As férias 1#

Um conto erótico de Marilda
Categoria: Crossdresser
Contém 3847 palavras
Data: 09/01/2025 18:55:06

Marilda ajustava a taça de vinho entre os dedos com a elegância de quem dominava todos os aspectos de sua vida, inclusive os menores gestos. Sentada na imponente poltrona de couro em sua sala de estar, observava Gabriel com um olhar que misturava interesse e um leve traço de condescendência. A presença do rapaz, quase tímida, criava um contraste intrigante com o ambiente carregado de opulência e poder.Gabriel, por sua vez, parecia deslocado. Apoiava as mãos no colo e evitava o olhar direto de Marilda, como se receasse que sua inexperiência pudesse ser lida com demasiada facilidade. Era a primeira vez que visitava a casa dela, a convite de Felipe, seu amigo de longa data. Contudo, Felipe havia saído para buscar algo no andar de cima, deixando Gabriel sozinho com a mulher que, desde o início, exercera sobre ele uma espécie de fascínio desconcertante.— Você parece nervoso, Gabriel — comentou Marilda, sua voz baixa e envolvente. Não era uma pergunta, mas uma constatação.— Um pouco, talvez — admitiu ele, desviando o olhar para o copo d'água sobre a mesa.Marilda sorriu de canto, satisfeita com honestidade do rapaz. Aproximou-se, sua silhueta projetando uma sombra longa no chão de madeira polida. Ela sabia exatamente o efeito que sua presença causava, e explorava isso com uma maestria que só anos de experiência poderiam proporcionar.— Não há motivo para nervosismo. Aqui, você está seguro — disse ela, colocando a mão levemente sobre o ombro dele. O toque foi breve, mas intencional, e Gabriel sentiu um leve arrepio percorrer sua espinha.Antes que ele pudesse responder, o som de passos na escada anunciou a volta de Felipe. O jovem entrou na sala carregando uma pilha de livros, o rosto iluminado por um sorriso inocente. Ele notou imediatamente a proximidade de Marilda e Gabriel, mas não fez qualquer comentário. Para Felipe, sua avó era uma figura tão enigmática quanto fascinante, e ele atribuía suas atitudes a uma personalidade naturalmente carismática.— Achei os livros que você queria, Gabriel! — anunciou Felipe, colocando-os sobre a mesa. Ele então se sentou ao lado do amigo, sua expressão sempre acolhedora.— Obrigado, Felipe. Você é sempre muito prestativo — respondeu Gabriel, esboçando um sorriso. A interação entre os dois era leve, quase infantil, um contraste gritante com a energia densa que Marilda emanava.Marilda recostou-se novamente em sua poltrona, observando os dois jovens. Havia algo de intrigante na dinâmica deles: a maneira como Felipe parecia instintivamente protetor em relação a Gabriel, enquanto este último, apesar de tímido, parecia buscar inconscientemente algo que não sabia nomear. Para Marilda, era um cenário perfeito.— Vocês dois têm uma amizade bonita — comentou ela, sua voz carregada de uma sinceridade calculada. — É raro encontrar conexões tão genuínas hoje em dia.Felipe riu, um pouco sem graça. — Gabriel é como um irmão para mim. A gente se entende bem, não é?Gabriel assentiu, mas seus olhos brevemente encontraram os de Marilda. Havia algo em seu olhar que o deixava inquieto, como se ela enxergasse algo em sua alma que nem ele mesmo compreendia.— Essa casa sempre me impressiona, Marilda — disse Gabriel, numa tentativa de aliviar a tensão que sentia. — É tudo tão... majestoso.— Obrigada, querido. Cada detalhe aqui tem uma história. Assim como as pessoas que entram por essa porta — respondeu ela, erguendo a taça em um gesto quase teatral.A noite avançava, e Felipe, como era de costume, parecia à vontade demais para notar as nuances das interações ao seu redor. Gabriel, no entanto, começava a sentir o peso de uma curiosidade que não conseguia conter. Marilda, por sua vez, sabia exatamente como jogar com os silêncios e as palavras certas para plantar as sementes do que viria a seguir.Quando Felipe se levantou para pegar algo na cozinha, deixando-os a sós novamente, Marilda inclinou-se levemente na direção de Gabriel.— Você e Felipe são muito próximos, não é? — perguntou ela, a voz quase um sussurro.— Sim. Ele sempre foi um bom amigo — respondeu Gabriel, desconfortável com a proximidade, mas incapaz de recuar.

— Amigos são importantes. Mas às vezes, precisamos de algo mais do que amizade. Algo... que nos desafie. Que nos ensine mais sobre nós mesmos — disse ela, pausando o suficiente para que suas palavras ressoassem.Gabriel não soube como responder. Sentiu que havia algo mais nas palavras dela, algo que ele não conseguia compreender completamente, mas que o atraía como uma mariposa para a chama.Quando Felipe voltou, trazendo uma bandeja com chá e biscoitos, a tensão na sala pareceu se dissipar um pouco, mas não para Gabriel. Ele sentia que algo havia mudado, ainda que não soubesse dizer exatamente o quê.

Mais tarde, quando os dois amigos estavam no quarto de Felipe, Gabriel parecia mais introspectivo do que o normal. Felipe percebeu e tentou quebrar o silêncio com brincadeiras, mas eventualmente desistiu, recostando-se na cama ao lado do amigo.— Minha avó pode ser um pouco intimidadora às vezes, né? — comentou Felipe, rindo.— Um pouco — admitiu Gabriel, sem olhar para ele. — Mas ela é... interessante.Felipe franziu o cenho, surpreso com a resposta. — Interessante? Como assim?Gabriel hesitou. Ele não queria soar estranho, mas sentia que precisava dizer algo. — Ela tem... um jeito de fazer você pensar. De perceber coisas sobre você mesmo.Felipe riu novamente, desta vez de forma mais descontraída. — Acho que nunca pensei nela desse jeito. Para mim, ela é só... minha avó. Mas entendo o que você quer dizer. Ela tem uma presença forte.Os dois caíram em silêncio novamente, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Enquanto Felipe rapidamente adormecia, Gabriel olhava para o teto, sentindo que aquela noite havia sido um divisor de águas. Não sabia explicar por quê, mas tinha certeza de que sua vida nunca mais seria a mesma.

Gabriel deslizou para fora da cama com cuidado para não acordar Felipe, que ressonava levemente ao seu lado. A inquietação o consumia, e ele precisava de algo para clarear a mente. "Talvez um copo d’água ajude", pensou, enquanto descia as escadas em direção à cozinha silenciosa e fracamente iluminada pela luz de um abajur.Ao entrar, encontrou Marilda sentada à mesa, a postura ereta e refinada. Uma xícara de porcelana repousava entre seus dedos, e o aroma forte de café enchia o ambiente. Ela ergueu os olhos ao vê-lo, um sorriso suave surgindo em seus lábios.— Não consegui dormir? — perguntou ela, sua voz baixa, quase um sussurro.Gabriel hesitou por um momento, surpreso por encontrá-la ali. — É... Acho que não. Só vim tomar um pouco de água.Marilda gesticulou na direção do balcão. — Sinta-se à vontade. Mas tenho que dizer... água parece uma escolha tão... sem graça. — Seus olhos brilhavam, como se estivessem brincando com ele.Ele riu, um pouco sem jeito, e pegou um copo no armário. — E o que a senhora sugere, então?— Um espresso. — Ela tomou um pequeno gole de sua xícara, os olhos nunca deixando os dele. — Forte, intenso... perfeito para noites como essa.Gabriel a observou por um momento antes de concordar com um aceno tímido. — Talvez eu devesse experimentar.Marilda se levantou com uma fluidez graciosa e foi até a máquina de café. — Eu sabia que você diria isso. — A frase foi dita com um tom divertido, mas havia algo mais em suas palavras, algo que Gabriel não conseguia decifrar.Ela preparou o café com movimentos precisos e voltou com uma xícara fumegante, entregando-a a ele. Gabriel aceitou, sentindo o calor da porcelana em suas mãos. Ele tomou um gole, o sabor amargo e intenso preenchendo sua boca de imediato.— É... forte — comentou, fazendo uma careta, mas sem esconder a curiosidade.— Forte, sim. Mas necessário. Algumas coisas na vida exigem que a gente saia da nossa zona de conforto, Gabriel — disse Marilda, recostando-se na cadeira e cruzando as pernas com elegância. — Não acha?Ele a encarou por um instante, tentando entender o significado por trás de suas palavras. — Acho que sim... Mas isso pode ser difícil.— Sempre é, querido. Mas é aí que descobrimos quem realmente somos. — Marilda inclinou-se ligeiramente para frente, os cotovelos apoiados na mesa, sua presença quase sufocante na proximidade.Gabriel sentiu o calor subir ao rosto, desviando o olhar para a xícara em suas mãos. — É, talvez eu precise sair da minha zona de conforto de vez em quando.Marilda sorriu, satisfeita. — Fico feliz que pense assim. Talvez você esteja pronto para explorar... algo novo. Algo que possa transformar sua perspectiva.

Ele piscou, confuso e intrigado ao mesmo tempo. — Algo novo?— Sim. Mas primeiro, espere aqui. — Marilda se levantou, sua figura alta e elegante parecendo ocupar todo o espaço da cozinha. — Já volto.Antes que ele pudesse responder, ela desapareceu pelo corredor em direção ao andar de cima. Gabriel ficou sozinho, o café agora esquecido em suas mãos. A inquietação dentro dele crescia, misturada a uma estranha expectativa que ele não conseguia nomear.Alguns minutos depois, os passos suaves de Marilda ecoaram pelo chão de madeira. Gabriel ergueu os olhos e, ao vê-la, sentiu seu coração disparar. Marilda agora trajava apenas uma camisola de seda negra, que delineava perfeitamente suas curvas e parecia brilhar sob a luz fraca. O tecido fino revelava mais do que escondia, deixando claro que aquilo não era um acaso.Ela se aproximou lentamente, com a graça de uma predadora. — Espero não ter demorado. — Sua voz era suave, mas carregada de intenções.Gabriel tentou falar, mas as palavras não vieram. Ele apenas balançou a cabeça, os olhos presos nela.Marilda se sentou novamente à mesa, dessa vez mais perto dele. — Você disse que queria sair da sua zona de conforto, não foi? — Seus dedos tocaram levemente o dorso da mão de Gabriel, enviando um arrepio por seu corpo. — Então, me deixe guiá-lo. Vamos explorar juntos.A intensidade em sua voz e olhar era quase hipnótica. Gabriel sabia que estava em terreno desconhecido, mas, ao mesmo tempo, sentia-se incapaz de recuar.Gabriel sentia o tempo desacelerar à medida que Marilda se acomodava diante dele. A camisola de seda fluía sobre sua pele como um segundo tecido, cada movimento dela parecendo estudado, como se a própria respiração no ambiente fosse algo sob o controle absoluto dela. Ele desviou o olhar por um instante, mas a presença dela era quase magnética; trazia um peso que exigia ser notado.— Gabriel — disse ela, o tom de sua voz envolvendo-o como um cobertor em uma noite fria. — Você sabe o que significa verdadeira entrega?Ele franziu a testa, confuso, tentando decifrar as palavras. — Entrega...?— Sim. — Ela se inclinou ligeiramente para frente, os cotovelos apoiados na mesa, as mãos unidas em um gesto quase reverente. — Não falo apenas de confiar em alguém. Falo de se despir de todas as barreiras. De abandonar o medo, a hesitação, e permitir que outra pessoa o conduza para algo maior.Gabriel permaneceu em silêncio, absorvendo cada palavra como se ela estivesse sussurrando diretamente em sua mente. Havia algo quase hipnotizante na forma como ela falava, no tom baixo e controlado que parecia acariciar suas dúvidas, dissolvendo-as.

— Eu... acho que nunca pensei nisso dessa forma — admitiu ele, a voz baixa. Marilda sorriu, um sorriso que era tanto caloroso quanto calculado. — É normal. Muitas pessoas passam a vida inteira sem entender o poder que existe em se render. Mas eu vejo em você algo diferente, Gabriel. Uma curiosidade. Uma... prontidão.Ele sentiu o rubor aquecer seu rosto, uma combinação de vergonha e algo mais profundo, algo que ele não conseguia nomear. — Eu... não sei se estou pronto.— Não precisa ter certeza agora. Apenas confie em mim. — Ela estendeu a mão, os dedos longos e elegantes descansando suavemente sobre os dele. O toque era frio, mas carregava uma energia que parecia fluir diretamente para ele. — Você confia em mim, não confia?Gabriel a encarou, os olhos fixos nos dela. Era impossível desviar. Algo nos olhos de Marilda parecia prometer segurança e, ao mesmo tempo, um mistério que ele sentia uma necessidade quase visceral de desvendar.— Sim... confio — respondeu ele, quase sem perceber.O sorriso de Marilda se alargou. Ela se levantou devagar, a camisola brilhando sob a luz fraca. — Então me deixe mostrar algo. Não precisa fazer nada. Apenas observe... e sinta.Ele não respondeu, mas seus olhos acompanharam cada movimento dela enquanto ela pegava uma cadeira e a posicionava à sua frente. Marilda sentou-se com a calma de alguém que sabia exatamente o que estava fazendo, os pés descalços tocando o chão com delicadeza. Suas mãos subiram lentamente até a alça da camisola, que deslizou suavemente por seu ombro. Não era um gesto apressado ou vulgar, mas algo deliberado, como uma coreografia estudada.— Você já contemplou a beleza de algo... sem julgamentos? — perguntou ela, a voz quase um sussurro. — Apenas observou e permitiu que isso ocupasse sua mente por completo?Gabriel balançou a cabeça lentamente, a respiração presa. — Acho que não...— Então, olhe. Apenas olhe. — Marilda recostou-se na cadeira, o tecido da camisola deslizando levemente para revelar a curva de sua clavícula e o início de sua pele macia. — Não há nada errado em apreciar o que está diante de você, Gabriel. A beleza existe para ser admirada.Ele engoliu em seco, sentindo o calor em seu rosto crescer. A cada palavra dela, a tensão em seu peito parecia aumentar, mas não era desconfortável. Era como um convite, uma porta que ele não sabia que queria atravessar até aquele momento.— Isso... parece estranho — disse ele, a voz quase inaudível.Marilda inclinou a cabeça, o sorriso agora ligeiramente mais doce. — É estranho porque você não está acostumado a simplesmente estar presente. Estamos sempre correndo, sempre julgando. Mas aqui, agora, não há pressa. Apenas deixe sua mente se acalmar e observe.Ela estendeu a mão para ele, os dedos desenhando um gesto suave em direção ao chão. — Venha aqui, Gabriel. Sente-se aos meus pés.Seu coração disparou, mas ele não se moveu de imediato. Algo naquela sugestão o fazia hesitar, mas também o chamava de forma quase irresistível.— Por quê? — perguntou ele, a voz trêmula.— Porque quero que você sinta o que é se libertar do controle por um momento. Quero que você descubra o prazer de apenas existir... sem pensar tanto. — Sua voz era melodia, cada palavra um compasso que o puxava para mais perto.Gabriel se levantou devagar, como se estivesse movido por uma força que não compreendia completamente. Cada passo até ela parecia mais pesado e, ao mesmo tempo, mais leve, como se ele estivesse deixando algo para trás. Quando se ajoelhou ao lado dela, a cabeça inclinada para cima, os olhos dela encontraram os seus.— Muito bem. — Marilda colocou uma mão delicada sobre sua cabeça, os dedos deslizando suavemente por seu cabelo. O gesto era tão íntimo quanto respeitoso, carregado de uma autoridade silenciosa. — Apenas fique aqui. Não pense. Não se preocupe. Apenas sinta.Gabriel fechou os olhos por um momento, permitindo-se ser guiado por aquela nova experiência. Havia algo incrivelmente libertador em não questionar, em apenas estar. A respiração dela era calma, constante, e ele começou a sincronizar a sua com a dela, como se fosse um reflexo.Marilda inclinou-se ligeiramente, os lábios próximos à sua testa. — Você é mais forte do que pensa, Gabriel. Mais corajoso do que acredita. Tudo o que precisa fazer é confiar... e deixar que eu o guie.Ele não respondeu, mas, naquele momento, sentiu que algo dentro dele se rendia. Um peso que ele nem sabia que carregava parecia se dissolver, e tudo o que restava era a presença dela e o som suave de sua voz.Gabriel permanecia ajoelhado, seus olhos fixos nos de Marilda, que o observava com um misto de curiosidade e determinação. O momento parecia suspenso, carregado por um silêncio denso que apenas acentuava a intensidade da situação. Finalmente, ela quebrou o silêncio com sua voz baixa e firme.— Por enquanto, Gabriel, quero que me chame de senhora. Você consegue fazer isso? — A pergunta era mais uma ordem velada do que um pedido.Gabriel hesitou por um momento. A palavra parecia pesar em sua língua, mas ele não queria decepcioná-la. — Sim... senhora.O sorriso de Marilda era triunfante, mas não exagerado. — Muito bem, querido. Isso já é um bom começo. Agora, venha comigo.Ela se levantou lentamente, estendendo a mão para ele. Gabriel pegou-a sem pensar, deixando-se guiar de volta à sala de estar. O ambiente parecia mais escuro agora, as sombras nas paredes dançando suavemente com o brilho da luz que vinha do corredor. Marilda sentou-se em uma imponente poltrona de couro e, com um gesto quase casual, puxou Gabriel para seu colo.— Relaxe, Gabriel. Apenas confie em mim — disse ela, acomodando-o de forma que ele ficasse confortavelmente apoiado contra ela. Ele sentiu o calor de seu corpo através da camisola fina, e seu coração começou a bater mais rápido.Marilda pegou o controle remoto e ligou a televisão, ajustando rapidamente o canal até que a tela começou a exibir uma sequência de imagens estranhas. Gabriel piscou, confuso. Não era um programa comum. Havia flashes de cores, palavras que mal conseguia ler, e imagens que vinham e iam rápido demais para que ele pudesse absorvê-las. Às vezes, ele via silhuetas femininas, rostos maquiados, ou palavras como "rendição", "aceitação", e "transformação". Embora não entendesse, algo nele se prendia àquilo. Era impossível desviar o olhar.— Curioso, não é? — sussurrou Marilda em seu ouvido, sua voz suave, mas carregada de intenções. — Essas imagens... elas não precisam ser compreendidas. Apenas sentidas.Gabriel tentou responder, mas sua garganta parecia seca. Ele apenas assentiu, sentindo-se cada vez mais perdido na mistura de excitação e confusão que o envolvia. A mão de Marilda deslizou suavemente pelo seu braço, descendo para sua cintura, os dedos firmes, mas sem pressa.— Você está gostando, não está? — perguntou ela, a boca perigosamente perto de sua orelha.Ele tentou negar, mas não conseguiu mentir para ela. — Acho que... sim, senhora.Marilda sorriu, satisfeita. Sua outra mão se moveu, explorando lentamente o peito de Gabriel, traçando pequenos círculos com as pontas dos dedos. O toque era intencionalmente provocador, mas mantinha-se no limite do que ela sabia que ele poderia suportar.— Não há vergonha em sentir prazer, Gabriel. É parte de quem somos. Parte do que eu posso ensinar a você — disse ela, sua voz baixa e hipnotizante.Ele fechou os olhos por um momento, tentando processar tudo aquilo. O tempo parecia perder significado; minutos se misturavam a horas enquanto eles permaneciam ali, os vídeos ainda piscando na tela, as imagens sussurrando mensagens que ele não podia ignorar completamente.— O que é tudo isso, senhora? — perguntou ele, finalmente reunindo coragem para falar.Marilda sorriu e passou os dedos suavemente por seu cabelo. — É apenas uma introdução, querido. Um convite para você começar a explorar aspectos de si mesmo que talvez tenha medo de encarar. Mas você está indo muito bem. Estou orgulhosa.Gabriel sentiu um misto de alívio e excitação com aquelas palavras. Ele não sabia por que isso importava tanto, mas agradá-la parecia cada vez mais essencial.— Você quer aprender mais, não quer? Quer ir mais fundo — provocou ela, a mão deslizando de volta para sua cintura.— Quero... — respondeu ele, quase em um sussurro. A excitação em sua voz era evidente, e Marilda não perdeu a oportunidade.— Isso é o que eu gosto de ouvir. Mas... tudo tem seu tempo. Não podemos apressar o processo, Gabriel. É preciso paciência. — Ela o apertou levemente contra si, seu toque se tornando um pouco mais firme. — Cada momento tem seu propósito.Eles continuaram assim, a televisão lançando sua hipnose silenciosa enquanto Marilda mantinha seu controle sobre ele, alternando toques provocativos e conversas cuidadosamente planejadas. Gabriel não sabia por quanto tempo permaneceram assim, mas sentia como se sua mente estivesse sendo moldada, suavemente, para algo maior.Finalmente, Marilda suspirou e desligou a televisão, o silêncio súbito preenchendo a sala. — Acho que já chega por hoje. Está na hora de descansar.Gabriel piscou, ainda meio perdido no transe que a situação criara. Quando tentou se levantar, Marilda segurou seu rosto com uma das mãos, fazendo-o olhar diretamente para ela.— Antes de ir, no entanto... — Ela inclinou-se lentamente, os lábios dela encontrando os dele em um beijo suave, mas carregado de intenção. Era lento, deliberado, uma marca que ela parecia estar deixando nele.Quando o beijo terminou, Gabriel ficou sem palavras, o rosto quente e o coração disparado. Marilda sorriu, satisfeita.— Boa noite, Gabriel. Durma bem. Amanhã será um novo dia — disse ela, sua voz doce, mas cheia de promessas.Ela o deixou ir, mas Gabriel sabia que aquela noite nunca sairia de sua mente. Ele subiu as escadas em silêncio, sentindo-se estranho, mas também Gabriel subiu as escadas em silêncio, cada passo ecoando suavemente na escuridão da casa. Seu corpo ainda estava quente, e sua mente girava com a intensidade dos últimos momentos na sala com Marilda. Tudo parecia confuso, mas uma coisa era clara: algo dentro dele havia mudado naquela noite.Ao abrir a porta do quarto de Felipe, encontrou o ambiente iluminado apenas pela luz fraca que vinha da rua. Felipe estava deitado de lado, a respiração tranquila, o peito subindo e descendo de maneira ritmada. Gabriel fechou a porta atrás de si, tentando não fazer barulho, e se aproximou da cama.

Enquanto se preparava para deitar, algo chamou sua atenção. A coberta que Felipe usava havia escorregado levemente, deixando a silhueta do seu corpo parcialmente visível. Gabriel notou a forma óbvia de uma ereção, visível por baixo do tecido fino da calça de dormir. Ele parou, o coração acelerando de repente.Era algo que ele não esperava, e o impacto da visão o deixou imóvel. Havia uma intensidade silenciosa naquele momento, como se o tempo estivesse suspenso. Ele sabia que deveria simplesmente se deitar e ignorar, mas não conseguia. Seus olhos permaneciam fixos naquilo, quase como se fossem atraídos por uma força invisível.Gabriel sentiu uma onda de calor subir por seu corpo, misturada a uma vergonha que ele não entendia completamente. A respiração ficou pesada, e sua mente lutava entre a curiosidade e a culpa. Por que aquilo o afetava tanto? Por que ele não conseguia desviar o olhar?Por vários minutos, ele permaneceu parado, observando Felipe, cada detalhe gravado em sua mente: o jeito como o tecido parecia apertado, o contraste entre a tranquilidade no rosto de Felipe e a evidente excitação que seu corpo demonstrava. Era como se houvesse algo proibido e, ao mesmo tempo, irresistível naquela cena.

Finalmente, Gabriel fechou os olhos e deu um passo para trás, forçando-se a romper o transe. Ele respirou fundo, tentando acalmar seu coração, e deslizou para debaixo da coberta ao lado de Felipe. Mesmo deitado, sua mente ainda estava presa à imagem que vira, o desejo não completamente dissipado.Enquanto o quarto mergulhava no silêncio, Gabriel fechou os olhos, mas sabia que o sono demoraria a chegar. Ele se virou para o lado oposto, tentando afastar os pensamentos. Contudo, as sensações daquela noite — o toque de Marilda, as palavras que ela sussurrara, e agora a visão de Felipe — eram como uma correnteza da qual ele não conseguia escapar.Eventualmente, o cansaço venceu, e Gabriel adormeceu. Mas, mesmo em seus sonhos, ele sentia que aquela noite marcaria o início de algo que ele ainda não entendia.

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Comentários

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Muito boa a história. Me deixou curiosa pela continuação.

Bjsss 💋

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