Não basta ser pai 32

Um conto erótico de Xandão Sá
Categoria: Gay
Contém 7776 palavras
Data: 13/09/2024 16:11:01

Capítulo 32

Na manhã seguinte, Patty acordou cedo para ir ao hospital e Dan e foi levá-la. Então, quando acordei só encontrei seu bilhete avisando da saída dos dois. Cumpri com os ritos matinais (tomar banho, fazer a barba, botar roupa, tomar café) e ao me dirigir para a frente de casa, onde meu carro tinha sido deixado por Dan para manobrar o da mãe, encontrei com Alfredo, nosso vizinho. Ele acenou que queria falar comigo. Esperei ele atravessar a rua e ao me cumprimentar, perguntou quando poderia passar lá em casa, ele precisava conversar comigo. Fiquei meio sem entender mas não quis esmiuçar qual a demanda dele naquele momento para não me atrasar mais. Sugeri que quando eu chegasse em casa avisaria a ele. Ele agradeceu e se foi. Senti um certo nervosismo na abordagem dele. A mão estava fria e suada. Estranho...

Fui cuidar da vida e a rotina pesada do escritório dominou meus dias, a ponto que esqueci de avisar o vizinho quando cheguei em casa. Esqueci até que tinha sido enrabado à força no dia anterior pelo meu irmão. Só quando sentia uma fisgada ou latejada de dor no rabo, durante o dia, é que lembrava do episódio. Eu tava no meio de um furacão. Nesse meio tempo, Patty mandou áudio relatando que os exames de imagem mostraram que os ligamentos estavam recuperados, não iria precisar de cirurgia, o ortopedista removeu a tala e autorizou o retorno dela ao trabalho, desde que mantendo alguns cuidados como não pegar peso nem fazer esforço com o braço machucado.

A notícia era boa! Eu voltaria a ter alguns dias livres mas agora, ao contrário da minha vida antes de começar meu envolvimento com Dan, eu tinha como aproveitar esse tempo sem minha esposa por perto e com quem... Ri comigo mesmo, repassando a lista na minha mente: Guga, Dan, Otávio, Juan, Wellington... falando nisso, o ritmo no escritório estava tão intenso que, mesmo trabalhando ao lado do gostoso do meu estagiário e esbarrando nele algumas vezes, a gente não entrou na vibe de tesão em nenhum momento. Aquilo me dava a tranquilidade que o nosso acordo de manter nosso episódio de putaria fora do escritório, estava sendo honrado e cumprido. Melhor assim pra nós dois.

Com tanta coisa na cabeça, ao chegar na terça e receber a notícia que Patty já tinha viagem de trabalho marcada, logo para o dia seguinte, meio que me pegou de surpresa. Ela havia comentado comigo e Guga dessa possibilidade e que estava louca para voltar a sua rotina. Minha esposa ama seu trabalho, é muito devotada e dedicada ao trabalho. Se tornou uma profissional reconhecida e respeitada, mas na loucura que eu estava, terminei esquecendo do comentário dela, a ponto de que não pensei, portanto não programei nada, sobre como aproveitar essa folga de 2 dias para aprontar alguma. Mas tudo bem, de repente ligaria pra meu irmão ou para Otávio, ou para os dois e faríamos aquela festinha a 3 tão desejada por nós. Fiz a anotação mental de mandar msg para os dois no dia seguinte e fui tomar banho, comer algo e dormir.

Acordei com Patty me dando beijinhos e metendo a mão no meu pijama. Normalmente, eu já acordava de pau duro, o famoso tesão do mijo, mas com aquele reforço das carícias de minha esposa, tava mais duro ainda. Só que era estranho ela estar me procurando. Patty nunca tomava iniciativa, era eu que na maioria das vezes chegava junto, fazendo carinho, falando algo mais sensual que terminava com a gente na cama fudendo. Outra novidade é que nunca trepávamos pela manhã. Mas minha esposinha tava ali no cio, toda dengosa. Ela foi se chegando: “ah amor, vou viajar e tem uma semana que a gente não namora, quero aproveitar um pouquinho do meu maridão. Assim, mais tarde embarco feliz e relaxada”.

“Safadinha... minha lindona quer pica, né? Então pede pro maridão, pede?!”, provoquei Patrícia porque sabia que verbalizar sacanagem era uma tremenda dificuldade para ela e eu adorava pirraçar com a educação cheio de puritanismo que ela recebeu. Me chateava um pouco Patty ser tão travada para certos comportamentos na cama.

“Vem, meu amor, meter esse pauzão na xaninha da sua esposa, vem!”, Patty me falou, me pegando completamente de surpresa. Ela, a essa altura batia uma punheta gostosa no meu pau com seus dedos longos e delicados, enquanto com a outra mão já acariciava seu grelo. Confesso que tomei susto com a inesperada ousadia dela, mas não desperdicei a chance, tirei sua mão e dedilhei sua pepeka, sentindo como ela já estava molhadinha. Arranquei sua roupa, tirei meu pijama e aproveitei que ela tava na fissura e arreganhei suas pernas, deixando o xibiu dela todo exposto. Como eu disse, Patty tem alguns pudores, não se entrega tão livre assim ao sexo, preferia foder à meia luz ou com a luz apagada e agora estava ali, cortina aberta, luz do sol invadindo todo o quarto e ela, pelada, de pernas abertas, batendo uma siririca esperando por mim, me olhando com maior cara de safada.

Caí de boca em sua xaninha depilada. Patty gostava assim e eu curtia lamber as beiças da sua buceta sem pelo nenhum atrapalhando. Saboreei aquela xota e fui na direção do seu pinguelo. Toquei ele com a língua e comecei um demorado trabalho de explorar aquele botãozinho com lambidas, mordiscadas, chupadas suaves. Aprendi com os pedidos e indicações de minha mulher que jamais se deve manipular um clitóris com força ou excesso de pressão. O efeito da minha chupada em sua buceta não demorou. Minutos depois, Patty segurou forte meus cabelos e pressionou minhas têmporas com suas coxas, dando início a uma sequência de orgasmos que a fazia tremer e revirar os olhos por uns bons minutos.

Quando ela finalmente se aquietou, puxei suas pernas pros meus ombros, deixando-a na posição de frango assado e afundei meu pau em sua cona quentinha. Tava tão úmida que minha rola deslizou mais macio que enfiar faca quente na manteiga. Comecei a socar aquele bucetão quanto Patty voltou a tocar sua siririca. Na empolgação que eu tava, meu pau escapuliu algumas vezes e Patty com sua mão ágil, recolocou no lugar. Só que numa dessas, ela, ao invés de botar de volta na buceta, pegou meu pau e ficou roçando a cabeça da minha rola no cuzinho. Não acreditei!!! Mais de 15 anos de casado e ela nunca topou me dar a bundinha (confesso que também nunca fiquei insistindo, tampouco forçando).

Aproveitei a deixa, a virei de lado, sabia que era a posição melhor para uma primeira vez, e comecei a meter na buceta, tirar a rola melada de dentro e roçar no cuzinho, dando uma pressionada com a cabeça para ir forçando suas preguinhas. Aos poucos suas carnes foram cedendo e começando a aceitar a cabeça rombuda do meu pau alargar a rodela do cuzinho. Ao menor sinal de dor que ela se queixava, eu parava e recuava, tirava o pau, metia na buceta, que continuava uma poça de fluidos de excitação, e voltava a forçar. Quando a cabeça finalmente entrou toda, Patty se queixou que tava doendo demais, fiz menção de tirar mas ela prendeu meu quadril com a mão, me reteve encaixado nela e pediu apenas pra eu não me mexer. Fiquei quietinho, beijando sua nuca, seus ombros suas costas, enquanto acariciava seus mamilos e lhe dizia doces obscenidades: “que cuzinho quentinho, meu amor, um forninho agasalhando minha pica, tá delícia demais tirar o cabaço desse rabo, que presente você tá me dando, lindona”. Patty foi relaxando e a siririca que ela dedilhava em seu grelo a fez aumentar a excitação a ponto de que ela mesma foi empurrando a bunda pra trás permitindo que meu pau entrasse mais e mais em seu rabo.

Com a metade da pica enfiada, Patty começou a rebolar a bunda na minha caceta e a gemer uns grunhidos incompreensíveis. Senti que ela estava preste a gozar de novo e agarrei bem seu corpo macio e cheiroso, colando nele e assumindo o toque da siririca com uma mão e o dedilhar dos mamilos com a outra. Não deu outra, Patty teve uma série de tremores, enquanto gemia alto clamando “ai meu cu, Eduardo, meu cu!”. A contração do seu cuzinho no meu pau enquanto ela gozava foi o estímulo que faltava para eu também gozar e eu despejei uma boa carga de porra quente no seu rabo. Terminei de ejacular e Patty ainda estava numa onda de gozo. Aos poucos ela foi acalmando até que fez menção em tirar meu pau do seu cuzinho. Segurei seu quadril e movi minha pélvis para trás lentamente, para que a saída da rola de seu rabo fosse suave e causasse a menor dor possível.

Ela se virou de frente pra mim e nos beijamos demoradamente. Aquele surra inesperada de buceta e cu me deu uma bela relaxada, consegui descarregar a tensão dos dois primeiros dias da semana. Enfim, nos levantamos e fomos pro banheiro. Quando ela sentou no vazo para expelir minha porra do seu cu, me confessou que foi uma conversa com suas amigas que lhe encorajou a tentar. Aline, uma de suas besties, relatou que o marido adorava comer seu cuzinho e tanto pediu e tentou que ela aprendeu a dar. Gozava horrores levando pica no rabo, que seus orgasmos era ainda mais intensos etc e tal. Ver Patty falar aquilo toda descabelada, suada, com uma cara de puta que gozou muito, fez meu pau subir de novo. Ela viu e me puxou pela pica literalmente, meteu na boca e logo tirou, fazendo piada “tá com um cheirinho de cu, viu!” e voltou a engolir minha rola. Fez isso mais algumas vezes e parou, dizendo que tava bom demais mas que a gente precisava cuidar na vida. Ela ainda tinha uma pequena mala pra arrumar e eu precisava trabalhar.

Assim fizemos, tomamos banho, nos vestimos e descemos para preparar e tomar café. Quando chegamos a cozinha, Dan estava arrumando a mesa da copa. “madrugou, hein filho!”, se surpreendeu a mãe, enquanto Dan sorriu e fez piada com a gente: “é nisso que dá dormir cedo!”, pois a gente vivia reclamando por ele ficar até tarde jogando games no computador ou no console do seu quarto.

Depois do café me despedi com beijos carinhosos de Patty, insistindo em ir pegá-la no aeroporto na sexta a noite, quando ela voltasse de viagem, e quando fui dar um beijo na testa de Dan, ele me puxou, me deu um abraço e sussurrou no meu ouvido “enrabou a mamãe, ne safado!?”. Me afastei dele vermelho como um tomate maduro. Por sorte, Patty já tinha tomado o rumo da escada para ir pro quarto arrumar suas coisas pra viagem. Olhei para Dan constrangido e, ao mesmo tempo, zangado, achando que ele tinha espiado a gente, porém, antes que dissesse qualquer coisa, Dan disse me zoando “uma pessoa só fala ‘ai meu cu’ quanto tá dando, né?!”. Comecei a rir, lhe puxei de volta para um abraço e, após dar uma olhada me certificando que sua mãe já tinha sumido escada acima, colei seus lábios no meu e lhe dei um beijo bem gostoso, fazendo o safado ficar de pau duro. Apertei sua rola gostosa e lhe provoquei: “agora, te vira!”, no que ele respondeu: “deixa que daqui a pouco chamo Juan para resolver isso...”. Rimos mais ainda e fui embora.

Ao sair de casa para pegar o carro, Alfredo, o vizinho também estava saindo e entrando no carro, ele acenou de lá e eu, que lembrei do seu pedido para termos uma conversa (sem saber que porra de assunto era), fui em direção a ele pedindo pra esperar. “Oi Alfredo, desculpa não ter te avisado quando cheguei em casa na segunda, foram dias bem corridos”. “Que é isso, Eduardo, não tem agonia, não, cara. Tá de boa, quando você puder!”, ele respondeu com simpatia, no que acrescentei: “Patty vai viajar e espero chegar mais cedo, pode ser hoje, início da noite?”. Alfredo fez uma cara de quem gostou do que ouviu e confirmou: “ok, então depois das 18h eu passo lá”.

O dia foi de muito trabalho mas consegui manter meu planejamento, duas ou três vezes lembrei do tesão de foda que dei com Patty e meu pau deu uma animada, só que quando pinotava endurecido, o cu também piscava e vinha um pouco de dor. Puta merda, eu ia demorar pra me refazer do “estupro” de meu irmão. Numa dessas vezes que o pensamento foi parar em putaria e meu pau endureceu, tava sozinho na minha sala quando Wellington entrou para falar de uma planilha e percebeu o volume. Olhou para mim, trocamos um sorriso de cumplicidade, mas logo ele tomou a iniciativa de voltar o foco pro trabalho. Sua postura assertiva e concentrada me deu uma sensação boa. Minha intuição não falhava e o garoto tava ganhando ponto comigo.

Quando entrei no carro, Dan me ligou avisando que ia pro cinema com Juan e depois iriam comer um sushi, que eu não esperasse por ele. Depois Patty mandou msg que a viagem tinha sido boa, estava no hotel, ia comer algo lá mesmo pra dormir cedo e no outro dia encarar a maratona de reuniões com os clientes.

Assim, quando cheguei em casa, a encontrei vazia. Foi um sentimento curioso, com duas camadas bem distintas e opostas: tava curtindo que eu podia desfrutar de um tipo de privacidade e individualidade que raramente eu tinha e, ao mesmo tempo, senti falta da companhia da minha mulher e do meu filho. Subi pra tomar banho, trocar de roupa, etc. e quando tava no meio da chuveirada, a campainha tocou. Tentei imaginar quem ou o que podia ser àquela hora, quando tocou novamente. Lembrei de Alfredo e praguejei “puta merda, não podia ter esperado mais meia hora?”. Desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e saí pingando para recebê-lo. Quando abri a porta só de toalha e todo molhado, além do susto, ele ficou visivelmente constrangido e foi logo se desculpando: “puxa, Eduardo, vi teu carro na frente e vim logo, achei que você já estava de boa, me desculpe”, fazendo menção de se virar e ir embora. “Deixe de frescura, Alfredo, não tem besteira comigo não, cara. Entra aí e me espera enquanto vou botar uma roupa”.

Ele passou por mim e não sei por que senti algo estranho com a proximidade física entre a gente. Indiquei o sofá pra ele se sentar, perguntei se queria algo pra beber, ele agradeceu e disse que estava bem. Então, subi de dois em dois a escada, terminei de me enxugar, botei cueca, bermuda de ficar em casa, camisa de malha e desci após pentear os cabelos e passar um pouco de colônia. Quando fiz isso, me veio uma questão: por que eu tava me arrumando para o vizinho? Ri comigo mesmo, pensei: ‘tô ficando abestelhado’ e desci.

Ao chegar na sala, ele estava mexendo no celular e quando percebeu minha presença, botou o aparelho de lado e me deu um de seus sorrisos tímidos. Ofereci novamente algo pra beber e ele declinou, então falei que ia preparar um whisky pra mim e ele falou que me acompanhava no scotch.

Lhe entreguei seu copo e, segurando o meu, fui pra minha cadeira reclinável , em frente.

Assim que sentei, sem rodeios, lhe perguntei: “E aí, Alfredo, em que posso te ajudar, cara?!”

Ele me olhou, tomou um grande gole de seu whisky e começou cheio de rodeios: “bem, Duda, o que eu tenho pra falar é bem difícil... (pausa)... estou muito envergonhado e Deus sabe o quanto eu tenho me debatido pra ter essa conversa... (pauta)... Isso tá me consumindo já tem algumas semanas... (pausa)... não sei mais o que fazer...” Enquanto falava, Alfredo olhava pra mim e desviava o olhar, notei quando largou o copo na mesa de centro que suas mãos estavam trêmulas.

Na minha cabeça, começou a se formar a ideia de que ele tinha vindo pedir dinheiro emprestado. A gente tinha intimidade pra tanto, a gente era vizinhos há muitos anos e sempre tivemos uma relação amistosa, de frequentar a casa um do outro de vez em quando, de participar dos aniversários etc. nossos filhos eram amigos, tiveram uma fase da infância que andavam muito juntos, na adolescência que se afastaram um pouco, então imaginei que podia ser isso.

“Então, o que tá pegando, Alfredo? Vocês estão passando por alguma dificuldade? Precisam de um suporte meu e de Patrícia?”, perguntei a ele que entendeu minha menção subliminar à dificuldades financeiras e se apressou a negar: “não, não, Eduardo. Nesse ponto, tá tudo bem. Estamos faturando bem com as lojas. Conseguimos até antecipar a liquidação da hipoteca da casa”, me falou num tom entre o aliviado e o orgulhoso, no bom sentido.

“Então, o que é? Confesso que não faço ideia, estou sem saber como te ajudar, cara!”, repliquei com um pouco de impaciência. Se eu soubesse o que viria, talvez até tivesse evitado ter essa conversa pro resto da vida!

Alfredo me olhou longamente, respirou profundamente e começou a falar, ainda meio hesitante: “Lembra daquele dia que a Patti se acidentou e eu vim avisar a vocês porque não atendiam as ligações dela e da irmã dela?”.

Quando ouvi isso, senti um arrepio da morte percorrendo minha coluna: “Sim, lembro, tem umas 3 semanas... o que é que tem ou teve aquele dia?” falei, rezando intimamente que não fosse o que eu esperava.

“Eu vi”, soltou Alfredo e desviou o olhar pro chão.

Gelei com o que ouvi mas precisava confirmar: “Viu o quê?”, insisti.

“Você... e o Danzinho, juntos...”, largou Alfredo baixando o olhar e a voz, quase sussurrando, num tom muito envergonhado.

“Juntos? Como assim, juntos?”, tentei adiar o que eu já sabia que ele sabia, pra ver se ganhava tempo e arrumava uma desculpa, um jeito de negar e dizer não foi bem assim...

“Juntos, Eduardo. Você com a bermuda arriada e Dan... chupando seu...pau”, completou Alfredo num tom curiosamente culpado. Parecia que ele estava me pedindo desculpas por ter visto algo que, por si só, seria um escândalo se viesse a público. Mesmo assim, ao ouvir que ele sabia o que eu e Dan fazíamos naquele dia, eu gelei ainda mais por dentro. Meu estômago revirou, a visão turvou e eu pensei que ia desmaiar.

Alfredo notou minha palidez e se levantou rapidamente, vindo ao meu encontro. Ajoelhou-se ao lado da cadeira e perguntou, preocupado: “Duda, você tá se sentindo bem? Está sentindo alguma coisa? Ah meu Deus, pra que é que eu fui falar?!”.

Ao sentir o toque de sua mão em minha testa, saí do transe e olhei para Alfredo. Nos olhamos longamente, eu em pânico, apavorado, sentindo que meu mundo estava desmoronando, e ele com uma cara de aflição, preocupado real comigo.

“Alfredo, por favor”, foi tudo que eu consegui dizer antes das lágrimas rolarem feito cachoeira dos meus olhos. “Calma, Duda. Calma. Fique calmo. Jamais iria fazer qualquer coisa que prejudicasse vocês”, falou nervosamente Alfredo, sentindo o efeito desastroso que sua revelação tinha me causado.

Ele procurou minha mão, segurou ela com firmeza e começou a falar: “Fique calmo. Não vou falar nada pra ninguém. Não vim aqui te ameaçar, chantagear, nada disso. Jamais passou pela minha cabeça te causar o que acabei causando, me desculpa, Duda, me desculpa”.

Ainda chorando mas sentindo um pouco de alívio, balbuciei um pedido de desculpas: “Poxa, Alfredo, sou eu que preciso te pedir desculpas e me explicar. Você não deveria ter sido exposto a algo tão...” e me faltou palavras para definir o que era minha história com Dan.

“Algo tão forte...”, falou Alfredo mas sem afirmar, meio que buscando validar o que ele pensava sobre o que tinha visto.

Olhei para ele profundamente e com toda a minha vulnerabilidade exposta, endossei sua interpretação: “sim, forte!”.

“Vocês se amam?!” perguntou meu vizinho. “Sim”, respondi de forma débil.

Se enchendo de coragem, Alfredo voltou a se sentar no sofá mas não largou minha mão, me puxou junto com ele para eu sentar ao seu lado. Quando nos ajeitamos, ele secou as lágrimas do meu rosto com uma surpreendente gentileza e delicadeza, voltando a falar: “Duda, fiquei muito perturbado com o que vi. E muito chocado também. Perturbado você é capaz de imaginar por que, vocês são pai e filho... (nos entreolhamos com uma súbita cumplicidade super constrangida) e chocado porque eu não fazia ideia de que você gostasse disso...”, finalizou com a timidez de volta à sua atitude.

Entendi que ele queria explicações e eu devia isso a ele. Nos conhecemos a mais de dez anos, um convivência que derivou numa amizade bacana, de vizinhos que se ajudam, se frequentam. “Então, deixa eu te contar como tudo aconteceu!”, falei para ele e fiz um resumo de como começou, a prisão de Dan, as insinuações dele que nos levaram ao sexo, a descoberta do meu desejo por ele e por outros homens e sem dar detalhes, disse que nos últimos dois meses, me descobri bissexual graças a meu filho e que eu estava, as vezes acima do limite da prudência, explorando as novas possibilidades que se abriram para mim. Minha fala foi mais calma, num tom conformado, do tipo ‘já que fudeu tudo, vamos nessa’.

Meu vizinho ouviu tudo atentamente e foi então que tive a segunda maior surpresa da noite: “Na hora que eu vi, quis fugir, mas eu não podia, Patrícia estava no hospital e precisava avisar a vocês. Ao mesmo tempo, a cena me deixou paralisado e fui tomado de pânico quando percebi que estava terrivelmente excitado com que eu estava vendo”. Nesse momento, uma nova pausa e vendo que eu tomei um susto, Alfredo continuou: “Pois é, Duda, eu nunca imaginei, nunca pensei na possibilidade. Claro que já tinha visto alguma cena, alguma imagem de dois homens, essas coisas de internet que por acaso passam diante da gente, mas nunca despertou o menor interesse em mim. Achava até nojento...”, disse, abaixando a voz, como se estivesse pedindo desculpas. “Até que, quando vi vocês, vi que havia ali uma paixão, uma entrega, um tesão, cara... vocês estavam tão ligados, tão um do outro. Teu pau, aliás que pau (rimos encabulados os dois com o comentário), na boca de Dan, parecia a coisa mais perfeita do mundo. E mais excitante...” concluiu Alfredo, deixando no ar sua referência ao que ter nos flagrado lhe causou.

Como eu não disse nada, ele prosseguiu: “então eu me afastei, tentei processar o que tinha visto e minutos depois, meu pau baixou e eu consegui voltar, tocar a campainha e o resto você se lembra”.

“Sim, lembro, mas porque esperou tanto tempo pra falar disso, Alfredo?”, indaguei a procura de informações que me ajudassem a entender tudo aquilo.

“Porque eu não conseguia esquecer mas era o que eu tinha decidido fazer, eu ia esquecer que vi e pronto”, ele respondeu de pronto. Então, como quem está tateando um caminho no escuro, ele começou a clarear sua atitude: “Duda, desde que eu vi, que não paro de pensar. Depois que assimilei o choque, a imagem voltou à minha mente e eu me peguei excitado, a tal ponto que um dia comecei a tocar uma... (pausa envergonhada) e gozei lembrando de vocês dois...”

“Eu não fazia a menor ideia...”, repliquei e ele se apressou em continuar: “Nem eu, Duda. Isso tudo tá completamente fora de qualquer cogitação. Quer dizer... Tava!”, concluiu me lançando um olhar procurava respostas, respostas que eu ainda não sabia dar.

“Tava?! Não tá mais?! Você tá a fim...?” comecei a fazer uma lógica sobre o que queria meu vizinho que em novo impulso, me cortou: “Tô!”, disse com firmeza. “Duda, não sei o que é isso, já senti muita vergonha e culpa por estar tendo esses pensamentos, por isso te procurei. Eu precisava desabafar, botar isso pra fora, dividir isso com você, afinal de contas, ainda que sem querer, você de certa forma é responsável por isso”.

“Eu? Responsável?”, indaguei a Alfredo de uma forma que já antecipava minha recusa por essa responsa. “Sim, quer dizer, você não é responsável, claro, mas você está ligado diretamente ao fato que fez surgir em minha mente algo que eu jamais imaginei sentir...”, concluiu Alfredo, que, diante do meu silêncio em concordância, prosseguiu: “Até procurei um terapeuta, fiquei muito perturbado...”.

“E o que ele disse?”, perguntei.

Alfredo deu um suspiro, se endireitou no sofá e olhando diretamente nos meus olhos, respondeu: “que eu deveria botar isso pra fora, parar de me consumir com esse assunto sozinho, e que eu deveria examinar esse desejo que se manifestou em mim”.

“Sei bem como é que é”, respondi a Alfredo, continuando: “Só não procurei terapia. Fui me debatendo sozinho, falando com meu irmão..”.

“Ele sabe?”, Alfredo indagou e eu respondi apenas concordando com a cabeça. “Sorte a sua. Eu não tenho com quem dividir isso”, divagou Alfredo, lançando um olhar perdido pra frente.

“E o que você tem sentido, vizinho?!”, falei num tom mais leve, jocoso, tentando trazer a conversa pra uma esfera mais suave. Começava a sentir que não havia uma ameaça a estabilidade da minha vida.

“Duda, você me contou que com você tem pouco tempo, só que você teve coragem e foi em frente. Eu ainda não consegui... Comecei a olhar pra outros homens, prestando atenção... (nova pausa envergonhado) ... lá.” Com um meneio de cabeça apontou pra minha rola.

“Isso é muito doido, cara. De repente, tô na praia reparando na sunga dos caras, no clube aqui do condomínio a mesma coisa, fiquei excitado com a coisa lá volumosa de um morador novo que eu nunca tinha visto. Ele deve ser como você.”, falou Alfredo mais uma vez mencionando meu dote.

“Normal, Alfredo. A gente começa a ficar mais ligado em coisas que a gente nunca notou”, falei rindo tentando tranquilizá-lo.

“Mas a coisa ficou pior, Duda!”, meu vizinho falou de um jeito que seu olhar voltou a ficar aflito.

“Como assim, pior?”, perguntei e Alfredo, num fiapo de força, despejou o que, de fato, era a razão da sua perturbação: “desde que vi vocês juntos, comecei a olhar pro Júnior e reparar que ele já é um homem, Duda. Um rapaz. Um rapaz bonito. Com um corpo bonito. Meu filho, Duda, meu próprio filho. Tenho sentido vontade de beijar e agarrar meu filho. Sinto tesão nele, no corpo dele. Outro dia ele saiu de cueca do seu quarto, só estávamos nós dois em casa, sua irmã e sua mãe tinham ido pro shopping, e veio falar comigo. Tentei manter meu olhar nos olhos dele, mas não conseguia sequer prestar atenção no que ele dizia, uma força maior me puxava pra olhar pro pau dele, marcando na cueca, e ele percebeu, deu uma ajeitada no pau e voltou pro quarto. Eu quis morrer de vergonha e medo. Desde então, tenho evitado ficar perto dele...”

O olhar atormentado de Alfredo me comoveu. Eu sabia como ele estava se sentindo. Eu tinha passado por aquilo, pelo conflito atroz entre desejo e culpa, entre tesão e o horror do pecado.

“Você falou disso com o psicólogo?”, indaguei e Alfredo confirmou com a cabeça que sim. “E o que ele disse?”, quis saber e meu vizinho me disse que o terapeuta disse que não importava se era certo ou errado mas como ele se sentia em relação a isso. Que a questão a ser encarada era o sentimento dele, o modo como ele lidava com isso, de onde ele achava que vinha essa vontade, como ele pretendia lidar com isso.

“Não sou terapeuta mas concordo com ele”, declarei a Alfredo.

“Já me senti muito culpado pelo que rolou entre eu e Dan, e depois tudo que passei a ter vontade de fazer, mas maior que a culpa foi o desejo de continuar a experimentar, curtir. Dan, mesmo tão jovem, um moleque que mal acabou de fazer 18 anos, me passou uma clareza tão grande sobre o modo como ele lida com isso que o jeito dele terminou me contagiando. Passei a ver a situação pela perspectiva dele. Meu irmão e Otávio pensam igual. Aos poucos, a perturbação na minha mente foi passando e hoje já consigo me sentir bem menos incomodado. A única coisa que ainda me pega é Patty. É manter o cuidado para que isso não a machuque. Acho que ela morreria se soubesse.”

“Acho que Aline também”, comentou Alfredo sobre como a esposa dele iria reagir.

“E quem é Otávio? Não conheço!”, questionou meu vizinho e eu lhe expliquei: “É um amigo nosso. Na verdade, o conheci quando ele prendeu Dan!”. Alfredo ficou perplexo e eu continuei: “por coincidências que a vida traz, acabei reencontrando com ele e começamos a conversar, ele se revelou um grande amigo, com muita experiência sobre o assunto.”

“Ele?...”, insinuou Alfredo e eu confirmei: “Sim, ele também curte, a gente até já transou... Com a participação de Dan, inclusive, e de um colega de Dan.” Alfredo arregalou os olhos mas, ao mesmo tempo, pela primeira vez desde que a conversa começou, notei que ele ficou excitado, pois, com uma certa tentativa de ser discreto, ele disfarçadamente ajeitou a rola na sua calça.

“Como eu te disse, desde que me permiti a viver isso, tenho tido boas experiências com outros caras, além de Dan e de meu irmão”. Depois que falei, percebi a confissão que tinha feito. Alfredo não passou batido, ajeitou novamente a rola que agora já dava pra notar que tava crescendo, tanto que pegou uma almofada e botou sobre o próprio colo, enquanto dizia: “Caramba Duda, você e Augusto!!! Isso é demais. Só de imaginar vocês dois juntos...”

Notei que meu vizinho estava excitado pela informação. Ele entendeu que eu percebi sua reação e resolveu abrir seu coração de vez: “Duda, você é um homem bonito. Guga também. Dois homão da porra. Pense aí na imagem de vocês juntos, na cama...” derivou Alfredo num devaneio erótico tamanho que comprimiu a almofada contra sua virilha. Coitada da almofada daqui de casa... rsrsrsrs...

Decidi que era hora de dar um passo e sair da passividade em que me encontrava desde que meu vizinho explodiu a bomba em meu colo. Coloquei a mão sobre a perna de Alfredo e dei um aperto perto de seu joelho. Meu toque provocou uma reação, acho que foi tipo cócegas, e ele deu um pulo pra trás. Voltei a tocá-lo com minha mão, lhe dando tapinha na sua coxa e abrindo o jogo com ele: “O que você espera de mim, Alfredo?”

Com um olhar que buscava o meu para algo que eu não sabia dimensionar (apoio? cumplicidade? intimidade? etecetera?), Alfredo se abriu: “eu não sei, Duda, sinceramente não sei. Meu primeiro desejo era de fazer o que eu fiz, desabafar, tirar isso de dentro de mim. Claro que foi o primeiro assunto que falei com o terapeuta e voltei a ele nas outras duas sessões que tive até agora. Mas além do desabafo, acho que queria ouvir você, pra ver se eu consigo me entender. E nossa conversa me ajudou muito, acredite. Tudo que você falou começou a me dar uma perspectiva. Uma ideia de que o que eu estou vivendo não é o fim do mundo, embora eu não faça a menor ideia de como vou lidar com isso”.

“Um dia de cada vez, vizinho!”, tentei acalmá-lo.

“Sim, Duda, um dia de cada vez. Mas o que eu faço com Junior, com o que eu sinto por ele? Com meu próprio filho, convivendo dia e noite com ele dentro de casa.” ele desabafou com um olhar de aflição.

“Nada. Você não tem que fazer nada. Você não pode falar nada. A não ser que você ache que tem alguma chance de isso deixar de ser uma fantasia e se tornar real.”, pontuei a Alfredo que pareceu se perder em seus próprios pensamentos, até que ele comentou: “quando Junior percebeu que eu tava olhando pro pau dele, não escondeu com a mão, como seria uma reação natural. Por alguns segundos ele olhou para mim como se estivesse verificando se era isso mesmo. Não vi raiva ou medo no olhar dele. Vi curiosidade e incerteza. Acho que ele ficou em dúvida se eu tava olhando para onde eu tava olhando. Apenas isso.”

“Ele está namorado alguma garota?”, sondei.

“Não que eu saiba. Junior é mais sossegado que os garotos da turma dele. Teve algumas namoradinhas, ele até levou lá em casa uma ou outra mas nada muito sério. Aline até já comentou comigo, achando que ele não quer nada sério, que ele parece só querer farra... (Alfredo ficou pensativo) Sabe, Duda, tua pergunta me leva a pensar sobre isso. Meu filho curte mulheres mas nunca foi o pegador, saca, nunca senti essa energia do moleque que quer traçar todas as gatinhas que encontra pela frente. Será que...?”

“Não sei, isso não quer dizer nada, Alfredo, não pira. Pode ser apenas que, como tua esposa comentou, ele ainda não tenha encontrada nenhuma moça por quem ele sinto algo mais sério”.

“Melhor assim, então!”, enfatizou Alfredo, querendo afastar qualquer possibilidade de que ele e o filho tivessem alguma coisa.

Olhei para nossos copos vazios e lhe ofereci mais uma dose, Alfredo aceitou enquanto pegava o celular para falar com a esposa: “Oi, amor, tô aqui na casa do Eduardo e da Patrícia... Não, ela não está, viajou a trabalho... sim, tá certo... a gente tá tomando um whisky, botando a resenha em dia... daqui a pouco vou pra casa... ok... beijo”. Desligou o telefone e comentou comigo: “nossa, a gente está a mais de uma hora conversando, o tempo voa”, enquanto pegava o copo de whisky que lhe entreguei.

Aproveitei que tinha ido na cozinha pegar gelo e trouxe umas castanhas, uns salgados pra gente petiscar. Alfredo não dava sinais de que iria embora logo. Então, enquanto ele pegava algumas castanhas pra comer, eu disse: “Alfredo, sei que nem preciso pedir e nem tenho esse direito, mas mesmo assim te peço: pela amor de deus, mantenha segredo sobre mim e Dan. Isso pode destruir minha vida e a dele se vier a público.”

“Nem se preocupe com isso, Duda. Isso jamais vai sair de minha boca. Nunca nem passou pela minha cabeça. Como te falei, eu queria nunca ter visto... (ficou distante por alguns segundos e recomeçou a falar) ... e eu não tenho o direito de me meter na vida de vocês. Mesmo que eu discordasse do que vi, quem sou eu pra julgar o outro?”, me tranquilizou Alfredo.

“Posso ser indiscreto?”, perguntei a meu vizinho embalado pelo desejo de levar aquele conversa a outro lugar. Alfredo era um cara charmoso, interessante e mesmo eu nunca tendo olhado pra ele com olhos de desejo, o rumo da nossa conversa acendeu uma luz na minha cabeça. Havia algo ali a ser explorado e, por puro atrevimento, decidi seguir minha intuição. Ele procurou e ia ter!

“Cla..claro”, ele gaguejou temendo a pergunta.

“Você sente tesão em mim?!”, especulei e Alfredo se engasgou com o whisky. Após tossir enquanto eu levantei pra dar um tapinha em suas costas, ele gesticulou que estava bem e eu voltei pro meu lugar. Então ele disse, com o olhar indo e voltando do meu: “Sim... quer dizer... (todo atrapalhado) ... acho que sim. Tipo, quando te vi com Danzinho, foi teu pau sendo chupado por ele que me chamou a atenção.”

“Você queria estar no lugar dele?” indaguei já segurando meu pau que começava a ficar duro e ajeitando ele na bermuda, gesto que não passou desapercebido dele, acompanhou tudo com um olhar furtivo, de quem vê mas finge que não.

“Não sei... não pensei nisso.. passei a ter curiosidade sobre como é a coisa mas não é um lance específico. Nunca tive tesão por homem. Quer dizer, quando eu era garoto, olhava pros paus dos outros moleques no clube ou no ginásio da escola mas era curiosidade boba, sabe, coisa de manjar rola pra comparar o tamanho, saber se é maior ou menor que a minha...” ele me respondeu enquanto olhava pro meu pau que já tava bem inchado e marcando na bermuda.

Num ato de muita ousadia, peguei a mão dele e trouxe pra minha rola. Ele ficou assustado e tirou imediatamente. Insisti: “Só sente como é, experimenta, talvez sentindo na prática, essa curiosidade que virou desejo na tua cabeça se desfaça. De repente nem é isso!”.

Alfredo voltou com sua mão na direção da minha rola e passou a mão, sentindo a dureza, depois deu uns apertões, sempre alternando o olhar entre meu pau e meu rosto, como quem procura ler minhas reações ao seu toque, se tava fazendo direito.

Estendi meu abraço, arranquei a almofada que tava no seu colo e segurei seu pau. Alfredo ficou tenso e eu procurei lhe acalmar: “Vizinho, vamos só se tocar, por cima da roupa. Só sentir o tesão. Nada além disso. Só pra você ter uma pequena ideia de como pode ser o lance entre dois caras”.

Mesmo com a maior cara de dúvida, Alfredo deixou e passou a explorar meu corpo. Meteu a mão por baixo de minha camisa, acariciou meu peitoral, minha barriga até que desceu de novo para minha bermuda. Percebi sua hesitação e resolvi lhe ajudar, abrindo o botão do cós da bermuda e em seguida o fecho éclair, deixando mais livre o acesso dele ao meu pau. Ele se animou e começou a alisar a rola endurecida, arriscou um dedo para dentro da abertura da cueca, procurando sentir meus pentelhos e a rigidez da pica. Me aproximei mais dele, fui pra cima, soltei seu cinto, abri sua calça, empurrei sua cueca pra baixo enquanto puxava seu pau pra fora. Alfredo quase entra em pânico mas o toque da minha mão em sua rola dura, desatou os nós da vergonha que ainda o seguravam. Ele fez o mesmo comigo e com dificuldade tirou meu pau pra fora. Duas coisas o impressionaram: “Caramba, Eduardo, quando eu vi pela janela da varanda achei que era grande mas aqui tô vendo de perto como é enorme. Cara, não consigo fechar minha mão nessa porra.” Depois, apontando pra cabeça da rola, perguntou: “tu já gozou?”

Sorrindo, respondi pra ele: “Não, vizinho, meu pau é assim, solta fluido pra caramba”.

“Porra, nem precisa botar creme pra facilitar a bronha, já tá lubrificada!”, destacou Alfredo, mais relaxado e bem impressionado com o tamanho do meu pau.

“Então, bora curtir essa broderagem, trocar punheta e gozar gostoso que depois da conversa tensa que a gente teve, a gente precisa relaxar”, atiçei meu vizinho que aparentemente embarcou na ideia e tava curtindo segurar e punhetar meu pau.

A rola de Alfredo era morena como ele, a cabeça num tom mais arroxeado, tamanho médio, ligeiramente torta pro lado esquerdo e um par de ovos grandes, até desproporcionais ao tamanho da piroca, agora entendi por que ele fazia volume de sunga, era o “carro do ovo”. Era uma pica bonita, se ele estivesse mais entregue eu já dava dando uma mamada naquela pica, enquanto botava ele pra chupar a minha.

Alfredo seguiu me punhetando enquanto eu batia pra ele, até que me disse: “não sei se vou conseguir gozar, Duda. Tô gostando mas tô tenso. É estranho, cara!”.

“Peraí que vou te fazer relaxar pra gozar!”, avisei a Alfredo, antes de puxar a calça e a cueca pra baixo. Nu, da cintura pra baixo, ele me olhou com uma expressão de ansiedade e medo enquanto eu abaixava a cabeça e passava a língua na ponta de sua pica. Alfredo soltou um gemidão que entendi como um ‘pode continuar’ e eu aproveitei. Engoli sua rola inteira até sentir seus pentelhos fartos roçando no meu nariz. Meu vizinho se soltou depois de ter retesado o corpo quando envolvi sua pica com a boca. O avanço da minha mamada fez ele se entregar. Surpreendentemente, enquanto eu mamava aquela pica, ele começou a fazer uns carinhos meio desajeitados nos meus cabelos. Chupei seu pau, lambi seu saco, fiz todos os meus malabarismos “chupetais”, Alfredo respondeu com muito tesão, mas nada de dar sinal que ia gozar.

Comecei a sentir cansaço de subir e descer a boca ao redor daquela vara, quando ele deu uma batidinha no meu ombro pra eu olhar pra ele. “Deixa eu tentar!”, pediu ele e entendi que Alfredo queria botar sua boca na minha pica. Levantei e fiquei de pé enquanto ele continuava sentado no sofá. Aproximei meu pau de seu rosto e ele segurou minha pica com a mão esquerda enquanto com a direita se punhetava. Primeiro ficou admirando, depois passou a língua meio desajeitado, sentiu o cheiro, voltou a lamber a cabeça, até que abriu a boca o mais que pode e envolveu minha rola com sua boca. Engoliu menos da metade e ficou parado, sem saber o que fazer. Decidi lhe dar uma ajuda. Segurei sua cabeça pelas têmporas e comecei a fuder sua boca como se fosse uma buceta. Alfredo olhava pra cima e no seu olhar tinha um tesão de entrega, ele finalmente tinha conseguido relaxar e se entregar a experiência que a gente tava tendo.

Mantive meu olhar no dele e a cadência da rola entrando e saindo de sua boca, sem forçar em nenhum momento. Alfredo tava longe de ter as manhas de como se chupa uma rola direito mas pelo menos não tava batendo com os dentes no meu pau. Senti vontade de falar umas putarias mas tive receio de assustá-lo, então me limitei a fuder sua boca. Alfredo acelerou a punheta e senti que ele tava, enfim, perto de gozar. Só aí eu falei uma sacanagenzinha pra dar um up: “Me chupa Alfredo, engole meu pau, vizinho!”

Foi o bastante para ele abrir mais a boca para tentar engolir mais meu pau e nesse movimento, sua gozada chegou. Ele parou os movimentos com a boca e segurou seu pau com firmeza enquanto os jatos de porra disparavam de sua pica. Foram 6 ou 7 jatos, uma porra mais rala que a minha mas com um cheiro muito forte. O aroma de água sanitária invadiu minhas narinas... rsrsrs...

Com cuidado fui tirando meu pau de sua boca enquanto Alfredo jogava as costas pra trás e os braços pro lado, como se tivesse desmaiado. Fui rapidinho ao lavabo, peguei uma toalha de rosto, molhei uma parte e voltei para limpá-lo. O toque úmido e frio da toalha em sua pele despertou Alfredo do transe. Prossegui limpando ele, tinha gota de porra na barriga, nas coxas, no tecido do sofá...

Quando eu tava terminando de limpar sua rola, Alfredo tocou meu braço e disse: “Que loucura, Duda. Tô me tremendo até agora.”

“A única coisa que importa é que você tenha curtido. Foi bom pra você?”, falei em tom de gozação, que Alfredo entendeu e respondeu fazendo um carinho em meu braço: “Foi sim, Duda, foi bom até demais. Obrigado, irmão, você é o cara!”.

Então ele se levantou e começou a se ajeitar, quando seu celular tocou. Era sua esposa: “oi amor, tô indo... sim, já tô indo... eu tava me despedindo de Eduardo, chego já... Bjo”.

Alfredo desligou o celular, meteu o aparelho no bolso da calça e olhou para mim. Abri os braços e nos abraçamos como dois bons velhos amigos que éramos.

“Você não gozou”, ele comentou e eu retruquei: “Tá tudo bem, vizinho, curtir uma parada não é só gozar. É a intimidade, a camaradagem, a cumplicidade...”.

Alfredo concordou e me fez um último pedido: “Duda, isso morre aqui, tá?! Não sei como vou lidar com isso mas é um segredo só nosso.”

O tranquilizei, dizendo: “Fica entre a gente, Alfredo. Acho que a gente precisava desse desfecho pra liberar toda a tensão que foi criada entre a gente.” A gente segue parceiro. Tamu junto!

Nos separamos e quando eu ia abrindo a porta pra Alfredo sair, ele me fez uma última declaração: “Duda, não sei como vou processar tudo isso, só sei que foi bom. Se eu sentir vontade de falar sobre, posso te procurar?”.

Puxei ele de volta pros meus braços e acariciei suas costas, lhe confortando enquanto falava direto ao seu ouvido, como quem conta um segredo: “Alfredo, você não está sozinho. Depois do que você viu, das coisas que surgiram na sua cabeça e do que acaba de rolar entre a gente, você não está só, repito. Sou teu vizinho e serei teu amigo irmão nessa história. A gente precisa e pode se apoiar. Então, quando algo apertar tua mente, me liga, manda mensagem, me procura. Repito: tamu junto, parceiro”.

Disse isso, sutilmente desafazendo o abraço, enquanto ele me lançou um olhar mais esperançoso, menos amedrontado. Nos olhamos mais uma vez e numa gesto de surpresa, Alfredo se aproximou e me deu um selinho.

Quando ele se virou lhe dei uma palmadinha na bunda (que só então reparei que era bem fornida, redondinha) e o despachei: “agora, vai, antes que Aline ligue de novo!”.

Depois que Alfredo saiu, passei pra sala, peguei meu copo, preparei outra dose e desabei na minha poltrona e, enfim, soltei um suspiro profundo. Que tsunami foi esse que acabou de passar pela minha sala? Minha mente estava exausta, foi um carrossel de emoções, todas extremas, por um momento achei que minha vida estava arruinada.

Uns vinte minutos depois, estava entregue aos pensamentos dos últimos acontecimentos, fazendo elocubrações sobre o que aconteceu e quais seriam os prováveis cenários de futuro, quando ouvi o som da porta se abrindo. Era Dan voltando pra casa. Ele veio direto pra sala e sentiu algo no ar: “Tava batendo punheta, paizão?!”, respondi sorrindo com um aceno de cabeça. Eu não tinha segredos com meu filho mas não precisava falar tudo pra ele. Certas coisas eu podia guardar pra mim ou esperar um momento melhor para dividir com ele.

Dan se aninhou na poltrona comigo e no meio do abraço, me disse que tinha sido muito legal a saída com Juan, que eles se divertiram muito, ficaram namorando durante o filme, depois foram comer sushi e na volta pra casa, deram uma paradinha no estacionamento do parque e brincaram um pouco. “Brincaram como?”, perguntei em tom de zombaria, no que Dan respondeu: “a gente fez boquete um no outro. Sente o gosto da porra de Juan”, enquanto me beijava já enfiando sua língua na minha boca, que estava com um cheiro de rola bem evidente. Depois de um beijo que fez meu pau endurecer, Dan parou o beijo e olhando pra mim, soltou a bomba: “Sabe o Junior, filho do tio Alfredo e da tia Aline? Acho que ele é gay!”

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Foto de perfil de Xandão SáXandão SáContos: 36Seguidores: 135Seguindo: 67Mensagem Um cara maduro, de bem com a vida, que gosta muito de literatura erótica e já viu e viveu muita coisa para dividir com o mundo.

Comentários

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Que delííííciaaaaaaaa... a turma só aumenta... maravilha... com a Patty fora a casa está liberada... gozei muuuito aqui... tô louca pra saber mais

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Sá, teu enredo, a cada capítulo, melhora mais, e essa teia de machos carentes aumenta o trançar. Só espero que não faça como os autores de novela, que sempre fazem a morte parecer solução para tudo, e mate a Patty. Tua história fala muito mais que apenas sexo incestuoso. Fala de libertação.

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Muito bom como sempre, estou perplexo com essa foda com Alfredo, ainda tem muito pra acontecer e eu vou acompanhar tudo, obrigado por nos fornecer o melhor, Xandão, sua dedicação é maravilhosa 🤩😍😍

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Caraca que delícia. Quando eu penso que já aconteceu tudo que poderia você surge com novas oportunidades e possibilidades aí vem essa mamada com Alfredo e no final essa revelação de Dan sobre o Junior que talvez possa realizar os desejos do pai. Quem sabe? Já disse, vou só repetir; você é fuderoso com as palavras criando situações maravilhosas e invejáveis. Agradeço e espero ancioso pelos próximos acontecimentos.

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Cada vez melhor Xandão! No aguardo dos próximos capítulos! Por favor n termina essa história logo! Tem mta coisa pra acontecer hehe

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Ah, Lukinhas, minha escaleta de roteiro prevê de 37 a 39 capítulos. Vamos ver. Também tem outras histórias para desenvolver. Meu desafio atual é o que fazer com Patty... A permanência dela na história é fundamental para o principal plot. Ao mesmo tempo, a melhor solução passa pelo desaparecimento dela... vamos ver o que meus dedos nas teclas dizem...

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