As palavras de Daniela, ainda ecoavam em minha mente, mesmo após a ligação se encerrar, vindo de mim mesmo. Fechei os olhos por um breve momento, e não acreditava no que havia acabado de escutar. Senti que a situação era pior do que eu esperava. A confissão de Daniela me esmagava como uma onda implacável, deixando um gosto amargo na boca e uma sensação de vazio no peito. Sem pensar, peguei uma garrafa de uísque da cozinha, enfiei-a debaixo do braço e saí. Precisava respirar, mas, acima de tudo, precisava me perder em algo que me afastasse daquela realidade sufocante.
Minha cara estava abatida, e acompanhado com aquela garrafa de uísque, qualquer pessoa poderia notar que eu não estava bem. Uma pessoa que nunca vi me perguntou, no meio do caminho, se eu precisava de algo, mas nem consegui responder. Ouvi comentários como "Deixa ele quieto, é dor de corno", e sinceramente, pensei em me levantar e dar um murro, mas estavam certos.
O parque estava deserto àquela hora da noite, exceto pelo som das folhas sendo balançadas pelo vento. Sentei-me em um banco isolado e, sem cerimônia, abri a garrafa. O uísque, forte e na temperatura ambiente, sem o gelo que costumava apreciar, escorreu pela minha garganta como um consolo momentâneo, mas também como um lembrete do caos que era minha vida.
Enquanto bebia, as lágrimas começaram a cair. Primeiro em silêncio, depois com soluços que pareciam vir das profundezas da minha alma.
— Daniela! — Gritei, em meio ao nada, olhando para a garrafa de vinho. — Porque você fez isso comigo, sua vadia? Eu não sou homem, é isso?
Voltei a beber, virei a garrafa de uísque mais uma vez e senti a bebida queimar na garganta enquanto descia. Logo, uma companhia vinha até mim, uma que não pedi, mas que seria fundamental.
— Daniel? — A voz de Pedro me pegou de surpresa. Estava vindo junto de meus outros amigos, possivelmente vieram da taverna. Levantei o olhar e vi meu amigo parado ali, preocupado.
— O que você está fazendo aqui? — perguntei, a voz rouca.
— Eu é que te pergunto. Você tá um trapo, cara. O que aconteceu? Posso ajudar?
— Pode. Pode começar me chamando de corno, de corninho da Daniela. Porque é isso que eu sou. Eu não sou homem, segundo ela.
— Como assim? — Pedro e os outros se sentaram ali do meu lado, enquanto me olhavam beber meu uísque, e tentavam impedir, mas não deixei.
— Ora, caralho. Que parte você não ouviu? — Respondi, visivelmente bêbado.
— Me explica melhor isso ai, Daniel.
Tentei resistir, mas o uísque já tinha desfeito qualquer barreira emocional que eu pudesse ter erguido. Desabafei tudo. Daniela, Gustavo, as festas, as traições... até mesmo meus próprios erros. Pedro me ouviu em silêncio, apenas assentindo de vez em quando, deixando-me despejar toda a dor que carregava.
— Eu não sei o que fazer, Pedro — confessei, minha voz quebrada. — Como eu cheguei a esse ponto? Como eu posso ser esse cara patético que não consegue nem reagir e ta aqui, bebendo?
Pedro suspirou, sentando-se ao meu lado.
— Olha, cara, você tem direito de estar assim. Qualquer um estaria. Mas você precisa respirar. Não vai resolver nada agora, nem bebendo nem se culpando. Tenta entender os dois lados. Não tô dizendo pra passar pano, mas você precisa de cabeça fria pra decidir o que fazer.
— A única coisa que preciso nesse momento é ouvir os ossos daquele Gustavo se partirem, eu juro que pego ele na porrada.
— Daniel. — Disse Carlos, meu outro amigo. — Cara, não é assim que vai resolver as coisas, além disso, o cara deve ter seguranças e tudo mais.
Pedro concordou, e complementou:
— Amigo, vamos pra casa. Vou te colocar no banho gelado e ficar lá até você descansar. Você precisa relaxar. Por favor.
Seus conselhos eram sensatos, mas naquele momento pareciam inalcançáveis. Só consegui assentir, ainda perdido no turbilhão dentro de mim.
Pedro acabou me levando para casa e assim me ajudou a tirar as roupas e me colocou no chuveiro gelado, ou aos poucos eu pude sentir parte da minha sensatez voltando. Depois que saí do chuveiro e me troquei, voltei a cair em prantos, me lembrando novamente das palavras de Daniela e de tudo o que ela fez enquanto estávamos separados.
Pedro como sempre um bom amigo, ficou comigo me ouvindo, aconselhando, e tentando sempre ser um bom mediador entre os dois lados. Ele disse que também iria falar com Daniela o que eu sinceramente não me importava mais.
— O que mais dói é que eu amo aquela filha da puta.
— Eu sei amigo. — Disse Pedro. — Por isso mesmo que eu disse que você precisa resolver as coisas com calma. Não é chutando o balde que você vai conseguir encontrar a melhor forma de resolver tudo isso.
Alguns minutos depois eu acabei por não aguentar mais e caí no sono praticamente dormindo. Não vi e nem ouvi mais nada até o chegar da manhã seguinte.
Na manhã seguinte, acordei com a cabeça latejando, mas com uma determinação que parecia emergir da minha raiva acumulada. Eu me troquei, olhei o celular, nenhuma mensagem ou ligação da Daniela. Ela realmente resolveu fazer o que pedi. Fui até a mansão de Gustavo, esperando vê-lo. Os seguranças, por terem conhecimento de quem eu sou, devido ter sido apresentado anteriormente por Jordana, me deixaram entrar, pensando que vim procura-la. Não demorou muito para que ele aparecesse no jardim, caminhando até seu carro. Gustavo estava na minha mira e meus punhos cerraram quando eu me aproximei dele.
— Gustavo! — gritei, minha voz carregada de fúria.
Ele parou, um sorriso presunçoso se formando em seu rosto.
— Ah, Daniel. O que foi? Minha irmã está lá dentro. Quer que eu a chame? Tenho um quarto especial pra vocês matarem a saudades, hahaha.
Eu me aproximei, sentindo o sangue ferver.
— Você é um desgraçado. O que fez com a Daniela... o que fez com tudo isso... você destruiu minha vida!
Ele deu de ombros, como se minhas palavras fossem irrelevantes.
— Ah. Então você é o otário que a Daniela largou? Que mundo pequeno!
Olhei ele com um ódio imenso, como se eu fosse capaz de parti-lo ao meio. Ele completou:
— Escute, futuro cunhado, eu não fiz nada. Não aproximei de Daniela para destruir a relação de vocês, eu nem sabia que você existia. Foi ela. Ela veio até mim. Se você não conseguiu segurar sua mulher, o problema não é meu. Só supera.
Aquelas palavras foram a faísca que eu precisava. Sem pensar, avancei nele e dei o primeiro soco.
— Supera esse soco aqui, seu filho da puta!
Gustavo cambaleou, mas logo tentou reagir. Contudo, minha raiva era maior. Eu o derrubei e comecei a socá-lo repetidamente, cada golpe carregando a dor e a frustração que eu havia acumulado.
— É bom comer a mulher dos outros, né, seu arrombado? Eu vou te matar!
Eu segui por cima, dando seguidos socos em Gustavo, até que os seguranças apareceram, junto de Jordana.
— Para, Daniel!
Eu parei. Fui afastado pelo segurança dele, que me deu um soco no estômago enquanto outros dois me seguravam, mas consegui derrubar um deles. Mas parei, a pedido de Jordana.
— Larguem ele. Eu levo ele daqui.
— Você vai pagar por isso! — Gustavo gritou, enquanto tentava se proteger.
— Você é quem vai pagar pelo que fez! — retruquei, antes de sentir mãos me puxando para longe. Era Jordana.
— Daniel, para! Você vai acabar preso! — ela implorou, me segurando com força.
Respirei fundo, tentando recuperar o controle. Gustavo se levantou, limpando o sangue do rosto, mas com o mesmo sorriso cínico.
— Você vai se arrepender disso, Daniel.
Jordana me puxou para longe, ignorando as ameaças dele.
De volta ao meu apartamento, sentei-me no sofá, ainda trêmulo de raiva. As mãos estavam ainda sujas pelo sangue do infleiz, porém Jordana me trouxe um pano para limpar, enquanto sentou do meu lado. Jordana me observava com cautela, como se estivesse decidindo como abordar a situação.
— Daniel, o que estava acontecendo? — Perguntou ela, ainda horrorizada com tudo que aconteceu. — Por que bateu daquele jeito no Gustavo?
— Ora, você não sabe? — Disse, com ironia na voz? — Teu irmão tava passando o pau na minha namorada, ou ex namorada, eu nem sei mais o que aquela vadia é?
— Pera... — Ela disse, pensativa naquele momento, como se estivesse montando um quebra-cabeça por dentro. — Daniela é a sua ex que me contou?
— Claro que é. — Disse. — Você não sabia?
— Eu não sabia de nada, Daniel. Como eu iria saber? — ela começou, sua voz suave. — Se soubesse, teria te alertado.
— E você sabia o que eles estavam fazendo?
—Eu sei muito mais coisas do meu meio-irmão do que você pensa. — Ela completou. — Mas sim, ela tinha encontros no quarto com ele, e ali rolavam coisas...
— Como ele amordaçando ela, queimando vela na pele dela, passando gelo, usando brinquedos sexuais, não é mesmo? Eu sei como são essas coisas. Infelizmente eu sei.
— Daniel. — Ela retrucou para mim, levando as mãos até a minha. — Eu não sei quasde nada do passado de vocês dois. Mas o que eu posso dizer para você que eu não acho Daniela uma má pessoa. Ela nem sabia que eu conhecia você, e desabafou muitas coisas para mim. Parece que no começo ela estava gostando mas aconteceu alguma coisa com ela e agora ela está mais me ajudando em um caso. Um que eu falei para você por cima. Mas o mais importante, é que eu realmente vi que ela não é uma pessoa pois ela me aconselhou a lutar por você, mesmo sem saber que você era meu amor.
— Eu sou seu amor?
— Sim, Daniel. Eu amo você. E nunca deixei de amá-lo.
Eu ri amargamente, passando as mãos pelo rosto.
— Não me faça rir, você tava sabendo de todas essas coisas, se diz uma pessoa da lei, mas nem chegou a investigar algo tão fácil quanto saber que Daniela é minha ex. Eu não consigo acreditar. Todos estão contra mim.
— Eu não tô contra você, Daniel! — ela disse, ofendida. — Só quero te ajudar.
Eu a encarei, minha raiva ainda pulsando, mas misturada com algo mais. Medo. Dúvida. Carência.
Antes que pudesse pensar demais, puxei-a para perto e a beijei. Foi um beijo bruto, desesperado. Ela hesitou por um momento, mas acabou cedendo.
E quando você viu, acabou por retirar minha camisa, e me deixar sem nada. Enquanto eu acabei por retirar a veste dela, a deixando apenas de sutiã. Acabei por levar minha boca até o seio dela, onde eu abocanhei cheio de desejo, enquanto as mãos dela passeavam pelos meus fios de cabelo.
Estávamos ali sentados no sofá, enquanto Jordana tombou a cabeça para traz, passando a gemer de tesão enquanto minha boca se aproveitava e sugava aquele seu seio. Logo, larguei o cio dela e voltei a beijá-la, agarrando a cabeça dela e passando a acariciar sua nuca, enquanto a minha boca fazia o trabalho de sugar e chupar aquela boca deliciosa. Por um momento eu estava conseguindo esquecer tudo.
Acabamos por nos levantar, e no impulso eu me lembrei de uma certa palavra de Daniela: " Queria que você fosse mais homem. "
Aquela frase me motivou a pegar a cintura de Jordana, e virar ela contra a parede, enquanto agarrei com vontade aquela bunda quando subi sua saia, e passei a dar seguidos tapas no meio daquele rabo, enquanto ela me olhava com a cara espremida na parede, enquanto eu segurava sua nuca com a outra mão.
— Daniel...
— Eu preciso te foder hoje, Jordana. — Disse, enquanto ela assentiu com a cabeça, entendendo que seria inevitável nosso encontro.
Foi então que me ajoelhei, assim pegando a bunda dela com as mãos, e abrindo bem as nádegas, vendo aquele cuzinho apertado pulsar, juntamente com aquela bucetinha toda rósea.
— Que linda bucetinha, caralho.
Levei minha língua para chupar ambos os buracos, e enquanto degustava Jordana, ela colocou ambas as mãos na parede e gemia de tesão, invadi o cuzinho dela com minha língua e fiquei girando sobre o anel, e por curiosidade aquela foi a primeira vez que chupei o cuzinho de uma mulher. Na verdade eu me sentia completamente irreconhecível naquela noite.
Quando deixei ela bem babada, me levantei e levei ambas as mãos para seu ombro enquanto passei a bambear com força, passando a meter naquela bucetinha.
Jordana gritava de tesão e uma dor visível, olhava para o lado e mordia seu próprio lábio, ela tentou me beijar mas eu não deixei, espremendo a cabeça dela contra a parede.
- Hoje sou eu quem manda, sua puta.
Senti que ela se assustou com aquilo, mas se permitiu continuar. Para ser sincero, nem eu mesmo estava me reconhecendo, mas continuei ali metendo com força.
Jordana acabou empinando mais a bunda quando eu levei o pau até o cuzinho, e até mesmo ele eu comi sem dó. Quando estava prestes a gozar eu puxei ela pelo cabelo, arrastando aqueles cabelos ruivos até ela ficar de joelhos, onde eu acabei gozando na cara dela.
Depois de fodermos, acabei então caindo no sofá, onde ela permaneceu ali de joelhos, me encarando sem entender o que tinha acabado de acontecer. Olhei para meu pau, e um susto se formou: Ele estava com resquícios de sangue.
— Mas o que...? Você era virgem?
No final, Jordana me olhou com olhos arregalados, e ensaiando um choro.
— Sim... A minha primeira vez só poderia ser com você.
Eu desviei o olhar, sentindo uma mistura de vergonha e confusão.
— Eu não... Meu Deus.
Jordana pegou suas coisas, e disse que amanhã nos falavamos. Ela agradeceu pelo dia, mas parecia um pouco distante com tudo aquilo. E eu, completamente derrotado, humilhado. Talvez eu não fosse mesmo tão homem assim, a ter feito algo tão mesquinho com ela.
No dia seguinte, ainda confuso com o que havia acontecido com Jordana, resolvi ir atrás dela na mansão. Talvez eu não fosse bem recebido ali, por conta de tudo que aconteceu no dia anterior, mas ficaria do lado de fora esperando ela.
Cheguei, e os seguranças barraram minha entrada, como esperado. Disseram que iriam chama-la. O carro de Gustavo estava lá, no estacionamento, mas havia outro veículo ali... Familiar. Resolvi esperar Jordana. Mas o que encontrei foi algo que eu nunca poderia esperar.
Olhei a porta da mansão se abrir, e para minha surpresa e horror, vi Gustavo e... minha mãe. Eles estavam se beijando, e ele tinha a mão firmemente agarrada na bunda dela, onde deu um belo tapa. E a chamou de coroa putinha. E ela mordia os lábios.
— Mas que diabos é isso?! — gritei, minha voz ecoando pelo corredor.
Os dois se separaram imediatamente, minha mãe pálida como um fantasma. Gustavo, por outro lado, parecia quase... divertido.
— Quem diria, eu traçando a mãe e a namoradinha. Hahahaha!
— Daniel, eu posso explicar... — minha mãe começou, mas eu não deixei.
— Não tem explicação pra isso! — berrei, avançando em Gustavo novamente.