Parte 3: Chantagem

Um conto erótico de BetaSubmisso
Categoria: Heterossexual
Contém 1114 palavras
Data: 05/01/2025 02:11:51

Os dias no campus nunca foram os mesmos para Guilherme desde que Gabrielle entrou em sua vida. Onde antes ele passava despercebido pelos corredores e salas de aula, agora havia um peso constante em sua rotina: Gabrielle e, por tabela, Rodrigo.

A presença de Gabrielle parecia preencher cada canto da universidade. Nos corredores, no refeitório ou na biblioteca, ela sempre encontrava uma forma de estar por perto de Guilherme. Mas agora havia uma diferença. Rodrigo frequentemente estava ao lado dela, reforçando a presença opressora que ambos exerciam sobre o ambiente. Rodrigo, com seu físico atlético e personalidade arrogante, exalava uma energia que fazia Guilherme se sentir ainda mais pequeno.

Tudo começou de forma sutil. Gabrielle, com seu sorriso frio e provocador, começou a fazer pequenos pedidos a Guilherme durante os encontros no campus.

Logo, esses favores começaram a escalar. Rodrigo também começou a se aproveitar da situação, sempre com um sorriso sarcástico.

Guilherme, nervoso e hesitante, obedecia. Ele sabia que a situação estava escapando de seu controle, mas não conseguia reagir. Gabrielle parecia sempre ter uma forma de mantê-lo preso à sua influência, como se soubesse exatamente quais botões pressionar para que ele continuasse cedendo.

Uma tarde, enquanto estavam na biblioteca, Gabrielle chamou Guilherme para um canto mais isolado. Seu olhar sério o fez sentir um calafrio. Ela colocou um envelope sobre a mesa e cruzou os braços, inclinando-se levemente para ele.

"Você sabe o que isso significa, Guilherme?" ela perguntou, com um tom baixo e ameaçador.

Guilherme balançou a cabeça, confuso e ansioso. Gabrielle abriu o envelope e mostrou uma série de fotos. Eram imagens de Guilherme no apartamento dela, ajoelhado, massageando seus pés. O sangue de Guilherme gelou.

"Essas fotos não são muito lisonjeiras, você não acha?" Gabrielle disse, com um sorriso frio. "Eu me pergunto o que as pessoas no campus diriam se vissem isso."

"Por favor, Gabrielle, não... não faça isso," Guilherme implorou, sua voz tremendo.

Ela se inclinou ainda mais, seus olhos fixos nos dele. "Então você vai me ouvir, Guilherme. A partir de agora, quero você na minha casa todos os dias depois das aulas. Não importa o que você tenha planejado, você estará lá."

Sem escolha, Guilherme cedeu. Ele sabia que, apesar de toda a humilhação que já havia sofrido, a exposição dessas fotos poderia destruir sua vida no campus. Gabrielle sabia disso, e usava esse poder com maestria.

Os dias no campus tornaram-se uma extensão do controle que Gabrielle exercia sobre ele. A cada encontro, ela e Rodrigo encontravam novas formas de reforçar seu domínio, seja com favores, seja com provocações. Guilherme sentia que não tinha para onde escapar, e a ideia de ir à casa dela diariamente se tornava mais uma corrente que o prendia à dinâmica opressora que ambos haviam criado.

Enquanto caminhava pelos corredores, com o envelope na mochila e o coração pesado, Guilherme sabia que seu mundo nunca seria o mesmo. E, no fundo, ele também sabia que Gabrielle estava apenas começando.

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Os dias de Guilherme haviam se transformado em uma rotina que parecia interminável. Todas as tardes, assim que as aulas na universidade terminavam, ele seguia para o apartamento de Gabrielle. O caminho, que antes era apenas um trajeto comum, agora parecia uma longa jornada de ansiedade e desconforto. Cada passo em direção àquele edifício era acompanhado pelo peso do que o aguardava.

Ao entrar, Gabrielle sempre o recebia com a mesma expressão despreocupada, um sorriso de canto que mostrava sua satisfação em vê-lo ali, pontual e obediente.

"Finalmente chegou, Guilherme. Você sabe o que fazer," dizia ela, quase como se fosse um lembrete rotineiro.

O apartamento de Gabrielle, embora organizado, parecia sempre ter algo para ser feito – ou pelo menos era isso que ela fazia parecer. Guilherme começava limpando a sala, arrumando as almofadas do sofá, recolhendo copos ou pratos que ela deixava espalhados de propósito. Depois, seguia para a cozinha, onde lavava a louça e limpava o balcão.

"Você está indo bem," Gabrielle dizia, sua voz carregada de sarcasmo enquanto observava tudo de longe, sentada em sua poltrona favorita com um copo de vinho ou mexendo no celular.

No entanto, as tarefas domésticas eram apenas o começo. Gabrielle nunca perdia uma oportunidade de incluí-lo em momentos ainda mais humilhantes.

Ela sempre encontrava uma desculpa para envolvê-los em sua rotina de comandos. Certo dia, enquanto Guilherme varria o chão da sala, ela entrou na cozinha e voltou carregando um par de sapatos de salto.

"Esses estão sujos. Limpe!" disse, jogando-os no chão sem cerimônia.

Guilherme hesitou por um momento, mas logo começou a limpar os sapatos com um pano que ela havia deixado estrategicamente próximo. Gabrielle observava de perto, o sorriso em seu rosto crescendo a cada instante.

"Você parece bem natural fazendo isso, Guilherme. Acho que deveria considerar isso como uma carreira," disse ela, rindo baixinho.

Sempre que Gabrielle sentia que Guilherme estava minimamente confortável – o que era raro –, ela encontrava uma maneira de reverter a situação. Depois das tarefas, ela se sentava no sofá, cruzava as pernas e olhava para ele com aquela expressão que já dizia tudo.

"Agora, meus pés. Você sabe o que fazer."

Guilherme se ajoelhava ao lado do sofá e começava a massagear seus pés, que, após um longo dia, tinham um leve cheiro de cansaço. Ela parecia gostar de testar seus limites, pressionando-o a continuar, mesmo quando ele demonstrava desconforto.

"Você tem mãos macias para alguém que passa tanto tempo no computador," dizia Gabrielle, seu tom de voz alternando entre provocação e superioridade. "Acho que isso é um dom, Guilherme. Não desperdice."

A cada dia, Gabrielle encontrava novas formas de humilhar Guilherme. Ela comentava sobre como ele parecia mais à vontade limpando o apartamento dela do que em qualquer outro lugar. Às vezes, Rodrigo aparecia no apartamento, aumentando ainda mais a tensão. Ele ria das situações ou simplesmente ignorava Guilherme, como se ele fosse um empregado invisível.

Gabrielle apenas ria, seus olhos brilhando com diversão enquanto observava Guilherme abaixar a cabeça e continuar suas tarefas.

Com o passar dos dias, o apartamento de Gabrielle tornou-se um símbolo do controle absoluto que ela exercia sobre Guilherme. Ele cumpria cada tarefa como se fosse uma obrigação inevitável, enquanto Gabrielle reforçava seu domínio com palavras e atitudes que testavam seus limites.

Apesar de tudo, Guilherme permanecia em silêncio, acumulando em seu interior uma mistura de sentimentos – humilhação, frustração, e talvez até uma ponta de fascínio pela maneira como Gabrielle controlava tudo ao seu redor.

No final de cada dia, ao sair do apartamento, Guilherme sentia que deixava para trás mais do que seu tempo e esforço. Ele estava perdendo partes de si mesmo, preso em uma rotina que parecia impossível de quebrar.

E Gabrielle sabia disso.

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