Eu amo meu marido.
Começar dizendo que amo Conrado é muito importante, é como uma oração para não matar Conrado. Eu respiro fundo diante da vontade de empurrar ele pela janela, Felipe nos manda ver o apartamento, iríamos ter um duplex, mas o idiota diz não, não e não, até ver as contas, até sabermos se podemos pagar por isso, a ajuda de Felipe e Danilo é importante, mas depois as parcelas serão nossas, o homem de confiança de Felipe, um marceneiro chamado Luiz, diz que a cozinha estava terrível, mas que o aluguel daquele imóvel é muito alto, quatro quartos de frente para uma praça daquelas... diz que Danilo ia se livrar de um passivo pesado e nós termos uma moradia luxuosa, diz que reforma a cozinha de graça para nós se ficarmos com o imóvel.
Benício pede por favor a Conrado como se a decisão unilateral dele valesse mais que a vontade de outros sete, Daniel disse que não queria opinar. Conrado diz que precisa pensar, pergunta se podia responder no dia seguinte quando devolvesse as chaves a Dr. Felipe ou a qualquer um deles, o cara entrega as chaves e diz que estava confiante que ia usar a outra cópia quando viesse reformar nossa cozinha.
Eu estava para empurrar ele pela varanda onde Jarbas via as copas das árvores, ouvimos o som do elevador e os dois começam a gritar e dançar, Conrado o beija e diz que agora sente que o trabalho dignifica o homem, Conrado diz que prometeu e cumpriu, um dia iam morar num lugar luxuoso, não pode fazer o mesmo pelo irmão de Jarbas, mas fez o melhor possível, me chama de debilóide e pergunta onde ficará o Buda. Hugo diz que só pode ser em dois lugares, o pior é de frente para a porta, para nos receber, o segundo lugar é na sala de jantar, onde sempre nos juntamos no final do dia, Noah pergunta se é lá que vamos passar o fim do dia com uma cozinha que é maior que nossa sala, Mateus me abraça por trás e esfrega o pau na minha bunda pergunta se a gente estava dando um tempo antes de o amigo de Danilo voltar para pegar alguma coisa ou se a gente podia comemorar, Benício tira uma rola da mochila e diz que hoje não amanheceu na pegada de ser passivo não, Noah aponta pra ele e o chama de desgraçado, quase o prolapsou, Jonas diz que estamos na cobertura, vizinhos só os de baixo e se subirmos a escada teremos tanta privacidade quanto na fazenda, começamos a correr escada acima, eu vi Jarbas ajudar Conrado, ele já dava pequenos piques na esteira, podia subir a escada sozinho, mas o carinho entre os dois me fez apaixonado por Jarbas por toda a vida, subimos juntos.
Aquele fim de tarde de sábado ficamos meio a parte, todos foram para a suíte master, ficamos no topo da escada, beijei Conrado demoradamente, disse que nós três quase viramos dois, e ele disse que sentiu medo de ficar sozinho, disse que eu de repente pareci mais vital, como se eu fosse Jarbas, eu o fiz ficar contra a parede rendido, Jarbas e eu o puxamos mais para trás e descemos as calças dele, o cu mais lindo do mundo, sacão pendendo baixo e a pica mais linda do mundo, ele pisca o cuzinho e diz que não queria porque estava suado, sorri com aquela cara de cafajeste, nem pude cair de boca naquele rabão, Jarbas mandava ver no cunete e chamava ele de bundudo desgraçado, Conrado engolia meu pau inteiro, eu fodia a boca dele e ele lacrimejava, cuspia no meu pau uma baba grossa e me pede para foder ele, quer preparar o pau de Jarbas pra arrombá-lo, ele me olha e diz que parecia que eu estava com medo de foder de verdade, parecia que eu tinha medo de fazer seu peito abrir, eu meto devagar, ele chupa Jarbas e pergunta se quando Jarbas o fodesse ia fazer como quem morre de tesão e o ama, caralho... Conrado também é foda...
Os beijos que Jarbas me dava eram do nível, puta que pariu, eu posso largar tudo para ficar com esse cara agora, mas a química entre ele e Conrado era outra coisa, era... meu Deus... perguntei se eles alguma vez quiseram ficar juntos na mesma cama, como casal, Conrado olhou para Jarbas e ficou mais próximo à parede, pediu para eu voltar a foder ele, assim eu faço, Jarbas manda eu abrir bem a bunda porque eu ia levar no cu, doce com as palavras nenhum dos dois é, mas ele mete devagar e do nada empurra tudo de uma vez, eu me agarrou a meu homem e o aperto e ele diz que gosta assim pesado, o solto de meu abraço, sei que machuquei seu peito, mas nem tenho tempo de sentir pena ou pedir desculpas meu rabo estava sendo macetado, eu estava delirando, anúncio que vou gozar, caralho que gozada gostosa, eu podia urrar a vontade, Conrado manda eu dar meu pau pra ele limpar, ele diz que é uma delícia o gosto de minha porra, ele termina com meu pau mole e me beija, minha porra é mesmo deliciosa, sento no chão pra chupar o pau dele, ele levando uma baita de uma foda, Jarbas tira do rabo de meu marido para eu lamber a pica dele lambuzada com minha porra, ele diz que adora comer um cu bem arrombado e gozado, era de enlouquecer.
Conrado diz que vai gozar, Jarbas diz para eu não engolir diz que quer provar desse leite de macho bem arrombado comigo, Conrado goza, porra, cacete, que dificuldade é receber uma quantidade de esperma de seu macho na boca e não beber, o beijo de Jarbas parecia o beijo de um vampiro ele queria beber tudo, sugar cada gota, enquanto a gente se beija ele ejacula dentro de Conrado, que fraco ainda tem que aguentar de pé, Jarbas e eu bebendo direto do que saia de porra do seu furico, devolvendo para a boca de Conrado, até ele não aguentar mais e “cair sentado” perto da parede onde a gente também se senta exaustos, o cheiro de putaria no ar, os nossos beijos e carinhos, uns sorrisos e de repente escutamos um urro que nos assusta de surpresa, era Benício gozando enquanto a gente estava ali no chão, ele diz que nunca viu nada tão lindo, porra, aquele lugar era realmente espaçoso, meio fantasmagórico sem móveis e cheio de eco, eu tinha a impressão que ia ser feliz pra caralho naquele lugar.
Nem Jarbas e nem Conrado gostaram da suntuosidade da suíte master, Jarbas disse que um pedreiro se sente desconfortável naquele lugar, cama king com dossel, pensei no tanto de orgia que um lugar daquele tamanho podia fazer, gostei das duas suítes opostas, varandas para o parque, sol da manhã, certamente uma delas ia ser a minha, então fomos ver o quarto quarto, foi uma surpresa, chuveiro e cuba dupla e duas camas de casal, os moleques se divertiram, Jonas parecia que ia explodir, vista para os prédios baixos do bairro, pergunta se era mesmo o quarto deles, Ricardo pega a mão dele e diz que vão dormir na cama próxima à janela, Hugo pergunta se iria dormir sempre só, Conrado diz que não uma semana com Jonas, outra com Ricardo, outra com Benício, todos param, Benício pergunta se ele estava certo disso, Conrado diz que nunca vão se separar, nunca se separou de Jarbas, talvez se Jarbas estivesse na mesma cama que ele um sufocasse o outro, talvez um dia aconteça de Conrado e eu nos descolarmos, de Jarbas e eu ficarmos juntos, de Noah ser sua futura grande paixão, o que ele duvidava, Noah lhe dá os dois dedos do meio e manda ele se foder e diz nunca... Naquele momento os quatro precisavam uns dos outros, nada precisa de drama, a vida é melhor nos tons de comédia, sexo com gargalhadas, gritaria na cozinha, ninguém precisava sofrer. Benício diz que... começa a chorar, Conrado o agarra e diz para ele parar de ser mulherzinha, ora porra, vão demorar meses até terminarem a cozinha, ele tinha de se preparar para as provas da semana seguinte, só isso, pergunta se pode ligar para Felipe.
Felipe o atendente chamando como sempre de Dr. Conrado pergunta se fizeram as contas, meu marido diz que não podemos ficar com a cobertura, não é coisa para pedreiro nenhum, mas que se foda, íamos ficar sim, a gente faz um barulhão, Felipe tenta falar, Conrado solta um cala a boca caralho e a gente cala, Felipe diz que espera que ele saiba que isso nunca estaria acontecendo sem aqueles dois ou três meses em que Conrado o ajudou, Conrado e o gostoso que ele tinha certeza que se comeram fodendo pra comemorar e não fazendo contas, Conrado disse que não são amigos pra discutir esse tipo de assunto mas são o suficiente para mandar Felipe se arrombar, Felipe gargalha e solta um Deus te ouça. Pede para irmos à casa dele no dia seguinte.
Eu estava muito feliz, Jonas pede para convidar a mãe para quando a gente se mudar, quando as coisas estivessem organizadas... Jarbas diz que ele tinha de ligar naquele momento ou não podia ligar depois. Jonas liga e pede a benção, pergunta como ela estava, diz que vai desligar e ligar novamente porque queria apresentar umas pessoas pra ela, a gente senta em dois semicírculos atrás dele, ele liga e diz que saiu da casa de estudante como ela sabia, ela diz que ele estava mais cheinho, mais forte, ele diz que estava se alimentando melhor, ela pergunta o que ele precisava e ele diz que de um abraço, mas isso ia acontecer logo, ele chora, a gente também, ele diz que precisa primeiro apresentar as pessoas com quem está morando, o telefone passa de mão em mão, a gente diz o nome, no que trabalha e o que pensamos e sentimos por Jonas, o telefone volta para as mãos dele e ela diz que está muito orgulhosa de ele ter feito tantos amigos, que isso não era de impressionar, ele era um filho maravilhoso, o pai dele teria muito orgulho se pudesse ver ele nesse momento, Jonas diz que dúvida e tinha algo a lhe dizer, de uma vez ele diz que é gay e estava namorando.
Silêncio e depois a mãe diz que antes de morrer o pai de Jonas disse que essa conversa iria acontecer, que ela devia abraçar Jonas e dizer que ele era amado demais, e se alguém o desrespeitasse soubesse que não era pra voltar com desaforo pra casa, porque ele era um filho amado pelo pai e pela mãe. Porra, porra, moleque, assim o tio não guenta, ela diz que nunca houve filho tão desobediente e teimoso, disse que ia fazer medicina na capital, marceneiro não vira doutor, e ele estava quase lá, devia parar de ser desobediente e fazer o que o pai disse, continuar a sendo amado e não ter medo. A senhora diz que queria saber qual era o seu genro, Jonas diz que tem um pequeno problema nisso, não é um genro, ele faz um sinal com a cabeça e Rick e Hugo sentam um de cada lado, ela diz que era mais de um, chama o filho de fogoso, pergunta como dá certo, dou um empurrão em Beni e isso me custou um pedaço de meu coração, Beni abraça Jonas por trás e diz para ela ficar tranquila, o oficial era um só, e eles se beijam.
Foi nesse momento que você não telefonou pra mim e eu ignorei, eu não poderia atender, mas eu retornei depois, quando a gente estava na garagem, segui a intuição e não achei que era um número aleatório, você disse que era o cara do supermercado de semanas antes, perguntou se eu lembrava de você, pedi um minuto e disse que precisava ver um amigo, Conrado perguntou se eu ia foder ele sozinho, ele não acreditou que não era foda, chamei para ele vir comigo, pegamos um Uber, quando ele te viu ele disse que ia ser foda sim.
Porra, eu amo meu marido.