido fino e espesso escorrer no colchão enquanto o rabo era aberto cada vez mais, usado sem dó.
— Diz que você é minha puta. Fala, porra.
— Sou sua, senhor... Sou sua puta. Me usa mais, me arromba. — As palavras saíam entre gemidos, sem filtro, sem resistência. Ali, ele não era ninguém. Só uma cadela implorando por mais.
O homem riu satisfeito, o ritmo das estocadas ficando ainda mais violento. Ele puxou o pescoço de Cassiano, forçando sua cabeça para trás, deixando o pescoço exposto enquanto continuava a bombar sem piedade.
— Olha pra mim quando eu gozar nesse rabo, vadia. Quero ver sua cara de puta agradecida.
Cassiano obedeceu. A cabeça girava, os olhos úmidos e o rosto completamente entregue ao prazer e à humilhação. Ele sentiu o homem tremer atrás dele, a respiração pesada contra seu ouvido, e então o pau afundou até o limite, despejando uma jorrada quente de porra que fez as pregas pulsarem.
— Isso, caralho... Segura tudo, sua cadela.
O homem ficou parado ali por alguns segundos, recuperando o fôlego. Cassiano sentia o rabo latejar, preenchido e marcado como ele merecia. Quando o homem saiu de dentro dele, um fio grosso de esperma escorreu quente pelo meio das coxas, um lembrete claro do que havia acontecido ali.
— Levanta daí, vadia. Já tô satisfeito. Mas não se arruma muito, que tem mais macho querendo usar esse rabo hoje.
Cassiano sorriu, o rosto colado no colchão sujo, o corpo inteiro tremendo de cansaço e satisfação. Aquilo era o que ele precisava. Ser usado, humilhado, arrombado sem dó. Ser tratado exatamente como o lixo submisso que ele sabia que era.
Lentamente, ele se ergueu, as pernas trêmulas e o rabo ainda pulsando. Ao se virar, deu de cara com os olhos pesados dos outros homens que o encaravam, como predadores aguardando a vez.
Cassiano não se importava. Pelo contrário: aquele olhar o fazia sorrir ainda mais.
Mal teve tempo de se levantar quando ouviu outra voz grave atrás dele:
— Vai sair, vadia? Agora vai ser a minha vez.
Ele viu um homem enorme — um paizão, com a barba grisalha, a camiseta suja de suor e o jeans aberto. O macho segurava o pau grosso e duro na mão, olhando para Cassiano como se ele fosse nada além de um buraco pronto para uso.
— De joelhos. Anda logo, cadela.
Cassiano caiu de joelhos no chão frio, a respiração ainda descompassada. Sem perder tempo, o homem segurou sua cabeça firme e enfiou o pau goela abaixo, arrancando sons abafados enquanto Cassiano lutava para acompanhar o ritmo bruto das estocadas. Os pentelhos ásperos roçaram contra o rosto dele, a saliva escorria em fios grossos, e o som molhado da garganta sendo invadida ecoava pela sala.
— Vai, engole, porra. Quero ver até onde aguenta.
Quando o homem terminou, segurando a cabeça de Cassiano no lugar e gozando fundo na garganta dele, outro homem já esperava. O segurança — musculoso, careca, o corpo coberto de tatuagens — o puxou pelo braço, jogando-o de bruços no colchão fino de novo.
— Rabo pronto e já melado. Melhor pra mim.
Ele cuspiu de leve e afundou o pau de uma vez, sem aviso, arrancando um grito abafado de Cassiano, que segurou firme as correntes presas na parede. As estocadas eram firmes, ritmadas, sem pausa. O peso do homem o esmagava, enquanto as palavras ecoavam no ouvido dele.
— Tá sentindo? É pra isso que você serve, sua puta. Pra segurar macho até gozar fundo.
Quando o segurança se satisfez, um operário veio logo em seguida, ainda de uniforme sujo, o peito peludo exposto pelo macacão aberto. Ele girou Cassiano de costas, deitando-o no colchão, e subiu por cima, encaixando-se entre as pernas abertas.
— Olha só pra você. Todo fodido e querendo mais. — Ele sorriu, maldoso, e começou a socar sem piedade, os grunhidos misturados com os gemidos sufocados de Cassiano.
Cassiano não sabia mais onde estava, não sabia onde terminava o corpo dele e começava o dos homens. Sentia o rabo latejando, escorrendo porra quente que grudava nas coxas, no colchão, em todo lugar. Ele sorria, exausto, completamente entregue, sabendo que não sobrava mais nada dele além de um rabo aberto e um corpo marcado.
Quando o último homem se afastou, satisfeito, Cassiano ficou ali, respirando fundo, o corpo inteiro mole. A sala estava vazia agora, mas ele ainda sentia as marcas dos machos, as vozes graves ecoando na cabeça.
Ele era só um depósito de porra, como sempre quis.
Agora, finalmente recomposto, caminhou até o vestiário. As pernas trêmulas, a cueca rasgada pendurada no dedo. O rabo pulsava ainda mais, uma sensação que ele adorava. Enquanto vestia as roupas, olhou-se no espelho, vendo os olhos vermelhos e o rosto marcado, mas o sorriso estava ali, discreto, satisfeito.
— Porra... era disso que eu precisava.